Fanfics Brasil - Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆


Capítulo: 280? Capítulo

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Dulce
empalideceu ao descobrir o que era aquele presente. Olhou para a cara de
Christopher com o queixo no chão, enquanto seus dedos tocavam aquele tecido
macio. Voltou seu olhar ao presente, sentindo como várias emoções tomavam conta
dela nesse momento. E esse detalhe lhe calou até a alma. Dedilhou-o devagar,
como se tratara de um cristal que a qualquer momento poderia se romper.
Ergueu-o a sua frente segurando-o com as duas mãos, não deixando passar nenhum
detalhe, mínimo que fosse.

E tragando a saliva, sentiu seus olhos marejarem mais uma vez nesse dia...


 


http://img132.imageshack.us/img132/4193/vestidinhodecrochecremeqh3.jpg
http://bp2.blogger.com/__SXwjjdr0dc/R6HL3-8oVGI/AAAAAAAABNE/IzM7G4wENhU/s320/sapatinho+1.jpg (sapatinho)
Dulce: O que é isso? (perguntou ela aclarando a garganta, não querendo soar
emocionada)
Chris: É o que você está vendo...
Dulce: Sua mãe...?
Ele a interrompeu:
Chris: Não. Esse foi meu presente... O primeiro presente. Comprei quando
chegamos à Espanha. Guardei na minha mala...
Dulce: E por que não me mostrou antes?(perguntou ela sem tirar os olhos daquela
pequenina prenda)
Christopher tragou a saliva ao ouvir a voz de Dulce mais rouca que o normal.
Chris: Você gostou? Tipo, foi naquele dia que fui atrás de um mouse novo para o
meu notebook. Você lembra?
Ele não esperou ela responder, nem ao menos Dulce estava preocupada em responder. Somente
assentiu com a cabeça, absorta em seu mundo sem perder nenhum detalhe do que
aquilo significava.
Chris: Estava eu lá passeando...sozinho, diga-se de passagem, e sem ver nem pra
quê parei na frente de uma loja de artigo para crianças. (ele riu) Foi
engraçado, as pessoas passavam e ficavam olhando para mim, como se perguntassem
“O que ele está fazendo aí?” Outros pensavam... “Esse aí é gay...”


 


Dulce
gargalhou, negando com a cabeça.

Dulce: Nada a ver isso. Não acho gay um homem ficar olhando vitrine de uma loja
de crianças.
Chris: Mas alguma vez na sua vida você viu algum homem fazer semelhante coisa?
Dulce: Bom... (e coçou a cabeça pensativa) Não!
Chris: Então... (e assobiou) A vendedora foi lá fora perguntar se eu estava bem.
( e os dois riram) Ela pensou que eu estava passando mal! (e riu outra vez) Foi
assim...

O que eu estou fazendo mesmo aqui? Me perguntei em pensamentos, enquanto
minhas pernas se negavam a se mexer. Meus olhos também não ajudavam, percorriam
cada ursinho, cada vestidinho, cada camisetinha que havia na vitrine. Traguei a
saliva. Isso não era coisa minha. Nunca fui um cara muito apegado a crianças,
nunca nem ao menos comprei nada para uma criança, que não fosse eu, lógico.
Quando eu era criança minha mãe me soltava em uma loja de brinquedos e eu mesmo
escolhia meus brinquedos. Mas aquela situação era nova. Não era nada para mim,
eu nem mais era criança... Eu havia crescido. Eu era um homem. E por mais que
aquilo que eu iria fazer não fosse para mim, eu faria para uma coisa que era
minha... Era minha filha. Filha sim, porque eu já sabia que ia ser uma menina.

Eu sorri. Dulce não gostava de falar sobre o bebê quando estava comigo. Sempre
brigamos porque ela não tem muita certeza de que realmente vai ser uma menina.
Suspirei... Não me pergunte como eu sei. Mas eu sei que é uma menina. Talvez
seja por todos aqueles meus sonhos malucos que tive com uma menininha. Aqueles
sonhos malucos resultaram serem um presságio do meu futuro. Dulce agora
realmente estava grávida. E se ela estava grávida, nós tínhamos infinitas
chances de que aquela criança fosse realmente a menininha que tanto sonhei.


 


Elena.
Sim, Elena. Não havia um nome mais bonito do que esse nos meus pensamentos. E
quando eu não tinha nada a fazer, me pegava rabiscando o nome de minha
família... Christopher, Dulce e Elena. Sempre juntos, como no alfabeto. C, D,
E. Talvez o próximo filho se chamasse Fernando para seguir com a linhagem. E se
fosse uma menina seria Fernanda, como o pai de Dulce. Nosso terceiro filho
poderia ser Guillermo... Ri, excluindo mentalmente esse nome da minha cabeça.
Esse definitivamente não.
­­
Eu só posso estar ficando louco mesmo, nem ao menos minha filha nasceu e eu já
estou pensando no terceiro. Suspirei pensando no futuro, seria difícil ser um
pai, eu tinha certeza disso. E seria pior ainda quando nossos colegas soubessem
que Dulce sairia da banda. Pois faltava pouco para explodir a bomba em nossas
mãos, faltavam apenas 2 semanas. Assim que chegássemos ao México haveria uma
reunião com Pedro, tínhamos conversado isso ontem no ensaio, antes do show em
Madrid.
­­
Eu não gostava muito de pensar nessa conversa. Eu não sou dos caras que ficam
se remoendo por nada. Sou mais de chegar e enfrentar o que quer que seja. Mas
eu temia por Dulce. Com certeza não será nada agradável para ambos essa
conversa. Por mais que aquilo fosse um grupo, e que se sentissem traídos pelo
grupo, ainda havia um quarteto amoroso. Ainda havia Poncho e Anahí. Ainda havia
o passado nos assombrando. E era esse passado que me preocupava. Bom, pelo
menos o passado chamado “Poncho”. Obviamente, não rolava mais nada entre ele e
Dulce há muito tempo antes de mim. Mas entre eles dois foi algo muito mais
forte do que eu e Anahí. E todo mundo sabe o porquê. Não quero entrar em
detalhes, nem ao menos tenho vontade. Só de relembrar Dulce e Poncho juntos me
dá coceira. Eu ri baixinho dos meus devaneios. E vi pelo canto do olho que uma
mulher se aproximava de mim.


 


Olhei
para o lado, vendo que ela me olhava com curiosidade, franzindo ligeiramente a
testa com um sorrisinho no rosto.
­­
- Posso ajudá-lo? – sua voz fina, me fez olhar para ela. Trabalhava na loja vi
pelo uniforme. E pelo seu crachá, ela se chamava Irina.
­­
Eu cocei a cabeça confuso, olhando nos olhos azuis de Irina. Não sabia ainda o
que estava fazendo ali, nem ao menos sabia o que eu queria.
­­
- Eu não sei... – disse a verdade, enfim. Eu realmente estava quase perdido.
­­
- Veio comprar algo?
­­
- Sim. Mas não sei o que, realmente... – traguei a saliva um pouco
envergonhado. Não queria que a moça perdesse tempo comigo, eu não entendia
porra nenhuma de coisas de crianças. Mas mesmo assim eu queria comprar algo. E
adicionei: - Não entendo muito bem dessas coisas...
­­
Irina deu um sorrisinho de canto da boca, mostrando seus dentes brancos e um
pouco grandes.
­­
- Temos várias coisas...
­­
E ela seguiu falando, enquanto me incitava a entrar com ela na loja. Eu a
segui, olhando para todos os cantos com um pouco de cautela. Talvez ela pudesse
me ajudar... era uma mulher, por certo. Ela saberia o que escolher.
­­
A loja realmente era muito grande, bem decorada e tocava musiquinhas de ninar.
Se alguns dos meus amigos me vissem em uma loja dessas, eu me tornaria a piada
do século, por mais que não achasse nada errado no que eu estava fazendo. Eu
iria ser pai, um pai que resolveu comprar um presente para a filha. Não era
muito comum um homem da minha idade entrar numa loja de crianças para comprar
um presente. Isso era algo difícil de acontecer. Talvez eu era o único cara
disposto a isso na face da Terra.


 


- É menino
ou menina...?
­
Eu aclarei a garganta, entendendo o que a vendedora queria dizer. E fiquei
nervoso. Ela estava insinuando que eu era o pai de alguma criança,
obviamente...seria a coisa mais natural a se pensar. Bom, e eu teria dito a
verdade se aquilo não fosse um segredo.
­
- Eu... eu... não... não tenho filho.
­
E ela riu interrompendo minha gagueira ridícula.
­
- Claro que não. – ela sorriu compreensiva. – Você não tem cara de pai.
­
- E como seria uma cara de pai? – perguntei curioso, e ao mesmo tempo me divertindo
à custa dela.
­
Por mais que eu amasse Dulce, eu não era cego. E Irina apesar de ser mais velha
do que eu, talvez uns nove anos, se eu fosse solteiro não deixaria escapar. Ela
tinha uma beleza bem espanhola. Os cabelos pretos bem lisos, uma boca carnuda,
os pômulos altos e o rosto em forma de coração assim como o de Dulce. O corpo
não era uma das sete maravilhas do mundo, mas não era feio. Porém desviei logo
o olhar dela, sem querer que ela me notasse olhando-a. Eu não estava
interessado. E nem estava interessado que ela se interessasse em mim. Olhei por olhar,
sabe como é, isso é coisa de homem. É algo automático, como coçar o saco.
­
Segui olhando para a seção de roupinhas femininas. E ela me pegou nisso.


 


- Bom,
não quis dizer que haja uma cara específica. Só que você é muito novo...
­
- Sei. Sei. Mas é só um presente mesmo. Nada mais. – admiti, querendo encerrar
o papo.
­
E então sem mais conversa ela me levou para a seção feminina onde me vi
rodeando de rosa, lilás, vermelho, amarelo, ursinhos, frutinhas, tudo no
diminutivo. Ela pegava um vestidinho e eu olhava um pouco envergonhado, sem
jeito de dizer se gostava ou não. Nos meus olhos eram todos iguais.
­
- Eu quero algo rosa... – soltei sem preâmbulos. Rosa. Cor de mulher. Claro que
queria algo rosa. – Não tem um conjuntinho...? Não sei, algo completo?
­
- Como assim? Com sapatinho...?
­
- Sim, sapatinho.
­
- Temos vários. – e ela me levou mais para frente um pouco.
­
Eu fiquei tonto em ver tanta roupa de bebê assim. Mas não gostei nada. Fiquei
imaginando minha bebê ali... oO Minha bebê? Traguei a saliva. Eu estava
estranho ultimamente, mais do que era antes disso. Eu tentava não pensar muito
no futuro, mas ultimamente era no que eu mais pensava. Fazia planos e planos.
As vezes passava meu tempo livre inteiro conversando com minha mãe pelo
telefone ou pelo msn sobre o futuro. De como seria ter uma família... Foi bom
trocar algumas experiências com minha mãe, me fez conhecer um lado dela que
nunca havia parado para pensar se um dia eu viveria igual, não com uma mãe,
obviamente, mas como um pai. Talvez eu conversasse um pouco com o meu pai sobre
isso. Ele podia me dar uns toques. Por mais que ele não estivesse muito feliz
de saber que eu tinha tomado a decisão de me casar com Dulce, ele tinha a
obrigação de me entender e de me apoiar. E por bem ou por mal, ele faria isso,
nem que eu tivesse que obrigá-lo. Me dava vontade de ir ao banheiro só de pensar
em falar com o pai de Dulce sobre meus planos com a filha dele.


 


Desde
que voltamos de Ibiza, ele não havia olhado na cara de Dulce, nem muito menos
na minha. Ele estava puto da vida comigo, e tinha toda razão. Eu dei o tempo
dele, mesmo sabendo que o de Dulce estava contado. Já sabia de onde Dulce havia
puxado esse temperamento. O velho estava magoado também, eu o entendia. Só de
pensar que algum marmanjo engravidaria sua filha e ainda tinha a cara de pau de
lhe tirar de casa sem nenhum compromisso, lhe dava um arrepio na espinha.
­
  
Aquilo era antiquado, por certo. O principal era o bem-estar do bebê. Mas o
velho era esperto. Fez isso sabendo que eu sou capaz de tudo para fazer Dulce
feliz. Fez isso sabendo que eu faria de tudo para que essa situação se
resolvesse. Velho safado! Me conhecia apesar de tudo. Eu faço tudo por aquela
mulher. Menos comer merda, óbvio.
­
  
Me voltei para trás, suspirando de frustração... Cocei um pouco meus olhos
vendo mais e mais coisas de bebê, até que me fixei em algo. Havia um
vestidinho pendurado na parede, envolto sobre um plástico, protegendo-o.
Levantei uma sobracelha, olhando aquilo com curiosidade. Era bonitinha a
coisinha. Caminhei até ele sem saber o que fazia. E quando me encontrei de
frente a ele, cocei novamente a testa, vendo que era algo de tricô, crochê, sei
lá dessas coisas... Dulce gostava dessas coisas assim. Sem bem me lembro ela
usou um vestidinho curto desse tipo em Acapulco no outro dia da virada do Ano.
Eu gostei do resultado. Assim como gostei desse vestido. Ele tinha uma fitinha dourada
na cintura.
­
  
- Esse.
­
  
- Esse mesmo?
­
  
- Sim, eu gostei dele. Quero um sapatinho também. E uma dessas coisinhas que
coloca na cabeça, essas... – e levei as mãos à cabeça, tentando fazer mímica.
Realmente eu não sabia o nome daquilo. - ...aqueles bonezinhos... Não, boné,
não. Aquelas fitinhas.
­
  
- Tiaras?
­
  
- Isso! – e sorri.


 


Chris: E
saí com uma sacola de roupa de bebê no meio do shopping.

Ele sorriu saindo do carro ao chegarem em casa, na casa de Christopher para
salientar.

Chris: Vi de cara e gostei. Achei muito bonito.
Dulce: Ele é lindo! ( disse ela radiante) É perfeito!

Christopher sorriu com orgulho.

Chris: A moça disse que era para bebês de dois a três meses.

Os dois pegaram todas as sacolas, levando para dentro de casa. Dulce não
soltava a caixa. Estava agarrada com ela desde que ela a embalou novamente. E
ele riu, para quem não queria nem saber que estava grávida, ela estava
apertando demais a caixa. Os dois colocaram as coisas que compraram para o
jantar na mesa da cozinha e Christopher logo subiu para colocar as roupas que
havia comprado em seu quarto. Colocou tudo de lado mesmo, tirando a carteira do
bolso detrás da calça, jogando o molho de chaves em cima da mesinha de noite.
Foi até a varanda e abriu as portas vitrais, deixando a brisa fria da noite
ventilar seu enorme quarto. Olhou para trás. Realmente era grande mesmo. E
agora cheio. Das coisas de Dulce, das suas coisas. E agora...com as coisas do
bebê. Pelo menos uma delas, o vestidinho, já que todas estavam na casa de
Dulce. No quartinho que havia montado para ela. E agora estava tudo pronto.
Ficara maravilhado com o quarto, com a decoração. Se Dulce ficou emocionada com
apenas um vestido, nem queria pensar em como ela ficaria ao ver o quarto. Sem
falar que o quarto de Dulce, que seriam dos dois quando se casassem, estava
muito maior do que este.


 


Amanhã
suas coisas sairiam dessa casa. E na quinta-feira ele já não mais pertenceria a
esse lugar. Dois dias... Dois dias!




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Autor(a): kalu

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1415



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • carolzita Postado em 14/03/2011 - 04:16:52

    Propaganda básica !



    - Além das Palavras - DyC

    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=10306

  • misterdumpet Postado em 08/02/2011 - 09:42:45

    Confiram o ÚLTIMO CAPÍTULO de Samira em tempos de Guerra.
    Essa intrigante história chega ao fim.
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859

  • misterdumpet Postado em 07/02/2011 - 09:59:45

    A história da menina que tinha de escolher entre a vida e a honra está chegando ao fim. Não percam amanhã (08/02) o ÙLTIMO CAPÍTULO de: Samira em tempos de guerra.
    Quem sobreviverá a esta catástrofe?
    O que restará do Morro do Gare?
    O que acontecerá com os sobreviventes?
    Todas as respostas serão reveladas amanhã, não percam essa emocionante história.
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859

  • misterdumpet Postado em 06/02/2011 - 09:57:25

    Já está no ar o segundo capítulo de: Samira em tempos de guerra
    Ela escolheu a honra, o que acontecerá com a vida então?
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859

  • candy Postado em 05/02/2011 - 21:51:51

    Qualé quando vai voltar a postar??

  • misterdumpet Postado em 05/02/2011 - 09:34:46

    Já está no ar o primeiro capítulo de: Samira em tempos de guerra
    O que vale mais: a vida ou a honra?
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859

  • misterdumpet Postado em 04/02/2011 - 19:15:10

    Não percam! Dia 05/02 estreia: Samira, em tempos de guerra.
    O que vale mais: a vida ou a honra? Samira te responderá

    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=9859

  • karolinedyc Postado em 26/01/2011 - 12:46:46

    NOS CAMINHOS DA VIDA- Tópico ORIGINAL Postado pela autora Beta Pinheiro. Posts atualizados.A melhor WebNovela Vondy, NCV nos últimos capítulos.
    http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=15155083&tid=2469750441693016 811&na=1&nst=1

  • saulo Postado em 04/01/2011 - 17:04:27


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  • saulo Postado em 04/01/2011 - 17:04:27


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