Fanfic: Rebelde ( a luta pela vida)

 Nunca pensei em viver mais uma aventura
como essas em minha vida. Combinamos que somente nos veríamos no apartamento
dele ou em situações que não ‘corrêssemos perigo`. De um dia pro outro parece
que tínhamos retornado ao passados e voltamos a ser um com o outro o que
costumávamos ser. 

Mudei seu nome na agenda de telefone para Juliana e alem disso, quase sempre
ele enfiava sua secretaria ou a sua filha para falar comigo.

any: "Oiii Ju.." - sorri olhando pro lado e vendo o Rodrigo  mudando os canais da televisão.

poncho:"Quando vamos poder nos ver?" - ele diz impaciente - "to morrendo de
saudades.."

any: "Não sei Ju.." - pior que nem sabia direito mesmo - "amanha acho que
poderei passar pelo seu apartamento.."

poncho:"O corno ta ai ne?" - ele diz mais impaciente ainda.

any:"Não diga isso.." - me pus nervosa e me levantei - "pelo amor de Deus.."

poncho:"Você não vai se atrever a trazê-lo no aniversario dela, ok?"

any:"Tentarei.." - quase sussurrei e fui andando pela casa - "não começa com
ataque ou cena de ciúmes.."

poncho:"Invente que esta menstruada ou com dor de cabeça.. não esqueça.." - ele
riu do outro lado da linha.

any:"Ai meu Deus.." - bati meus dedos nervosa em cima de uma mesa - "onde eu
fui me meter.."

poncho: "Não reclame.." - ele riu - "eu sei que eu que alegro os seus dias.."

any:"Modéstia faz bem a pele, sim?"

~.~

Giovanna: "Deixa eu falar com ela.." - gigi  praticamente puxava meu cabelo arrancando o
telefone.

poncho: "Espera, alguém quer falar contigo.." - passei o telefone a ela.

gigi:"Tia.." - ela sorriu - "comprei uns filmes novos pra vermos.." - tadinha
da anahi . Paciência... - "podemos fazer a noite das bonecas?" - eu olhei pro
teto suspirando fundo - "festa???" - ela arregalou os olhos empolgadas - "pra
fazer inveja a todas minhas amigaaas?"

poncho:"Me arranja esse telefone.." - peguei da mão dela.

gigi: "Chato.." - ela mostrou a língua.

poncho:"Cuidado que o bicho papão pode vir e comer essa língua.." 

Logo ela me olhou seria e pos a língua pra dentro.

any:"Terrorismo poncho?" - ela riu do outro lado da linha.

poncho:"Às vezes é preciso.." - sorri segurando mais forte o telefone - "se
você não vier amanha mandarei alguém ir te buscar a força.."

any:"Eu vou.. eu prometi.."

poncho:"Sábado é o aniversario dela e preciso de ajuda.." - amo inventar
desculpas.

any:"Sei.." - ela não parecia muito convencida - "até amanha então?"

poncho:"Quer entrar um pouco no MSN não?" - falei olhando a hora.

~.~

any:"poncho não inventa..." - ri escutando ele já brigando com ela de novo.

poncho: "Preciso desligar então.. ela ta enchendo a paciência hoje..."

any: "Ta certo.." - sorri imaginando - "até amanha então.."

poncho:"Te espero..."

any:"Eu vou.." - sorri quase desligando meu celular.

poncho:"Beijo.." 

any:"Se cuida.."

Desliguei o telefone e segui para o quarto fingindo estar
morrendo de sono. Comecei a bocejar muito e me enfiei embaixo do lençol.

any: "Ain.. boa noite.." - me virei de costas me acomodando na cama.

Rodrigo:"Já?" - ele disse assustado - "são nem 11 horas direito.."

any:"Amanha tenho muito o que fazer.." - menti.

Rodrigo:"Eu estava pensando se.." - senti seus braços nas minhas costas -
"voltarmos a tentar.. a fazer.. sabe?"

any: Sei, mas não quero mais não. Não por agora. Obrigada. "To cansada Rodrigo .."
- não me virei para olhar pra ele.

Rodrigo:"E quando esse cansaço vai passar?" - ele não parecia lá muito
contente.

any:"Você sabe o quanto to ocupada gravando essas novas musicas.." - fechei
meus olhos desejando firmemente que ele acreditasse em minhas mentiras.

Rodrigo : "Sei.." - ele tira a mão de minhas costas - "sei.." - escuto passos
pelo quarto - "que tenha uma boa noite então..."

Eu sabia que aquilo não era correto.. mas era preciso..

~.~

Aquele dia resolvi levar todos os trabalhos da produtora pra casa. Não sabia ao
certo que horas ela poderia aparecer. gigi estava na creche e só voltava na
metade da tarde. Ou seja, bastante tempo para fazermos o que nos desse vontade. 

Estava analisando uns papeis quando sinto uns braços rodeando meu pescoço.

any: "Ocupado?" - senti seus lábios de leve em meu pescoço.

poncho: "Usando mesmo a chave que te dei?" - sorri girando a cadeira e olhando
pra ela.

any: "Se me deu, tenho que usá-la, verdade?" - segurei sua mão e fiz com que
ela se sentasse em meu colo. - "onde esta a pequena?"

poncho: "Na escola .." - achei sua boca no mesmo instante - "temos um bom tempo
sem ela.."

any: "Não fale isso de sua filha.." - ela sorriu passando a mão por meu cabelo
- "pois no que poderei te ajudar?" - ela pega um papel da mesa e eu coloco uma
de minhas mãos sobre as suas pernas.

poncho: "Estava analisando umas composições que nos mandaram.." - deslizei
minha mão de cima a baixo sobre suas coxas.

any: "Hum.." - ela colocou o papel de lado - "então você ta ocupado?"

~.~

poncho: "Deveria estar.." - ele subiu uma mão pelas minhas costas por dentro de
minha camisa - "mas no momento estou tirando um intervalo com tempo
ilimitado..."

any: "Ah sim?" - segurei uma de suas mãos - "vamos então ver o que você queria
ver pro aniversario dela.."

poncho: "Agora?" - ele não parecia não muito feliz.

any: "Agora sim." - sorri para ele me levantando - "vamos.." - o puxei pela
camisa - "antes que.."

poncho: "Prefiro o antes que.." - ele se levantou rindo - "então vamos ne..
fazer o que.." - disse recolhendo seu celular - "podemos depois comer e pegá-la
na escola?" - ele me pergunta não muito convencido. 

poncho:"Acho que sim.." - olhei pro meu relógio - "damos nosso jeito.."

~.~

Providenciamos as ultimas coisas pra o fim de semana e voltamos para meu
apartamento.

any:: "Sushi.." - ela diz olhando sua agenda de telefone - "podemos sim?"

poncho: "O que queira.." - sorri entregando-lhe o telefone.

any:"Eu não vou pedir poncho.." - ela disse me devolvendo o telefone - "a casa
é sua.. você que pede.."

poncho: "Desde quando você tem a chave a casa passou a ser sua também.." - lhe
devolvi o telefone.

any: "Não inventa.." - ela me devolve o telefone - "não começa.."

poncho:"Tenho fome any..." - olho para ela da maneira que eu sabia fazer - "faz
isso por mim.. por nós.. por favor.."

any:"Só hoje.." - ela disse lá não muito satisfeita - "depois não faço mais..
você e seu esse mal costume.. temos que mudar isso.."

poncho:"Temos?" - sorri aproveitando para beijar o seu pescoço enquanto ela
discava os números.

~.~

any: "Alo.. gostaria de fazer um pedido.." - ele começa a passar sua boca por
meu pescoço - "poncho.. não.." - adverti - "meu Deus.. não moço.. não era
contigo.. é que enfim.." - olhei pra ele que me dirigia um sorriso safado -
"sai daqui.." - disse seria a ele que nunca me levava a serio. - "contigo não
da pra fazer as coisas direito" - fui me levantando do sofá pra finalmente
poder falar.

Ele finalmente me deixa pedir nosso almoço e permanece no sofá sorrindo de
orelha a orelha.

any:"Que foi?" - sorri lhe entregando o telefone - "olha que eu pedi mas você
que vai pagar.."

poncho:"Sem problema.." - ele seguia sorrindo.

any:"Porque o sorriso?" - me sentei ao seu lado no sofá.

poncho;"Nada.." - ele não parava de sorrir - "posso sorrir não?"

any:"Pode.." - estranhei tudo aquilo - "eu acho.."

~.~

poncho:"Esquisito.." - ela disse me encarando.

any:"O que?" - passei a mão por meu cabelo e me ajeitei no sofá.

poncho:"Quase uma semana nisso e ainda não brigamos.." - ela desvia seu olhar.

"Sempre tínhamos medo de muita calma.." - logo encontro sua mão.

any:"Espero que não seja má sinal.." - ela entrelaça seus dedos nos meus.

poncho:"Não será.." - sorrio me aproximando para beija-la.

Triiimmm O_o...

any:"Interfone.." - ela sorri afastando seu rosto.

poncho: "Não se mova.." - aponto para ela.

any:"Relaxa.. estou com fome e no momento não tenho para onde ir.." - ela logo
sorri.

poncho:"Espero que não mesmo..."

~. Continua .~

Ele voltou com tudo o que eu havia pedido. Colocou em cima da
mesa e eu me aproximei abrindo pacote por pacote.

poncho:"Esta tudo perfeito?" - senti seus braços em volta de minha cintura.

any:"Acredito que sim..." - respirei fundo já sentindo o toque de seus lábios
sobre meu pescoço.

poncho:"O que você pediu ai?" - de pronto suas mãos deslizaram e pararam em
cima de minha barriga.

any:"Ah.." - respirei fundo - "o de sempre.. o que sempre pedíamos.."

poncho:"O de sempre..." - ele me puxou mais forte fazendo com que eu sentisse o
meu corpo colar ao seu.

any:"Bebê.." - sorri - "assim não posso me mover... temos que comer... para
pega-la..."

poncho:"Temos mesmo?" - e ele fez aquela voz de bebe... aquela voz que há
tempos eu não ouvia.

any:"Não acho que seja muito conveniente deixar sua filha te esperando,
verdade?" - consegui por minhas mãos por cima das suas que estavam posicionadas
sobre minha barriga.

~.~

poncho:"Gosto do seu perfume.." - a faço se virar para olhar para mim. 

any:"Vamos comer?" - suas mãos  vão  em direção ao meu rosto e ela desliza seus
dedos pela minha bochecha. 

poncho:"De repente perdi a fome..." - encosto o meu corpo no seu - "temos
quanto tempo?"

any:"Não dará tempo.." - a vi ficar completamente imóvel.

poncho:"Dará..." - levo minha mão sem o menor pudor em direção ao seus seios.

any:"poncho.." - ela baixa o seu olhar e tenta me repreender.

Sorrio para ela enquanto tirava meu celular do bolso.

poncho:"Alo? - logo escuto sua voz do outro lado da linha - "pode levar gigi contigo
hoje? A busco mais tarde.."

~.~

O encarei incrédula.... mas...

"Prometo fazer o mesmo assim que você precisar..." - vi um sorriso se formar na
sua boca.

Dei instintivamente um passo para trás e olhei toda aquela comida sobre a mesa. 
Fome não era bem algo que eu estava sentindo no momento. Estávamos nessa nossa
brincadeira, mas nada tinha sido levado a serio ate o momento. Serio falando em
outro aspecto.. porque não tínhamos passados de simples encontros. E confesso
que um dos meus maiores temores era voltar para cama com ele... 

Ele abandona o celular em cima da mesa e eu acompanho tudo com meu olhar e lhe
regalando um sorriso tímido. Ele busca minhas mãos e sorri aproximando seu
corpo do meu.

poncho:"Quer comer na cama?" - senti um calafrio percorrer todo o meu corpo.

~.~

any:"Na cama?" - ela perguntou ainda não me encarando.

poncho:"Podemos.." - de repente ela olha pra mim - "sabe... lembra?"

any:"Lembro.." - seus dedos se direcionam ao meu braço.

poncho:"E então?" - respiro sorrindo de satisfação.

any:"Pode ser.." - sentir ela ruborizar-se.

Não sabia ao certo o que fazer num primeiro instante. Tratei de pegar o que
podia e acenei para que ela me seguisse. 

Entramos em meu quarto depositando tudo sobre a cama.

any:"Vamos sujar os lençóis.." - ela fala passando a mão por cima da colcha
branca.

poncho:"Não importa..." - digo sentando-se ao seu lado. - "nisso eu dou um
jeito depois..."

~.~

Olhei ao redor ainda estranhando tudo aquilo. Vi sua cama, as paredes, virei
meu olhar e vi aquela porta aberta.

poncho:"Quer que feche?" - ele deposita uma mão sob minha coxa passando seus
dedos lentamente por elas.

"Estranho fazer as coisas tão ‘livres` assim.." - eu digo não apartando meu
olhar de sua mão sobre minha perna.

poncho:"Espera então..." - o vejo levantar-se, ir ate a porta e trancá-la com
chave. 

any:"Melhor assim.." - digo recordando-me de certas coisas...

poncho:"Não te culpo.." - ele torna a sentar-se ao meu lado, agora passando seu
braço pelas minhas costas. - "tinha suas vantagens e suas desvantagens.."

Logo ele me faz encará-lo e de imediato leva a sua boca em meu pescoço. Fecho
meus olhos e jogo o meu pescoço para trás, como reação normal, esperando sentir
seus lábios por mais uma vez em todo meu corpo. 

Respiro fundo, pisco meus olhos e me nego a pensar que poderia estar a ponto de
cometer mais um erro.

Seja menos racional anahi ... disse a mim mesma quando ele finalmente se
apossou de minha boca.

~.~

Iria perguntar-lhe "quer comer agora ou
depois", mas deixei aquela pergunta de lado e parti para o que eu deveria ter
feito no primeiro dia que eu a vi escapar de meus braços.

Silenciosamente, sem palavras, pois sinto que não cabia espaço as mesmas, joguei
meu corpo sobre o seu, derrubando-a sobre minha cama. Nos beijamos parecendo
que a qualquer minuto algo pudesse acontecer e tivéssemos que tornar a separar
nossos lábios por tanto tempo. Queria beijá-la até sentir o inchaço em nossas
bocas e desejava desgastar seus lábios assim como fazíamos quando nossos corpos
recusavam-se a recuar quando queriam somente avançar.

Prendemos nossos olhares, nossas mãos pararam, mas nossos corpos partiam para
um caminho que não via a hora de poder se encaixar de novo. 

Meus olhos passearam lentamente pelo seu corpo ainda vestido e o meu peito
acelerou somente pensando na possibilidade de ter aquilo para sempre de volta
em minha vida.

Minha intenção nunca foi destruir a felicidade dos outros ou atrair alguém para
algo que pudesse ser errado. Mas com ela não sei o que acontecia. Errávamos e
acertávamos ao mesmo tempo. É complicado. Não da pra explicar... só sei que
quanto mais parecíamos errar, mais estávamos acertando..

~.~

Estava ainda completamente vestida, mas o seu olhar tinha o poder de
ultrapassar minhas roupas e me fazer sentir totalmente e completamente nua e
entregue a suas mãos.

Mordi minha boca como de costume informando-o que já não precisaríamos esperar
mais nada. Seus olhares juntamente com os dedos de sua mão direita deslizaram
ainda sobre minha roupa, ao redor de minha cintura, subindo e descendo ate
encontrar meu rosto. 

Fecho meus olhos e sinto que meu corpo poderia começar a flutuar. Sua boca
tornava a estar sobre a minha e sua mão já estava entrando em contato a minha
pele. Seus dedos deslizavam e roçavam por debaixo de minha roupa demonstrando
que não teria a menos pressa para que elas sumissem do meu corpo. 

Definitivamente não existiam homens na cama como ele...

Como de costume ao lembrar de tanto o que me privei por tanto tempo, sinto um
nó formar-se em minha garganta. Porem não me permito estragar aquele momento.
Não me permitiria fechar meus olhos por mais nenhum instante. Me encantava
tocar, beijar e admirar aquela pele branquinha, aquele peito bem definido, a
sua barriga com músculos bem torneados. 

Dizia ele que minha pele junto a sua era um dos contrastes mais bonitos que ele
já havia visto em sua vida. "Vê? Até nisso parece que somos perfeitos..." - ele
ria se apossando mais uma vez de minha boca. 

~.~

Deslizando a sua camisa, tirando-a de seu corpo me passou pela cabeça se ele
sabia fazê-la feliz. Se sabia tocá-la e atender todas as suas necessidades. Se
sabia matá-la de beijos para logo poder percorrer todo o seu corpo com as mãos,
com a boca, com a língua, vendo-a arquear-se de prazer e suplicar com um
sorriso que não parasse com aquilo, que continuasse cada vez mais fazendo-a
sentir-se a mulher mais especial deste mundo. 

Queria saber se ela suspirava e dizia as mesmas palavras para ele enquanto
faziam amor. Se ela tinha o mesmo brilho no olhar, o mesmo toque, o mesmo
sorriso e a mesma delicadeza de fazer amor de tal forma que somente ela sabia
fazer.

Não me permitia pensar muito em ver a menina que eu vi transformar-se em mulher
no meio dos braços de outro homem. 

De saber que não era eu que por esses anos beijava seu rosto, o que aspirava o
aroma de seu cabelo, tendo ainda em minha boca o sabor de sua pele e o seu suor
misturado com o meu me trazia uma urgência maior de mostrar a ela que não
cometeríamos os enganos do passado.. e que todo esse tempo que lutamos para
ficarmos juntos, apesar dos pesares, não foi por ‘puro capricho`...