Fanfics Brasil - *A Herdeira *adaptada {Finalizada}

Fanfic: *A Herdeira *adaptada {Finalizada}


Capítulo: 133? Capítulo

595 visualizações Denunciar


- É o perfume do padrinho. Tudo aqui ainda tem a aura dele. Hilda areja o quarto todos os dias e cuida de tudo como se ele ainda estivesse aqui... – respondeu Anahi.
- E porque ela faz isso?
- Por que ela é uma eterna apaixonada por ele.
Dulce suspirou e sorriu tristemente.
- Mas com certeza ela terá mais lembranças dele do que eu...
Anahi a abraçou carinhosamente enquanto Dulce prosseguia seu discurso:
- Olha só, já estou eu me colocando numa posição de vítima de novo... vou levar um tempo até superar isto.
- Tudo bem... – disse a morena aconchegando-a junto ao peito.
- Mas eu supero. Pode acreditar.
- Eu acredito.
- Anahi, quero ir até o atelier. – disse enquanto se dirigia ao quarto que conhecera furtivamente em outra ocasião.
O atelier continuava com o odor de um aposento fechado. Logo que entraram e acenderam as luzes Anahi tratou de abrir as cortinas e descerrar os tampos das janelas de madeira. Instantaneamente a claridade do meio-dia invadiu a peça e tudo assumiu uma outra perspectiva. As sombras lúgubres cederam lugar às prateleiras simetricamente alinhadas e em cujas divisórias de madeira repousavam pincéis e tintas multicoloridas. Tudo parecia diferente naquela manhã.
Novamente Dulce contemplou em silêncio a tela que retratava a camponesa, cujo rosto estava apagado.
- Imagine esta mulher com o teu rosto – disse Anahi – e pronto: eis o retrato da tua mãe.
- Eu gostaria de saber porque ele não fez o rosto...
- Ele fez. Mas desfez inúmeras vezes... e refez novamente, e desfez de novo. Até que um dia desistiu de tentar imaginar como estaria o rosto deste retrato.
- Será que ele terminaria o quadro algum dia?
- Quem sabe... Talvez olhando pro teu rosto...
Dulce sorriu tristemente e emendou:
- Apesar de tudo fico confortada em saber que de alguma forma fui amada pelo meu pai... e minha mãe também.



- E é isso que importa, Dul... E tenha a certeza que tu conseguiste transformar a essência do teu pai. O homem amargo cedeu lugar a um ser esperançoso e confiante na providência divina. O homem descrente passou a acreditar que existe muito mais do que nossos sentidos possam perceber.
- Que bom.
Dulce continuou sua exploração no recinto até que ficou frente a frente com a porta que levava ao que pensou ser um aposento macabro. Aproximou-se e pode verificar que o pentagrama invertido estava pendido por falta de um dos pregos em seu suporte metálico. Na madeira da porta havia a marca original da figura mística da chave, com uma das pontas voltada para o alto, lembrando o contorno do Homem Vitruviano, de Da Vinci. Riu-se de sua capacidade de materializar fantasmas e monstros imaginários. Levou sua mão à porta e empurrou a pesada estrutura para dentro. Instintivamente deu um passo atrás quando a lufada de ar saturado e mofo invadiu suas narinas. Anahi passou à sua frente e fez a mesma coisa que fizera no atelier: abriu as janelas, escondidas atrás de uma pesada cortina negra, e deixou a luz do sol entrar. Desta vez Dulce pôde observar o aposento atentamente. A mesa de tampo de madeira desgastada pelo tempo ostentava ferramentas e alguns animais empalhados. Nas prateleiras aéreas também havia vários espécimes de pássaros inanimados. Havia inclusive uma pequena onça e um gato-do-mato, cuja expressão feroz amedrontaria até mesmo o mais valente dos mortais.
- Eu não gosto daqui... – disse Dulce olhando ao redor.
- O padrinho também não gostava. Aliás, raramente abria esta peça.
- Mas existe uma passagem para a rua por aqui, não é mesmo?
- Existe. Foi por onde Ucker circulou para cometer seus crimes.
- Eu quero ver onde é.
- Não vale a pena... – ponderou Anahi.
- Mas eu quero. – teimou Dulce.


Anahi assentiu com um balanço de cabeça e dirigiu-se para uma parte da parede de pedras, onde havia um nicho no qual caberia uma estátua humana de tamanho natural. Levou sua mão à pesada estrutura e empurrou para o fundo. Com um barulho de roçar de pedras a parede maciça deslocou-se para o lado, dando espaço para a passagem de uma pessoa. Dulce espiou para dentro do que seria um túnel.
- É escuro como breu. Mas eu quero conhece-lo.
- Vamos precisar de uma lanterna – disse Anahi dirigindo-se para o atelier e voltando logo em seguida com um pequeno foco de luz artificial.
A morena fitou Dulce com seriedade e perguntou:
- Tu tem certeza que quer levar isso adiante?
- Absoluta. – disse Dulce.
- Vamos então. – respondeu Anahi passando pela fenda na pedra e sendo seguida de perto por Dulce.
O ar naquele lugar era úmido e fétido. A umidade era tanta que se podia sentir pequenas gotículas que despencavam do teto baixo e ovalado. Após darem dois passos a porta se fechou atrás delas fazendo Dulce sobressaltar-se e agarrar-se à Anahi.
- Calma. – disse a morena – É assim mesmo. Vamos.
Caminharam vagarosamente por uma estreita passagem cujo chão de terra abafava o barulho dos passos. O corredor não devia medir mais do que um metro de largura e Dulce tinha a sensação de que se estreitava cada vez mais. Colada à Anahi avançava na escuridão iluminada apenas pelo sutil facho de luz da lanterna. Andaram por cerca de cinqüenta metros quando finalmente Dulce vislumbrou uma nesga de claridade à sua frente. E conforme iam avançando a claridade se tornava mais próxima. Após mais dez metros pôde perceber que haviam chegado à saída. Respirou aliviada assim que sentiu o sol em seu rosto, ao irromper do fosso escuro, como se tivesse sido parida para a luz. A saída do túnel era camuflada por uma vegetação trepadeira que havia formado uma cortina esverdeada, sendo dificilmente localizada por quem não conhecesse muito bem aquele local.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Candy

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Ao sentir-se fora daquele lugar Dulce abriu os braços, como que desejando acariciar o sol e a brisa fresca daquele início de primavera. Anahi sorriu para ela e perguntou:- E então? Mataste a curiosidade?- Não era só curiosidade. Era necessidade. Já que aqui é minha casa agora, preciso conhece-la. E ninguém melhor do que ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 68



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • vverg Postado em 08/01/2014 - 19:43:56

    Eu li toda a web e adorei, bem escrita, a história interessante..!!!! =)

  • cherry Postado em 28/12/2012 - 16:43:28

    Ahh!! me encantei pela web ^^..muito linda e emocionante *-*

  • cherry Postado em 28/12/2012 - 16:43:23

    Ahh!! me encantei pela web ^^..muito linda e emocionante *-*

  • kislaany Postado em 09/11/2012 - 20:42:58

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=18596 Uma web emocionante e cheia de surpresas, pra quem gosta de Web´s Portiñon: Conhecendo o amor.

  • enilaine Postado em 23/12/2010 - 01:49:43

    Ashauhsuhauhsuhauhsuhsuhsush ..
    Demorei é, rsrrs
    Boom vou continuar lendo suas WEBs e comentarei seeeeeeeeeeeempre !
    rsrsr

  • candy Postado em 21/12/2010 - 11:16:06

    enilaine o Hot Projet ja foi ate terminado!! Heheh voce demorou demais Gats!!

  • candy Postado em 21/12/2010 - 11:16:05

    enilaine o Hot Projet ja foi ate terminado!! Heheh voce demorou demais Gats!!

  • enilaine Postado em 21/12/2010 - 00:56:46

    Oi meninas, desculpas pelo sumiço, mas estava terminando minha facuul aí jah sabem néh.. Porém tô FORMAAADA ! \0/

    Candy .. adorei sua WEB !
    Sooooo Cuute .. rsrsrs
    Esperando anciosa peloseu novo [ HOT PROJET ! ] ^^

  • cookie Postado em 15/12/2010 - 19:09:58

    AI AI
    adoro as cenas hot's...
    POSTA MAIS!!!

  • cookie Postado em 15/12/2010 - 17:09:18

    Que garota mais convencida aqui em baixo, vamos lincha ela gente
    \./
    .|.
    .V.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais