Fanfic: Três Horas de Loucura - adaptada - Vondy

— Parece até que você viu um fantasma!
— O quê? — Dulce voltou à realidade. — Oh, eu... Bem, ele é um homem de tirar o fôlego! - Lupe riu.
— Concordo plenamente. Aliás, não existe uma só mulher nesta empresa que não desse tudo só para passar cinco minutos a sós com ele. Mas ele não dá bola para ninguém e poucos conhecem sua vida particular.
Dulce passou os dois dias seguintes numa estranha excitação. Decerto era a ansiedade de mudar-se para o apartamento de Carolina e Carlos, imaginou, querendo justificar-se. No dia da mudança, depois que acertou as contas do hotel, Lupe apareceu, muito solícita.
— Vim para ajudá-la a carregar as malas e lhe mostrar a vaga na garagem.
Com o auxílio da amiga, fizeram uma só viagem até o prédio.
— Foi tudo bem no embarque de Carolina e Carlos? — perguntou Dulce, quando acabou de desfazer as malas e colocar tudo nos devidos lugares.
— Houve um imprevisto de última hora, mas o avião acabou saindo no horário — Lupe informou, levando-a pelo braço até a cozinha. — Vou lhe mostrar onde estão as coisas.
Os armários e a geladeira da cozinha tinham comida para uma semana. Ela não precisaria ficar afobada para fazer compras.

Depois que Lupe foi embora, Dulce escreveu uma longa carta aos pais contando todas as novidades, e uma cartinha a Guilhermo Ochoa, que insistira para que ela mantivesse contato. Sentira a falta dele quase tanto quanto dos pais, mas as semanas seguintes lhe deram pouco tem¬po para pensar nisso.
— Srta. Dulce, por favor, queira levar estes relatórios ao sr. Duarte — o sr. Pardo pediu naquela tarde, colocando uma pasta de documentos sobre a mesa. — O escritório dele fica no quarto andar, sala 403.
— Pode ficar tranquilo, sr. Pardo, irei imediatamente — Dulce respondeu, já se levantando.
Nunca estivera no quarto andar, mas já sabia que era lá que a direção da empresa tinha seu quartel-general. Lupe descrevera o andar como o "refúgio dos feiticeiros" e ela rira com a piada.
As luzinhas do elevador indicavam que ele estava descendo para o térreo, e Dulce retraiu-se para um canto quando as portas se abriram. Com aquele movimento precipitado, colidiu com uma enorme figura masculina que saía do elevador e, na confusão, a papelada voou pelos ares. Ela percebeu que alguns dos documentos que se espalharam pelo chão pertenciam ao homem que estava no elevador.
— Garota desastrada! — exclamou uma voz de mulher, quando Dulce e o homem abaixaram-se para recolher os papéis.
Quem falara fora a sra. Gandia, bem vestida como sempre, com o habitual ar de austeridade.
Quando Dulce se viu encarando Christopher Uckermann e aqueles incríveis olhos caramelados, seu coração veio parar na garganta. Ele se ajoelhara tão próximo, que ela podia até sentir o aroma de sua colônia.
— Eu... eu sinto muitíssimo — ela disse, corando de embaraço.
— Foi culpa minha — ele retrucou friamente, enquanto procurava recolocar a papelada nas devidas pastas. — Você é nova aqui, não é?

Comentem plixxx *-*

bjix da Naty