Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

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É...não era
de se espantar que o movimento feminino no shopping estivesse lento. Era
difícil não olhar essa belezura de homem que tinha do lado. Deus, se cabeludo
já era maravilhoso, careca era cem vezes mais! Christopher estava sensual...
estava SEXY! Tão sexy que sentiu como seu sangue correu com mais força em suas
veias, fazendo com que a conhecida excitação se fizesse presente em seu
interior. Só de olhá-lo nos olhos, já se via em nua em seus braços. E seu corpo
ansiava isso...

Merda!

Reconhecidos!

A primeira pessoa se acercou a eles para pedirem autógrafos. Quer dizer, a
primeira mulher. Todas mulheres. Primeira, segunda, terceira...quarta...

Até eles chegarem ao cinema, tomaram mais de vinte fotos e deram mais de quinze
autógrafos. Todas mulheres, todas correram primeiro para Christopher. Em quinze
fotos, Dulce só saiu em
sete. Christopher saiu em todas. Todas as
pessoas elogiaram o cabelo de Christopher. Todas elas passaram a mão na careca
do seu namorado antes dela. E umas três passaram a mão na bunda dele.

Ainda bem que tiveram pelo menos a decência de esperar o momento em que ela
estava de costas dando um autografo a uma menininha de cinco anos. E o pior,
foi essa mesma menininha que lhe contou tal fato.

Assim que
estiveram na fila da bilheteria do cinema, Dulce não mais olhou na cara de Christopher.
Por duas razões, tanto por estar irritada por ele ter deixado as mulheres lhe
passarem a mão, como por saber que se olhasse para ele com essa careca e esse
diamante na orelha esquerda, os planos de ver um filme estariam totalmente
aniquilados. Talvez só daria tempo de entrar no carro antes de atacá-lo. Tragou
a saliva. Não gostava de ser assim, mas ela sabia que a gravidez a tinha
transformado em uma mulher de sentimentos intensos. Ou seja, Dulce nesse
presente momento...era do time dos “oitenta”...

Chris: Vai para fila da pipoca que eu compro nossas entradas.
Dulce: Ok...

E se virou para andar, sentindo como braço dele se cerrava sobre seu antebraço,
impedindo-a de continuar. E suspirou, dando meia volta. De repente ele a
abraçou de uma vez, prendendo-a forte entre seus braços.

Chris: Venha cá... (e baixou seu rosto na altura do dela, encostando seus
narizes) Me dá um sorriso agora.

Ela olhou para o outro lado, com a tromba maior que antes.

Chris: Ande...quero um sorriso!

E se curvou para beijá-la no pescoço, sabendo que ela tinha cócegas na nuca.
Arrastou seus lábios por lá e ela se encolheu, sufocando a risada. Ela se
retorceu querendo se separar dele, mas ele a apertou mais forte ainda. E quando
ele respirou sobre a nuca dela, Dulce gargalhou alto. E quanto mais ele ria e
respirava sobre sua nuca, mais ela sentia vontade de rir.

O empregado da bilheteria apertou cinco vezes o botão de “Guichê livre”, mas
não conseguiu nada. Dulce e Christopher estavam compenetrados em seu mundo. E
só pararam quando uma senhora tocou o ombro de Christopher, quem levantou o
rosto sorridente, sem afrouxar o abraço:

XxXx: É sua vez.

Ele franziu
a testa ainda sorrindo e então olhou para trás, vendo como não havia mais
ninguém na sua frente, havia somente quatro bilheterias vazias e quatro pessoas
rindo da situação. Não era todo dia que um mortal via duas estrelas do cenário
mexicano “se pegando” no meio da fila do cinema.

Os dois se separaram. Dulce estava vermelha como um tomate de vergonha,
enquanto ele somente ria e ria.

Chris: Só tem Shrek Terceiro daqui a dez minutos. (disse olhando para o telão
onde passava os horários e os filmes) O resto só daqui à uma hora. E aí?
Dulce: Eu vi o primeiro...
Chris: Então vamos?
Dulce: Vamos. Hoje estou disposta a ver até filme de terror. Faz tanto tempo
que não venho ao cinema...nem sei mais como é.
Chris: Eu estou na mesma situação...
XxXx: Cinema é bom para descansar. (ingressou na conversa o atendente sorrindo)


Dulce lhe sorriu gentilmente, assentindo com a cabeça.

Dulce: Isso é verdade... É bom ser gente de vez em quando.
XxXx: Sim, de vez em quando. (e os três sorriram) Shrek Terceiro é muito bom,
eu recomendo. Mas antes...vocês poderiam me dar um autografo?
Chris: Claro! (e sorriu)

Os dois autografaram a agenda dele e logo outra pessoa pediu para tirar uma
foto. Bom, depois de alguns minutos saíram com os dois bilhetes para assistir
Shrek Terceiro, sob o escrutínio de cada uma das pessoas que lá havia. Era
difícil ser uma celebridade em um país como o México. Bom, era difícil ser uma
celebridade em qualquer lugar do mundo. Celebridade e liberdade, são duas
palavras que não combinam entre si. Jamais seriam pronunciadas juntas. Porém,
não podiam deixar de viver por causa disso. Eram celebridades porque escolheram
a carreira artística, e esse era o preço da fama. Ainda bem que se encontravam
na terça-feira quando não havia muita gente.

Christopher
comprou um balde de pipoca e dois copões de refrigerante. E só de ver aquele
copo enorme de líquido, Dulce sentiu vontade de fazer xixi. Deixou Christopher
encostado em um canto e foi logo ao banheiro.

Durante esse intervalo sozinho, Christopher deu mais autógrafos, tirou mais
fotos e escutou mais elogios sobre seu novo “Look”.

Dulce veio logo em seguida, falando ao celular, desligando-o assim que chegou
perto dele.

Dulce: Vamos...o filme vai começar.
Chris: Quem era? (perguntou ele assim que começaram a caminhada para a sala de
cinema)
Dulce: Era Sam...perguntando onde eu estava, o pessoal vai sair hoje outra vez.
Chris: E você vai?
Dulce: Não, não estou muito a fim de folia. Hoje quero ficar em casa, com você.

Ele deu um sorrisinho discreto.

Chris: E se eu disser que já marquei uma sinuca com os amigos?
Dulce: Ah foi?
Chris: Você vai ficar em casa sozinha?
Dulce: É o jeito... (suspirou) Faço um miojo e vou comer com Simba no jardim.
Chris: Não precisa ok, vamos ficar nós dois deitados numa rede na varanda.
Dulce: Você não vai sair?
Chris: Nop... (e riu) te estaba tomando el pelo. Quero ficar junto hoje. Acho
que já é uma boa hora para planejarmos nosso futuro.

Dulce assentiu sem dizer nada. Christopher estava certo. O futuro agora seria
essa família, a sua família junto dele. O bebê estava crescendo em seu ventre e
tinham pressa. Bastante pressa. Já a barriga cresceria e todo o mundo saberia a
razão pela qual Dulce Maria se afastou do RBD.

Entraram na sala de cinema pensando nessa conversa de mais tarde. Sabiam que
era inevitável e realmente precisavam dela.

Dulce: Nossa... Está lotada! (disse Dulce com humor sarcástico)

Christopher
riu, vendo que não havia nem dez pessoas na imensa sala que abrigava pelo menos
uma trezentas.

Chris: Ótimo...podemos namorar em paz.
Dulce: Não vamos namorar aqui.
Chris: Nem um beijinho?
Dulce: Um beijinho pode.
Chris: Só um beijo?
Dulce: Só um!

E sorriram, subindo as escadas. Escolheram a última fileira, que estava
completamente vazia. As pessoas estavam afastadas da outras, todas em casal,
assim como Dulce e Christopher. Nenhuma criança. Nenhum adolescente. Todos
adultos em um filme para criança... Os dois se acomodaram nas poltronas e
colocaram os copos nos braços das poltronas.

Trailers de outros filmes passavam na Telona. E Christopher se desprendeu de
suas chinelas para passar os pés por cima da poltrona da frente. Dulce fez o
mesmo e suspiraram pela liberdade que aquele pequeno gesto oferecia. E sorriu
um pouco. Colocou o balde de pipoca entre os dois e pouco a pouco começaram a
comer, com os olhos vidrados na tela.

Estava se sentindo tão normal... E esse sentimento era tão forte, que sentia
seu estômago revirar. Por mais que todo mundo já soubesse de seu relacionamento
com ele, era estranho. Só desde a Romênia começaram a deixar os outros verem
com seus próprios olhos que Dulce e Christopher pertenciam um ao outro, graças ao
beijo que Christopher lhe deu a força. Se fosse por ela...ainda estariam
escondidos atrás de uma porta qualquer.

Passara mais um mês desde ali... E as coisas só melhoravam entre os dois,
apesar das neuras dos dois papais a bordo.

Depois da notícia da gravidez, parecia que os dois haviam regressado no tempo.
Como se novamente estivessem se conhecendo apesar de tudo. Passavam horas e
horas conversando, contando sobre como eram suas vidas antes desse amor surgir.
Conversando detalhes que o outro não sabia. Segredos jamais compartidos com
outra pessoa. E isso fez com que se amassem ainda mais e que se compreendessem
melhor.