Fanfics Brasil - Benditα Tu Luz ~♥ [TERMINADA]

Fanfic: Benditα Tu Luz ~♥ [TERMINADA]


Capítulo: 16? Capítulo

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Os dois se sobressaltaram quando a campainha do elevador tocou, avisando-lhes que já haviam chegado ao térreo. Christopher nem ao menos estava se importando com eu os outros falariam dele e de Dulce. Agarrou a mão dela e a levou para fora do Hotel. Guiando-a com paciência e carinho. Todos os empregados se viravam para vê-los passarem, estranhando aquela cena. E quando chegaram à área das piscinas, Christopher nem ao menos viu seus amigos sentados nas cadeiras a beira da piscina. Anabelle sentou-se de uma vez na cadeira e cutucou Enrique, fazendo-o sentar-se também.

- Para onde Christopher está indo?

- Ele está com a garota que tirou do mar? – perguntou Enrique tirando os óculos escuros do rosto. – É ela mesma!

Diego levantou-se de uma vez para ver o amigo e arregalou os olhos.

- O que ele está fazendo com ela? – Diego colocou a mão na testa, para bloquear um pouco a claridade do sol. Conseguiu ver como o amigo sorria ao colocar colete salva-vidas na garota.

- A cada dia que passa, eu o admiro mais. – suspirou Anabelle, voltando a se deitar na cadeira. – Só fico triste por ele ter aceitado se casar com aquela mulher. Não está a altura dele.

- Gabrielle não está à altura do Casillas? – gargalhou Diego ironicamente. – Gabrielle é a mulher mais linda que já vi com Christopher.

- E também a que ele não ama. – Anabelle franziu a testa pela luminosidade solar. – Não acho que esse casamento vai ser um dos melhores do mundo.

- Gabrielle tem tudo o que uma mulher precisa ter, é linda, é exuberante, é refinada, é rica...e muitas mais qualidades. Para mim, ele tirou a sorte grande com ela.


 


- Você é um babaca, Diego, pensa que as mulheres são só um pedaço de carne, para comer a vontade, e um troféu, para exibir para o mundo. – bufou Anabelle com indignação. – Pois eu queria muito que Christopher conhecesse uma mulher que mexesse com os sentimentos dele.

- Ana, amor, que Diego é um babaca todos já sabem, mas deixa estar, depois que Christopher se casar com Gabrielle, ele vai ver como o amigo dele estará arrasado.

Diego fez uma careta, ainda encarando Christopher e a garota que subiam no jet-ski, assim como Enrique e Anabelle também olhavam para o casal que se distanciava com o jet-ski.

- E não acho uma boa idéia Christopher se aproveitar dela assim. – comentou Enrique recostando-se novamente na cadeira.

- Ele não está se aproveitando! – Anabelle tomou partido pelo amigo. – Preconceituoso!

- Não sou preconceituoso, meu amor. Mas pelo que ela fez ontem, se nota que ela é muito sensível. Uma pessoa que quer se matar, não é um exemplo de fortaleza. Vai que ela se apaixona por ele...

- Nós vamos embora amanhã, Enrique. E Christopher pode ser tudo, menos um canalha sem coração. Não há nada entre eles dois, somente uma amizade. Ele não se atreveria a tanto.

- Humm...

Enrique colocou os óculos, com os pensamentos totalmente contrários ao de sua noiva.


 


Dulce sorria ao sentir como Christopher dava curvas no jet-ski. Era tão emocionante, sentia como seu coração estava acelerado. Sentir a água salpicando em seu corpo, e girar de um lado ao outro. Aquilo era especial, gostava daquilo, gostava da adrenalina. Christopher aumentava a velocidade e gargalhava ao sentir como ela o agarrava mais forte a cada curva. Flutuavam por cima das águas e Christopher guiou o jet-ski para longe do Hotel. E diminuiu um pouco a velocidade ao ver que se aproximavam do Terreiro dos Coqueirais, onde ele costumava passar o dia quando era criança. E onde construiu uma pequena cabana para se refugiar nas noites em que escapulia do Hotel para passar ao relento. Dirigiu o jet-ski até a areia, fazendo com que Dulce se levantasse, e ele também. Puxou o aparato mais até a areia e pegou a mão de Dulce.

- Aqui é minha praia particular.

Dulce inspirou aquela maresia e fechou os olhos, sentindo-se em paz naquele lugar. Ouviu como os pássaros cantavam ao uníssono e sorriu.

- Aqui é muito tranqüilo. Não tem muito barulho.

- E muito bonito. – disse Christopher olhando para todos os lados. – É como se sentir inalcançável. Nada e nem ninguém pode te alcançar...

Ela esboçou um pequeno sorriso ao ouvir a voz dele tão frágil. Aquele lugar sem dúvida era muito importante para ele. Mas o fato de ele querê-la ali, estava estranho.

- Me descreva o lugar, por favor. – Dulce se soltou dele, sentindo como as ondas fixavam seus pés na areia.

Christopher girou em torno de si para observar toda aquela paisagem que os rodeavam.


 


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- Não é muito longe do Hotel. E está totalmente deserto. Acredito eu, que nunca ninguém veio aqui. – supôs virando-se para ver o mar. – Se chama Terreiro dos coqueirais, porque há muito coqueiros atrás de nós, e logo mais atrás há uma mata fechada. O mar parece uma piscina, as águas são muito claras, não há quebra de ondas, somente no rasinho e elas já estão enfraquecidas demais...de verdade, parece mais uma piscina do que o mar.

Dulce fechou os olhos, sabendo que não conseguia imaginar nada em sua cabeça. Tudo era negro. Antes de cumprir seu 15º aniversário já sabia como era sonhar com a escuridão. Branco não existia mais. Cores já não existiam mais. Imagens já não existiam mais. Apesar de ter visto o mar quando ainda tinha visão, não se recordava, ou algumas vezes conseguia imaginar um pouco as ondas. Porém, os sons eram mais perceptíveis, o cheiro era mais perceptível, o gosto era mais perceptível. Ainda era muito difícil aceitar que nem em sonhos podia mais enxergar. Com um suspiro afastou os pensamentos que a afligiam, e inspirou aquele ar puro, aquele cheiro de mar. Tirou a blusa e os óculos, jogando-os no chão. Queria mergulhar nessa piscina.

Christopher também se despiu da blusa e pegou a dela para guardar no jet-ski.

- Você já alguma vez se imaginou cego? – indagou Dulce ainda com os olhos fechados, absorvendo a maresia.

Christopher chegou atrás dele e apoiou a cabeça na cabeça dela, enquanto suas mãos se cruzavam na barriga dela.

- Nunca.

- Eu era uma criança... – tragou a saliva, emocionada. – foi muito difícil para mim.


 


Christopher se curvou e beijou seu pescoço suavemente, se compadecendo dela.

- Eu tive que aprender a viver outra vez.

Sempre que imaginava como teria sido a vida de Dulce, se compadecia dela. Não queria sentir isso, mas era humano, o sentia contra a sua vontade. Por algum tempo, Christopher observou o horizonte e Dulce tentava imaginá-lo.

- Eu sei que é difícil, Dulce. Mas você não pode decidir acabar com sua vida por causa disso. Você pode fazer qualquer coisa, como toda outra. Você pode ir à praia, pode dançar, pode comer, pode ter bebês, pode casar...

Dulce riu com deboche.

- Casar? E quem vai querer se casar com uma cega?

- Por que você se menospreza assim? – vociferou Christopher irritado. Se afastou de Dulce e colocou a mão na testa, pensativo. – Acho que eu nunca me diverti tanto com ninguém do que com você. Você... – tartamudeou procurando uma palavra. - ...é linda! O fato de você não poder ver não muda nada. Quando se ama alguém, tudo se aceita, tudo se divide, tudo se amolda... Quando você se apaixonar, você sentirá se a outra pessoa também estará, e se ela estiver, quererá passar o resto dos dias ao seu lado, não se importando se você não pode ver, andar, ouvir, falar... Para amar, sempre há um jeito...sempre há um entendimento... – tragou a saliva. – bom, isso creio eu.


 


Tragou a saliva, coçando a nuca. Estava se sentindo esquisito. Nunca havia falado com ninguém de amor. Estava sentindo com sua língua se afrouxava ainda mais.

- Você é linda...e qualquer homem que se preze se sentiria atraído por você, assim mesmo como eu me senti mesmo antes de te conhecer. – suspirou ele enquanto sentia que seu coração se derretia ao vê-la se deprimir.

Dulce tragou a saliva, sentindo as lágrimas não-contidas lhe subirem aos olhos. Era impossível. Como ela poderia viver com a consciência de que nunca poderia ver seu próprio filho, de seu próprio esposo? Como poderia viver com a dúvida de que seu filho a menosprezaria ou não, por ter uma mãe cega, enquanto seus coleguinhas não? Não seria nada grato para ela. O melhor era não ter nenhum dos dois. Não queria se apaixonar por ninguém, e nem que ninguém se apaixonasse por ela. Era o melhor para todos, principalmente para ela.

- Eu nunca vou me apaixonar... – murmurou baixo, repetindo em voz alta o que em sua mente latejava.




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Autor(a): kalu

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- Eu nunca vou me apaixonar... – murmurou baixo, repetindo em voz alta o que em sua mente latejava.Christopher tragou a saliva ao ouvir seu murmúrio, sentindo um frio na barriga. De alívio? Não podia explicar, mas ia muito mais além...- Eu também não vou me apaixonar por ti... – e nem ao menos se deu conta de que falou al ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 79



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  • stellabarcelos Postado em 13/05/2016 - 23:22:05

    Meu deus que história linda! Chorei litros aqui!

  • Rebeca Postado em 17/11/2015 - 02:40:26

    Que droga, chorei horrores. Quero o felizes para sempre.... Bua ;(

  • lyne_vondy Postado em 17/04/2015 - 00:32:08

    oi, posso repostar sua fic?

  • karolinedyc Postado em 21/09/2012 - 21:49:00

    A web mais linda que já li! (L)

  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:43

    Uma se não a melhor web que eu já li, muito boa, realmente muito perfeito, me emocionei e chorei principalmente no final! Parabéns!!

  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:43

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  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:42

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  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:41

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