Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)
Conseguiria chegar ao
estacionamento, ou iria desistir na metade e tentar voltar para a cabana?
Percebeu que sua respiração
estava acelerada, um indício de ansiedade nervosa. Que não
ajudava nada. Era preciso decidir o procedimento correto para encontrá-la,
enquanto não se havia passado muito tempo.
Entrementes, agitava a
lanterna para iluminar a copa das árvores que o
circundavam.
Quando o vento abaixou
suas rajadas, por alguns minutos, ele teve a impressão
de ver um carro claro ao longe, próximo da entrada. Sempre
girando a lanterna, caminhou para lá.
Tudo aconteceu de
repente.
Algo caiu à sua frente, com um grito. Alfonso nem teve tempo de apontar a lanterna, porque
tropeçou em algo macio e caiu também.
A lanterna escapou de suas mãos e rolou para longe.
— Alfonso!
— Anahí? — espantou-se ele, colocando as mãos
no solo. Sentiu o abraço forte e apertado.
Sentiu as curvas que já conhecia, apertando-se contra ele. O que poderia fazer? Abraçou-a
com força.
— Anahí, pensei que estivesse perdida! Que susto!
— Alfonso, desculpe. Eu sou uma covarde! — começou
ela, soluçando.
— Sabe onde estamos, Anahí?
— Sei. Numa poça d`água. Na lama. Eu estava
com saudade.
Alfonso chegou a abrir a
boca para responder, e percebeu a proximidade do rosto dela. Da boca sensual,
dos olhos verdes... Sem óculos!
Beijou-a.
Os dois, enlameados,
abraçaram-se como seres primitivos, as línguas
se tocando e os corpos atraindo-se. A proximidade da sensação
de perigo tinha seus efeitos na libido humana. Um procurou o outro, embaixo da
chuva, como deveria ter sido uma relação nos primórdios
da história do mundo. Como se fossem répteis.
As mãos
de Anahí procuravam abaixar o calção de Alfonso, enquanto
ele suspendera a camiseta e afastava o elástico. Daquela vez não
haveria refinamento, nem preparação. Seria como a chuva
que caía. Em menos de um minuto, os dois formavam um só corpo, gritando alto sem serem ouvidos por entre os trovões
de Bonnie. Giraram na lama, rindo e gritando enquanto partilhavam um orgasmo
selvagem e devastador.
Assim que as respirações
de ambos voltaram ao normal, Alfonso girou o corpo, saindo de cima de Anahí e
deitando de costas. Sua mão bateu numa superfície
dura e plana.
Era o carro de Anahí,
constataram pouco tempo depois, com a lanterna iluminando a placa.
Beijaram-se, sem querer
dizer nada, pois qualquer coisa seria inadequada para descrever a experiência
que haviam partilhado ali. Colocaram-se a procurar a sacola amarela,
encontrada a mais de dez metros de onde estavam.
— Achamos o carro! Agora, sim — exclamou ela, contente.
Alfonso a abraçava. Quando a apoiava daquela forma, as mãos
pareciam transmitir calor e segurança. Sabia que cometera um
erro.
Devia ter escutado ao
que ele mesmo sugerira, nos primeiros momentos. Devia ter saído
num encontro com aquele sujeito fantástico, e conhecê-lo
primeiro.
Porque se era um amante
tão
incrível, era possível perceber que seria
um namorado ainda melhor. Carinhoso, leal e atencioso.
E que jamais seria seu.
Isso fazia com que
tivesse vontade de espernear e bater os pés e mãos
no chão até fazerem o que a gente quer
como seus pequenos pacientes mimados.
Com a luz da lanterna, Alfonso
percebeu que o elástico colorido se fora, perdido em algum momento
da aventura. Para abrir o carro, ela colocou os óculos no lugar, e a
expressão de Anahí Séria voltou.
— Você está de carro? — quis saber ela.
— Estou. Tenho uma caminhonete, que está na outra ponta do
estacionamento, perto da cabana.
— Quer uma carona até lá? — sorriu ela, com tanta educação que nem parecia estar
suja de lama da cabeça aos pés.
Alfonso ficou algum
tempo perdido na contemplação da camiseta encharcada
sobre o corpo dela, como uma pele de água nas curvas
perfeitas. Por fim, sacudiu a cabeça para espantar novo
conjunto de idéias impróprias para o momento.
— Aceito, obrigado, mas com uma condição.
— E qual seria essa condição, homem das cavernas?
Era uma alusão à situação dele, com barro nos cabelos e nas pernas.
— Que eu a acompanhe até sua casa, para saber se chegou bem. É muito longe?
— Não,
menos de cinco quilômetros daqui.
— Se não tiver mais árvores caídas
pelo caminho, chegamos logo.
— E se tiver, sabemos o que fazer com o tempo, não é? — riu Anahí.
Os dois entraram, e ela
não
teve dificuldades em dirigir pelas alamedas de cascalho até a caminhonete preta de Alfonso.
— Espere um pouco, que eu acho que tenho camisetas secas aí dentro — disse ele, aproximando-se da caminhonete e apanhando a chave sob o pára-choque.
Abriu a porta da grande cabine dupla.
— Achei, achei!
Voltou correndo para o
lado de Anahí, com um plástico embrulhado.
— É igual à minha, tamanho grande — anunciou ele.
— Mas está seca. Eu ia trocar, amanhã.
— Você não tem outra para você?
— Não,
mas tenho coisa melhor. Meu impermeável laranja que costuma
ficar no carro. É bom porque assim não
me molho.
Anahí riu.
Ele voltou para a caminhonete e deu a partida,
enquanto colocava o impermeável alaranjado.
Aproximou-se do carro de Anahí e beijou-lhe a boca. Ela retribuiu.
Se os motores não
estivessem ligados, talvez continuassem ali mesmo. Porém,
Alfonso fez meia-volta.
— Eu vou à frente até a gente sair da zona das praias, onde tem mais
perigo da estrada estar interrompida. Depois você me passa e eu sigo atrás.
Certo?
Pouco tempo depois, a
caminhonete escura passava, entre as duas metades do tronco de árvore
serrado e arrastado para fora da estrada. Em seguida vinha o compacto italiano
de Anahí.
Finalmente iria para
casa, pensou ela.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
De fato, a praia onde estavam não era a única com problemas. Duas outras praias também tiveram árvores tombadas na estrada. A primeira, logo após a praia de onde saíram, ainda no trecho em serra, tivera meia pista obstruída por um grande olmo, cujas raízes não haviam resistido ao vento e se desenterr ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:18
Final perfeito *o*
-
jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:13
Final perfeito *o*
-
jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:56
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:52
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:15
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:09
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:07
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:03
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: