Fanfic: Open your heart to me! - Vondy (um pouco AyA and MyC)

- Christopher, seu horário. – Dulce o chamou acariciando os cabelos do mesmo. Ela tinha acordado pra ir ao banheiro e o viu ali deitado, quando deveria estar terminando de se arrumar pro trabalho. Ele se mexeu como se fosse acordar e ela se dirigiu ao banheiro. – Ai, não acredito! – disse incrédula ao vê-lo ainda deitado, quando voltou do banheiro. Se aproximou e beijou as costas desnudas dele. – Senhor Uckermann... – Chamou acariciando a nuca dele. – Hora de acordar, se não o senhor vai pegar um engarrafamento. – deu um beijo no rosto dele.

- Só mais vinte minutos, por favor. – Christopher pediu suspirando, com sono, cobrindo o rosto como podia.

- Você já ficou seu dois dias da semana em casa, moço. – Dulce deu dois tapinhas na bunda dele, que nem se mexeu. – Quer arrumar briga com o chefe, agora?

- Eu só quero descansar mais um pouco, ok? – Ucker se apoiou nos braços abrindo os olhos, com preguiça. – Pego meu trabalho pela tarde porque tenho pouco a fazer e José Garza não vai estar lá pra sentir minha falta agora. – se sentou na cama.

- Mas não acha melhor pegar o trabalho agora e chegar mais cedo em casa? Vai poder descansar de qualquer forma e com a consciência mais limpa. – Dulce deu a opinião.

- Eu não queria nem ir pro trabalho, mas tenho coisas que não podem ser adiadas. – Christopher bocejou.

- Porque quer faltar, amor? – Dulce ficou curiosa. – Só porque eu ia te visitar antes de ir pro pet. – disse divertida e depois franziu o cenho. – É justamente por isso que quer evitar o trabalho, não é? Não quer que eu faça o mesmo de ontem.

Também.

- Eu sei que você só pega o turno da tarde hoje e eu pensei em ficar aqui contigo até esse momento. – Christopher deu um leve sorriso pra ela, que fazia uma cara de quem não acreditava muito. – Posso recuperar meu sono agora? Eu não demoro a levantar.

- Fique a vontade, você já está bem grandinho pra saber o que tem que fazer, sozinho. – Dulce se levantou. Seu sono tinha desaparecido por conta da preocupação com o trabalho dele, mas tinha acordado de bom humor e então achou melhor organizar a casa de uma vez. Pegou seu roupão e entrou no banho, logo estava saindo do mesmo e indo em direção à lavanderia.

Todo dia tinha roupa pra lavar assim como todo dia tinha prato na pia, mas Bianca a ajudava nos três dias da semana intensivamente que cuidava da casa, já que nos outros dois ela apenas trabalhava por 4hrs (tinha acabado de entrar em um curso de letras) quando Dulce não a dispensava. As únicas coisas que Dulce não admitia que a mulher fizesse era lavar as cuecas de Christopher e, agora, cuidar do cachorro. De suas roupas intimas ela mesma também cuidava. Christopher tinha preguiça de lavar suas cuecas e quando lavava eram uma ou duas vezes a cada mil anos. Teve que se acostumar com isso quando casaram, já que ele dependia da mãe pra esses serviços e ela quase nunca tinha que ter esse trabalho com Poncho.

- Esse é o meu castigo. Uma mulher que se diz independente, com condições de viver sozinha com o filho, fazendo trabalhos domésticos pro cara gostoso com quem divide o quarto. – Dulce resmungou sozinha separando roupas brancas das outras e as pondo as ultimas na maquina de lavar. Decidiu que naquele dia iria ter o trabalho braçal só com as roupas intimas do casal e as brancas. – Ao menos eu tiro alguns privilégios, principalmente da parte de dividir o quarto. – riu sozinha indo por uma musica baixa no radio que tinha ali. – Que bom que você apareceu Tyson. – Dulce chamou o cachorrinho pra perto dela. – Assim não tenho o trabalho de te procurar pra te prender. – pôs a “alça” da coleira na coleira do bichinho e a amarrou perto da pia. – Prontinho, agora posso fazer jus ao meu segundo nome e colocar a mão na massa. – disse divertida começando a lavar as roupas intimas que ali estavam. 30min se passou e ela já estava pegando algumas roupas pra pendura-las, enquanto dançava ao som de Katy Perry – E.T.

- Nossa senhora, ainda estou sonhando. – Christopher comentou com um leve sorriso quando entrou no local enquanto esperava atenderem sua ligação, guiado pela musica, e a viu se mexendo empolgada. Ela se virou pra ele, pondo a mão no peito. Ele gesticulou um pedido de desculpas, já que sua secretaria atendeu o telefone do outro lado da linha. – Escuta, vou estar em casa pelo período da manhã, qualquer problema me avise que verei como posso resolver. Tudo bem? – fez uma pausa rápida para ouvir a resposta dela. – Exatamente. Passar bem. – desligou.

- Bom dia pra você também. – Dulce disse e piscou antes de se voltar pra maquina, pegando mais uma peça de roupa. – Pra quem pediu só mais 20min... – deu um leve riso.

- Pois é, é que acabei recuperando o sono perdido. – Christopher disse e respirou fundo ao ouvir o cachorro latir para ele. – Afinal de contas eu tenho dado muito duro as noites nessa casa, muito mais do que em qualquer trabalho. – jogou o celular ao lado da maquina.

- Reclama como se essa não fosse a sua vontade. – Dulce deu um sorriso fraco pendurando algumas roupas.

- Isso não foi uma reclamação. – Christopher respondeu de imediato.

- Então foi só um modo de dizer que eu esgoto suas baterias. – Dulce disse pegando a ultima peça na maquina, para por para secar.

- Hum, cheirosa. – Christopher disse depois de dar uma cafungada no cangote dela. – É por aí. Mas afinal essa é a vantagem de se recuperar as energias: Você poder esgota-las outra vez. - Ela sorriu fechando a tampa da maquina.

- Eu tava pensando nessa possibilidade, sabia? – Dulce perguntou divertida e jogou uma bolinha pro cachorro, pra ver se ele calava a boca. – Nisso e no quanto eu estou cheia de energia pra ser descarregada também. – deu um selinho nele.

- Cheia de energia, é serio? – Christopher perguntou casualmente procurando alguma coisa na prateleira do lugar, apenas com os olhos, enquanto ela lhe dava beijos do tórax pra cima. – Temos veneno de rato? Será que se o cachorro acidentalmente engolir uma caixa de chumbinho ele morre?

- Vira essa boca pra lá, homem. – Dulce lhe repreendeu. – Daqui a pouco ele cansa de latir. – deu de ombros, aconchegada no calor dos braços dele. – Amor me responde uma coisa?

- Duas até. – Christopher disse desistindo de achar um veneno e a mirando.

- Como está o pintinho do meu BB? – Dulce perguntou com voz de criança e não pode deixar de rir da cara dele.

- “Pintinho”, Dulce? – Christopher perguntou.

- Desculpe, é que eu lembrei de quando o Dante prendeu o bichinho no zíper da bermuda quando cismou que não gostava de cueca. – Dulce disse e riu nostálgica. – Eu fiz essa pergunta pra ele, três horas depois dele para de chorar, desse mesmo jeito que te fiz.

- Mas eu não sou o Dante, e muito menos tenho um... “Pintinho”. – Christopher disse fazendo uma careta de reprovação.

- Eu sei que não, Chris. Você só foi meu objeto de lembrança, fica tranquilo que eu nem tenho como esquecer de seus dotes. – Dulce disse dando um sorriso para ele, que não pode deixar de retribuir. – Mas agora me diz como é que está o seu patrimônio natural?

- Acho que a dor foi mais pelo susto que eu e ele tomamos, porque não demorou tanto assim pra passar. Fora que, eu já dei uma olhada, sem nenhum arranhão. – Christopher disse e logo percebeu que Dulce tinha razão em relação ao cachorro cansar de latir.

- É? E eu posso olhar também? – Dulce o mirou, mal intencionada e ele riu buscando palavras.

- Er... Minha gata, o que tem pra tomar café? – Christopher perguntou e coçou a nuca, intimidado pela cara dela. – É que eu to com fome.

- Os armários estão cheios de coisa, basta você prepara-las. – Dulce o soltou se encostando a maquina e cruzando os braços.

- Oh meu amor, porque dessa carinha? – Christopher perguntou em tom ingênuo, a abraçando pela cintura. – Eu só disse que estava com fome. Depois que eu comer você pode ver, tocar, se divertir com ele se quiser. Ta?

- Eu não quero. – Dulce deu de ombros. – Vou aproveitar que tenho que cuidar da cozinha e faço alguma coisa pra você comer.

- Tudo o que eu queria. – Christopher sorriu colando seus rostos. – Cadê meu beijo? – perguntou dando uma mordidinha próxima ao queixo.

- Você está estranho hoje, Uckermann. – Dulce afirmou dando um rápido beijo nele. Ele franziu o cenho pra afirmação dela e acariciou o rosto da mesma, sorrindo.

- Tem certeza que sou eu que estou estranho? – Christopher perguntou em tom casual.

- Engraçadinho. – Dulce fez bico. – Você bem que poderia aproveitar que está me pondo contra a maquina de lavar e me arrancar alguns beijos, hein? – perguntou travessa espalmando as mãos no peitoral dele.

- Não precisa pedir duas vezes. – Christopher respondeu já brincando com os lábios dela. Iniciaram um beijo que começou calmo, mas Dulce logo tratou de aprofunda-lo. Estava com uma simples vontade de Christopher Uckermann que pouco se explicava e não se tinha como esconder. Ele retribuiu como pode, estava com medo dela aprontar mais uma. – O maldito está latindo de novo. – ele disse apartando o beijo rapidamente.

- Não se importe com o cachorro. – Dulce disse simplesmente, voltando a beija-lo. Dessa vez ele retribuiu como ela queria, até o celular do mesmo tocar. – Nessas horas... Todo mundo quer fazer contato. – reclamou dando selinhos nele que sorriu.

- Você vai me deixar atender, ou o celular vai acompanhar o cachorro no barulho? Olha que pra mim tanto faz viu? – Christopher perguntou divertido, enquanto ela continuava a lhe beijar. Ela pegou o celular ao lado da maquina, parando de beija-lo.

- Espero que o senhor também esteja rezando pra que seja engano. – Dulce piscou pra ele, vendo que o numero não estava registrado no celular do mesmo, segundos antes de atender. – Alo?

- Este é o celular do Christopher? – a voz do outro lado da linha perguntou.

- É sim, quem gostaria? – Dulce perguntou em um suspiro desapontado e ele riu a observando.

- Então, pode passar pra ele? Eu queria falar com o Chris sobre algo importante... – A pessoa do outro lado iniciou e Dulce a interrompeu, tentando reconhecer a voz.

- Desculpe, a pergunta não foi “o que deseja”. – Dulce revirou os olhos e depois riu da cara que Christopher fez pra ela. – Quem gostaria? – repetiu.

- Maurine. – A pessoa respondeu e de imediato Dulce ficou seria, diria até me transe. - Eu trabalho com ele. Ele pode falar? – a mulher acrescentou quando não obteve respostas.

- Um momento. – Dulce respondeu friamente, logo se desencostando da maquina e entregando com grosseria o celular a ele antes de se dirigir pra fora dali. – Sua “amiga”.

Ainda há mais amores...