Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

<!--
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
a:link, span.MsoHyperlink
{color:#0047BE;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed
{color:purple;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->

Dulce
começou a mexer a cabeça acompanhando a música. Depois de preparar a massa da
panqueca, foi até o fogão para a parte final. Acendeu o fogo o pôs a frigideira
em cima. Colocou
um pouco da massa na frigideira quente e untada com manteiga pára que ela
assasse sem grudar. Só de sentir o cheiro ela começava a sentir mais fome
ainda.

A primeira panqueca, saiu um pouco horrível... E ela riu ao ver o resultado,
mas não desistiu.

A segunda e
a terceira saíram um pouco melhores. E abriu um sorriso ao ver como a quarta e
a quinta saíam do jeito que queria. De verdade, não era tão tapada na cozinha.
Quando queria, até cozinhava bem... pensava ela comendo um pedacinho da
primeira panqueca, que não estava nem longe de estar ruim. Limpou um pouco a
bagunça que estava ali, e foi para a segunda etapa do café da manhã: O suco.
Preparou um adocicado suco de laranja, em vez de café. Não queria chegar perto
de café. Talvez comesse o pó do café inteiro de tanta vontade que tinha de
tomá-lo.

Essa era um dos pontos negativos de estar grávida, pensou ela enquanto lavava
as louças. Após tudo pronto, descascou algumas frutas e deu uma enfeitada na
bandeja. Despejou mel por cima das panquecas e nem olhou para as panquecas,
senão essa bandeja chegaria vazia nas mãos de Christopher.

E foi subindo devagar equilibrando a bandeja em suas duas mãos. Até que estava
pesada. Entrou no quarto e colocou a cabeça dentro para se certificar que ele
seguia dormindo. E graças a Deus ele seguia, e estava de costas para ela, quem
entrou de pontinhas de pé e colocou a bandeja na mesinha de noite. Observou
como ele dormia e suspirou lembrando de tantas coisas, principalmente de seu
pesadelo. Já não era capaz de viver sem Christopher, ainda mais esperando um
filho dele.

Tragou a saliva, passando a mão na testa. Não conseguia entender como seu amor
por esse homem aumentava a cada dia. E essa careca, Jesus...! Não agüentava nem
olhar. Simplesmente perfeito. Simplesmente lindo. Simplesmente Christopher.
Dulce sacudiu a cabeça, sabendo que podia passar o dia olhando para ele sem
cansar. Infelizmente teriam mais um dia de prova, o último dia com o RBD.
Precisava escrever algo para dizer aos seus fãs. Teria que dar uma satisfação a
eles. Mesmo que essa satisfação não fosse a verdade

Não podia
dizer a verdade, ainda. Precisava de mais tempo. Precisava sair do RBD para
conseguir dizer alguma coisa. E não passaria dessa semana. Precisava se sentir
totalmente livre. E só se sentiria assim quando todos soubessem o que estava
passando em sua vida...

Tinha que despertá-lo, infelizmente. Já passava das oito horas, e precisavam
estar ao meio-dia no aeroporto, como foi combinado com todos. Não iria chegar
atrasada em seu último dia. Não. Esse dia ela estaria impecável.

Foi até a parte da frente da cama, e observou novamente como ele dormia.

Um sorriso brincou em seus lábios...

Recordar é viver, e despertar Christopher cantando...era reviver as surpresas
do passado.

Olhou para o lado e viu seus instrumentos de um lado.

E pela segunda vez nesse dia, ela tentaria algo que fazia tempo que não
praticava...tocar violão. Nem ao menos havia aprendido direito e logo havia
parado de praticar. Talvez não sabia nem ao menos o Dó. Bom, cantaria e
dedilharia um pouco, talvez ele nem se desse conta de que ela nem sabia tocar
direito.

Dulce colocou um banco na frente da cama, e suspirou ao ter o violão entre seus
braços. Logo teve uma idéia. Soltou tudo e foi até sua bolsa e pegou sua
câmera, posicionou em algum lugar onde focasse o rosto de Christopher ao
despertar. Queria ver sua expressão de surpresa ao ver como ela voltava ao
passado, de alguma maneira. Acabou por colocar a câmera em cima da estante, onde
o zoom pudesse somente focalizar seu rosto. Ela sorriu ante a perspectiva e se
sentou novamente no banco. Cruzou as pernas e colocou o violão sobre suas
coxas, se acomodando nessa posição.

Começou a
dedilhar devagar, pensando em uma música para cantar. Respirou fundo...
Milhares de músicas passaram pela sua cabeça... Mas precisava de uma para esse
momento, que expressasse todo o seu amor, e o medo que de que ele um dia
pudesse deixá-la. E logo sorriu ao escolher uma. Seu cérebro às vezes era um
tanto rápido demais.
Passou seus dedos pelo violão, tirando um som suave...reconhecendo novamente
tudo aquilo fazendo música, falando música... E sem mesmo perceber, seus lábios
se separaram para começar a cantar a primeira estrofe da canção.

http://br.youtube.com/watch?v=PEPAD4TiQwo

Te
regalo mi cintura,
Y mis labios para cuando quieras besar,
Te regalo mi locura,
Y las pocas neuronas que quedan ya...

Seus dedos
escorregaram pelas cordas lentamente, acompanhando o ritmo de sua voz.
Christopher mexeu um braço, se acomodando melhor na cama. Dulce sorriu sem
tirar os dedos do violão, sabendo que ele pensava que estava sonhando. Sua voz
e o violão eram tão suaves como em qualquer sonho bom...

Mis
zapatos destenidos,
El diario en el que escribo,
Te doy hasta mis suspiros,
Pero no te vayas más...

E ele subiu
a cabeça de uma vez, com o cenho franzido, enquanto piscava os olhos por causa
da claridade. Piscou mais algumas vezes para se certificar que aquele ruído era
ali mesmo, no seu quarto... E foi aí quando ele se voltou para vê-la, ainda com
o mesmo cenho franzido e a cara amassada. E abriu um sorriso ao ver como ele a
olhava surpreso.

Porque
eres tú mi sol,
La fé con que vivo,
La potencia de mi voz,
Los pies con que camino,
Eres tú, amor, mis ganas de reír,
El adiós que no sabré decir,
Porque nunca podré vivir..
Sin tí...

E de
consternação, a expressão de seu rosto se tornou risonha, apreciando a música.
E ela sorriu, vendo como ele se encostava à cabeceira da cama, já sentado,
observando-a com curiosidade e carinho.

Si algún día decidieras,
Alejarte nuevamente de aquí..
Cerraría cada puerta para que nunca pudieras salir..

E abriu um sorriso, ao assentir para ele. E fechou os olhos para cantar a
próxima estrofe...

Te regalo mis silencios,
Te regalo mi nariz,
Yo te doy hasta mis huesos,
Pero quédate aquí..

E os abriu para encontrar-se nos seus... que agora estava há dois passos dos
seus. Ele havia se sentado na beirada da cama. Com a Câmera nas mãos, enquanto
a grava. Ela sorriu e piscou o olho para a câmera, sabendo que aquele momento
especial não seria esquecido jamais.

Porque eres tú mi sol,
La fé con que vivo,
La potencia de mi voz,
Los pies con que camino,
Eres tú, amor, mis ganas de reír,
El adiós que no sabré decir,
Porque nunca podré vivir..
Sin tí...

E mesmo calada, continuou dedilhando o violão, enquanto seus olhos se moviam
pelo rosto dele e em seus lábios nascia mais um sorriso, assim como nos dele.

O silêncio
continuou por alguns segundos... Tempo suficiente para que curtissem a presença
do outro, sem quebrar aquele clima. Mas logo Dulce lembrou-se das panquecas que
se esmerou tanto em fazer e abriu um sorriso grande, deixando o violão de lado,
enquanto se colocava de pé, caminhando até o outro lado do quarto, alçando as
bandejas entre suas mãos.

Christopher a acompanhou com o olhar e piscou os olhos quando a viu se
aproximar com a bandeja.

Dulce sorriu de uma forma angelical, erguendo as sobrancelhas...fazendo
Christopher ver que apesar da gravidez e da maturidade, as feições infantis de
Dulce ainda se encontrava ali, escondidas por vezes abaixo da Dulce preocupada
e neurótica.

Abriu um sorriso preguiçoso quando ela parou a sua frente.

Chris: E isso tudo?
Dulce: Panquecas com mel...a especialidade da casa. (acrescentou com um sorriso
no canto da boca)

Christopher levantou-se inspecionando a bandeja. Sucos, frutas...e as bonitas
panquecas. Desconfiado, subiu o olhar para ela e olhou outra vez para a
bandeja.

Chris: Comprou onde? (perguntou ele reprimindo a risada) Não ouvi barulho de
nada!
Dulce: Que?! (perguntou chocada)

Dulce fez uma careta e ele tirou a bandeja das mãos dela, colocando a mesma em
cima da cama. Rindo, puxou Dulce pelas mãos e a abraçou forte, afogando seu
rosto entre seus cabelos.

Chris: Bom Dia, amor da minha vida! (disse com a boca colada a sua pele)
Dulce: Bom dia, amor da minha vida!

Ela riu ficando nas pontas dos pés para enlaçá-lo pelo pescoço.

Chris: Eu não disse com você, disse com a minha filha.
Dulce: Eu também, mas para o meu filho.

Os dois sorriram se olhando e se abraçaram mais uma vez. Christopher beijou-a
no pescoço e logo soltou-a, sentando-se no chão, puxando-a junto. Se virou para
pegar a bandeja e a colocou nas pernas, abrindo um sorriso mais uma vez.

Chris: de
novo eu pergunto...e tudo isso? (perguntou com incredulidade)
Dulce: Sou prendada! (e riu)
Chris: Você cozinhou?
Dulce: Você me pediu ontem.
Chris: Você cozinhou?!
Dulce: Sim, caray! (respondeu com impaciência) Quer que eu te ensine?
Chris: Não! (rindo) e a música?
Dulce: Estava relembrando os velhos tempos... (deu um sorrisinho ao vê-lo pegar
uma panqueca)
Chris: posso?
Dulce: Deve!

Christopher mordeu devagar, sentindo o gosto doce do mel misturado a saborosa
panqueca.

Dulce viu como ele arregalava os olhos, franzindo a testa...enquanto ela estava
agoniada de não saber do que se tratava.

Dulce: Ta muito ruim?

Ele continuou com a mesma careta, mordendo quase a metade da panqueca. Dulce o
viu terminar a panqueca, e logo pegar outra enquanto tomava um gole de suco.
Não havia tempo nem para falar, ele só queria saber de comer. Ela ficou
observando-o comer. E quando a terceira panqueca desapareceu em sua boca, Dulce
começou a comer. Christopher ainda estava com aquela mesma careta de quem comeu
e não gostou. Deu uma mordida na panqueca e a achou até gostosa. Comeu suas
duas panquecas e não reclamou do gosto, tinha gosto de panqueca. Devorou o
resto das frutas e tomou seu suco, vendo como ele já fazia um tempo que havia
acabado com tudo também.

Ele deixou um arroto escapar de sua boca e ela riu, batendo nele.

Dulce: Porco!
Chris: Meu deus do céu...que comida é essa?
Dulce: E aí?
Chris: Que?
Dulce: Gostou?
Chris: Eu tava com fome...

Christopher riu se levantando, colocando a bandeja agora vazia em cima da cama.
Estendeu as mãos para ela, quem agarrou e ficou em pé com sua ajuda.

Dulce: Ta bom , então...não faço mais nada... (disse irritada)
Chris: A próxima vez quero o almoço...depois o jantar...e depois uma sobremesa.
Dulce: Agora eu não faço mais...

E foi se encaminhando até o banheiro. E antes de que ela pudesse entrar, ele a
abraçou por trás impedindo-a de caminhar.

Chris: Eu
adorei...tudo. A música, a comida...você... (e a beijou no pescoço) e quero uma
esposa prendada, sim!
Dulce: Lá vem você com isso outra vez...
Chris: Andale...minha filha também quer uma mãe prendada....