Fanfics Brasil - Benditα Tu Luz ~♥ [TERMINADA]

Fanfic: Benditα Tu Luz ~♥ [TERMINADA]


Capítulo: 32? Capítulo

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Christopher fechou os olhos por um instante, penetrando aquelas palavras em sua mente. Tragou a saliva sem saber o que dizer.

- Acho que em toda minha vida não sorri tanto como em esse final de semana. – pestanejou rindo com uma leve mescla de sensações. – Eu não queria te agradecer...mas é impossível não fazê-lo...

- Não precisa... – sussurrou ele em um fio de voz.

Christopher suspirou. Desde o dia que soube que seu pai havia sofrido um AVC e que estava em coma no hospital não havia sentido sua garganta seca pela emoção. Tratou de umedecê-la tragando a saliva, mas não conseguia, estava travada. E seus olhos ardiam... E com a ardência, seus olhos se volveram úmidos. Olhos estavam úmidos ao invés da garganta... E ele sabia por que era. E ele sabia que nunca havia experimentado uma emoção como essa. Foi como se Dulce estivesse naquela areia outra vez, inconsciente... Foi como voltar toda aquela agonia outra vez... E o emocionava o fato de que se não fosse por ele, ela não estaria gostando de sorrir agora... Nem ao menos teria a opção de gostar ou não. E sentiu medo...medo que ela fizesse outra vez.

Dulce ficou calada. E o silêncio imperou naquele cubículo. O sinal do elevador apitou, anunciando que haviam chegado ao andar de Dulce. E ele suspirou, ainda com o mesmo sentimento de perda lhe embargando o peito. Havia salvado a vida de uma pessoa... A vida de Dulce. Sacudiu a cabeça e saiu andando pelo corredor. Os dois permaneceram calados ao parar na frente do quarto de Dulce. E foram rápidos em se separar. Christopher colocou a mão de Dulce na maçaneta da porta, e assim que ela a girou, já havia começado a caminhar de volta ao elevador.


 


Dulce abriu a porta, e olhou para o lado... Como se pudesse ver como Christopher saía de sua vida, parcialmente. Entrou tentando fazer o menor ruído possível. E se retesou em seu canto para ouvir a respiração tranqüila de sua mãe. Blanca estava dormindo ainda.... E Dulce imensamente aliviada.

Christopher estava parado na recepção olhando o balanço das contas do mês. Sentia os olhares confusos que seus empregados lhe davam. E nem ao menos lhe passou pela cabeça que pudesse ser devido à ceninha que fez no bar pela noite.

Nessa meia-hora que havia passado, tentou não pensar em Dulce. Mas mesmo assim, não evitou sentir o intenso desejo de vê-la mais uma vez. Havia se banhado com tanta pressa, que ele mesmo não se reconhecia. E pior, havia se perfumado e se arrumado para ela, embora dissesse mentalmente que havia se arrumado para viajar.

Mas a voz de Dulce não saía de sua cabeça. Estava ali, encravada como uma estaca na terra úmida.

- Eu gosto de sorrir quando estou contigo...

E ainda mais... Não conseguia esquecer sua emoção ao ouvir isso. Em sua vida nunca havia sido um homem vulnerável, que se deixava levar por qualquer palavrinha bonita. Mas Dulce o desarmava... E o desarmava por sentir a sinceridade em suas palavras. Ela era tão inocente, tão infantil...tão perfeita. Se ela não fosse cega talvez o dois poderiam... Interrompeu bruscamente o pensamento. Os dois nunca poderiam ser nada. Mesmo que Dulce não fosse cega, não abandonaria Gabrielle por ela... E não por amá-la, e sim porque não acreditava que o romance com Dulce tivesse futuro. Não a conhecia, não sabia suas origens...em fim, não sabia de nada a seu respeito. Não seria tolo de jogar tudo para o alto por causa de meia dúzia de sensações estúpidas... que não significariam mais nada em sua vida depois que subisse no avião.


 


Se emocionou um pouco com o que Dulce disse... E daí? Ele era um ser humano, e ele havia salvado sua vida... A havia feito gostar de sorrir... E isso o que lhe importava? Nada! Humm... Nada? Não... Estava mentindo para si mesmo, lhe importava sim... mas não podia averiguar até quanto o importava. O assustava o que encontraria ali.

- Posso ajudá-la, senhorita? – se ofereceu a recepcionista ao ver Dulce colocar um dos braços no balcão da recepção. A havia reconhecido, obviamente. Era a mulher que havia enfrentado seu patrão. Olhou para o lado discretamente, vendo o patrão ainda mexendo nos papéis do balanço. Ele não havia nem olhado para a moça cega que estava a sua frente, com a bengala em uma mão.

- Sim, claro. – lhe sorriu Dulce com gentileza. – Quero falar com o Sr. Casillas. Diga que é da parte de Dulce.

A recepcionista se sobressaltou ao ver como seu patrão se virava bruscamente ao ouvir a voz de Dulce. E que ele sorriu ao vê-la, enquanto se aproximava dela. Ficou perplexa ao ver como ele jogou os papéis em suas mãos, sem nem ao menos olhar para ninguém mais que não fosse a mocinha cega que sorriu ao se dar conta de que ele estava perto. Mas como ela havia feito isso? Pelo que sabia, ela não enxergava um palmo adiante do seu nariz. Que coisa louca. E isso era porque ontem haviam brigado! Uhh...era melhor voltar a seu trabalho. Não conseguia mesmo entender a cabeça das pessoas. Porém... não deixou de reparar como Christopher dobrava a bengala de Dulce e entrelaçava a mão com a dela... A recepcionista revirou os olhos.


 


- Homens... – e suspirou desolada. Homens faziam qualquer coisa por um rabo de saia. E o pior, homens comprometidos! Seu patrão era um safado... Isso sim. Não deixava escapar nem uma moça cega.

Deixou de olhar os dois quando o casal que, obviamente, parecia feliz dobrou e desapareceu no restaurante interno.

Christopher puxou a cadeira de Dulce para que ela sentasse, e só depois se sentou a sua frente. Não havia ninguém àquela hora no restaurante. Somente havia os dois e os garçons. Fizeram os pedidos de um modo de divertido, e logo o garçom os deixou a sós mais uma vez, também intrigado por ver aqueles dois tão juntos. Já era de conhecimento público o “barraco” da noite anterior entre o patrão e a moça cega.

- E então... – ele puxou assunto. – entrou sem problemas?

- Sim. – ela abriu um sorriso satisfeito. – Entrei e fui direto ao banheiro. E quando saí do quarto, ela ainda roncava.

- Sua mãe tem o sono pesado?

- Acredito que sim.

Christopher percebeu que Dulce não gostava muito de falar dos pais e respeitou isso. Seu rosto agora estava sério. Já não havia mais a mesma diversão de antes. Quando o garçom chegou, ficou uma pilha de nervos quando ele começou a colocar as coisas na mesa. Ficou preocupado em como Dulce comeria. E, imediatamente, ele se levantou e se sentou na cadeira vazia ao lado de Dulce. Assim estaria mais perto para ajudá-la. Quando o garçom se foi, ele suspirou aliviado, assim como Dulce. Não sabia o que fazer. Como será que ela fazia para comer?


 


- Bom, vamos agora nos arrumar. – Dulce abriu um sorriso tímido. Christopher iria conhecer mais esse lado de sua vida. E, infelizmente, esse tipo de situação era uma coisa que ela não podia fazer sem o auxilio de outra pessoa. Por isso, tentou colocar o acanhamento de lado e respirou fundo. – Poderia colocar café para mim na xícara?

- Claro que sim... – imediatamente pegou a xícara dela e encheu com café preto. – Açúcar? – Dulce assentiu.

- Uma colherzinha...

Ele colocou o pires a sua frente e guiou sua mão até a xícara.

- Está um pouco quente, melhor que mexa um pouco com a colherzinha.

Dulce abriu um sorriso agradecido, mexendo a colher na xícara, espalhando o açúcar.

- Eu gosto dele bem quente, pelando a língua.

- Eu para falar a verdade, não gosto muito de café. – ela ergueu as sobrancelhas. – Mas tomo um cappuccino de vez em quando. Pela manhã prefiro tomar suco de laranja ou qualquer outro suco.

- A mim nada é mais vigoroso pela manhã que um cafezinho puro bem quentinho. – disse ela aproximando a xícara de seus lábios. Tomou um pequeno sorvo, acostumando-se com a temperatura.

Christopher tomou um gole de seu suco, ainda observando-a. Quem visse Dulce assim, nunca diria que ela era uma deficiente visual. Não parecia. Estava diferente com essa roupa. Não a havia visto ainda com tanta roupa assim. E isso era porque ela só vestia uma calça jeans justa e uma camiseta babylook violeta com uns nomes brancos em inglês, e estava calçada com umas sandálias sem salto. Os cabelos estavam penteados e soltos nos ombros, e ainda havia algum resquício da maquiagem do dia anterior em seus cílios negros. Dulce se vestira sozinha, ele sabia disso, mas estava impecável. Nada a diferia de uma pessoa que enxergava. Com exceção de algumas coisas, óbvio. Como por exemplo:


 


- Fico um pouco sem jeito pedir isso, mas se não for assim, não como hoje... – abriu outro sorriso tímido. Muito tímido por sinal. Christopher estava um pouco surpreso pelo enorme rubor que tomou conta de suas bochechas.




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Autor(a): kalu

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- Pode pedir qualquer coisa, Dulce. E não precisa ficar com vergonha.- É inevitável. – ela riu – Mas tudo bem. Já sou adulta e tenho que encarar isso como uma coisa normal para mim. Todos os que me conhecem, sabem de minhas dificuldades, então…- O que quer que eu faça? – a interrompeu rindo, impedindo-a de fa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 79



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  • stellabarcelos Postado em 13/05/2016 - 23:22:05

    Meu deus que história linda! Chorei litros aqui!

  • Rebeca Postado em 17/11/2015 - 02:40:26

    Que droga, chorei horrores. Quero o felizes para sempre.... Bua ;(

  • lyne_vondy Postado em 17/04/2015 - 00:32:08

    oi, posso repostar sua fic?

  • karolinedyc Postado em 21/09/2012 - 21:49:00

    A web mais linda que já li! (L)

  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:43

    Uma se não a melhor web que eu já li, muito boa, realmente muito perfeito, me emocionei e chorei principalmente no final! Parabéns!!

  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:43

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  • dulyuckerforever Postado em 25/07/2012 - 17:58:41

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