Fanfics Brasil - Três Horas de Loucura - adaptada - Vondy

Fanfic: Três Horas de Loucura - adaptada - Vondy


Capítulo: 27? Capítulo

936 visualizações Denunciar


Os lábios de Dulce receberam aqueles beijos com ansiedade, retribuindo-os com a mesma paixão. Começou a sentir uma lassidão tão grande, que não fez nenhum gesto para impedir Christopher quando ele lhe tirou o suéter, jogando-o para o lado, e depois o sutiã, que teve o
mesmo destino.
Os olhos castanhos flamejaram de desejo ao vê-la assim, desnuda, e ele tirou a camisa. O peito nu, agora à mostra, inflamou ainda mais o desejo de Dulce, e ela sentiu-se queimar quando aquele feixe de músculos morenos pousou sobre sua carne branca e macia.
— Dulce... minha linda Dulce — ele murmurou com voz rouca, cobrindo-lhe o rosto de beijos leves e descendo aos poucos até os seios. Ela gemeu de prazer quando ele passou a língua sobre os bicos de seus seios, em movimentos semelhantes aos de uma cobra. Sua mente, apesar de tomada pelo desejo, percebeu que amante experiente ele era, e o corpo reagiu sensualmente àqueles toques de mestre. Por instinto, arqueou os quadris ajustando-se ao corpo que a encobria.
— Dulce... Dulce... — ele tornou a murmurar seu nome, suavemente, apoiando a cabeça entre seus seios. Ela enfiou os dedos por aqueles cabelos sedosos, com paixão.
Inebriada pelo prazer, Dulce mal percebeu quando ele lhe desabotoou o cinco da calça comprida e puxou o zíper para baixo, deixando-a só de calcinha.
— Christopher! — gritou, com uma voz estranha a seus próprios ouvidos, impedindo-o de despi-la totalmente, — Oh, Christopher, não faça isso!
— Fazer o quê? Amar você e passar a noite ao seu lado? — ele perguntou, interrompendo as carícias.
O corpo de Dulce estava em brasa, exigindo uma consumação daquele ato, mas a mente continuava a raciocinar ativamente. Para ela, aquela seria uma união física por amor, mas para Christopher significaria apenas mais uma conquista. Seria a degradação de seu amor por ele, caso consentisse ser possuída assim.  


— Não, Christopher, eu não posso — disse, negando tudo que ambos tanto desejavam. — Não posso permitir que fique comigo, não posso!!
— Dulce... — ele murmurou, procurando a boca que ela também negou. Aproveitando-se do espanto de Christopher, livrou-se dele e apanhou o suéter esquecido ao lado da cama.
Ele sentou-se, parecendo muito confuso, mas tentou evitar que ela protegesse sua nudez, arrancando-lhe o suéter das mãos.
— Não, por favor, não faça isso! — ela gritou em desespero.
— Se você não queria fazer amor comigo, então por que permitiu que as coisas fossem tão longe?
Dulce estava formulando essa mesma pergunta em sua mente, e procurou dar a resposta que lhe pareceu mais razoável;
— É que nós dois estávamos emocionalmente abalados, depois de tudo que aconteceu. Eu não pretendia que as coisas fossem tão longe. Mas a sensação de alívio depois de tanta tensão pode nos levar a fazer loucuras, e poderemos nos arrepender no dia seguinte.
— Eu quero você, Dulce, e nunca iria me arrepender se me deixasse ficar a seu lado. — Ele tentou convencê-la com uma carícia sensual, que começou nos ombros nus e a percorreu espinha abaixo. Ela o repeliu bruscamente e, levantando-se, protegeu-se de novo por trás do suéter.
— Talvez você não se arrependesse, Christopher, mas eu, com toda a certeza, me arrependeria.
Ele a olhou tão magoado que Dulce sentiu até um certo complexo de culpa. Christopher começou a vestir-se, lentamente. Estava furioso, era fácil de notar, e talvez com razão. Mas ela não pôde deixar de tentar explicar:
— Christopher! — suplicou, a garganta embargada pelas lágrimas prestes a explodir. — Tente compreender...
— Vá para o diabo, Dulce! Você me provoca e depois desiste, no último momento. É a pior atitude que uma mulher pode ter.
— Christopher! — ela ainda insistiu, muito pálida e trémula, mas ele saiu do quarto, batendo a porta com violência.  


Dulce não fazia a mínima ideia de como encararia Christopher na manhã seguinte. Felizmente o trabalho os manteve bastante ocupados, e eles fingiram que nada havia acontecido. Aquele foi um dia cheio, tanto para Christopher quanto para ela. O telefone não parava de tocar, com gente querendo saber dele e do acidente aéreo, Dulce recebera instruções para livrar-se dos curiosos e precisou usar toda a sua imaginação para que ninguém o incomodasse.
No final do expediente, deixaram o escritório um pouco mais tarde do que de hábito, e desceram juntos pelo elevador. Ela queria falar, dar explicações, mas as palavras ficaram encravadas na garganta. Como poderia explicar o que fizera sem confessar seus verdadeiros sentimentos? Olhou disfarçadamente para aquele rosto moreno e carrancudo e corou intensamente lembrando-se das intimidades da véspera. Naquele instante, Christopher parecia o próprio executivo severo e autoritário, e era difícil acreditar que fosse capaz de emoções tão intensas. No entanto, as próprias reações de Dulce eram uma confirmação daquelas emoções, o que a deixava ainda mais espantada.
Os passos de ambos ecoaram pelo estacionamento já vazio. Quando ela parou diante de seu Fiat, pensou que ele fosse embora sem lhe dirigir a palavra. Mas ele parou atrás dela e tocou-lhe o ombro, de leve,
— Eu lhe devo um pedido de desculpas, Dulce — disse quando ela ergueu os olhos, surpreendida e ao mesmo tempo aliviada.
— Não, Christopher. Eu é que devo pedir desculpas — ela o corrigiu balbuciante, mas o restante das palavras fluiu com naturalidade. — O que você disse ontem à noite é a pura verdade. Eu o estimulei a chegar a extremos. Juro que não era essa a minha intenção, mas isso não muda muito as coisas, agora. Deveria ter feito com que parasse antes, mas fui carregada por uma onda de emoções. Assumo a culpa do que aconteceu depois.


No meio dessa confissão ela não conseguiu mais sustentar o olhar de Christopher e abaixou os olhos. Quando terminou, sentiu-se ainda pior do que quando começara a falar.
— Sua generosidade faz com que eu me sinta ainda mais envergonhado, e esse é um sentimento que não tenho há muito tempo — ele disse, um tanto irónico, mas, quando aqueles dedos morenos a seguraram pelo queixo, Dulce viu que a expressão dele era séria, sem sombra de zombaria. — Não posso permitir que você se condene dessa forma, Dulce, pois sei muito bem que ontem à noite fui visitá-la com a intenção de fazer amor com você. Eu queria apagar de minha memória, em seus braços, todas aquelas recordações horríveis do acidente. — Ele sorriu, tristemente, quando a viu arregalar os olhos. — Por acaso deixei você chocada?
— Não. — Dulce voltou a abaixar os olhos quando ele lhe soltou o queixo. — Posso entender muito bem como estava se sentindo.
— E pode me perdoar?
— Sim... posso — sussurrou, com absoluta sinceridade.
Mas uma vozinha maldosa soprou-lhe ao ouvido que na noite passada ele apenas precisara de uma mulher. Qualquer uma teria servido.
— Você não é somente linda, Dulce, mas também é muito especial. — A voz de Christopher interrompeu aqueles pensamentos tristes. — Você sabe enfrentar uma crise emocional com calma e eficiência, É gentil, compreensiva e generosa. Tenho certeza de que será também generosa quando, um dia, der seu corpo a alguém que a mereça e seja melhor sucedido naquilo em que eu falhei ontem à noite... — Christopher foi se afastando, deixando-a com a sensação de ter sido atingida por um soco no estômago.
Dulce entrou no carro e foi para casa, mas aquelas últimas palavras de Christopher martelaram-lhe o cérebro durante todo o caminho: "Algum dia... Alguém que a mereça..."  


Nunca haveria um outro homem para ela. Christopher era o homem que amava. Se ele não pudesse ser dela algum dia, ninguém mais preencheria aquele lugar em seu coração. Ninguém!
Dulce foi visitar a sra. Gandia no sábado, à tarde. Como era de se prever, a conversa girou em torno de Chritopher e do terrível desastre aéreo ocorrido no aeroporto de Windhoek. Dulce esforçou-se para falar sobre o assunto com calma e tranquilidade. Felizmente a sra. Gandia soube que Christopher embarcara naquele avião só na quinta-feira à noite, através do noticiário da TV. Naturalmente ficara chocada, mas não sofreu como as demais pessoas que haviam temido pela vida dele,
— Não vejo a hora de voltar para o escritório — disse a sra. Gandia, quando Dulce já estava de saída. — Trabalhei durante toda a minha vida, e acho que não vou aguentar ficar aqui em casa, mofando por mais duas semanas. — Dulce apenas sorriu, sem fazer comentários.
"Duas semanas!", repetiu mentalmente ao dirigir-se para o estacionamento.
Teria ainda duas semanas pela frente como secretária de Christopher, e depois... Não queria pensar nisso agora, mas já refletira muito sobre a decisão a tomar.

Os dois primeiros dias da semana seguinte foram passados num correcorre sem fim. Alguma coisa saíra errada com aquele projeto na Namíbia e Jack Duarte passou a maior parte do tempo no escritório de Christopher, discutindo com ele. Sua voz de trovão frequentemente soava mais alta que a voz autoritária do chefe. Quem os ouvisse pensaria que estavam brigando, mas Dulce sabia do respeito e da admiração que uniam aqueles dois homens.
Foram consumidos litros de café e montes de cigarros, fumados um atrás do outro, que tornavam o ar do escritório quase irrespirável. Foi sob uma nuvem de fumaça que Dulce entrou na sala de Christopher, na quarta-feira, atendendo a seu chamado.


— Quero pegar o primeiro vôo para a Namíbia, amanhã de manhã, e pretendo voltar no último vôo de sexta-feira. Por favor, providencie as reservas — Christopher avisou, provocando um frio na espinha de Dulce, que não se esquecera da última vez em que ele viajara de avião.
— Faço a reserva no mesmo hotel?
— Não será preciso. Como deve estar sabendo, tivemos problemas com uma de nossas construções e seguramente passarei a noite toda trabalhando.
— Vou providenciar tudo imediatamente.
— Dulce? — ele a chamou antes que saísse. — Será que poderia ir me buscar no aeroporto na sexta-feira à noite?
— Claro — ela respondeu, sem hesitação.

Jack Duarte apareceu meia hora mais tarde, e permaneceu na sala de Christopher até o final do expediente. Já passava das cinco quando Dulce finalmente entrou no escritório do chefe, encontrando-o de pé junto à escrivaninha, examinando alguns papéis que tinha em uma das mãos, enquanto com a outra segurava um copo de uísque.
— Já está tudo arrumado — ela avisou, consultando seu bloco de anotações. — Seu avião parte amanhã, às sete horas. Faz uma escala em Upington, de forma que só chegará em Windhoek depois das dez. Na volta, o embarque está previsto para as dezoito e trinta, com chegada a Joanesburgo às vinte e uma horas.
— Obrigado. — Christopher jogou os papéis sobre a escrivaninha e esvaziou o copo de uísque.
— Telefonei para Windhoek e providenciei para que um carro esteja à sua espera no aeroporto.
— Você é um anjo, Dulce. — Ele sorriu daquele jeito charmos e perturbador. — Quero que saiba que apreciei muito tudo o que tem feito nestas últimas semanas — agradeceu, como uma espécie de despedida, já que faltavam apenas dois dias para o retorno da sra. Gandia.
— Não fiz mais do que a minha obrigação — ela respondeu com modéstia, evitando aquele olhar, mas sentindo a mão que pousou em seus ombros.


— Você fez muito mais do que isso — ele insistiu. — Fez tudo funcionar perfeitamente durante a ausência da sra. Gandia. Tenho certeza de que não teria sido a mesma coisa se eu requisitasse qualquer outra funcionária.
— Obrigada pelo elogio. — Ela sorriu, assumindo uma atitude irónica para escapar àquele toque. — Talvez algum dia possa me dar uma boa carta de recomendação.
— Pois eu vou lhe dar uma carta com referências tão ruins, que ninguém terá coragem de contratá-la, e você será obrigada a continuar aqui. — A atmosfera ficou repentinamente carregada de eletricidade. Ele a soltou e acendeu o centésimo cigarro do dia. — Vou trabalhar até mais tarde, portanto, sugiro que vá para casa.
Dulce despediu-se com um convencional boa-noite e saiu do escritório, preocupada com aquele excesso de trabalho.

Os dois dias de ausência de Christopher transcorreram tranquilamente, apesar das montanhas de rascunhos para datilografar e dos inúmeros telefonemas. Dulce anotou todos os recados, fazendo uma cópia para a sra. Gandia, para que ela pudesse reassumir na segunda-feira a par do andamento do escritório.
Apesar de toda aquela afividade, não conseguia livrar-se da preocupação de saber que Christopher estaria a bordo de um avião semelhante àquele que se espatifara em Windhoek.
— Que cara de enterro é essa? — perguntou Lupe na sexta-feira, quando foram almoçar juntas na cantina.
— Você está tão alegre hoje que qualquer um, em comparação, fica com cara de enterro.
— Estou alegre porque finalmente vou poder devolver o sr. Pardo a você na próxima segunda-feira. E agora, Dulce, pode me dizer por que está com essa cara?
— Pela mesma razão.
— Não a condeno. — Lupe riu tão alto que chamou a atenção do pessoal que almoçava na cantina. — O diretor viajou de novo, não é? — perguntou casualmente.


— Sim — Dulce confirmou, reforçando o tom casual e afastando o prato que mal tocara. — Ele vai voltar hoje à noite — contou, sem dizer que estava encarregada de ir recebê-lo.
— Você sabe o que eu ouvi o sr. Duarte dizer para o diretor? — Lupe perguntou, raspando seu próprio prato até a última migalha. — Disse que ele não está batendo bem da cabeça e que tem cometido muitos erros ultimamente, que poderão vir a prejudicar o bom nome da empresa.
— Ele está com estafa e precisa de umas boas férias. — Dulce defendeu Christopher.
— Foi o conselho que o sr. Duarte lhe deu. "Tire umas férias, meu velho" — Lupe repetiu, imitando Jack Duarte. — "E volte a ser o homem que você sempre foi" — completou.
— Duvido que ele siga esse conselho. — Dulce suspirou.
Tinha presenciado o esgotamento de Christopher e suas consequências.

Ao voltar ao quarto andar passou o resto da tarde pondo o escritório em ordem para a chegada da sra. Gandia, e tentava não pensar no encontro com Christopher, logo mais, no aeroporto.
O guarda de segurança dos portões nem pediu sua identidade, pois já a conhecia. Dulce seguiu para o apartamento enfrentando a hora do rush, mas sabia que teria tempo de sobra para se arrumar antes de seguir para o aeroporto.
Trocou de roupa e obrigou-se a comer alguma coisa antes de sair, apesar de não estar com fome. Não havia pressa. Tentou ler um pouco, mas não conseguiu concentrar-se.
Ela se esquecera do intenso tráfego noturno de Joanesburgo e, quando finalmente saiu de casa, estava em cima da hora. Ao chegar ao aeroporto, o avião já tinha aterrissado e começou a procurar Christopher entre os passageiros, muito aflita. Finalmente o avistou.
— Christopher! — gritou, acenando-lhe. Ao chegar perto dele foi recebida com um sorriso desanimado.
— Pensei que tivesse se esquecido de mim.
— Demorei para encontrar uma vaga no estacionamento — ela se
justificou. — Quer que eu dirija ou prefere dirigir?


— Você dirige o carro e eu dirijo você. — Ele colocou a maleta no assento traseiro e acomodou-se no banco da frente.
Dulce não disse nada. Tomou a direção de Houghton, o bairro onde ele morava. Seria a primeira vez em que veria a casa dele, e sentia um estranho nervosismo. Não sabia o que a esperava e perdeu a respiração quando se viu diante de uma casa que, na verdade, era uma mansão. Ao entrar pelos altos portões com colunas de pedra viu um imenso jardim, que mais parecia um parque. Estacionou o Fiat junto a uma escadaria.
— Essa casa era de seu pai? — perguntou, curiosa. — Quer dizer, você sempre morou aqui?
— Sim — ele respondeu, pegando a maleta no assento traseiro. — Gosta?
— Parece muito... — Procurou o adjetivo adequado. — Digamos assim, muito impressionante!
— Entre e eu serei o seu guia turístico — ele convidou. Apesar de uma parte dela entusiasmar-se com a ideia, a outra parte a rejeitava.
— Não, acho que não devo. Já é muito tarde e preciso voltar para o meu apartamento.
— Dulce — Christopher insistiu, persuasivo. — Entre e tome um drinque comigo, por favor.
— Está bem. Vou entrar, mas não posso demorar.
— Tudo bem. — Ele a conduziu pelos degraus que davam para uma magnífica porta lavrada, que foi aberta por um chinês em uniforme branco. O homenzinho fez uma reverência respeitosa ao patrão e olhou para Dulce sem maior interesse, como se estivesse acostumado a presenças femininas.
— Obrigado por ter cuidado de tudo, Lee. — Christopher sorriu para o empregado. — Agora, pode ir para a sua casa.
Lee fez uma nova reverência, murmurando algo em sua própria língua. Nesse momento Dulce notou uma horrível cicatriz nele, que ia desde a testa até o queixo. Christopher percebeu seu olhar e, quando a levou para a espaçosa sala de estar, decorada com objetos comprados em suas numerosas viagens ao exterior, esclareceu:
— Conheci Lee numa das viagens que fiz à China. Ele tinha se metido numa encrenca grossa e pediu que eu o trouxesse para a África do Sul. Por pouco não foi morto.


— Por acaso você salvou a vida dele?
— Eu não diria isso. Se ele tivesse mais um homem a seu lado, poderia ter se livrado facilmente da encrenca.
Dulce pressentiu que Christopher realmente salvara a vida daquele chinês, mas não insistiu.
— Então, quando você voltou trouxe o homem junto?
— Sim. Providenciei a documentação com o Departamento de Imigração, mas não foi fácil. Isso aconteceu há uns quinze anos. Aqui ele encontrou uma esposa excelente, que por sinal também é uma ótima cozinheira. Têm dois filhos e se orgulha muito deles. — Christopher sentou-se numa das poltronas e fechou os olhos. — Creio que aquela visita turística pela casa, que lhe prometi, vai ficar para uma outra vez. O que preciso agora é de um descanso e de um bom uísque!
Dulce olhou em torno e descobriu o barzinho. Foi até lá, sob o olhar interrogativo de Christopher, e encheu o copo do jeito que ele gostava, tomando a liberdade de servir-se de um pouco de vinho.
— Você está mesmo é precisando de uma boa cama — comentou, ao passar-lhe o copo que tilintava com as duas pedras de gelo. Quando o viu tirar o paletó, acrescentou: — E também de uma boa massagem.
— Está disposta?
Dulce baixou os olhos e corou ligeiramente.
— Estou.
— Meu quarto fica no andar de cima, segunda porta à direita — Christopher disse.
— Eu lhe dou dez minutos para um banho, e pode me esperar deitado na cama — ela disse, decidida.
Viu quando ele subiu as escadarias, mal acreditando na proposta que lhe fizera.
"Devo estar ficando louca", pensou, com raiva de si mesma.
Mas, já que se oferecera, precisaria ir até o fim. Bebeu o resto do vinho, solitária, aproveitando a ocasião para conhecer o andar térreo. Sobre a lareira viu a fotografia de um homem numa moldura de prata, que devia ser o pai de Christopher. Era um bela fisionomia, tal qual a do filho, apesar de a linha da boca ser mais cruel.


Depois consultou o relógio de pulso. Os dez minutos já se haviam passado. Nervosa, colocou o copo vazio numa mesinha baixa, ao lado de uma cadeira.
Foi fácil localizar o quarto de Christopher. A porta estava entreaberta e, quando ela entrou, encontrou-o deitado sob os lençóis de cetim, que lhe evidenciavam ainda mais a musculatura perfeita.
Em alto-relevo, a cabeceira da cama reproduzia a figura de dois amantes abraçados, em pleno ato sexual.
Ela corou e estremeceu ao ser surpreendida pelo olhar dele. Pela primeira vez na vida, estava olhando para um homem de peito nu, na intimidade de uma cama... e que cama!

— Como é? Vai entrar ou vai ficar aí, parada como uma estátua?
Apesar de temer aquele desafio, ela se aproximou da cama, movida por um sentimento de compaixão. Naquele momento Christopher precisava de alguém que relaxasse seus nervos, como ela já fizera inúmeras vezes com o próprio pai, que sofria da coluna.
"Pense que ele é seu pai", ela tentou se convencer. Mas era impossível! Apesar de ter prática como massagista, estava tão perturbada que achou que não conseguiria sequer lembrar-se das técnicas.


 


Perdão pela demora!!!


 


E obrigada pelos comentários!


 


Comentem plixxx


 


Bjix da Naty



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): natyvondy

Este autor(a) escreve mais 32 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

  Capítulo 9— Você não acabou de tomar seu uísque — Dulce disse tentando se acalmar, ao ver que Christopher tinha deixado derreter todo o gelo do copo.— Pensei em guardá-lo para mais tarde, caso eu não consiga pegar no sono — ele explicou.Dulce não sabia se Christopher estava falando sério o ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 563



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 10/09/2015 - 01:34:49

    Muito perfeito! Parabéns

  • larivondy Postado em 16/10/2013 - 01:04:16

    perfeeita *-*

  • PatyMenezes Postado em 19/02/2011 - 14:11:35

    Aaaah .... :)
    Final perfeito *-*

  • PatyMenezes Postado em 19/02/2011 - 14:11:35

    Aaaah .... :)
    Final perfeito *-*

  • PatyMenezes Postado em 19/02/2011 - 14:11:35

    Aaaah .... :)
    Final perfeito *-*

  • PatyMenezes Postado em 19/02/2011 - 14:11:35

    Aaaah .... :)
    Final perfeito *-*

  • PatyMenezes Postado em 19/02/2011 - 14:11:34

    Aaaah .... :)
    Final perfeito *-*

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:09:10

    LINDO *--------------------*
    Amei o final *-*

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:09:10

    LINDO *--------------------*
    Amei o final *-*

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:09:10

    LINDO *--------------------*
    Amei o final *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais