Fanfic: Aconteceu no Verão (Terminada)
- Pode deixar que eu apanho - prontificou-se Alfonso.
-
Não
há
problema.
Quando ficou só
outra vez, Anahí olhou ao redor da sala vazia, que funcionava mais como depósito,
apesar da escrivaninha pequena a um canto. Havia ali coletes salva-vidas, bóias
de vários tipos e material de primeiros-socorros.
Ficara com a impressão de que o olhar de Alfonso ainda pousava sobre
seu corpo, uma sensação quase de toque físico.
Apanhou a camiseta do
salva-vidas e levou-a ao nariz. Aspirou com prazer os odores de maresia e pós-barba,
misturados à nota inquestionável do aroma masculino.
Se usasse aquela peça, certamente iria funcionar como um afrodisíaco,
fazendo-a desejar o corpo dele. Como último recurso, podia
enrolar o sarongue em volta dos seios, como um sutiã,
só
que dificilmente conseguiria fazer aquilo sozinha. Em sua imaginação,
era auxiliada por Alfonso, e só o fato de imaginá-lo
apertando o tecido em seus seios já dava vontade de gemer
de prazer.
Aproximou-se da janela
de observação, e viu que ele subia na cadeira para poder
localizar sua bolsa, já que a visibilidade piorava a cada instante em
virtude da chuva que caía cada vez mais copiosa. Lembrou então
que não dissera para que lado estava a sacola, mesmo
porque não tinha certeza. Reparou que Alfonso colocava a
mão
em pala sobre os olhos, e girava a cabeça lentamente, com certeza
procurando a bolsa de plástico. Se ele não conseguisse encontrar
para ela, teria dificuldade... Ou melhor, estaria impossibilitada de conduzir
seu carro para casa.
O vento piorou, fazendo
com que cortinas sucessivas de água s batessem
contra os vidros da janela, e prejudicando a visão.
-
Que droga! - resmungou ela, em voz alta, afastando-se da
janela.
Um verdadeiro desastre
inesperado, pensou, começando a andar pelo pequeno aposento.
Tudo começara
com um desejo perfeitamente natural, em seu ponto de vista. Fizera uma escolha,
ao resolver competir com os homens no terreno da medicina. A verdade é
que ninguém confiava numa mulher bonita demais, ou sexy,
portanto optara pela aparência competente e séria
desde a faculdade.
Assim continuara por
tempo suficiente para isolar-se completamente desse tipo de energia.
A tal ponto que agora desejara deixar para trás
essa atitude e sua vida profissional monótona, onde todos a
tratavam como médica e não como mulher. Apenas
por uma vez, desejava que um homem a olhasse cheio de desejo e luxúria,
que perdesse o controle, que seu corpo tremesse e a boca ficasse seca, de
forma que tal homem não conseguisse manter as mãos
longe dela por um instante.
Sabia bem que a culpa
era dela, pois forçara-se a afogar seus desejos de sedução,
ainda quando adolescente, tanto no estilo de roupas largas e deselegantes,
quanto no modelo dos óculos, quanto ao recusar várias
tentativas de aproximação dos colegas de classe. Imaginava que isso também
refletira na faculdade de Medicina, ao optar pela especialização
em pediatria, já que quase não lidava com homens.
Cuidava de crianças, quase invariavelmente levadas pelas` mães,
fato que a afastara cada vez mais do convívio dos homens, salvo um
ou outro pai mais dedicado. Com todos esses fatores que afetavam seu cotidiano,
praticamente esquecera como ter um comportamento feminino e sedutor.
Essa mesma falta de
familiaridade a levara a imaginar aquela excursão à
praia, num maio tentador, com a esperança de atrair um surfista
para um caso tórrido e sensual. Sua amiga Dulce bem que a
tentara dissuadir, com argumentos razoáveis, pelo menos a não
fazer aquilo sozinha. O caso é que Anahí não
quisera aceitar o conselho, já que Dulce tinha um
namorado há algum tempo, e uma vida sexual com ele. Isso a
desqualificava para opinar sobre a vida de gente solteira, na opinião
de Anahí, que corria o risco de ver teias de aranhas formando-se nela, por
falta de uso.
No momento, ficava
reduzida a duas opções: voltar para casa sem realizar coisa alguma,
ou alterar seu plano para um salva-vidas, em vez de surfista.
Se tivesse coragem
suficiente, claro.
Obviamente não
contava com uma tempestade, ou com o inconveniente de perder parte do biquíni.
Contudo, lembrando de como fora excitante tocar o corpo musculoso de Alfonso, e
de como a mão dele apertara a sua para infundir coragem,
decidiu continuar. Se ele desse a mínima indireta, pretendia
oferecer-se a ele de todas as formas que pudesse.
Se tivesse coragem.
alguém se arrisca??? Annie vai ou nõ vai criar coragem.
comentem e esperem os proximos capitulos.
Autor(a): annytha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:18
Final perfeito *o*
-
jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:13
Final perfeito *o*
-
jl Postado em 03/02/2011 - 11:20:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:56
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:52
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 03/02/2011 - 11:19:47
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
Amei a história ficou perfeita *---*
Parabens =) -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:15
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:09
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:07
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: -
jl Postado em 26/01/2011 - 19:35:03
AAAAAAAAAAAAa
QUe lindos os dois juntos *--*
Essa história é muito boa...continua D: