Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

Dulce: Shhhiuuu...(suspirou) mas no es bien así...ahora baba bobo ...

Dulce balbuciou, ao despertar ainda com aquela música lhe retumbando a cabeça.

Sua cabeça estava tão pesada que nem ao menos conseguiu sentir seus lábios se mexendo. 

Estava desperta, mas lhe custava abrir os olhos, sua cabeça latejava ao sentir que sua ressaca seria pior do que pensava. 

Ainda estava bêbada, tinha consciência disso. Sentia sua boca seca, precisava de água, urgentemente.

Fez menção de se levantar. 

Desistiu, quando sentiu tudo rodar. 

Rodava tanto que ela revirou os olhos fechados. 

Dulce: Glamourosa Iva...põe o glamourosa... (deu um sorriso débil) rrrrrainha do funk...poderosa...olharrrr de diamante...

Alçou a mão para que alguém a ajudasse a levantar. 

Tudo girava, mas ainda conseguia sorrir, debilmente. 

Dulce: nooooo...desliga essa música...me ajuda a levantar...(alçando mais a mão)

Sentia que a boca já não obedecia ao seu cérebro, não conseguia sentir absolutamente nada. 

Com muito trabalho conseguiu se sentar na cama, tirou o lençol de cima de si e colocou os pés no chão. 

Abriu a metade dos olhos e não conseguiu distinguir onde estava. 

Levantou-se e ficou parada uns instantes buscando se equilibrar em seus dois pés. 

Foi dar o primeiro passo, e se deu conta de que seu estado era mais crítico do que pensava, e foi parar se escanchada na parede ao se desequilibrar.

Dulce: Nunca mais bebo...nunca mais. (sorriu) Se você parar eu paro...cadê meu cigarro, Golfa? E minha taça? Se é pra ficar doente...é melhor ficar inconsciente...

Glamourosa, rainha do funk

Poderosa, olhar de diamante

Nos envolve e nos fascina 

Agita o salão

Balança gostoso requebrando até o chão

Expressou um sorriso de prazer ao ouvir a música. 

Agarrada a parede, mexeu um pouco os pés, enquanto cantava torpemente à música. 

Nem se deu conta de que era o seu celular. 

Em seus ouvidos sensíveis, a música soou como se estivesse em um poderoso aparelho de som.

Se quiser falar de amor

Fale com o Marcinho

Vou te lambuzar

Te encher de carinho

Em matéria de amor

Todos me conhecem bem

Vou fazer tu vibrar

No meu estilo vai-e-vem

Christopher abriu os olhos imediatamente, ao ouvir o barulho que interrompera seu sono. 

Sentou-se de uma vez vendo o celular de Dulce tocar na mesinha de noite a sua frente. 

Pegou o aparelho e viu que era a mãe de Dulce. 

Olhou as horas e viu que era cedo, todavia, não passava de 8. 

Não acordaria Dulce, ela ainda estaria bêbada. 

Dona Blanca não gostaria de falar com a filha em semelhante estado. 

Não...deixou o celular tocar, não iria atender. 

Deitou-se novamente na cama, esperando que ela se cansasse e quando fizesse isso, ele colocaria no modo silencioso. 

Ao deixar a mão cair para o lado, tateou a cama vazia, virou-se imediatamente para o lado...

se topando com a imagem que nunca esperaria ver na vida. 

Minha catita doida

Vou te dar beijo na boca

Beijar teu corpo inteiro

Te deixar muito louca

Vem, vem dançar

Empine o seu popozão

Remexe gostoso

E vai descendo até o chão

Obviamente, a de Dulce bêbada, se segurando na parede, quase sem roupa, com exceção da mínima calcinha que estava levando. 

Dançando? Sentiu uma súbita vontade de gargalhar, coisa que o fez despertar, sentando-se na cama. Dançando? 

Deus! Aquilo parecia muito mais um ritual de adoração aos Astecas do que Funk.

Apoiou os cotovelos nos joelhos, quando uma mão passava por seu cabelo. 

Estava morrendo de sono, mas aquela imagem não dava para ignorar. 

O que pensava que estava fazendo? 

Seus lábios se contorceram, enquanto ele reprimia a gargalhada. 

O celular por fim deixou de tocar e Dulce continuava a dançar, como se a música estivesse entoando em sua mente.

Dulce: Na madrugada...abandonada...agora quem não quer sou eu...solta o pancadão... (girando a mão no ar) 

Christopher já estava vermelho de tanto reprimir a gargalhada. 

E não se conteve, quando Dulce desceu até o chão, perdeu o equilíbrio e acabou caindo de bunda e tudo. 

Levantou-se de um pulo na cama e a ergueu pelos cotovelos, fazendo-a apoiar-se nele.

Dulce: Eu...não sou solteira... (negando com a cabeça ao alçar seus olhos entreabertos para o rosto dele) tenho namorado...me solte, por favor...estou lhe pe-pedindo com edu-ducação...

Deus, ela ainda estava completamente bêbada! 

Sentiu o doce alento de vinho se chocar contra o seu rosto quando ela lhe falou. 

Christopher tirou o cabelo de seu rosto, e com seus dedos o penteou para trás.

Dulce: Eu...não posso...é sério... (tratando de empurrar o peito de Christopher) Pam deve ter te dito...eu disse pra ela que nãao queria...(Christopher franziu a testa) eu só quero...o meu...meu namorado...sou fiel...(sorrindo com malícia) você é bonito...mas meu namorado é mais ainda...

Christopher franziu mais ainda a testa. 

Que história era aquela? O que aconteceu quando ele saiu? 

Estava começando a se enfurecer com aquela história.

Chris: Dulce...(apertando-a mais entre seus braços)

Dulce: Não...já disse que não...quero. (tentando empurrá-lo, fazendo pressão em suas mãos encostadas no peito dele) Me solta.

Chris: Sou eu, Dulce, Christopher...teu namorado. (procurando olhar em seus olhos entreabertos)

Dulce: Não...Christopher já foi...me deixou...já foi...

Chris: Não, estou aqui com você...na sua casa.

Dulce subiu com trabalhos a cabeça para vê-lo nos olhos.

Dulce: Eu não bebi...muito...Cielo... só um poquitito assim…(juntando o polegar com o indicador)

Christopher abriu um sorriso enorme, na verdade, queria gargalhar e muito daquela situação.

Dulce: Quer fazer amor comigo...não é? (abrindo um sorriso débil) Por isso que voltou?

Chris: Anda...vamos dormir...

Christopher a pegou nos braços e a levou de volta para a cama sem dificuldade.   

Dulce: É só dizer Rã...que eu salto...

Ele sorriu acomodando-a nos travesseiros. 

Dulce fechou novamente os olhos, dormindo imediatamente. 

Christopher deitou-se ao seu lado e também adormeceu com facilidade, ainda rindo por tudo que viu.

Dulce: Senhor do céu...fui atropelada e nem me dei conta.

Disse Dulce com a voz enrouquecida, quando acabara de despertar. 

Abriu os olhos e mirou o teto de seu quarto. 

Sentia-se toda quebrada, com a cabeça quase explodindo e com suas articulações rígidas. 

Umedeceu os lábios ressecados, sua boca estava tão seca que não sentia mais umidade nenhuma em sua língua. 

Fez caso omisso da dor de cabeça e se levantou. 

Puxou o lenço contra si e o colocou ao redor de seu corpo nu, quase nu. 

Franziu a testa e olhou para o relógio. 

Já passava de onze da manhã...e estava com uma ressaca de matar qualquer um. 

Foi se arrastando até a porta, sem se dignar olhar para nada. 

Desceu as escadas e olhou para a ensolarada sala, pegou o caminho contrário e entrou na cozinha, constatando que não havia ninguém ali. 

Nem ao menos a porta que dava acesso a casa de Dolores estava aberta. 

Humm...franziu a testa e foi se encaminhando para a geladeira, para logo ver o recado que pregado na porta da mesa.

Sua mãe viajou um pouco depois que você chegou.

Graças a Deus que não viu o estado em que a filha chegou. 

Fiz de tudo para mantê-la afastada do seu quarto. 

Ela também não iria gostar de ver o tamanho do homem que estava ao seu lado. 

EM PANOS ÍNTIMOS! Jajaja

Fui visitar uma amiga em Toluca, volto somente ao anoitecer. 

O almoço está pronto, quando for comer, esquente no microondas. 

E não esqueça de colocar a ração de Simba ao meio-dia, exatamente.

Dolores

Dulce coçou a cabeça. Como assim o tamanho do homem ao seu lado? 

Não entendeu nada. Pano íntimo? Bom, ela estava, mas não tinha nem a menor idéia de quem havia tirado sua roupa. 

Que coisa estranha, pensou ao abrir a porta da geladeira. Estava com fome e com sede, e com ressaca. 

Pegou uma maça, colocando-a sem olhar em cima do balcão, e logo um pedaço de melão que lá havia. 

Depois se serviu de água, e bebeu em goles vagarosos, controlando a ânsia de virar o copo, o que implicaria em vômito certo depois. 

Foi ao armário que Dolores batizou como “Farmacinha” e extraiu todos, muitas aspirinas e antiácidos. Tomou a aspirina e respirou fundo. 

Deu uma dentada na maçã, mastigando rápido. 

Sentou-se na cadeira em frente à bancada e continuou a comer a maçã, pensando no banho gelado que tomaria depois, e como dormiria a tarde toda, 

depois teria que se levantar para acompanhar o grupo em um programa de televisão. 

Levantou-se após jogar o troço de maça na lixeira. 

Para então se encaminhar de volta ao quarto. 

Sentiu asco ao sentir o cheiro doce de vinho pelo ar. 

Se não se lavasse, correria o risco de vomitar nos seus próprios pés. 

Abriu a porta de seu quarto já tirando o lençol de si, jogando-o para a cadeira mais próxima. 

Christopher ainda estava dormindo. Encaminhou-se para o banheiro. 

Christopher?!