Fanfic: Perseguida (Terminada)
Uma semana
depois
Tinha
passado mais de uma semana desde sua última excursão, quando Anahí e Benjamin
deixaram as imediações de Barrow para ir de trenó puxado por cães até um
povoado longínquo. Tempo mais que suficiente para que as lembranças do susto
que passou na tundra minguassem sua importância, até quase se extinguir.
Ao longo da
semana anterior, não tinha passado nada estranho: não houve sensações estranhas
de estar sendo observada, nem preocupações por ser roubada pelo que seriam
homens míticos. Nada de nada.
Anahí tinha
começado a acreditar que a família de Benjamin tinha inventado a lenda dos
moradores das rochas, como uma forma de manter vivas as lembranças da Tia
Chari. Se acreditavam que tinha sido seqüestrada, quando de fato, provavelmente
tinha sido atacada por um lobo faminto, então acreditariam que estava viva
ainda e manteriam a esperanças de que um dia encontrasse uma maneira de
retornar ao povoado. Só uma mulher querida e desaparecida, a qual sem dúvida
estava morta fazia tempo. Realmente triste.
Para Anahí,
essa hipótese era a única que tinha sentido, mas encontrava um pouco estranho
que nenhum outro antropólogo tivesse registrado uma lenda Inupiaq sobre os
moradores das rochas. Nem que ela escutasse a outra pessoa nativa falar deles,
com a pequena exceção de Benjamin e Sara.
Sorriu para
Benjamin enquanto pegava sua mão estendida e lhe permitia ajudá-la a levantar
da frente do trenó.
-Brrr -
sorriu burlonamente- Parece outra viagem congelante.
Os olhos de
Benjamin se suavizaram.
-Deveria
ficar na parte detrás. Eu estou acostumado, mas você...
-Preciso me
acostumar também - o interrompeu sorrindo calorosa, mas firmemente-. Além
disso, desfruto de nossas conversações quando viajamos juntos pela tundra.
-Deviam voltar hoje para o Chakuru com a missão de trocar preciosa banha de
baleia por parkas artesanais. - Acomodou-se na cabine do dispositivo tipo sofá,
aninhando nas peles de ursos polar que a mãe de Benjamin tinha lhe preparado-.
Nunca terminou de me contar essa historia sobre sua bisavó pastora de renas.
-Seus olhos se entrecerraram um pouco-. Como se chamava?
-Sinrock
Mary. -Sorriu amplamente, marcando uma covinha infantil em uma bochecha-. Em
sua época causou mais de um revôo. Nesses dias, é obvio as mulheres não
possuíam propriedades. Mas a avó não só a tinha sobre sua manada, mas também o
fazia melhor que qualquer homem.
Ao ouvir
isso, Anahí riu entre dentes.
-Parece com
meu tipo de mulher. -Sorriu para Benjamin, o fazendo ruborizar e afastar o
olhar. Até esse momento, não tinha se dado conta de que o adolescente tinha
desenvolvido por ela um pequeno amor, um fato que estranhamente a fazia se
sentir orgulhosa. Refletiu que depois de tudo, para um menino de dezesseis
anos, seus vinte e nove, deviam parecer bastante velho -. Então me fale de
Sinrock Mary.
Benjamin
lhe contou ao longo das cinco horas seguintes, tudo a respeito de sua bisavó,
assim como outras inumeráveis historia familiares. Ela sabia que os Inupiaq se
deleitavam com uma boa história, da mesma maneira em que um chef desfrutava de
uma boa comida. Os nativos contavam com cuidado delicioso suas histórias,
preservando desse modo sua tradição oral de ser manchada pelo passado do tempo
e empanada pelo contato com forasteiros.
No
transcurso da sexta hora, chegaram ao pequeno povoado de caçadores de Chakuru,
nenhum deles estava tão mal como poderia ter se esperado. A estas alturas, os
cães estavam cansados e as costas de Anahí
doíam por estar tanto tempo sentada, mas a parte disso tudo estava em ordem.
Anahí
sorriu aos meninos nativos, quem se apressavam a receber excitadamente ao
trenó, respirando profundamente o vento fresco, enquanto alvoroçava o cabelo de
um menino magro. Adorava visitar este povoado, já que quando olhava ao redor,
sentia como se tivesse retrocedido no tempo. E de algum jeito o tinha feito.
Este povoado era tão remoto que nem sequer figurava no mapa oficial do Alaska.
Benjamin
inclinou a cabeça cortesmente para a mulher mais anciã que estava falando com
ele e logo girou para Anahí.
-Diz que
seu filho e sua nova esposa estão fora visitando familiares no Nome, por isso
tomou a liberdade de te arrumar sua cabana. -A mulher mais velha disse algo
mais em uma língua que Anahí não conhecia muito. Benjamin assentiu e traduziu-.
Espera que encontre grata a privacidade e agradável o calor do lar.
Autor(a): annytha
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Anahí sorriu, ignorando a voz insistente que lhe dizia que se mantivesse perto dos outros e que esquecesse sua privacidade como fazia usualmente nestas viagens. Ignorou a voz e assentiu, sem querer ofender à mulher mais velha. -Obrigado - disse inclinando modestamente sua cabeça-. Sua hospitalidade é muito generosa. Usando uma fina cami ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1803
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carine Postado em 20/12/2010 - 20:25:13
menina que susto que eu levei!
kkk'
mas poooxa, ja acabou??? -
carine Postado em 20/12/2010 - 20:25:13
menina que susto que eu levei!
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mas poooxa, ja acabou??? -
carine Postado em 20/12/2010 - 20:25:13
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carine Postado em 20/12/2010 - 20:25:12
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