Fanfic: Benditα Tu Luz ~♥ [TERMINADA]

Era a vez de Diego. Ele gargalhou quando, por fim fora premiado. Christopher gargalhou com o grito que ele lançou ao pegar o palito menor. Seu organismo não estava muito resistente ao álcool, estava se sentindo um pouco fora de órbita, mas ainda estava muito consciente. E beber havia lhe servido de uma coisa: Não conseguia pensar em mulher nenhuma, muito menos em Dulce. Queria somente a bebida e ela a ele, com certeza. Continuou a gargalhar com todos. Diego começava a se arrumar. Parou na frente de Anabelle e pediu que ela o arrumasse direito. Ela passou a mão na camisa dele, arrumou um pouco o cabelo dele, passou os dedos nas sobrancelhas e lhe deu um tapinha na bunda de boa sorte. Todos gargalharam e ela se jogou nos braços de Enrique e lhe deu um beijo ainda rindo. Christopher acompanhou o amigo com o olhar, enquanto os outros riam e comentavam os “foras” que tinham levado da mesma mulher. E ficou irritado pelo que escutou.

- Não permitiria que nenhuma mulher me falasse desse jeito! - gargalhou. – É só mostrar a carteira, que elas vêm correndo.

- Parece que essa não, amigo. – disse um dos “rejeitados”, Ingo o publicitário bonitão. – Mostrei quase mil dólares na cara dela e ela não quis nem ver, nem ao menos virou para me olhar. E olha que nunca tive que dizer uma palavra para nenhuma para elas quererem tudo comigo.

- Talvez se você dissesse que tem 15 hotéis, mais de cem restaurantes em todo o país, três bancos e uma frota de navios, talvez te dessem bola. – se burlou Christopher, fazendo todos morrerem de rir. Todos sabiam no que consistia a fortuna dos Casillas. – E, sinceramente, essa tal mulher deve ser como as outras, deve ter tudo o que as outras tem, dois peitos grandes e uma...

Enrique tapou os ouvidos de Anabelle, irritado com Christopher por não respeitar sua noiva. Escrutinou o amigo com o olhar e ele continuava falando e falando “merda”. Christopher não estava normal, em pouco espaço de tempo havia se embebedado como há tempo não fazia.

- A única mulher que me importa está na minha casa... aliás, as duas... minha mãe e minha irmã. Além delas, e tirando obviamente minha amiga Anabelle... – Enrique o fuzilou com a mirada. – Nenhuma me importa. Servem para o sexo e nada mais. E Diego vai pegar essa puta e... – ele virou-se para apontar para Diego e a mulher e calou-se, vendo quem era aquela mulher. Até mesmo sua respiração cessou. Não conseguia mais enxergar nada do que a ruiva com os cabelos esvoaçando com o vento. E quando ela virou-se de lado rindo para Diego, ele teve a certeza.

Era ela!

Era Dulce.

Seu queixo declinou um pouco ao notar sua “diferente” presença. As pernas nuas e brilhantes a luz das tochas, a saia preta de lycra folgada muito curta, o sutiã preto nitidamente ressaltado pela blusa-arrastão cinza. Um bracelete prata em desenho de cobra lhe enlaçava o bíceps e o tríceps direito. Assim como as argolas pratas lhe enfeitavam as orelhas. Mas o cabelo e a maquiagem... O cabelo mais volumoso do que o normal, ondulado, mas totalmente sem os cachos. A maquiagem forte, os olhos pretos, os lábios brilhando pelo gloss. E Diego teve razão. Já estava totalmente ereto somente em olhá-la. Era uma Deusa. Uma verdadeira Deusa. E ela parecia muito bem ao lado de Diego.

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Christopher fechou a cara, e murmurou um palavrão, levantando-se de uma vez, enquanto empurrava a cadeira com as panturrilhas, fazendo-a estalar na areia. E com isso, concentrou em si a atenção de todos. Seus amigos estavam estranhando aquela atitude de Christopher. E estranharam ainda mais o fato de ele não tirar os olhos para onde estavam a Ruiva e Diego.

O que Dulce queria agora com seu melhor amigo? O que Dulce queria vestida daquele jeito? Aquilo o tirou do sério. Estava com vontade de gritar de tanta raiva. Por acaso ela também queria usar Diego como fez a ele? Pois não conseguiria. Ele não permitiria Diego tocá-la. Não! Ela era sua! A encontrou primeiro! Tinha passado a noite com ela, portanto, era sua! Saiu caminhando a passos largos. E admitiu que estava odiando ver como Diego chegava perto dela para lhe falar ao ouvido por causa da música alta. Odiava ver como ele a tocava de leve no ombro, odiava ver como Diego a fazia rir do mesmo jeito que ela riu para ele! Sentia a cabeça a ponto de explodir. Queria tirar Diego dali a sopapos. Queria gritar com ele. Queria dizer a todos que ela era sua! Essa Maldita mulher era sua! A encontrou primeiro, a conheceu primeiro, a beijou primeira...a fez sua primeiro! E, todavia seguia querendo-a!

Diego o olhou de esguelha e deu um risinho debochado, como dizendo: “Essa aqui já está no papo.” Christopher o fuzilou com a mirada, enquanto apoiava os braços na barra do bar.

- Se manda.

Diego não entendeu muito bem e riu a gargalhadas, puxando papo outra vez com Dulce, quem já havia ouvido a voz de Christopher, e se retesou em seu canto, trincando os dentes. Christopher voltou-se para Diego, com a cara amarrada.

- Você está surdo? Já disse para sair daqui!

Mas Christopher... – Diego colocou a mão em cima da mão de Dulce e a apertou, fazendo com que Christopher se enfurecesse ainda mais ao ver como ele encostava nela.

- JÁ DISSE PRA SAIR, PORRA! – gritou ele com desespero enquanto batia com as duas mãos na barra do bar.

Dulce quase deu um salto do susto pelo grito de Christopher. Diego se enfezou com o grito e deu um empurrão no amigo.

- Você tá pensando que é quem?! – esbravejou ele. - Você pode ser tudo, meu amigo, mas ninguém... NINGUÉM manda em mim! E se eu quiser ficar, eu vou ficar!

- Ah, mas não vai mesmo... – empurrou Diego na areia, enquanto uma roda se formava entre eles. E quando Diego ia se levantando, Enrique entrou no meio dos dois, sabendo que dali sairia briga.