Fanfics Brasil - Capítulo 12 As Montanhas Escocesas Um mês depois Tremores (terminada)

Fanfic: Tremores (terminada)


Capítulo: Capítulo 12 As Montanhas Escocesas Um mês depois

21 visualizações Denunciar


rcm17, fortuneteller, gracias por comentarem. adoro seus comentarios, essa web ja esta chegando quase ao final, mas ja tenho uma melhor ainda preparada pra logo mais!!



As Montanhas Escocesas


Um mês depois


 


Anahí mordiscava seu lábio
inferior enquanto apoiava o pincel sobre a tela e tratava uma vez mais de
pintar a majestosa vista outonal ao seu redor. Não havia nada tão lindo, tão
assombroso, como os verdes e frondosos bosques das montanhas escocesas,
misturados com flores brilhantes e vivazes e fauna de várias cores.


Suspirou, fechando os olhos por
um instante. Não estava saindo bem. E, pior ainda, ela sabia por que. Algo, ou
melhor, dizendo alguém, faltava na equação.


Alfonso.


A casinha de pedra que tinha
comprado para viver o resto de sua vida era exatamente o que sempre tinha
querido. Não era muito pequena nem muito grande, nem muito isolada nem muito
cravada no meio da cidade.


A pequena e serena casinha estava
localizada em uma zona remota de Escócia, ideal para quando queria estar
sozinha, mas o suficientemente perto da cidade de Inverness quando precisava
estar com gente.


E mais, estava finalmente a cargo
de seu próprio destino. Finalmente tinha amadurecido. Tinha provocado um
infinito gosto dizer a seu pai que não voltaria para os Estados Unidos... jamais.
E que não voltaria a vê-lo... talvez nunca mais.


Não foi difícil tomar a decisão,
não quando pôs os olhos nessa genial e pequena fortaleza de pedra, a casinha
que a atraiu por tantas vias diferentes.


Anahí tinha encontrado a paz ali,
uma serenidade interior, um sentimento de bem-estar, que nunca mais
sacrificaria por ninguém. Nunca mais voltaria para os Estados Unidos, nem
sequer de visita.


E mesmo assim, feliz como estava
nas montanhas escocesas, também estava plenamente consciente de que faltava
algo importante ali: um homem. Mas não qualquer homem, é obvio. Não era
suficiente qualquer homem. Sentia saudades de Alfonso.


Alfonso Herrera. Anahí meneou a
cabeça e suspirou enquanto apoiava o pincel em um prato com diluente e olhou
distraidamente sua pintura.


Por que sentia saudades?
Perguntou-se pela enésima vez desde que deixou Göthmoor. Era reservado e
misterioso, dominador e rígido, autoritário e...


Franziu o cenho enquanto passava
os dedos por seu cabelo dourado. Não tinha sentido se auto-convencer. Os erros
de Alfonso não importavam, ela conhecia o homem que havia debaixo dele. Sabia
que era intrinsecamente honesto fundamentalmente leal e devoto.


Tudo o que Helena havia dito não
era verdade. Não podia ser verdade. Simplesmente não fechava.


Já não importava qual tinha sido
o papel de Alfonso nessa tragédia dez anos atrás, porque sabia que não tinha
feito essas coisas horríveis que o acusavam. Simplesmente não era possível.


Sentiu uma punhalada de culpa ao
admitir pela primeira vez desde que tinha deixado Göthmoor que sabia a verdade
antes de fugir dele. Inclusive antes disso sabia. E mesmo assim, como uma covarde,
assustada com suas emoções como esteve Alfonso, igualmente fugiu.


-O que eu fiz? Sussurrou para si.
-Maldição, o que fiz?


E se sentiu pior. Anahí fechou os
olhos e sentiu o ar catártico enquanto contemplava quanto pior se sentia.


Alfonso a tinha estado
procurando, sabia. Tinha seguido seu rastro até Inverness, várias vezes, mas
não chegou mais longe. Já deve ter ido da Escócia, porque lhe deixou uma carta
com um dos advogados do povoado, provavelmente sem esperanças de que ela a
recebesse. Realmente, o fato de ter recebido a carta foi uma casualidade, uma
coincidência que a levou ao mesmo advogado para pedir conselho sobre uns
problemas sem importância com o visto.


A carta estava aqui, em sua
casinha. A carta de Alfonso que nunca leu que tinha atirado em uma gaveta e
tinha rejeitado até de lhe dirigir o olhar, temendo que a fizesse sentir tão
mal pelo que tinha feito a ele como se sentia neste preciso instante.


Queixando, ficou de pé e foi
diretamente para a porta da casa. -É uma idiota, Anahí, recriminou-se apertando
os dentes. -Uma idiota.


Encontrou a carta onde a tinha
deixado, em uma gaveta em desuso na arejada cozinha da casinha. Tentou abrir o
envelope torpemente, e tirou a carta dentro dele. Fechando os olhos, sustentou
o papel frente a seu nariz e aspirou seu perfume.


Alfonso.


Teria sabido que a carta foi
escrita por ele somente pelo perfume quente, doce e masculino.


Com o coração golpeando em seu
peito, desabou-se na cadeira mais próxima e começou a ler.


Minha queridíssima Anahí


Não te culpo por fugir, assim não pense nisso. Tantas perguntas
sem resposta, tantas coisas que devia dizer a você para te fazer compreender o
que se passou há tanto tempo e, entretanto mantive o silêncio.


Perguntei-me durante semanas e à conclusão que posso chegar é que
não quis correr o risco de te perder, de que saiba o que passou aquela noite e
tome uma decisão sobre nós.


Entretanto, isto é exatamente o que aconteceu, não? A vida pode
ser irônica, decididamente.


Eu não matei Sophie, anjo. Ou ao menos não foi minha intenção. Eu
amei essa garota uma vez, ou acreditei que a amei naquela época.


Era jovem e era formosa e estava cheia de vida, Sophie. Mas ela
tinha um lado escuro também. Um vazio e uma carência que finalmente foram mais
fortes que ela e a consumiram. Era um lado dela que não se deixou ninguém ver,
nem eu, até o dia em que morreu.


 


Os olhos de Anahí se aumentavam
enquanto seguia lendo. Estava perto de descobrir o que aconteceu. Tantos
falatórios, tantas perguntas, e finalmente estava dizendo a verdade daquela noite
horrível dez anos atrás. Agarrou-se à carta com força, enrugando a beirada do
papel.


 


Antes de morrer, Sophie tinha se aproximado de mim, querendo
confiar em mim, mas temia que eu lhe desse as costas se soubesse a verdade.
Assegurei-lhe que não seria assim, que nunca seria assim, que ela poderia me
dizer e eu nunca a deixaria. Escutei dizer que alguém deve ser cuidadoso antes
de fazer comentários tão monopolistas, e logo descobriria quanta verdade havia
nessas palavras.


Sophie estava grávida. E eu sabia que o menino não podia ser meu
porque nunca tínhamos consumado nossa relação. Então quando veio me procurar em
minha casa, encontrou-me no balcão, e eu a ataquei. Fui às nuvens e a ataquei.
Não a toquei, olhe, mas simplesmente gritei.


Não me importaram as promessas que eu tinha feito não me importou
nada mais que o fato que tinha entregado seu corpo a outro homem. E o que é
pior, tinha dado seu corpo a outro homem, mas nunca me tinha permitido tocá-la.


Queria-a fora de minha casa, longe de minha vista. Gritei-lhe que
fosse que não voltasse nunca mais. Gritei que era igual a todas as outras antes
dela. Uma putinha mentirosa que diria coisas a um homem para conseguir o que
queria dele. Uma traidora que me queria por meu dinheiro e nada mais.


Mas quando se voltou para ir-se, senti de repente culpa e
tristeza. Calei-me e lhe ofereci minha mão, dizendo que não fosse que voltasse
para balcão e que falaríamos do que aconteceu.


Pensei que se sentiria aliviada, inclusive agradecida. Mas não.
Quando se voltou estava... sorrindo. Literalmente... sorrindo.


Nunca esquecerei o desconcertante olhar em seus olhos, seus lábios
estirados para cima enquanto se virava lentamente para me olhar. Foi suficiente
para me pôr alerta, até um pouco assustado. Que eu era trinta centímetros mais
alto e 30 quilos mais pesado não contou.


-É um tolo, Alfonso, havia dito ela. -Um maldito tolo. Pensou
honestamente que alguma vez deixaria que uma desagradável criatura como você me
tocasse quando há outros muito mais bonitos para escolher?


 


-Ai, Alfonso, sussurrou Anahí,
enquanto uma lágrima corria por sua face. -Ela estava equivocada. Tão
equivocada.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

E então Sophie me disse o nome do homem que se esteve deitando, o nome do homem que a tinha levado a cama e lhe tinha feito um filho. Disse-me seu nome e acreditei que adoeceria, Anahí. Então lhe gritei que fosse que fosse de uma vez e para sempre porque só vê-la sentia arrepios de raiva. Ali foi quando Sophie se perdeu por completo. L ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • rcm17 Postado em 24/02/2011 - 16:44:18

    Gostei bastante da web,obrigada por tela escrito! E vou passar pela nova. Bjos

  • rcm17 Postado em 22/02/2011 - 20:28:59

    Já quero saber qual é o segedo do Alfonso!

  • fortuneteller Postado em 21/02/2011 - 19:59:25

    POsta maissssssssssss

  • rcm17 Postado em 20/02/2011 - 19:15:23

    Já quero o próximo!!!!

  • rcm17 Postado em 16/02/2011 - 20:55:17

    Nossa cada vez mais pedo do dia que Anahi terá de tomar uma decisão, se fica ou não! E quero mto saber qual o segredo do alfonso, e nesse ritmo q vão pronto teremos um afonsinho ou anahisinha hahaha

  • rcm17 Postado em 11/02/2011 - 17:11:34

    Obrigada pelo novo capitulo. E vou dar uma olhada nas outras webs tmb!

  • rcm17 Postado em 09/02/2011 - 20:49:31

    Mais, por favor!!!!
    E vc está escrevendo alguma outra web?

  • rcm17 Postado em 07/02/2011 - 19:45:54

    Já estou esperando pelo seguinte capitulo, acho q Annie não vai deixa-lo depois de uma semana hahaha

  • rcm17 Postado em 02/02/2011 - 20:12:08

    Obrigada por seguir a novela, estarei esperando pelos novos capitulos.

  • rcm17 Postado em 01/02/2011 - 19:27:38

    OI! Sou nova no site e já li outras novelas suas e estou lendo as três atuais.
    Espero q continue c esta pq já estou no suspense de saber qual o seredo por trás de td.
    Bjos


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais