Fanfic: Três Horas de Loucura - adaptada - Vondy

— Vou arrumar outro café para o senhor — Dulce ofereceu, tão trémula que mal podia segurar a xícara vazia que ele lhe devolvera.
— Esqueça! — ele falou com aspereza, apertando os olhos que a percorreram da cabeça aos pés. Virando-se para o sr. Pardo, determinou: — Discutiremos esse assunto em outra oportunidade.
Depois que ele saiu da sala, Dulce sentiu as pernas amolecerem.
— Oh, não! — suspirou, deprimida. — Acho que causei um de¬sastre!
— Não há dúvida, srta. Saviñón — seu chefe confirmou, soltando por sua vez um suspiro desolado. — Antes, você quase o fez perder um contrato de dois milhões de dólares, e agora... Bem, acho que ninguém gosta de ser escaldado com café fervendo!
— Nem sei o que dizer...
— Pois eu digo que foi um acidente. E, como disse o sr. Uckermann, este carpete já deveria ter sido trocado.
Apesar do bom humor do sr. Pardo, Dulce sentiu-se terrivelmente constrangida. Era o segundo acidente que acontecia em tão pouco tempo de trabalho e, o pior, sempre envolvendo o diretor da empresa.
Calma, ponderada e eficiente. Essas eram as qualidades que Guilhermo Ochoa lhe atribuía, mas, naquele momento, não se sentia merecedora de nenhum dos adjetivos. Muito sem graça, foi buscar um pano para limpar toda aquela sujeira.
— Estou achando você um pouco abatida hoje — Lupe comentou quando a viu, mais tarde.
— Você nem imagina o que aconteceu. Derramei uma xícara inteira de café fervendo nas pernas do sr. Uckermann!
Lupe tapou a boca com a mão e arregalou os olhos.
— Não acredito!
— Prendi o salto do sapato no carpete e a xícara saiu voando, direto para o colo dele.
Lupe mal podia conter o riso.
— Gostaria de ter visto a cena!

— E eu gostaria de morrer! Além de queimá-lo, estraguei o terno dele!
— Calma, garota! — Lupe encostou-se em um canto da escrivaninha. — Christopher Uckermann é podre de rico e um terno a mais ou a menos não lhe faz a mínima diferença.
— Isso não me consola...
— E o sr. Pardo, como reagiu?
— Ele ficou parado como uma estátua, mas tenho certeza de que estava rindo por dentro.
— Ele tem um senso de humor incrível! Por que não faz o mesmo e dá umas boas gargalhadas? — Lupe sugeriu, piscando os olhos.
— Se eu começar a rir, acabarei chorando! — Dulce confessou. — Sinceramente, Lupe, nunca pensei que eu fosse tão desastrada!

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bjix da Naty