Fanfics Brasil - Aconteceu no Verão (Terminada)

Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)


Capítulo: 43? Capítulo

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Aquele homem tinha toda
a razão, pensou. Como pudera sequer pensar em
desprezar um encontro especial como aquele?


-
Como nós dois, quando estamos fazendo amor -
terminou Alfonso, voltando-se para ela.


Também
ele tinha os olhos úmidos. Que ela beijou com suavi­dade.


-
Um encaixe perfeito - concordou Anahí, entendendo o que ele queria
dizer.


Se fossem um para outro
esse encaixe perfeito, não havia muita coisa que pudessem fazer para
evitar. Se não fossem, só iriam saber se
tentassem. Não podiam negar a si mesmos a oportunidade de
tentar.


-
Por isso fiquei seis anos naquela praia salvando gente, Anahí -
disse ele, abrindo a porta para a chuva. - Para encontrar você no
último
dia.


Ele fechou a porta,
continuando a falar pela fresta aberta do vidro.


-
Vou à frente mais um trecho, depois faço sinal para você passar.
Certo?


Anahí abaixou o vidro,
deixando que as lágrimas se confundissem com os pingos de chuva no
pára-brisa.


-
Certo.


Alfonso abaixou-se e
beijou-a, depois entrou na caminhonete e saiu na frente.


Não
havia entendido muito bem de onde viera aquela vontade de dizer coisas que ele
mesmo pouco lembrava, mas essas idéias tinham ficado em sua
cabeça como sementes. De pais, sapateiros e chaveiros.


De alguma forma, Alfonso
tinha consciência de que aquele era um momento importante em
sua vida. E na de Anahí, se estivesse certo.


De alguma forma, Anahí
tinha consciência de que aquele era um cruzamento importante
em sua vida. E na de Alfonso, se estivesse certa.


O fato de imaginar uma
chave, cujas saliências e reentrâncias combinassem
perfeitamente com a fechadura, foi o suficiente. Era isso o que interessava,
num relacionamento. Que um completasse o outro. Em todos os aspectos.
Espiritual, mental e físico. Como fariam amor duas pessoas assim?


Mais ou menos como eles
dois fizeram. Com desprendimento, sem controlar nada, com a certeza de que os
corpos sabiam o que fazer. Na lama. Na chuva. Na cama, talvez.


Segurou mais forte a
barra de direção, pois rajadas de vento forte chegavam a
desequilibrar seu carro leve.


Se pela primeira vez
tinha um relacionamento físico perfeito como aquele, não
era para se imaginar que o resto também seria? Já
saíra na escuridão para o lado errado
antes, não podia repetir o erro. Não
podia deixar de tentar um relacionamento honesto com Alfonso.


Quase bateu contra o pára-choque
escuro, quando a perua bre­cou, à sua frente. Em seguida,
saiu da estrada, deixando claro o motivo. Iluminando o espaço
à
sua frente, com os próprios faróis, Anahí percebeu que a
ponte de cimento decorado ruíra no meio, com certeza
por causa do vento. Reparou que Alfonso continuava, ao longo da vegetação
escassa à beira do rio. Manobrou e foi atrás
dele, devagar, mas com segurança.


Em menos de um minuto
atingiram o trecho que ele procurara. Tratava-se de uma ponte, construída
de madeira, com tábuas sim­ples. Duas da margem para o meio e duas
do meio para a margem. Que se encontravam caídas no momento.


O rosto de Alfonso
apareceu no exterior, sinalizando e apontando a ponte caída.
Anahí abriu o vidro.


-
Vou até lá, para colocar a ponte
no lugar. Você espera aqui, está bem?


-
O quê?


-
A outra ponte caiu, não tem jeito. Mas essa tem -
explicou ele.


-
É

colocar aquelas duas tábuas grandes no lugar, de onde devem ter caído.
Manobre para iluminar melhor a ponte, está bem?


Ela assentiu e virou o
carro, de forma que os faróis iluminassem a ponte
inteira.


Alfonso entrava na água,
embaixo de chuva, para erguer a tábua e apoiá-la
outra vez no mourão central. Caminhou rápido
até o local e colocou uma das tábuas
no lugar. Em seguida foi a vez da outra prancha, que ele suspendeu por baixo,
erguendo a ponta até apoiá-la ao lado da outra.
Feito isso, voltou para a margem.


Anahí pensava em como Alfonso
não
chegava a evitar os problemas, mas enfrentava-os, um de cada vez, como no caso
das tábuas.


Ele subiu, vistoriando e
fixando os encaixes das tábuas, tanto em terra como no mourão
central. Depois veio até o carro.


-
Vou iluminar para você. Atravesse primeiro. Eu vou ficar olhando aqui,
para o caso da tábua escorregar do lugar outra vez. Alguma dúvida?


-

uma. Essa ponte não vai cair outra vez?


-
Não.
Procure ir devagar, e com firmeza, sem muitos movi­mentos de direção.
Como se estivesse andando numa pista dupla, sozinha. Devagar e sempre reto.


Ela sorriu e abriu mais
o vidro. Beijaram-se.


Alfonso entrou na
caminhonete, que manobrou para iluminar com­pletamente a ponte, deixando o espaço
central para o carro de Anahí passar. Em seguida, desceu para a margem do rio,
pronto a inter­ferir segurando as tábuas, se necessário.


Entre as cortinas de água
e vento, Anahí teve um instante de lucidez, antes de se lançar
à
travessia. Mais uma vez ele iluminava seu caminho, desta vez não
para indicar o rumo, apenas, mas para clarear sua visão,
para que enxergasse a ponte, a passagem para o outro lado.


Respirou fundo e pisou
na embreagem; engatou a marcha e fixou os olhos nas tábuas
e na margem oposta. Devagar e reto, pensou.


Sua focalização
foi tão intensa, que quando percebeu estava do outro
lado. Ficou muito contente por ter realizado algo que jamais tentara, graças
ao incentivo de Alfonso. De qualquer forma, os dois juntos formavam uma boa
equipe, tanto para o prazer quanto para administrai- dificuldades.


Lembrando que ele é
quem iria passar a seguir, manobrou seu carro de forma a ficar em diagonal numa
das margens, iluminando a ponte sem prejudicar a visibilidade dele, de forma a
evitar os faróis de frente.


Menos de um minuto
depois, a caminhonete de Alfonso estava ao lado de seu Honda. Alfonso passou,
sorrindo e agradecendo com ges­tos, tomando a frente na estrada de cascalho que
levava até o as­falto, mais perto da areia. Assim que
entrou no asfalto, ele abriu a janela e fez um sinal para que ela fosse à
frente. Os perigos haviam passado.


Anahí estacionou em sua
vaga, na garagem de seu prédio de apar­tamento, com
um suspiro de alívio.


 Ainda bem que não morava a mais de cinco
quilômetros da praia, pois não
era tarefa fácil guiar naquela chuva, principalmente nas vias
de alta velocidade, onde havia o perigo de derrapar, além
dos engavetamentos.


Alfonso insistira em
acompanhá-la, para certificar-se de que che­garia sã
e salva.


Agora estava bem
contente por ter permitido.


Sem a ajuda de Alfonso não
teria conseguido chegar ao carro, nem teria rolado na lama com ele, nem teria
atravessado a ponte partida, para depois acertar o resto do caminho até
a casa. Além disso, só o fato de saber que ele
estava logo atrás dela a ajudar a ficar calma. Desceu, no meio
da chuva, colocou a sacola no ombro e correu na direção
do carro dele.


Alfonso já
descia da caminhonete.


-
Por que está descendo? Não precisamos nos molhar
os dois - disse ela.


-
Vou acompanhar você até a porta -
gritou ele, para ser ouvido acima do trovão.


-  Aqui é a porta. Chegamos. Você
pode ficar me olhando enquanto entro. Posso garantir que essa é
a parte mais segura - berrou ela.


-
O quê? - quis saber Alfonso,
tomando-lhe o braço.


-
Nada.


-Vou
acompanhar você-repetiu ele, com certo ar de decisão
expresso na forma de colocar o queixo para a frente.


-
Bem, já que insiste...


-
O quê? - gritou ele, sem
entender.


Anahí sorriu em
resposta. O mais fácil era abrigar-se um pouco, pelo menos para
poderem se despedir em paz. Nem adiantaria protestar mais ali. Retirou os óculos,
perfeitamente inúteis sob chuva forte, e permitiu-se conduzir até
a porta. Enfiou a mão na bolsa e pescou ali a chave...


Os olhos de ambos se
encontraram. A chave e a fechadura.


Perturbada, ela inseriu
a chave e abriu a porta para ambos.


-
Em que andar é? - perguntou ele, berrando.


-
Não
precisa mais gritar - pediu Anahí. - É
no primeiro andar. Não gosto de lugares altos.


Alfonso não
perguntou e ela não respondeu, mas dirigiram-se am­bos para as
escadas, ele subindo atrás dela, apenas um lance. O apartamento de Anahí
era logo a primeira porta.


-
Escolheu aqui para facilitar a mudança? -
perguntou Alfonso, sorrindo.


Ela abriu a porta,
sorriu e indicou o interior, convidando-o a entrar.


 Em pouco tempo estavam os dois pingando no
assoalho de cerâmica do saguão.



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Autor(a): annytha

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A tempestade baixara a temperatura, principalmente para quem estava pouco vestido, como ambos. Ela esticou a mão por trás dele e ligou o condicionador de ar, na parede. Sempre ficava ajustado para vinte e dois graus. Alfonso não disse nada, apenas ficou ali, parado. Pingando. Anahí começou a sentir-se pouco à vontade. N&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:18

    Final perfeito *o*

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:13

    Final perfeito *o*

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:00

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

    Amei a história ficou perfeita *---*

    Parabens =)

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:56

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

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    Parabens =)

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:52

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

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    Parabens =)

  • jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:47

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa

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  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:15

    AAAAAAAAAAAAa
    QUe lindos os dois juntos *--*
    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:09

    AAAAAAAAAAAAa
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    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:07

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    Essa história é muito boa...continua D:

  • jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:03

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    Essa história é muito boa...continua D:


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