Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

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Christopher levantou-se da cama, sob o olhar perplexo de Dulce. 

Dulce: Cielo...(ele não se virou) Você entendeu errado!

Chris: Quando uma pessoa coloca dificuldades demais...é porque não quer. (sem se virar) 

Dulce: Christopher...(se sentando) eu só quis que você pensasse melhor nisso, para não se arrepender depois!

Chris: Você queria que eu pensasse melhor para que eu desistisse.

Dulce: Era melhor desistir agora...do que depois, quando eu estivesse alimentada de ilusões.

Chris: Você acha mesmo que eu seria capaz disso?

Dulce tragou a saliva, sem responder. Ele riu com deboche, assentindo.

Chris: Mas é claro que você acha!

Dulce: Eu não disse nada.

Chris: Nem precisa dizer! Eu fico tão feliz de saber que você ainda não confia 100% em mim. (rindo)

Dulce: Não quero começar com isso outra vez, ok? (levantando-se) Se quiser brigar...brigue sozinho!

E se encaminhou para o banheiro com o cenho franzido pela irritação. Christopher tombou na cama outra vez, resmungando sozinho. Quando Dulce voltou ao quarto, devidamente banhada, ele já estava com a roupa debaixo posta, deitado com os braços abaixo da cabeça e com os olhos fechados. Dulce passou direto e entrou no closet, procurando algo leve para vestir. Optou por um short frouxo de algodão e uma camisetinha qualquer. Calçou as chinelas, colocou uns óculos escuros e saiu. Christopher já não estava mais no quarto. Então seguiu em frente, se perfumou, passou alguns cremes e logo deixou o quarto. Foi logo tratar da comida de Simba, meia-hora atrasada. O cachorro ficou andando perto dela abanando o rabo ao sentir o cheiro da comida.

Dulce: Espero que isso seja suficiente...coma um pouco que vou buscar água.

Dulce colocou água para o cachorro e logo foi tratar de esquentar a comida. Lavou as mãos, e ficou olhando para aquilo, tentando decifrar por onde começar. Decidiu começar colocando as travessas dentro do microondas, uma por uma. A última, que era de carne, colocou por mais tempo, enquanto ajeitava os pratos, os copos e os talheres na mesa.

A campainha tocou. 

Dulce: Quem será agora?

Saiu caminhando para a porta, sem nem ao menos ver no sistema de segurança, ou até mesmo chamar por interfone. Simba correu para o lado dela, enquanto Dulce destravava o código do portão. O portão se abriu e Dulce se colocou ante ele, sem temer quem poderia ser. E novamente, se fosse a King Cobra com a boca aberta pronta para lhe comer não teria lhe espantado tanto.

Tragou em seco, agüentando a respiração. Enquanto via a mãe de Christopher parada à sua frente.

O cachorro começou a latir ao sentir a presença de estranhos, tirando Dulce de seu transe.

Dulce: Quieto!

Simba se sentou contra sua vontade, mas continuava rosnando baixinho. Dulce virou-se para Alexandra, que a mediu com o olhar. Não evitou se ruborizar ao saber como estava vestida, enquanto via sua sogra impecavelmente vestida. Porém tremeu na base ao imaginar o propósito daquela visita. Tragou a saliva, enquanto esperava a mãe de Christopher se manifestar.

Alexandra: Não vai me convidar para entrar?

Dulce: E por quê?

Alexandra: Não vim com más intenções, pode ficar tranqüila.

Dulce franziu a testa em dúvida.

Alexandra: Eu sei que nada do que eu lhe disser vai fazer você querer deixar meu filho. Por isso, você não precisa ter medo.

Dulce: Não confio na Senhora.

Alexandra: Me diga uma novidade?

Dulce bufou. Que mulherzinha difícil de se lidar!

Dulce: Quero um motivo convincente.

Alexandra: Não acredito que vai me fazer esperar aqui no sol, enquanto cinco paparazzis tomam fotos das minhas costas! (se irritando)

Dulce abriu o portão imediatamente, se afastando da passagem. Alexandra adentrou no jardim da casa, enquanto olhava com aflição para o cachorro que não parava de rosnar. Dulce captou aquilo e mandou Simba se encaminhar para o outro lado, quem prontamente obedeceu. Alexandra tragou a saliva, enquanto se encaminhavam para o interior da casa.

“Eu poderia ter mandando o Simba mordê-la. Mas que burra eu fui. Não, não...pensando melhor, eu salvei meu cachorro de uma indigestão.”, pensou Dulce, com um sorrisinho malicioso, enquanto abria a porta de vidro para que a mãe de Christopher, quem poderia descer a qualquer momento.

De pé na sala, as duas se entreolharam. Dulce estava muito intrigada por sua visita inesperada. Apontou um dos sofás, e Alexandra sentou-se com toda aquela elegância que estava sempre presente em tudo o que fazia. Dulce se acomodou em uma poltrona na frente dela e começou a dizer:

Dulce: Presumo que...seja algo importante o que veio fazer aqui, estou certa?

Alexandra: Certíssima.

Dulce: Então...sou toda ouvidos.

Alexandra tirou os óculos com irritação ao sentir como o ambiente estava tenso entre as duas. Dulce a tratava com tanta indiferença que chegava a irritá-la. Mas não podia culpá-la, ela tinha toda a razão por estar receosa de sua visita.

Alexandra: Vim falar sobre Christopher.

Dulce assentiu, como pedindo que ela continuasse.

Alexandra: Eu soube que vocês brigaram...e vi o programa em que você deu a entender que não acredita na inocência dele em relação a gravidez daquela garota.

Dulce: Prossiga.

Alexandra: Sempre que ele briga com você, se fecha para os outros, principalmente para mim, por motivos óbvios...(Dulce assentiu com sarcasmo) pelo fato de eu ter sido contra esse namoro e essas coisas. (tragou a saliva e levantou o olhar até o de Dulce) Vim aqui tentar interceder pelo meu filho. Ele não engravidou ninguém.

Dulce se recostou no respaldo da poltrona, olhando intrigada para a mãe de Christopher tentando encaixar as peças.

Alexandra: Já faz quatro dias que não sei nada dele, nem meus telefonemas ele atende, nada, nem na casa dele...e sei que ele está assim por causa dessa briga, que pelo que ele me contou, já está com mais de um mês.

Dulce não lhe respondeu, nem ao menos se moveu.

Alexandra: Eu queria lhe pedir que lhe desse a chance de se explicar...(umedeceu os lábios com a língua) tenho certeza de que há uma explicação.

Dulce: Estou entendendo mal...ou a Senhora veio aqui explicar-se por ele... (se projetando para frente) como se ele fosse uma criança que fez uma travessura e tem medo de dar as caras?

Alexandra: Mais ou menos. Ele não sabe que vim aqui, nem quero que saiba...só acho que se eu engolisse um pouco o meu orgulho, você me daria uma chance e posteriormente a ele também.

Dulce: Humm...(coçando a nuca em confusão)

Alexandra: Mas fique sabendo que não gostei nenhum pouco de vê-la desdenhando meu filho na tv. Achei muita falta de consideração da sua parte. Mas tudo bem...(erguendo os braços quando viu a expressão de Dulce se endurecer) não vim aqui para criticá-la. Só vi, agora, que a relação de vocês significa muito para ele...e farei tudo para vê-lo feliz....

Dulce, olhando para o chão, abriu um sorrisinho ao se dar conta do que aquilo representava. Olhou para Alexandra, que mantinha a pose de sempre, mas sabia que por trás ela estava apreensiva.

Alexandra: Mas deixando claro que não gosto da relação de vocês...(rindo) não estou contra e nem a favor, sou neutra.

Dulce abriu um sorriso, assentindo. Alexandra tinha que manter a pose de sempre.

Alexandra: Mas...(pausa) isso não é uma coisa estável, você poderá me conquistar um pouco...se me mostrar que vale a pena.

Dulce: Acho que sua posição está desfavorável...(brincando) quem deve me conquistar é a Senhora.

Alexandra: Eu? (encostando a mão no peito, perplexa) Ahh não, não...

Dulce: De qualquer forma...ganhou um pouco da minha admiração ao me fazer perceber como as pessoas podem mudar pelas pessoas que ama. Imaginei o pior quando lhe vi no portão.

Alexandra: Eu sabia que você estava imaginando o pior...e...me sinto envergonhada pelo o nosso último encontro aqui nessa sala.

Dulce manteve silêncio tentando não entrar naquele assunto.