Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

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Via como
Christian tentava, em vão, enxugar os olhos de Dulce, lhe falando com
gentileza, lhe desejando boa sorte nessa nova vida e lhe arrancando sorrisos
chorosos, de vez em quando.

Dulce estava muito abalada e Christopher temia que pudesse ser ruim para ela e
para o bebê. Buscou Pedro com a mirada, mas não o achou, coincidentemente, só
haviam os seis naquele camarim.

Viu como
Christian se levantava do chão e que Dulce também levantava, assim como Poncho,
que em duas passadas abraçou Dulce forte, enterrando o rosto em seu pescoço
conseguindo com que ela começasse a chorar outra vez, assim como ele parecia
chorar também ao ouvir o que ele dizia em seu ouvido.

Christopher não conseguiu ouvir o que ele dizia, pois sua voz saía abafada e
inaudível, mas só bastou sentir a emoção do momento para que ele voltasse a
chorar outra vez.

Dulce acariciou o cabelo de Poncho e agarrou o rosto dele com as duas mãos,
encarando seu rosto choroso.

Dulce: Ainda vai me ver no telão... (disse ela com uma pisca de diversão) E se
quiser me visitar, vou morar alguns tempos com minha mãe no sítio. O tempo que
vocês estiverem em turnê.
Poncho: Já sinto tua falta! (disse fungando) Ardilla!

E apertou as bochechas dela, os dois sorrindo como bobos.

Dulce: Feo!

Ele abriu mais o sorriso, abraçando-a outra vez..

Dulce: Eu não vou morrer, ok!

Poncho se afastou de Dulce, vendo como Maite se aproximava dos dois.

Dulce: Mai!

E chorando, Maite a abraçou forte também. Dulce fechou os olhos sentindo como
uma lágrima escapava de suas pestanas. Maite se desculpava o tempo inteiro.

Maite: desculpa...
Dulce: Quem tem que me desculpar são vocês!
Maite: desculpa!

Dulce a beijou no rosto e sorriu para ela, enquanto se afastavam e Christian
abraçava Maite, amparando-a.

Dulce: Quando quiserem me visitar...qualquer um... (disse olhando Anahí de
esguelha) a hora que quiserem...
Christian: Com todas aquelas comidas maravilhosas!

Dulce riu assentindo, enquanto enxugava os olhos, vendo pelo espelho que sua
maquiagem fora para o espaço. E assim que se voltou para seus amigos, viu Anahí
parada em sua frente, somente lhe dando chance de abrir os braços para
recebê-la. E fechou os olhos sentindo como aquele abraço era importante para
ela.

Sorriu
entre os cabelos louros e a apertou mais forte. O abraço durou somente cinco
segundos, ganhou um beijo na testa... mas somente isso, nenhuma palavra, nada.

E para Dulce, aquele abraço valera mais que muitas palavras. Conhecia Anahí,
sabia que esse era o jeito dela. E sorriu para todos, voltando-se para
Christopher quem estava em seu cantinho, acuado.

Porque em cada lugar que você estiver
nos encontraremos unidos,
um nos braços do outro,
É o destino, é o destino
porque em cada lugar que você estiver,
porque em cada lugar que eu estiver,
As coisas que vives,
Eu também viverei

Ele levantou o rosto ao ver como Dulce se acercava, parando a sua frente. Não
evitou sorrir do mesmo jeito que ela estava fazendo.

Dulce: Não vai se despedir de mim, também?

Ele negou com a cabeça puxando-a para um abraço. Acariciou seus cabelos e a
puxou para mais perto ainda.

Chris: Como seu companheiro de grupo...eu digo que vou sentir muito sua falta.
(ela o abraçou mais forte) Com quem eu vou cantar em Este Corazón? Acho
que Mai agora vai ter que me suportar... (os dois riram) Como companheiro de
grupo eu te desejo toda a sorte do mundo. Que você não encare isso como uma
despedida, mas sim como um recomeço... E que... (sentiu como ela lhe beijava o
ombro, empapando sua camisa) muito obrigada por tudo... Por tudo o que fez, por
cada canção que cantaste...por cada que sorriso que regalaste... Um lugar
naquele palco estará, mas com certeza no nosso coração...esse espaço nunca
estará vazio, porque por mais que você não esteja em matéria...você estará em
espírito, ali, do nosso lado...como sempre foi! Te quiero!
Dulce: Te quiero! (chorando) Mucho! Todo dia eu agradeço a Deus por ter me
colocado na tua vida!

Christopher sorriu ao seu ouvido, apertando-a mais entre seus braços.

Chris: Mas agora como companheiro de vida... Só o que eu tenho que te dizer é:
Bem-vinda! Seja bem-vinda de vez para ficar na minha vida!
Dulce: Te amo!
Chris: Eu que te amo demais!

E
Christopher alcançou uma garrafa de água para dar para ela, quem tomou dois
goles grandes. Sorriu mais uma vez vendo no espelho, sua maquiagem um desastre.
Nessa hora, Pedro entrou com o resto da equipe, dizendo que estavam atrasados
meia-hora. A correria começou novamente, á medida que Pedro dava suas
instruções.

E Dulce respirou fundo, refazendo rapidamente sua maquiagem, se dando conta de
que havia chegado a hora de se despedir do seu público.

Todos se desejaram boa sorte, assim como cada um lhe abraçou antes de subirem
ao palco. Christopher não largou a mão de Dulce, e dançaram juntos no começo de
Cariño Mío. Dulce sufocou a respiração por um momento ao ouvir os gritos de
todos. Ao ouvir as vozes que não deixaram que ela parasse de sonhar algum dia.
E sorriu, abriu mais o sorriso...sentindo que essa noite seria totalmente
inesquecível.

Não descansou, não se reprimiu, não tomou cuidado... Nessa noite seria a Dulce
de sempre, que pulava, que cantava, que contagiava a todos. Sentiu a adrenalina
em suas veias...e realmente deu o seu melhor, e ainda mais um pouco. Deu o
possível e o impossível, se entregou como nunca havia se entregado antes. Não
negando nenhum sorriso, não se reprimindo em sua amargura, mas sim,
aproveitando a cada momento...essas sensações que nunca mais voltariam.

Seus companheiros a cada momento que podiam, lhe abraçavam, lhe
beijavam...fazendo-a reafirmar que aquilo que Christopher dissera no camarim
era verdade, que estaria presente sempre nos corações de todos, por mais
ressentimento que ainda houvesse. RBD sem Dulce nunca mais seria o mesmo, assim
como RBD não seria a mesma coisa se um deles também saíssem. RBD eram seis. RBD
eram seis corações e seis almas. Com certeza, na falta de um deles, esse lugar
jamais poderia ser preenchido por um coração novo.

Pedro designou que diferente dos outros shows, NO PARES seria a última música a
ser cantada, por razões óbvias, claro.

E esse momento havia chegado.