Fanfic: Rebelde ( a luta pela vida)

No hospital

 Estavam abraçados ainda naquele quarto

A cena de minutos antes ainda rodava pela mente dele

O que realmente estava acontecendo?

Como ela se sentia?

Queria saber, queria ajudá-la

Afagou-lhe o cabelo até deixá-la adormecida

Levantou-se calmamente e se dirigiu até a porta, antes de sair olhou-a
novamente ali adormecida, mandou-lhe um beijo e saiu



No corredor ele andava devagar, procurando atentamente por uma pessoa

Foi então que viu quem procurava vindo junto a Alma REY Colucci

O médico e Alma conversavam, foi então que Miguel parou na frente deles

Seu olhar era profundo e seu semblante era sério, porém sua expressão
demonstrava o quanto sofria



Miguel: Posso falar com você?

Mauricio: Comigo?

Miguel: Isso

Mauricio: Fale

Miguel: Eu queria saber se podes mandar um psicólogo pro quarto da Mia



Tanto Alma quanto Mauricio arregalaram os olhos

Não era todo dia que se ouvia isso

Ambos achavam que Mia andava indo bem, reagindo melhor do que esperavam ao
tratamento

Mera ilusão...


Alma : Pra que isso Miguel?

Miguel: Não sei só...

Mauricio: Não é necessário



O médico observava atentamente a prancheta que tinha em mãos, na qual constavam
todos os exames e anotações sobre Mia

Falava olhando os papeis



Mauricio: Os exames dela estão excelentes não acho que seria necessário

Alma: Também não vejo cabimento em fazer tal coisa



Miguel abaixou a cabeça fechando a mão

Tentava se manter bem, calmo

Cada segundo ficava mais difícil

Queria gritar-lhes, dizer tudo que havia lido

Porém não o fez, não ainda...



Miguel: Não sei

Alma: De onde veio tal idéia?

Miguel: Estive lendo, tem possibilidades dela estar em depressão

Mauricio: Depressão?

Miguel: Isso

Mauricio: Não creio que ela possa estar em depressão

Alma: Minha filha não tem isso

Mauricio: Veja bem Miguel, não quer dizer que porque durante um dia ela não
esteve bem, ou sorrindo que ela esta em depressão

Miguel: Estão passem o dia com ela

Alma: Não há um dia em que eu fique com ela e ela não sorria

Miguel: Então da próxima vez que ela sorrir pra você, não olhe somente o
sorriso dela, olhe os olhos, veja como são tristes...

Alma: Minha filha não tem isso...

Miguel: Alma, eu não quero discutir com você

Alma: Então me diga por que achas que ela ta em depressão


Ele abaixou a cabeça quieto

O médico se aproximou dele colocando uma mão sobre seu ombro


Mauricio: Entenda Miguel, não é porque ela esta triste que ela está em
depressão


Ele nada falava

Tentava conter as lágrimas e a vontade de dizer tudo


Alma: Por favor, me diga porque achas que ela ta em depressão



Ele novamente não falou nada



Mauricio: Eu creio que é uma suposição sem cabimento

Alma: Também acho, minha filha não entraria em depressão

Mauricio: Os exames dela são excelentes, não tem hipótese disso acontecer


Ele ouvia os dois falando e prestava atenção

Era incrível como haviam se cegados frente a isso

Era claro que ela não estava bem, bastava olhar direto em seus olhos para ver a
dor que sentia, o quanto sofria por estar ali

Mia sempre havia sido livre, obvio que não ficaria bem, não depois de tantos
dias trancada em um hospital


Os dois continuavam achando que aquilo era sem cabimento

Miguel já deixava algumas lágrimas caírem frente ao ato dos dois

Estavam cegos!

Levantou o rosto e voltou a encará-los

Mauricio: Nos diga porque achas isso Miguel!


Ele continuava calado

Preferia ficar quieto a falar mais do que deveria

Ou para tentar controlar a vontade de berrar até que entendessem o que
realmente se passava com Mia


Miguel: Passe um dia com ela e verá


Não se conteve

Porém falou apenas aquilo

Deu-lhes as costas e enquanto andava a passos lentos pelo corredor pode ouvir
como ambos ainda não estavam convencidos de que Mia pudesse estar em depressão



Alma: Miguel...



Tentou detê-lo inutilmente

Disseram mais coisas até que Miguel sentiu o sangue ferver

Virou-se para eles e não conteve a vontade

Logo gritou



Miguel: Vocês não entendem, não passam o dia com ela pra saber, não observam
cada ato dela pra suspeitar disso



Ambos somente o olhavam



Miguel: Caramba! ELA TENTOU SE MATAR!