Fanfic: Open your heart to me! - Vondy (um pouco AyA and MyC)

- Sim, quem é? – Blanca perguntou do outro lado da linha.

- É o Christopher... O marido da sua filha, Dulce. – Christopher respondeu caminhando calmamente de volta ao quarto.

- Sim, Christopher claro. – Blanca disse rindo do jeito que ele se anunciou. – Que milagre é esse você me ligando? Algum problema com a minha filha? – preocupou-se.

- Infelizmente sim. – Christopher respondeu. – Ela contou pro Dante que está gravida e, bom, não deu certo. – ouviu um suspiro da sogra. - Olha, seria pedir muito que a senhora viesse me ajudar a acalma-la? É que eu já não sei o que falar... Estou de mãos atadas, agoniado sem o que fazer.

- Ai Deus... Não se preocupa que eu já to saindo daqui do shopping, e com sorte são menos de dez minutos até aí. – Blanca tratou de dizer se sentindo mal pela filha. – Ela ta muito mal mesmo?

- Não consegue parar de chorar. – Christopher disse com um nó na garganta.

- Eu to chegando, meu rapaz. Agora, por favor mesmo que fique calado fique com ela, deixe-a chorar pra lavar a alma. – Blanca disse e depois se despediu desligando em seguida. Ele voltou ao quarto, jogando o celular em qualquer lugar e seguindo até ela.

- Pronto, vem cá meu amor. – Christopher disse pondo um travesseiro em suas pernas e a fazendo deitar a cabeça em seu colo. – Tenta ficar calma, tudo bem? Por favor. – pediu acariciando os cabelos dela pra que ela relaxasse.

- Eu não quero perde-lo de vez, eu não quero. – Dulce dizia com a voz abafada no travesseiro, negando com a cabeça.

- Isso não vai acontecer, eu prometo. – Christopher se arriscou a dizer. Ele ficou olhando pro relógio, ansioso pela chegada da sogra. 15min se passaram e nada e também nada de Dulce parar de chorar. Finalmente o interfone toca. – Finalmente. – suspirou aliviado.

- Quem é? Quem você chamou? – Dulce perguntou levantando a cabeça para mira-lo, soluçando.

- Sua mãe. Eu... Eu não sabia o que fazer e resolvi chama-la. – Christopher atendeu aproveitando que ela tirou a cabeça de seu colo para levantar e ir atender ao interfone. De fato era Blanca e não demorou muito pra estivesse entrando no AP Vondy, com Ale. – Mamãe o que faz aqui? – surpreso e fechando a porta.

- Estava com Blanca quando você ligou. – A mãe dele disse.

- Onde ela está, Christopher? – Blanca perguntou e ele apontou pro quarto.

- Pelo amor de Deus me ajuda. – Christopher pediu e Blanca assentiu já seguindo pro quarto.

- Já jantou meu filho? – Ale perguntou o abraçando.

- Não tive tempo de pensar nisso, ainda. – Christopher respondeu a abraçando também. – Mãe se alguma vez eu disse que te odiava, me perdoa.

- E então? – Christopher perguntou assim que a sua mãe voltou a cozinha. Ela tinha ido levar um chazinho e uma água a Dulce. – Ela ao menos já parou de chorar?

- Parar ainda não parou, mas já não está aos prantos. – Ale respondeu se sentando com ele. – Blanca está fazendo um bom trabalho, um colo de mãe ameniza tudo.

- Agora que molequinho metido a besta esse, hein? Bancando de rei do mundo e, aposto, que o pai num deu nem uma surra nele por isso. – Christopher disse incrédulo. – Como ele acha que pode controlar a vida da mãe desse jeito? Ele mal sabe como dar dois passos fora de casa.

- Ah filho não fala isso. – Ale negou com a cabeça. – Você fica bravo com o garoto não vai adiantar de nada, no final só vai piorar as coisas. – opinou. – O Dante é um bom menino, mimadinho, mas um bom menino. Tenho certeza que tudo que ele cuspiu na cara da Dulce foi pela emoção do momento. Ele ainda é muito novinho, não sabe direito das coisas, não tem culpa de como interpreta o mundo. – defende-o. – Você vai ver que ele não queria dizer metade do que disse pra Dulce hoje assim como tenho certeza que ela está se sentindo péssima por tudo que ocorreu.

- Talvez a senhora tenha razão. – Christopher concordou dando de ombros pro que ele tinha dito. – Mas sinceramente espero que ele esteja arrependido e que venha o mais rápido possível falar com ela.

- Tomara. – Ale desejou. – Agora vê se come um pouco, filhote. Nem tocou na comida direito, ta tão ruim assim? – observando o prato quase intacto dele.

- Eu nem sei mamãe. To com um nó na garganta que não ta passando nada solido. – Christopher confessou balançando a perna nervoso. A mãe o olhou com compaixão. – Se importa se eu beber um pouquinho? – perguntou já indo buscar uma garrafa de uísque e um copo.

- Não tem outro jeito, não é mesmo? – Ale riu negando com a cabeça e depois suspirou. – Tudo vai ficar bem, ok? – passando a mão no cabelo dele.

- Eu sei que vai, mas... Dói vê-la desse jeito mamãe, dói e sinto o desespero por ela. – Christopher confessou depois de beber um gole de uísque.

- Imagino o que você esta sentindo. – Ale acariciou o ombro do filho se sentindo impotente. – Bom, tenta comer mais um pouco que eu vou cuidar da bagunça que fiz nessa cozinha. – se levantou indo lavar os pratos. Ouviu-se um latido fino vindo da lavanderia. – O que é isso? – perguntou franzindo o cenho.

- Só pode ser aquele boxe demoníaco. – Christopher deu de ombros voltando a beber.

- Ah, o cachorro que a Dulce comprou da Marlene? – Ale perguntou sorrindo já lavando os pratos.

- O cachorro que EU comprei da Marlene. – Christopher corrigiu lamentando. – Mas isso é outra historia.

- Certo. Vai ver lá o que ele quer. – Ale pediu. – Deve estar com fome.

- Eu nem sei onde fica a ração dele, mamãe. – Christopher negou com a cabeça. – Se eu for lá não vai ser pra cuidar dele. Ele é responsabilidade da Dulce.

- E a Dulce realmente vai se preocupar com ele agora. – Ale disse irônica. – Já percebi que você não gosta desse bichinho, mas faço-o calar a boca sem mata-lo ou maltrata-lo. – ordenou.

- Ta, tudo bem, pela Dulce. – Christopher se levantou, com seu copo em mãos, indo em direção a lavanderia. Logo estava parado de frente ao animal que agora latia balançando o rabo para ele. – Dá pra calar a boca? – perguntou como se fosse mudar algo, o animal tentava se aproximar dele sem êxito. Christopher virou a procura da ração já que realmente estava vazio o pratinho dele, ele jogou uma bolinha pro animal calar a boca por um momento. Depois de uns cinco minutos ele finalmente achou e não se preocupou em colocar muita ração. – Vê se fica calado agora. – ficou olhando pro animal por alguns segundos, que tentava cheirar a mão que tinha o uísque. – Não encoste em meu copo... – foi reclamando, mas parou com um sorriso travesso pondo um pouco da bebida no pratinho de água, depois de jogar a mesma fora. – Bebe, saco de pulgas. – riu e o animal realmente depois de um tempo deu algumas lambidas. – Não, a Dulce me mata se descobrir. – pegou o pratinho e jogou o liquido na pia enchendo de água novamente. Saiu dali voltando à cozinha.

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