Fanfic: Malas Intenciones - DyC

Voltei pra mesa um tanto aliviada, até que notei que Christopher e Maite não estavam lá. A raiva me subiu, e tive vontade de esganar o pescoço dele! Eu estava pagando pra que saísse comigo e não com ela! Ele tinha que fingir interesse em mim e não pegar minha empregada da empresa! Quem dalí iria acreditar que eu estava traindo Alfonso se Christopher só sabia olhar pra Maite?

Pedi água e devo ter engolido uma dúzia de pastilhas, pra que o gosto saísse da boca. Tive vontade de gritar, depois quis chorar, depois quis ir pra casa, sumir de lá. Dérrick era o único que tentava conversar comigo.

- Dona Dulce, vamos dançar? - Aceitei, desistindo de pedir pra que ele parasse de me chamar de dona. Dérrick era alto, pele clara, cabelos escuros, e olhos verdes, em resumo, era lindo! E muito educado também, mas ainda assim não me sentia a vontade.

Na verdade estava me sentindo horrível! Havia me arrumado tanto, e Christopher sequer notara! Mas ele não era o pior, meu próprio marido esquecia minha existência! Quando chegava em casa, virava pro outro lado e ia dormir. Eu devia ser mesmo um monstro.

Acho que a gravidez e o grande fluxo de hormônios estavam afetando meu lado emocional. Só percebi que estava chorando quando Dérrick parou de dançar, e me abraçou.

- A senhora ta se sentindo bem? Quer voltar pra mesa?
- Quero sim, por favor, Dérrick...

Christopher Uckermann:

Depois de rodar a boate inteira atrás de Dulce, a encontrei abraçada com o cara lá da empresa dela. Me senti um verdadeiro idiota! Estava preocupado por nada!

Assim que ela saiu, dei uma desculpa e sai também! Pensei que ela tivesse zangada comigo, mas que idiota! Acreditei mesmo que ela sentisse ciúmes? E por que ela estava dando corda pra ele, se ela só me dava na testa e não deixava nem eu chegar perto???

Senti muita raiva, mas meu trabalho era fingir não era? Então fingiria que não estava sentindo nada! Fui até onde eles estavam, com meu melhor sorriso no rosto e segurei o braço dela.

- Dulce, vamos dançar? - Ela me olhou confusa, e com raiva ao mesmo tempo, e Dérrick se desculpou, saindo.
- O que você ta fazendo? - Ela perguntou quando segurei em sua cintura, colando nossos corpos. Quanta vontade eu tinha de fazer isso! Ela estava tão linda, e eu tendo que me segurar! O vestido dela era todo colado e bem curto, deixando em evidência o que ela tinha de melhor!

Os seios pareciam maiores, a cintura bem definida, as pernas bem torneadas, a pele pálida, o cabelo solto até a cintura! Tomei seus cabelos numa mão, e estava tão perto que podia sentir seu cheiro. Eu tinha que olhar pros lados pra não ter que olhar pra ela, eu não era do tipo que sabia me controlar.

- O que você fazendo? - Ela repetiu nervosa.
- A mesma coisa que você... - Disse em seu ouvido, e como num impulso mordi o lóbulo de sua orelha. - estamos dançando... - Na verdade não estávamos, mas podíamos tentar!

Puxei seu corpo pra mim, e ela me acompanhou com um pouco de resistência, colei meu corpo ao dela, e comecei a me mover de acordo com as batidas da música, sem jamais me afastar dela. Por um momento continuei com a mão firme ao redor de sua cintura, para que não escapasse, depois comecei a acariciar suas costas, me segurando pra não ser ainda mais atrevido.

A música era alta, as luzes não me permitiam ver nada, tudo parecia uma seqüência de fotos ao meu redor, e de olhos fechados parecia que só havia nós dois na pista. Quanto mais me mexia mais próximo eu ficava dela, meus lábios encontraram seu pescoço, beijando e mordiscando. Ela encolheu o ombro, arrepiada, e sorri.

- Christopher... Não... - Ela dizia num tom que mais parecia um sussurro, com os olhos fechados e os punhos cerrados. Não adiantava falar, nem tentar encará-la nos olhos, mas podia fazer com que sentisse.

Desci as mãos e apertei as bochechas rechonchudas de seu bumbum, que ficava ainda mais empinado naquele vestido. Seu cheiro, seu corpo, sua teimosia, estava me deixando maluco!

Ela tentou empurrar meus braços, mas não parecia realmente aflita para livrar-se deles, e sorri ao sentir que os empurrões e os pequenos murros haviam se transformado numa carícia feroz e necessitada!

Soltei um gemido satisfeito quando senti sua coxa arrastar-se entre minhas pernas, num movimento sutil, e gracioso, segurei seus cabelos com uma mão, e pousei meu rosto sobre o dela, sentindo seus lábios pequenos encostarem na minha bochecha, e naquele momento o desejo de tê-los quase doía em mim.

Procurei por sua boca, e ao encontrar os lábios semi-abertos tomei a para um beijo angustiado de desejo, seus lábios eram tão doces, pequenos, delicados, assim como todo seu conjunto perfeito de mulher.

- Não! - Ouvi o grito e, pego de surpresa acabei deixando que ela se afastasse. Vi quando levou a mão aos lábios, depois pude ver seus olhos espantados, e quando dei por mim ela estava saindo.