Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

Blanca: É sério que não está preocupada com filho?
Dulce: Eu fiquei quando foi a minha vez de estar com essa suspeita. (suspirando) Ali sim eu me preocupei, agora não...o filho não é meu, o problema não é meu. Se imprensa quiser cair em cima de mim, me tachando de “Corna” outra vez...que o faça (se irritando)...não são eles que pagam minhas contas, não me dão mais de comer...quero que se exploda. Se acham que arrasando comigo vão vender mais jornais...quero meus dez por cento. (Blanca sorriu assentindo)
Blanca: Só tenha cuidado para não deixar virar baderna. A coisa mais feia é uma famosa ficar mal falada.
Dulce: Quer dizer que eu não tenho direito de me apaixonar outra vez?
Blanca: Não é isso meu amor, tente entender...sua situação é um pouco delicada. Há um quadrado amoroso na banda, na vista de todos.
Dulce: Eu sei disso, mas Anahí e Poncho se envolveram também. Nós não somos mais nada deles...
Blanca: Mas já foram!
Dulce: E daí? Já fomos, passado. (suspirando) Ninguém sabe, ninguém sabe como nos sentimos solitários nessa carreira. É glamour, sorrisos, dinheiro, coisas fáceis...mas por dentro é diferente, nos sentimos carentes por estarmos longe da nossa casa, dos nossos amigos. Precisamos de alguém do nosso lado...como todo mundo.
Blanca: Eu sei...só quero que tenha cuidado.
Dulce: Mamãe, se fosse por mim, isso nunca teria vazado... viveríamos em segredo até não podermos mais, nós dois sabemos como vai ser difícil.
Blanca: Mas olha, nada de baixar a cabeça. Vocês vão conseguir...eu sei.
Dulce: Se for para ser, será. (tragando a saliva) Não devo satisfações a ninguém sobre minha vida...

Blanca trincou os dentes, emburrada.

Blanca: A ninguém Dulce María?

Dulce sorriu divertida, descontraindo um pouco mais.

Dulce: Bom, a você e papai. (sorrindo) Até o papai que já passou dos cinqüenta ainda tenho medo da minha avó... (Blanca revirou os olhos) ainda faz tudo o que ela quer...
Blanca: Nem me lembre disso.
Dulce: Fiquei tão feliz de vê-la esses dias...

Blanca pigarreou, negando.

Blanca: Eu não. (Dulce lhe mandou um olhar de censura) Por mim, ainda acho que ela quis que eu tivesse batido as botas.
Dulce: Que maldosa! Claro que não!

A mãe riu, negando com a cabeça.

Blanca: Estou brincando. Claro que ela não queria...(sorrindo)
Dulce: É da minha cabeça ou nós três não tivemos sorte com nossas sogras? Porque tampouco Claudia gosta da dela.
Blanca: Não sei...(divertida) mas temos um carma.
Dulce: A mãe do Poncho gostava de mim...
Blanca: A mãe do meu outro namorado também.

As duas sorriram.

Dulce: Talvez por saberem que estariam livres da gente um pouco mais tarde.
Blanca: Certamente! Mas no seu caso...acho que será uma coisa relevante. Pelo menos o primeiro passo ela deu, venceu o orgulho e foi falar com você.
Dulce: Eu terei que fazer o mesmo?
Blanca: Penso que sim...não seria educado de sua parte rechaçá-la outra vez.
Dulce: Mas eu não...

Blanca sorriu, logo a interrompendo com seu divertimento.

Blanca: Claro que sei que ficou sem saber o que dizer...(rindo)
Dulce: Pois sim...fiquei sem palavras.

Blanca: Mas agora é sério... (Dulce assentiu para que ela prosseguisse) você tem certeza de que quer fazer as pazes com sua sogrinha depois que passarem por isso e decidirem continuar?
Dulce: Tenho medo. Não sei...e se ela estiver sendo falsa?
Blanca: É o risco que você corre.
Dulce: Não sei, acho que teremos que estar um tempo frente a frente para nos acostumarmos uma com a outra.
Blanca: Bom... O que acha de uma festa de aniversário? (Dulce franziu a testa) A gente pode fazer algo pra você no sítio, e a convidamos.
Dulce: Não gosto de festas...nem sei se estaremos juntos.
Blanca: Mas se estiverem...bem que poderia ceder dessa vez.
Dulce: Tenho vergonha!
Blanca: Ok, mas somente uma comemoraçãozinha...convidamos a família de Christopher.
Dulce: Só nossa família...e a família dele?
Blanca: E por que não? Temos que surpreendê-la.
Dulce: Será que isso vai dar certo?
Blanca: Eu tenho certeza. (rindo)
Dulce: E se eu e Christopher tivermos compromisso?
Blanca: Pois...marcamos outro dia.
Dulce: Só sei que as filmagens da série vão começar essa semana, e só vai ser correria. Se estivermos juntos...(suspirou) não quero pensar nisso.
Blanca: Então veremos como vamos fazer...
Fernando: Fazer o que?

Dulce olhou para o pai que acabava de entrar com dois copos de café e mais uma bandeja, logo foi até ela para ajudá-lo. Dulce pegou o copo e os dois sentaram-se no sofá.

Fernando: Confortável? (se referindo ao sofá)

Dulce sorriu, assentindo enquanto levava o copo à boca, provou um pouco do café e sorriu, estava do jeito que queria.

Fernando: Rosquinhas com açúcar?
Dulce: Só se for com bastante açúcar!

Fernando abriu a bandeja e Dulce foi logo metendo a mão. Blanca fechou os olhos para não ver as rosquinhas, somente sabia ela como sentia falta disso.

Blanca: A crueldade humana não tem limite! Que Deus me proteja.

Fernando e Dulce sorriram e morderam as rosquinhas, deixando espalhado açúcar ao redor da boca.

Pedro: Já vamos aterrissar...

Christopher suspirou ansioso. Graças a Deus estava em seu país. Estava aliviado, estava...radiante ao extremo. Sua família, Dulce...todos que amava estavam ali, naquela terra. E estava feliz por estar ali de volta. Passou uma noite quase em claro na expectativa de voltar logo para a nação. O avião pousou e logo foram saindo todos, mas logo os seguranças vieram ao encontro deles. Todos ficaram um pouco surpresos pela repentina comoção, e se entreolharam perguntando o que havia ali. Pedro caminhou até algumas pessoas da produção que os esperavam ali e todos pararam onde ele estava.

XxXx: Sairemos pelo outro lado, o saguão está lotado!
Pedro: Como lotado? Se for por fãs podemos passar...
XxXx: Pedro, me dê ouvidos, aconteceram algumas coisas que devo lhe explicar. A imprensa quer uma explicação que não pode ser dada agora... Agora sairemos por outro portão e uma Van já está a sua espera, com alguns seguranças se precisarem.

Pedro somente assentiu, curioso pela situação. Um encarregado do aeroporto os guiou pela nova saída.

Anahí: E isso agora?
Maite: Nem idéia...será por causa da Dulce?
Anahí: Eu acho que não, a mãe dela está bem melhor como ela disse.
Maite: Então por que será toda essa censura?
Anahí: Me pergunto o mesmo... (ajeitando a mochila nas costas) Só não espero que seja mais uma fofoca nas minhas costas...

Maite sorriu com o ar superior de Anahí, aquilo já não a irritava na amiga, pelo contrario, a divertia sempre. Poncho puxou Anahí pelos ombros e lhe sorriu.

Poncho: Isso é porque o homem mais bonito do México chegou...
Anahí: Nem se creia, rapazinho. Já vi melhores...
Poncho: Ídolaaa! (mascando chiclete) Quem vai visitar Blanquita?
Anahí: Christopher...(falando alto) você, obviamente.

Poncho sorriu com gosto.

Poncho: Sim, irei hoje mesmo vê-la, fiquei preocupado.
Anahí: Todos nós...
Maite: Eu vou amanhã também.
Christian: Eu também.

Christopher não respondeu, se dissesse “Depois do almoço”, seria entregar tudo. E como ninguém lhe perguntou, resolveu ficar calado. Entraram na Van e não demoraram muito para estar em suas casas. Christopher preferiu ir ver a mãe, saiu do elevador e bateu na porta. Sorriu ao ouvir o grito “Ahí Voy”, de sua mãe e também de sentir o delicioso cheiro de comida. Quando Alexandra abriu a porta, ele colocou seu melhor sorriso. Ela logo pulou em seus braços como sempre faziam, ele a abraçou sorrindo-lhe e lhe deu um beijo no pescoço. Os dois se soltaram e ela o ajudou a carregar a mala para dentro.

Alexandra: Chegaram agora?
Chris: Nesse exato momento!
Alexandra: Estou surpresa por ter vindo primeiro aqui...
Chris: Quando cheguei do Brasil vim primeiro aqui.
Alexandra: Queria dizer que estou surpresa por ter vindo me ver, antes de ir ver a namoradinha ruiva.

Christopher sorriu, enquanto se desfazia da mochila nas costas.

Chris: Não estamos acostumados a ficarmos tanto tempo longe.

Alexandra quis fazer uma careta, mas não o fez. Suspirou e colocou um sorriso no rosto, feliz por ver o filho.

Chris: Tem comida?
Alexandra: Óbvio...já passam de uma da tarde.
Chris: O vôo estava previsto para chegar ao meio-dia, mas atrasou. (tirando a camisa e jogou-a no sofá) Agora vou tomar um banho, e logo depois de comer vou visitar a mãe de Dulce no hospital.

Alexandra catou a blusa de Christopher no sofá e foi seguindo-o até o quarto.

Alexandra: Eu soube do tal acidente, foi bastante feio.
Chris: Passou muito na Tv?
Alexandra: Sim, passou até o resgate. Acabou com o carro...foi triste.
Chris: Dulce quase morreu quando soube.
Alexandra: Tadinha...entendo como deva ser difícil.

Christopher entrou no banheiro e a mãe o seguiu pegando a calça que ele deixou no chão.

Chris: Ela ficou totalmente fora de si, duas horas depois voltou para o México, largando tudo lá. (entrando no box)
Alexandra: Eu faria à mesma coisa, você não?
Chris: Claro que sim! Eu ficaria louco...

Alexandra sorriu, logo saiu para deixar o filho à vontade. Arrumou suas coisas, tirou uma roupa para ele vestir e colocou sua comida na mesa. Christopher apareceu com a toalha enrolada na cintura, já esfregando as mãos sentindo o cheiro de comida de longe.

Chris: Estou faminto!
Alexandra: Sorte sua que fiz muito...

Christopher tomou um gole de suco e logo partiu para a comida. Enquanto via o filho comer, Alexandra contava as novidades para Christopher, trivialidades. Não falou nada da matéria que saiu na TV, pensando que ele já sabia, e no caso do suposto filho, sabia que era mentira, então nem ao menos ligou para isso.

Chris: Será que Dulce está lá no hospital?
Alexandra: Não tenho a mínima idéia.
Chris: Vou ligar pra ela depois...
Alexandra: Eu achei muito bonito o que fez por ela...(Christopher a mirou surpresa) de dar apoio nesse momento, se mostra que se importa mesmo com ela.
Chris: E eu me importo, de verdade.

Alexandra sorriu para Christopher, se sentindo diferente. Olhou para o copo e se pôs a pensar. Não morreria se permitisse a Dulce que se aproximasse dela. E depois de ver a matéria de que estavam juntos, ficou transparente de que Dulce tinha sentimento por ele, e vice-versa. Agora em definitivo, faria de tudo para agradar seu filho, e, iria dar uma chance a Dulce de se redimir dos erros do passado. Mas também não iria atrás dela, ela que viesse...

Alexandra: Estou me dando conta disso...
Chris: Nosso último jantar serviu de alguma coisa, não? (sorrindo)
Alexandra: Ela já tem muitos problemas, prometo que não serei mais um.
Chris: Sim? (não muito convencido)
Alexandra: Sim, já disse que farei de tudo por você. (ele sorriu tomando uma colherada na boca) Só não gosto desse “mel” todo...você sabe.

Christopher assentiu sorrindo, como se dissesse “Eu não posso fazer nada, eu gosto de ser assim”.

Alexandra: Mas eu sei como é quando a gente se apaixona.
Chris: Eu também não pensei que seria assim...(olhando para a mãe) mas as vezes sai de nossas mãos, e quando vejo, já falei milhões de coisas.
Alexandra: Só quero que tome cuidado...relação assim pode ser perigosa, e logo vocês dois, que já provaram que adoram uma briguinha.
Chris: Eu não gosto! (exclamou ele, deixando a colher de lado) Mas ela sim...

Alexandra sorriu, entendo as razões de Dulce.

Alexandra: Não é todo dia que temos um namorado lindo, cheiroso e gostoso como você, e que, é desejado pelos quatro cantos da América.

Christopher sorriu, voltando a comer.

Alexandra: Ela é uma mulher de sorte, e se for inteligente, não vai te largar por qualquer coisa não.
Chris: Espero que não...mas não posso dar crédito a ela, nunca vi mulher mais complicada. (suspirou) E cabeça dura...

Alexandra riu.

Alexandra: Os homens que não entendem a alma feminina. Por ser complicada e tudo mais, que ela te tem na mão, como um cachorrinho.
Chris: Eyyy tampouco é assim...também sei dar ordens.
Alexandra: Não creio...(sorrindo)
Chris: Pois sim, uma vez a encostei na parede...dizendo que não queria mais o relacionamento...ficou molinha, fazendo tudo o que eu queria.
Alexandra: Terrível essas coisas. Mas tem que ser assim mesmo, não deixe ela te manobrar...não crei filho pra virar poodle de ninguém. (Chris riu)
Chris: Sim, já não é a mesma coisa que antes.

Alexandra não deu muito crédito.

Chris: Ela mudou...eu mudei...e creio que para melhor.
Alexandra: Quem diria ein? Dulce María, aquele que não queria nem você perto...agora morro de amores por ti.

Christopher sorriu orgulhoso.

Chris: Pois sim... Creio que algumas surras na vida vêm para o bem.
Alexandra: Nada de dar uma de superman outra vez... Deus me livre!
Chris: Se precisar eu o farei...
Alexandra: Christopher! (ele sorriu)
Chris: Às vezes é bom descontar a raiva em alguém...(rindo) faz bem para o ego.
Alexandra: Não ouse mais me dizer isso! Tampouco criei galo de briga!

Christopher somente sorria, sabia como a mãe odiava briga. Afastou o prato vazio para frente e tomou o resto do suco.

Chris: Vai precisar do carro hoje?
Alexandra: Não...pode pegar.
Chris: Ok... (levantando-se) vou trocar de roupa e vou ao hospital. Não é tão longe daqui...
Alexandra: Ela está em qual?
Chris: San Sebastián...
Alexandra: Ah sim. Pelo menos ficou em um hospital decente...

Chris bufou em reprovação e foi saindo.

Dulce: Dolores não vai poder ir! Sim...está de saída para a casa da Claudia.

Dulce conversava com seu pai ao celular, enquanto procurava alguns papeis no escritório.

Fernando: Estou precisando que me traga alguns papéis...
Dulce: Mas eu tenho que sair daqui a 10 minutos.
Fernando: E como vamos fazer? Tenho que revisar esses papéis para amanhã.
Dulce: Não vou demorar muito...
Fernando: Então a que horas poderá vir?
Dulce: Daqui a meia-hora...a noite tenho mais compromissos.
Fernando: Não posso deixar sua mãe aqui sozinha, e você levou o carro...estou preso aqui!
Dulce: Então espere um pouco, prometo que não demorarei muito.
Fernando: Então vou ficar esperando...
Dulce: Se cuida Pai...
Fernando: Você também.

Dulce desligou o telefone e correu de um lado para o outro.

Blanca: Ela vai trazer?
Fernando: Mais tarde...(fazendo algumas anotações)