Fanfic: Sweet Revenge DyU

Capítulo 3 – Surpresa - P. 4/2 — Christopher U. Narrando. 

O padre fez a pergunta à Dulce, e eu esperei feliz sua resposta, que obviamente para mim seria um “Sim”. Sentia suas mãos ficarem rígidas e frias, provavelmente sua pressão subiu e ela estava ficando bem mais nervosa do que antes. Franzi o cenho, olhando-as por um minuto, e aguardando sua reação, que era não me encarar e sim encarar o chão, mesmo assim não deixei de segurar firme suas mãos, mas a minha vontade era de abraçá-la, pois sabia que algo estava errado e que ela não estava bem. 

Foi então que depois de pensar por meio segundo e suspirar um pouco, Dulce disse num tom alto e duro.

— Não! 

E meu coração pareceu parar. De repente senti minhas pernas ficarem bambas, meu coração pulsar forte dentro do peito, e meus olhos se arregalarem. Não consegui mais fazer nenhum movimento, somente olhá-la surpreso, porque ela disse não? Porque ela está assim? Era somente perguntas e mais perguntas, mas Dulce não soube dizer nada, não soltei suas mãos, mas ela soube puxá-las e se afastar de mim. Enquanto a platéia se levantavam, e todos nos olhavam surpresos demais.

— O quê? — gritou Tânia surpreendida com aquilo. Não me movi, mas Dulce apenas passou o olhar sobre ela, piscou devagar, e continuou a me olhar.

— Acabei de crer que não sou o tipo de mulher que sabe perdoar um erro como o que você cometeu. — disse ela dando ênfase no você, querendo dizer, eu. Engoli seco. Céus, o que ela estava pensando? — Depois do que presenciei ontem à noite, não consegui mais ser a mesma de antes, foi tão chocante e estúpido ver você com outra, que depois de tanta dor e lágrimas sentidas, eu só queria acabar com você!

Arregalei os olhos novamente, surpreso e tenso. Não podia ser. Dulce não podia ter me visto.. Não. Não. Não. Não. Não! Fechei os olhos com força, cerrando-os sentindo que tudo estava acabado.

— Me diz porque você fez isso comigo? Porque me traiu logo na véspera do nosso casamento? — gritou ela, derrubando lágrimas. Todos na igreja arregalaram os olhos, surpresos, surpreendidos, assustados. Enquanto eu não fazia nada, somente deixava meus olhos arderem, minhas pálpebras tremerem e a visão embaçar. 

— D-desculpe! — apenas deixei as palavras saírem, sem motivo algum, a voz bem mais baixa do que o normal. Mirei o chão. Dulce soltou um gemido de sofrimento alto e agudo, e então começou à chorar. Tânia e minha mãe estavam estáticas, então foi que o pai de Dulce que estava surpreendido, resolveu vir para cima de mim, segurando-me pelo colarinho e ameaçando me bater.

— Seu moleque desgraçado! Como pôde fazer isso com a minha filha? Minha filha!? Seu maldito. Vou acabar com a sua raça, seu moleque! — gritou ele nervoso, assim que meu pai e o tio da Dulce conseguiram segurá-lo, não tive reação para me defender, apenas continuei olhando Dulce, que agora estava com a mãe, a minha mãe e sua avó. 

— Christopher! — sussurrou minha mãe, olhando-me com dó. — Como pôde fazer isto com a Dul? A sua noiva! A sua própria noiva. — disse ela surpreendida demais. Suspirei, passando as mãos pelos cabelos. Tentei me aproximar de Dulce, mas o primo de Dulce se colocou na minha frente. 

— Alfonso.. — comecei dizendo baixinho e calmo. Alfonso lançou um olhar arrogante à mim, ainda em minha frente.

— Se tentar se aproximar da minha prima mais uma vez eu acabo com você! — disse ele com raiva. Entendi que todos estavam contra mim, mas é claro, eu era o vagabundo cruel que traiu a noiva na véspera do casamento deles. Eu havia errado, mas era tarde para tentar corrigir o erro. — Você nunca a amou de verdade! Sempre a usou sem dó e nem piedade, e agora fica assim, como se estivesse arrependido. — seu tom irônico e cruel me despedaçou o coração, eu era o desprezível que merecia sofrer mais do que nunca, eu fui e sou o único errado, e agora Dulce jamais perdoaria-me.

— Filha. — disse Tânia baixo para Dulce. Dulce levantou a cabeça, com a maquiagem borrada e o nariz vermelho. Me doeu vê-la daquela maneira sofrida, e ainda mais por minha causa ela estava assim, por minha causa meu casamento terminou antes mesmo de começar. E tudo por conta de uma traição imperdoável. Maldito eu sou! E mereço sofrer e não mereço tê-la, apenas por isso. — Vem. Vamos embora, querida! — disse ela abraçando-a e ajudando-a a descer do centro do altar. Minha mãe ficou parada, olhando-a depois de dizer que tudo o que ambas precisassem, poderiam contar com ela. Meu pai tentava convencer ao pai de Dulce que vá embora com a família, e que ele resolveria tudo, ou pelo menos iria tentar. As amigas de Dulce saíram do altar surpreendidas e surpresas, passaram por mim com um olhar desprezível junto com as crianças, enquanto o resto da família de Dulce se retiravam e os convidados também, meus amigos foram até mim, tentando me dar alguma força.

— Cara. Eu sinto muito! — disse Christian, batendo devagar em meu ombro, enquanto eu acabado estava olhando Dulce se retirar da igreja. — Mas tenha calma que tudo uma hora se resolve. É só você ter força e souber o que deve fazer. Mas tudo tem seu tempo, só não faça mais bobagens para o melhor de tudo, brother! — disse ele, num tom de desânimo.

— Eu a amo! — sussurrei tristemente. — Não queria ter perdido-a. Não posso perdê-la! — disse começando a me desesperar.

— Calma, cara. A Dul vai entender.

— Não, ela não vai entender. Christian, eu não fiz mais nada com a Bárbara! Não transamos, ela viu algo que não aconteceu, eu não tive coragem de fazer aquilo com ela. — eu disse no meu desespero, Christian sorriu um pouco, abraçando-me.

— Ela uma hora irá entender e saber a verdade. Mas não desista de seu amor por ela, brother. Isso é o mais importante de cada um de vocês!

— Eu sei. Mas depois disso ela jamais irá entender e me perdoar. 

— Já disse que tudo tem seu tempo. A verdade virá, e você tem que dizer à ela e ainda mais dar uma prova à ela de que a ama. E que é apenas ela, nada do que ela viu aconteceu, porque o amor de vocês é mais forte do que tentação alguma. — aquelas palavras me aliviaram um pouco, mas eu ainda estava com medo de perdê-la de vez. Eu não queria, eu não podia. Me recusava à perder a minha Dulce. A minha vida, o meu amor! A Minha Esposa! Sim. Ela havia dito não, mas eu disse sim, e então para mim estamos casados, mesmo que as alianças não estejam em nossos dedos, nós não estejamos juntos e felizes, mas ela é minha, minha para sempre. Aconteça o que acontecer!

Cadê os comentários, flores? =/ Please, postei vários capítulos e nada de muitos comentários. Comentem muito, por favor.