Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆
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Pedro
suspirou enquanto levava seu cigarro à boca para dar uma tragada. E assim que
ele baixou o cigarro e expulsou a fumaça, voltou-se para Dulce e Christopher
quem ainda permaneciam sentados do mesmo jeito.
Pedro: Nada
é para sempre... vocês sabem disso. Amanhã eles já esquecem.
Dulce
brincou com o boné que usava e o arrancou da cabeça, para se recostar no sofá.
Dulce: Me
sinto leve...como há muitos dias não me sentia.
Pedro: Compreendo. (disse levando o cigarro novamente à boca)
Chris: Eu nem acredito em tudo o que aconteceu aqui. Sinceramente...não
acredito.
Pedro: Todo mundo sabia que seria assim. Mas vai dar tudo certo. Vamos
trabalhar para que seja assim.
Dulce
recolocou seus óculos escuros e subiu o olhar para Pedro.
Dulce: Eu
sinto muito por ter que ser assim... (Dulce se projetou para frente, olhando
suas mãos em vez de Pedro)
Ele
assentiu, expulsando a fumaça, sem dizer nada.
Pedro: A vida é assim...
Christopher levantou-se um pouco enfadado por ter que ouvir a cada cinco
minutos Dulce pedir perdão a alguém. Suspirou e disse:
Chris: Já vamos... Precisamos espairecer um pouco.
Pedro: Tem toda razão. (deu mais uma tragada no cigarro e o apagou no cinzeiro)
Amanhã é outro dia...e eu quero todos vocês de cabeça fria para trabalhar.
Dulce ao ver como Christopher se despedia de Pedro, levantou-se e o seguiu.
Abraçou Pedro, quem a desejou sorte.
Pedro: Você é uma ótima pessoa, Dulce. Não se esqueça disso jamais. Quando
estiver pronta para voltar...me faça saber. (colocou as mãos no rosto dela e
lhe sorriu) Você sabe que se tornou minha preferida, não é?
Dulce sorriu sem saber o que dizer, enquanto seus olhos marejavam novamente.
Pedro: Eu estou muito triste por ter que seguir sem você, mas por outro
lado...uma criança é algo para se comemorar, por mais que ela não tenha vindo
na hora certa. Desde já te desejo toda a sorte do mundo. E quando estiver
pronta...me ligue.
Eles saíram da casa de Pedro calados... Cada um metido em seu mundo.
E calados
permaneceram, até Christopher adentrar no estacionamento do maior shopping da
Cidade do México. Dulce reconhecendo o lugar, virou a cabeça para ele de uma
vez, como se perguntando o que eles fariam ali, logo ali...um shopping,
milhares de pessoas...milhares de olhos vendo-os a todo instante. Christopher
estava louco! Louco de pedra!
Ele estacionou o carro e suspirou:
Chris: Seremos normais essa noite...precisamos disso. (e voltou o olhar para
ela) Quer ir ao cinema?
E deu um meio sorriso, daqueles do modo em que sabia que não lhe negaria algo,
jamais.
Mesmo sendo mais uma loucura.
Dulce: Que
que?
Chris: Ir ao cinema...nós dois...
Dulce: Eu e você?
Ele abriu um sorriso.
Chris: Como simples mortais...
Dulce voltou a olhar para frente ainda pensativa, perguntou sem se voltar para
ele:
Dulce: Você acha que vai dar certo?
Chris: Bom, é uma terça-feira, não acho que o shopping esteja abarrotado de
gente.
Dulce: E se nos reconhecerem?
Chris: E daí? Tomamos fotos, damos alguns autógrafos e já... Nada do que não
fazemos todo dia. (e sorriu)
Ela pôs um sorriso no rosto. Sentia um frio na barriga, como se estivesse
fazendo algo proibido, por mais que não fosse. E gostou daquela sensação. Fazia
tempo que não a sentia. A última vez que a sentiu foi quando passeou com
Christopher naquele parque, onde ele a deixou plantada. Suspirou, todavia
olhando para frente, através do pára-brisa do carro.
Dulce: Vamos.
Ele abriu um sorriso entusiasmado, se voltando para vê-la.
Chris: Vamos?! É sério?!
Ele riu vendo como ele parecia uma criança e se entusiasmou ainda mais com a
idéia. Estava sentindo como as famosas borboletas, já um pouco esquecidas,
voltavam a rondar seu estômago.
Dulce: Estamos perdendo tempo!
Ele riu,
enquanto abria a porta do carro imediatamente, antes que ela se arrependesse.
Em menos de dois segundos, esteve ao seu lado, vendo-a descer do carro. Segurou
sua mão enquanto ela subia a alça da bolsa pelo ombro.
Dulce: Não estou vestida para ir ao shopping...
Christopher virou a cabeça para ela e a analisou, enquanto caminhavam no
estacionamento para pegarem o elevador. E franziu a testa, não vendo nada
errado na vestimenta de Dulce.
Chris: Não há nada errado com sua roupa. Como se supõe que uma pessoa deva vir
vestida ao shopping?
Dulce: Humm...de um modo diferente ao meu.
Ele riu. Não conseguiria nunca entender a cabeça das mulheres e esse afã por
roupas. Dulce estava realmente linda com essa calça jeans justa e esse suéter
fino lilás. Bom, sua rasteirinha lhe deixava mais baixa do que o normal, e seu
boné também lilás realçava ainda mais os cachos vermelhos que caíam pelos seus
ombros. Da mesma cor da bolsa enorme que levava no ombro direito. E óculos para
esconder o rosto inchado de chorar. Se ela estivesse falando por isso, até
poderia ser... Realmente seus olhos estavam vermelhos, abaixo deles havia se
aglomerado uma bolsa roxa como olheiras e estava com o aspecto de que passava
semanas sem dormir direito. Mas os óculos cobriam tudo, então não havia nada de
errado com ela.
Chris: Tem
certeza de que está se sentindo bem?
Dulce: Tenho certeza de que depois dessa noite de cinema...eu estarei muito
melhor.
Chris: Sim, realmente não queria ir para casa remoer as feridas. Nada disso.
Não vai ser assim. Nosso dia foi extremamente difícil, foi extremamente
complicado...mas já passou. Dissemos tudo o tínhamos a dizer... Ouvimos tudo o
que tínhamos para ouvir. Agora é bola pra frente, temos um futuro adiante.
Dulce: Não te conheci tão maduro assim... (disse ela com um sorrisinho,
enquanto se encostava mais nele) Cadê aquele moleque por quem eu me apaixonei?
Christopher soltou a mão dela e passou seu braço pelo ombro, para trazê-la mais
perto de seu corpo.
Chris: Se transformou em um homem de família. (disse isso rindo, enquanto se
projetava para frente para beijar-lhe a têmpora)
E ela caiu na gargalhada. Os dois pararam na frente do elevador, que se abriu
de imediato, revelando meia-dúzia de rostos desconhecidos quem os olhavam com
certa curiosidade natural. Havia três senhoras com dezenas de sacolas nas mãos,
havia um homem de meia-idade e duas garotas, que aparentavam ter no máximo
catorze anos. Dulce suspirou um momento, antes de ser puxada para dentro do
elevador por Christopher. As pessoas se afastaram para lhes darem lugar, mas
ninguém falou nada. Os dois se voltaram para a porta do elevador dando as
costas aos outros.
E ela
estranhou aquilo. Ainda era meio estranha essa nova exposição. Era estranho
compartilhar esse segredo com todo mundo, quando antes era só seu e dele. Mas
Dulce podia admitir, que apesar de estranho...era muito bom. O braço de
Christopher não se moveu em nenhum segundo de seu ombro, mesmo com todos
olhando e reconhecendo quem eles eram e o que eram.
O grupo de senhoras foi o primeiro a sair do elevador, seguido do homem de
terno escuro, deixando só os quatro no elevador.
Christopher e Dulce se encostaram-se à parede do elevador, observando como as
meninas estavam geladas em seus cantos. Mas Dulce se deu conta de que elas de
vez em quando os olhavam a escondidas. Ela disfarçou um sorrisinho olhando para
cima. E sentiu como o elevador parava outra vez. E viram como as meninas saiam
duras como pedras. Ouviu Christopher rir, enquanto ele ia direto ao espelho se
olhar... E assim que as portas se fecharam, ouviram um grito estrondoso do lado
de fora.
Os dois caíram na gargalhada, se olharam e gargalharam mais uma vez.
Dulce: Acontece cada coisa...
Chris: La Oreja
amanhã!
Dulce: Sem sombra de dúvida! (disse rindo)
Chegaram ao andar que Christopher apertou e novamente ele passou o braço por
cima de seu ombro, guiando-a.
Dulce: Você veio aqui hoje de manhã?
Christopher
tragou a saliva, não gostando de ter que mentir mais ainda. Mas era por uma boa
causa, tinha que colocar isso na cabeça.
Chris: Não...fui em um perto do apartamento da minha mãe.
Dulce: Compraram muitas coisas? (perguntou ela para olhar as vitrines)
Chris: Minha mãe comprou um casaquinho para o bebê...
Dulce parou em seco ao ouvir a palavra “bebê”, virou-se para ele atônita e
suspirou, lembrando-se que estava grávida. Por um milésimo de segundo havia
esquecido desse detalhe. Jogou os ombros e voltou a olhar as vitrines, sem
realmente nada ver.
Chris: por que me olhou assim?
Dulce: tinha esquecido desse detalhe...
Chris: Pensei que iria ficar emocionada de receber um presente para nossa
filha... (ele suspirou olhando para o lado contrário de Dulce)
Havia pouca gente naquele shopping. Nem tanto. Mas dava para andar sem esbarrar
em ninguém.
Dulce franziu a testa ao ouvir como a voz de Christopher
soara chateada. O que podia dizer nesse momento? Simplesmente...
Dulce: Diga a sua mãe que estou agradecida.
Ele deu uma
risada irônica. Não havia gostado. O olhou de esguelha, sentindo como ele
tirava a mão de seu ombro. Na real, havia piorado a situação.
Fungou e olhou para frente, enquanto coçava a nunca pensando em algo a dizer.
Nada achou. Em vez disso, bufou contrariada, agarrando a mão dele, entrelaçando
com força seus dedos.
Chris: talvez se você o ver...se emocione.
Dulce: Pode ser...
Chris; E só relembrando. Você está grávida, ok. (falou relativamente baixo) De
um filho meu...certo?
Ela não conseguiu esconder o sorriso pelo modo em que ele disse.
Dulce: Seu, é?
Chris: Sim, claro. De quem mais poderia ser?
Dulce: Não sei... (e deu um sorrisinho) talvez de outro.
Chris: De outro idiota? Há! (e gargalhou) Só existe um idiota na face da terra
que te agüenta...e esse idiota sou eu, meu bem!
Dulce: Ayyy...por que você fala assim de mim? Até parece que eu sou um monstro!
E ele abraçou enquanto andavam, enchendo ela de beijos por toda a cabeça.
Chris: O que eu posso fazer se eu amo essa monstra!
Dulce: Ownn! (grunhiu enternecida) Faz tanto tempo que você não dizia isso!
Chris: O que? Monstra?
Ela virou um tapa no ombro dele.
Dulce: Não, tarado! Que me ama, lógico!
Chris: Orale...acho que disse hoje ao telefone.
Dulce: Mas não desse jeito!
Os dois se
abraçaram forte assim que colocaram os pés na escada rolante. Como ele ficou no
degrau debaixo, ela ficou da mesma altura dele. O abraçou pelos ombros,
sentindo como ele fazia o mesmo por sua cintura. Ela aproximou o rosto do dele,
querendo beijá-lo...mas a aba do boné os impediu. Dulce grunhiu irritada e
colocou a mão no boné dele, levantando-o, segurando-o junto de sua nuca. E ela
sorriu, se aproximando para beijá-lo. Encostou os lábios nos seus e suspirou,
ao sentir a doçura dos lábios amados. Parecia que não havia mais nada e nem
ninguém rodeando-os naquele momento. Fazia tanto tempo que não se beijavam
assim... Fazia tanto tempo que não sentiam essa sensação de liberdade gritando
por todos os seus poros. Fazia tanto tempo que... Se projetou para trás de uma
vez, sem sair do seu abraço. Levantou imediatamente o olhar, deixando sua
mandíbula cair à medida que via o cabelo...quer dizer, a falta de cabelo de
Christopher! Arregalou os olhos por baixo dos óculos, passando a mão pelos
pelinhos ralos. Estava careca! Careca! O cabelo estava tão baixo, que só mesmo
havia as pontinhas loirinhas.
Ela tragou a saliva estranhando a falta de cabelo de Christopher. Não conseguia
parar de olhar para ele. Não conseguia deixar de vê-lo. Nunca nenhum de seus
namorados usou esse tipo de corte de cabelo.
Chris: Gostou?
Perguntou ele, novamente segurando a mão dela para empregar outra caminhada, ao
sair da escada rolante. E riu, ao ver que mesmo caminhando ela não tirava os
olhos dele. Ela parecia... chocada.
Chris: Dizem que é dos carecas que elas gostam mais... (disse rindo)
Dulce: Quem te raspou? Quem fez isso com você? (perguntou ela incrédula)
Chris: Parei numa barbearia e o resto você deve adivinhar. Ficou muito feio?
Ela
dispersou a mirada, notando como as mulheres do shopping só faltavam comê-lo
com o olhar. A roupa de Christopher também não ajudava. As mulheres gostavam
desse estilo homem-largado, uma camisa qualquer, uma calça surrada e de
chinela. Bom, Christopher não era daqueles, mas hoje pelo menos, ele havia
posto essa roupa. E o pior, estava careca e com um diamante solitário na orelha
esquerda.
Autor(a): kalu
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1415
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carolzita Postado em 14/03/2011 - 04:16:52
Propaganda básica !
- Além das Palavras - DyC
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=10306 -
misterdumpet Postado em 08/02/2011 - 09:42:45
Confiram o ÚLTIMO CAPÍTULO de Samira em tempos de Guerra.
Essa intrigante história chega ao fim.
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859 -
misterdumpet Postado em 07/02/2011 - 09:59:45
A história da menina que tinha de escolher entre a vida e a honra está chegando ao fim. Não percam amanhã (08/02) o ÙLTIMO CAPÍTULO de: Samira em tempos de guerra.
Quem sobreviverá a esta catástrofe?
O que restará do Morro do Gare?
O que acontecerá com os sobreviventes?
Todas as respostas serão reveladas amanhã, não percam essa emocionante história.
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859 -
misterdumpet Postado em 06/02/2011 - 09:57:25
Já está no ar o segundo capítulo de: Samira em tempos de guerra
Ela escolheu a honra, o que acontecerá com a vida então?
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859 -
candy Postado em 05/02/2011 - 21:51:51
Qualé quando vai voltar a postar??
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misterdumpet Postado em 05/02/2011 - 09:34:46
Já está no ar o primeiro capítulo de: Samira em tempos de guerra
O que vale mais: a vida ou a honra?
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859 -
misterdumpet Postado em 04/02/2011 - 19:15:10
Não percam! Dia 05/02 estreia: Samira, em tempos de guerra.
O que vale mais: a vida ou a honra? Samira te responderá
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859 -
karolinedyc Postado em 26/01/2011 - 12:46:46
NOS CAMINHOS DA VIDA- Tópico ORIGINAL Postado pela autora Beta Pinheiro. Posts atualizados.A melhor WebNovela Vondy, NCV nos últimos capítulos.
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saulo Postado em 04/01/2011 - 17:04:27
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saulo Postado em 04/01/2011 - 17:04:27
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