Fanfic: Malas Intenciones - DyC

Peguei uma pilha dos papéis que tinham me entregado naquele dia e decidi por fim, devorar o trabalho até bater o sono. Saí da sala pra preparar um chá de menta, e quando voltei Alfonso estava encostado na estante. Fingi não ver e passei por ele, mas ele segurou meu braço. O encarei e ele afrouxou a mão.
- Dul, me perdoa...
- Tudo bem... - Cuspi as palavras, mas ele não me soltou.
- Você vai jantar comigo?
- Não... - Ele soltou meu braço e fui para o sofá.
- Dul, eu não fazia idéia de que você estava esperando um filho meu...
- Isso não explica nada Alfonso! Você deve me respeitar independente do que trago na barriga! - Ficamos em silêncio. Mudei várias vezes de posição, mas não conseguia ficar confortável com ele ali, olhando pra mim.
- Dul esse jantar é muito importante...
- Ah é? Deveria ter pensado nisso antes de deixar uma mancha roxa no meu braço...
- Mas eu já pedi perdão caramba! - Ele explodiu. - O que mais você quer que eu faça?
- Quero vá logo e me deixe em paz! Eu preciso trabalhar e não quero ficar aqui discutindo de novo pelo mesmo motivo!
- Todos os sócios vão acompanhados de suas esposas, você tem que estar lá!
- Não vou e ponto final Alfonso! E também não pretendo sair deste sofá tão cedo, se quiser pode sair e levar todas as chaves, agora eu só quero ficar sozinha... - Só Deus sabe o ódio que tenho quando começo a chorar nessas horas, mas não conseguia controlar as lágrimas que insistiam em cair.

Levantei e fui para o banheiro, lavei meu rosto e encarei o espelho por alguns minutos, até que ouvi o barulho do carro dele. Aquilo foi um verdadeiro alívio. Eu precisava agora ligar pra Ucker e explicar.

Christopher Uckermann

Definitivamente minha cliente mais rica e gostosa era também a mais maluca! Que divida? Parecia que tava falando era com outra pessoa! Mas em fim. Belinda me ligou, e depois de conversarmos alguns poucos minutos (quase uma hora), acabamos fazendo as pazes, e voltamos a ser os "bons amigos" que sempre fomos.

Como a Dulce tava bem surtadinha imaginei que ela não lembraria de mim, e chamei a Bel pra minha casa, assistimos vários filmes bobos que ela alugou, bebemos consideravelmente, comemos pipoca e depois, começamos umas brincadeirinhas picantes. A Bel podia ser chata, mas era linda, e é claro que eu não negava fogo.

Ela se enfiou debaixo do meu edredom, e me fez perseguí-la, puxei-a pela cintura, e ela se debateu dando uma de difícil. Conseguiu se soltar, e saltou da cama. Quando me livrei da nuvem de panos ela estava de pé na cama, desabotoando sensualmente a camisa. Quando tentei levantar ela empurrou o pé contra meu peito, me fazendo cair sentado de novo.

Jogou a blusa longe, e devagar foi tirando a saia, que tinha uma abotoadura estrategicamente colocada na cintura.

- Você quer Ucker? - Ela girou a sala uma vez e a jogou pra trás. Quando as mãos dela se uniram na abotoadura do sutiã, meu celular tocou, era Dulce. Eu já tinha colocado um toque diferente pra ela pra não me enganar e desligar de novo na cara dela, então eu não tinha dúvidas. - Ignora o celular, eu não admito ser interrompida agora!
- Bel é que é a Dulce, eu não posso ignorar! - De repente senti uma vontade cega de falar com ela, estava curioso pra saber o que estava acontecendo.
- Meu Deus, essa mulher é o que? Deus?
- Não Bel, só que ela ta praticamente me sustentando sacou?
- Mas essa já é a segunda vez! Você não pode ligar outra hora pra ela?
- Eu atendo e dou um jeito de dispensá-la ok? - ela revirou os olhos. - É o melhor que posso fazer... - saltei da cama, e peguei o celular. Atendi, de costas pra Belinda.
- Até que em fim...
- Não é culpa minha se você só liga quando eu estou ocupado né?
- É que eu preciso explicar o que aconteceu, mas só pude ligar agora..
- Hum... Também quero que me explique, que conversa sem pé nem cabeça foi aquela?
- É que Alfonso voltou antes do combinado! Quando cheguei da festa ele já estava aqui, e fez uma cena e tanto! Ele não saiu do meu pé enquanto estava em casa e pra completar, esqueci o celular quando fui pro trabalho e também não tive como ligar avisando...
- O seu marido voltou? Ah, entendi, só não entendi ainda a nossa conversa...
- Não foi nenhum mordomo que atendeu você quando ligou, foi ele! - Ih, ferrou - E quando cheguei ele me fez ligar pra você na frente dele e `resolver` o tal assunto que tínhamos pendente, como não dava pra avisar eu tive que improvisar entende?
- Ah sim... - Entendi! - Mas que cara paranóico, eu não disse nada demais no telefone...
- E nem precisa! Ele sempre foi muito ciumento, na verdade já estou acostumada...
- Entendi... - Típico de quem trai.
- Bom, eu acho que não vou precisar de você tão cedo, por que Alfonso não me dá brecha, por sorte discutimos e ele saiu sozinho pra um jantar de negócios...
- Ah, ok... - Cocei a nuca como se estivesse pensando em alguma coisa. - Então qualquer coisa você liga...
- Sim, ligarei, se cuida...
- Você também... - Despedidas feitas e desligamos. Enquanto falava com Dulce e tentava entender a situação em que estava metido esqueci que Belinda estava seminua atrás de mim. Ela me abraçou por trás e dei um pulo de susto. Ela riu.
- A mocréia não vai mais perturbar hoje?
- A Dulce não vai mais me ligar hoje, nem vamos a nenhum lugar, não se preocupe... - Disse num tom de repreensão. Não gostava que insultassem minhas clientes, principalmente a mais respeitável delas.
- Ótimo, então podemos terminar o que começamos... - Disse ela mordendo o lábio. Na verdade eu tinha perdido a vontade, mas com um pouco de incentivo não tem nada que a gente não resolva né?