Fanfic: Nos Cαminhos dα Vidα ~☆

<!--
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->

As luzes do
palco se apagaram e, também diferentes dos outros shows, no telão passava
algumas imagens de Dulce por esse tempo inteiro que ela esteve com o RBD. O
público estava curioso, por certo. E com certeza não estavam entendo
absolutamente nada. Por que somente Dulce? Por que somente na música que ela
cantava surgia aquilo? Dali detrás, Dulce podia sentir a confusão de cada
coração presente ali. E respirou fundo enquanto a produção colocava uma cadeira
no final da passarela. Queria estar o mais próximo possível, queria conectar
corações nessa noite, queria fazer com que essa multidão jamais esquecesse que
ela também fazia parte desse sonho.

Christopher apertou seus ombros, lhe beijando a cabeça, enquanto Christian,
Maite, Poncho e Anahí estavam ao lado dele para ver pela última vez, Dulce
cantar o “hino dos sonhadores”.

Dulce: Vamos lá! (respirou fundo olhando fixamente a cadeira que estava na
passarela, com o violão do lado) É agora!

Sem olhar para trás caminhou pela escuridão até a passarela, sabendo que os
olhos de todos os seus companheiros, de produção, estavam no palco para verem
de perto o que ela faria.

Não havia planejado nada, não sabia o que faria... Mas deixaria rolar. Seguiria
seu coração. E colocaria, mais uma vez, sua vida nas mãos de Deus.

Sentou-se na cadeira, ouvindo como a multidão gritava seu nome,
insistentemente. Ela ajeitou o microfone.

Dulce: Muito obrigada por estarem aqui essa noite... (e fez uma pausa ao ouvir
os gritos ensurdecedores) Nessa noite...de magia. Nessa noite tão importante
para mim.

Olhou para o lado e pegou o violão que estava ao lado da cadeira e o posicionou
em suas pernas. Olhou para as os feixes de luzes em todo o ginásio, nas
arquibancadas, ali na sua frente, divisando vários rostos na escuridão,
divisando lágrimas em alguns deles. E sorriu mais uma vez, se sentindo
abençoada de poder compartilhar esse momento com todos eles.

Estava se
sentindo orgulhosa de si. Estava se sentindo feliz, apesar de tudo. Estava
sentindo como havia feito bem o seu trabalho.

Dulce: Uma noite...sem dúvida, inesquecível para mim. (o público fez um pouco
de silêncio vendo como uma luz se acendia sobre Dulce, iluminando-a) E, talvez,
inesquecível para vocês também.

Tragou a saliva e sorriu mais uma vez.

Dulce: Não sei bem o que dizer agora... Queria dizer algumas coisas bonitas,
como algum verso, um poema...ou algo... (e riu) Mas acho que minha emoção não
me deixaria ler nesse momento. (baixou o olhar para o violão, vendo como suas
mãos tremiam sobre ele) está sendo muito difícil esse momento para mim... (sua
voz falhou, à medida que mais lágrimas lhe subiam aos olhos) Mas eu preciso ser
sincera com vocês, com meu público...com o meu coração...

Avistou o rosto de uma menina com a testa franzida pela confusão e sentiu que
havia chegado a hora. Tragou fundo a emoção e buscou força onde não existia
para não vacilar em suas palavras.

Dulce: Na Romênia, há um mês atrás... (falando pausadamente) Não sei se vocês
viram o que passou comigo, mas eu acho que souberam que eu passei mal no
ensaio... (com os dedos colocou a franja de lado) E descobri não tenho mais
condições para seguir com o RBD...

Dulce ouviu os gritos, como se todos dissessem ao mesmo tempo: QUEEEEEE?

Dulce: Pelo menos, não por enquanto. Descobri que... que minha saúde está um
pouco debilitada.

As câmeras todas apontadas para ela naquele momento.

Dulce: Vocês sempre souberam como eu sou frágil, isso não é uma novidade... (e
riu um pouco) Não sei de quanto tempo será esse afastamento, mas eu preciso
cuidar de mim nesse momento. Sendo que eu preciso do apoio de vocês para ir com
a mente tranquila...com o coração livre de qualquer...qualquer sentimento ruim.

Cruzou as pernas e olhou mais uma vez o público.

Dulce:
Quero que saibam que apesar de qualquer coisa, eu estou feliz por ter chegado
até onde cheguei! Estou feliz por ter convivido com vocês! Estou feliz por ter
conquistado tudo o que conquistei! Jamais pensei na minha vida...que hoje eu
estaria aqui, abrindo o meu coração para milhares de pessoas... Jamais pensei
que eu viveria e sentiria algo tão grande como isso, como essa magia, com essa
magnitude de momentos que vivi desde que entrei para esse projeto. E quero
agradecer a vocês...por cada sorriso, por cada palavra de apoio, por cada um de
seus corações rebeldes...que nos seguem amando apesar de tanto tempo, que nos
seguem apoiando apesar de tantas coisas. Muito obrigada! Muitíssimo obrigada
por me fazer acreditar que, sim, os sonhos podem se realizar! Porque você são o
exemplo disso! Vocês...cada um de vocês...são o meu sonho que se tornou
realidade, pegando a frase de Any emprestada! (disse rindo) MUITO OBRIGADA POR
TANTO AMOR! E não me esqueçam, por favor... (rogou ela baixinho ouvindo como
todo o ginásio, assim como seus companheiros gritavam seu nome em apoio) Um dia
eu volto! E volto com uma surpresa! Espero que fiquem tão felizes como eu
também ficarei! Muito obrigada por fazerem parte dos meus sonhos... Muito
obrigada por fazerem parte da minha vida! Eu amo vocês...e eu sempre os amarei,
em qualquer lugar onde eu estiver!

Os gritos ainda se fizeram mais alto, enquanto gritavam, compaginados, alguma
canção. Dulce sorriu pegando no ar um coração de pelúcia que lhe foi atirado.
Ela beijou o coração e logo o colocou do lado da cadeira, se posicionando
melhor.

Dedilhou devagar as cordas do violão, tocando a introdução de No Pares, como
Charlie uma vez a ensinou.

Dulce: Vamos tentar uma coisa nova, ok? (todos gritaram em apoio) Nessa
noite...eu vou tocar, mas quem vão cantar são vocês! Vocês podem fazer isso por
mim?

O público
gritou e ela abriu um sorriso enorme de satisfação. Seu coração latia veloz
dentro de seu peito, sentindo como as emoções faziam suas mãos tremerem.
Respirou fundo e olhou para o violão começando a sério a introdução. Encostou a
boca no microfone, fechou os olhos e cantou a primeira frase:

Dulce: “Nadie puede pisotear tu libertad...”

Grita fuerte por si te quieren callar
Nada puede detenerte si tu tienes fe
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared, en la pared

Dulce tragou a saliva, ouvindo como ginásio inteiro cantava junto. E à medida
que dedilhava o violão, novamente sentia como as lágrimas desciam de uma a uma
por sua face. O público cantou mais forte ao ver suas lágrimas. O ginásio
iluminados como se fosse um céu de estrelas brilhantes, por onde a emoção
pairava solta pelo ar, iluminando a cada coração, principalmente o dela...

Si censuran tus ideas ten valor
No te rindas nunca, siempre alza la voz
Lucha fuerte y sin medidas
No dejes de creer
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared
En la pared.

No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

No construyas muros en tu corazón
Lo que hagas siempre hazlo por amor
Pon las alas contra el viento, no hay nada que perder
No te quedes con tu nombre
Escrito en la pared.

No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no,
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

Ouviu os
aplausos, ouviu os gritos, ouviu o choro... E Dulce sorriu com lágrimas nos
olhos, se dando conta de que nada e nem ninguém tiraria isso nunca dela.
Sentindo que por toda a sua vida essa mensagem de amor e união seria relembrada
para sempre. Assim como seu coração sabia que jamais esqueceria que seguiria
existindo nesses palcos por onde passou. Dulce Maria não seria esquecida. Dulce
Maria seguiria sendo Dulce Maria em cada coração presente e ausente nesse
momento.

Ninguém jamais esqueceria.

Assim como ela também não o faria jamais!

Nem seus companheiros, quem correram para abraçá-la ao término da canção.
Fazendo com que Dulce novamente sentisse o espírito daquele grupo latir em seu
coração.

Valera a pena...

Tudo valera a pena, graças a Deus!

Algumas
horas depois...

Chris: Eu vou dar um volta...

Disse Christopher enquanto penteava os cabelos na frente do espelho. Fazia
meia-hora em que havia chegado do último show, pelo menos de Dulce, quem se
despediu de seus fãs nessa noite de muita emoção, tanto para ela, quanto para o
resto do grupo. Dulce estava procurando uma roupa leve para vestir.

Dulce: Você não vai comer?
Chris: Estou sem fome...

Dulce sentou-se na cama, com a roupa que poria nas mãos e olhou para ele, quem
saía do banheiro. Sabia para onde Christopher iria agora, mas esperaria que ele
lhe dissesse. E continuou a fazer o que estava fazendo antes, primeiro pôs uma
calça larga e logo depois pôs uma camisa qualquer de algodão. Baixaria para
comer com Ivalu no restaurante do Hotel. Ergueu o olhar para ele, vendo como
ele estava bem relaxado, de camisa regata preta, com uma calça jeans qualquer e
de chinelas. E suspirou, levantando-se... Não diria nenhuma palavra até que ele
lhe falasse para onde ele iria. E se ele não quisesse falar, não o
pressionaria, mas amanhã ele teria que agüentar as conseqüências.

Chris: Por que você está tão calada? Aconteceu alguma coisa?

Ela se voltou para ele, vendo-o colocar uma carteira de cigarro no bolso
detrás.

Dulce: Não aconteceu nada...
Chris: Você já começou a viajar nos pensamentos? (e deu uma risadinha,
colocando seus óculos de grau)
Dulce: Talvez...

Ele ergueu uma sobrancelha desconfiado do seu tom de voz sério.

Chris: Vou ao quarto de Catire...ele pediu umas bebidas...e vamos todos...
Hum.. O que você acha?
Dulce: Ok... (disse sem ao menos se voltar para vê-lo)

Christopher coçou a cabeça sabendo que nada estava ok. Sempre era do mesmo
jeito. Sempre que iria beber com o pessoal da banda, Dulce ficava assim com
essa tromba. Já estava até acostumado. Tão acostumado que deu um sorrisinho e
se voltou para a porta. Precisava espairecer um pouco.