Fanfic: Open your heart to me! - Vondy (um pouco AyA and MyC)

- Filho, seu pai já conversou contigo? – Ale perguntou quando o viu sentar de volta a mesa.

- Aquele chato? Sobre o que? – Christopher perguntou a mirando.

- Sobre o câncer que o irresponsável se deixou obter. – Ale disse ainda se sentindo com raiva do marido.

- Ah, falou sim. – Christopher disse tentando por um tom de ‘não me importo’.

- Me diz o que a gente faz com ele. – Ale perguntou se sentando e enxugando as mãos. – Eu sinceramente tinha dito pra ele fazer o exame na época que tinha que ser feito, disse pra ele se prevenir, mas ele nunca me escutou.

- Ele é um idiota mamãe, agora deixe-o se virar. – Christopher disse.

- Como você acha que vou me fingir de despreocupada, como você faz, numa situação dessas? – Ale perguntou incrédula. – Eu mal estou falando com ele, estou tentando abstrair a mente, mas seu pai tem que começar de uma vez o tratamento. – disse preocupada. – A May, tadinha, soube de tudo e não consegue absorver a informação, age como se fosse uma brincadeira de mal gosto do seu pai.

- É normal, ele adora brincar assim mesmo. – Christopher deu de ombros.

- Pois é, mas não sei se dou graças a Deus por ela pensar que é brincadeira, porque afinal de contas ela casa nesse final de semana e não seria legal ficar triste em pleno casamento. Eu to tentando me comportar como se nada tivesse acontecido também, ao menos até o casamento acontecer, mas já avisei ao teu pai que ele vai começar um tratamento logo.

- Francamente mamãe, vazo ruim não quebra assim tão fácil não. Melhor a senhora não se preocupar atoa, ele já esta bem grandinho, e curiosamente é um grande medico, pra saber que não devia estar deixando esse problema entrar na casa. – Christopher disse tentando passar tranquilidade pra ela, mas a mulher o olhou incrédula. – O que?

- Nada, esquece. Não sei nem porque tento conversar sobre seu pai com você. – Ale negou com a cabeça e fez um gesto de irrelevância. – O problema é que ele incarnou que quer um herdeiro, como se fosse morrer a qualquer segundo e...

- É eu sei disso, seu marido veio me encher o saco quando fui buscar o carro da Dulce e ainda por cima foi com a maior cara-de-pau pedir um herdeiro a ela. – Christopher disse interrompendo a mãe. – Ah essa altura ele já sabe que ela está gravida, mas te aviso logo que não vou deixar ele manipular ninguém que estiver sobre o meu teto.

- Eu te entendo filho. Apesar de achar que quando ele ver uma pequena criança envolvida em um pequeno lençol e chorando fino, duvido muito que ele venha pensar em como faze-la virar uma ótima administrador de bens ao invés de pensar no quanto se parece contigo. – Ale disse com os olhinhos brilhando, imaginando a chegada do neto e Christopher não pode deixar de rir. – Vai dizer que nunca pensou na chegada de seu filho?

- Não. Essa é a primeira vez que alguém me faz imagina-lo. – Christopher confessou e depois olhou pra porta, quando ouviu passos. – Como ela está? – perguntou ao ver Blanca.

- Graças a Deus parou de chorar. – Blanca disse em um suspiro preocupado. – Eu to tentando faze-la dormir, percebo o quanto ela está cansada, mas ta difícil. Vocês tem incenso pra dar um ar mais relaxado ao quarto?

- Eu não sei dizer, mas se a senhora quiser eu vou compra um agora mesmo. – Christopher disse se levantando.

- Não, não é necessário. Eu vou continuar dando meu colo da mãe e a qualquer momento ela para de lutar contra o cansaço dorme. – Blanca respondeu.

- Eu contigo até o quarto. Dar um beijo nela, porque está tarde e é melhor eu ir... – Ale iniciou  se levantando e o filho a interrompeu.

- Ora, por favor, vocês duas tem que ficar essa noite. – Christopher pediu. – Está tarde e não tem necessidade de saírem daqui, há o quarto que o Dante usa e também um de hospedes. Por favor. – pediu de novo.

- Esta bem, eu fico. – Ale disse. – Mas vou precisar ligar pra casa pra avisar. Não se preocupe que eu não vou entrar em detalhes. – ele assentiu e olhou pra Blanca.

- Eu também fico e também preciso ligar pra casa. Mas depois eu explico tudo direitinho a Fernando. – Blanca disse e depois que o genro assentiu foi se dirigindo de volta ao quarto.

- Mamãe, a senhora pode preparar algo pra Dona Blanca e pra Dulce? Eu vou comprar alguns incensos. – Fez careta. – De tudo vale pra Dulce se acalmar. – Christopher disse.

- Incensos são ótimos. – riu da cara dele. - Já esta preparado filho, o caso é elas se interessarem por comer. – Ale respondeu para o filho. – Não é seguro você sair tão tarde assim, também.

- Que besteira, já saí muito mais tarde que isso e nunca tive problemas. Eu volto logo. – Christopher disse saindo da cozinha. Ale logo discou o numero de sua residência para avisar a alguém que estivesse acordado que dormiria fora.

------------------------------- 1hr depois ------------------------------

- Onde esta o Christopher, Dona Laura? – Dulce perguntou meia “rouca e fanha” por conta da choradeira, enquanto a sogra colocava um filme qualquer pras três assistirem no quarto. Blanca decidiu que o melhor a se fazer já que Dulce lutava contra o sono era distrai-la para que não pensasse tanto no que sucedeu mais cedo. Optaram pela “Pantera Cor De Rosa” que já era um velho amigo do tedio para Blanca e que coincidentemente tinha naquele apartamento.

- Foi comprar incensos e disse que já voltava. – Ale respondeu se voltando para elas.

- Oh mais esse Christopher. – Blanca negou com a cabeça incrédula. – Eu disse que não precisava.

- Ele quando fica preocupado atira pra todos os lados, não ligue, só sossega quando tudo fica bem. – Ale deu de ombros se sentando na cama ao lado das duas.

- Pra que incenso? – Dulce perguntou antes de beber mais um pouco d’água. – Mamãe só você pra se acalmar com fumaça perfumada. – negou com a cabeça fazendo uma cara de reprovação e as duas senhoras riram.

- Desculpe querida, mas não via muitas alternativas. Mas eu disse pra ele que não precisava. – Blanca se defendeu. – Ele foi por agora, Ale?

- Não já faz um bom tempo, daqui a pouco esta de volta. – Ale respondeu escolhendo a linguagem do filme.

- Quanto tempo é um bom tempo? – Dulce perguntou em tom casual a observando dar play. Mas antes que a sogra respondesse ela ouviu o barulho da parto de entrada se fechando.

- Eu não sei ao certo acho que uns 40min, mas ele chegou. – Ale respondeu mirando-a com um sorriso e depois dando pause no filme que havia começado.

- Licença. – Christopher bateu a porta de seu próprio quarto antes de entrar. – Er... Os incensos Dona Blanca. Desculpe a demora, é que tive que rodar um bocado pra achar um lugar confiável pra compra-los. – disse tirando umas três caixinhas longas e finas de uma sacola e a entregando.

- Obrigada, mas acho que não são mais necessários. – Blanca disse lamentando o trabalho que ele teve e pondo os mesmos encima da mesa de cabeceira da filha.

- Não faz mal, ao menos agora temos incensos em casa. Também trouxe sorvete, eles costumam deixar as pessoas felizes. – Christopher deu de ombros com um sorriso torto. – Pantera cor de rosa... O cara desse filme é um bobão. – disse olhando pra tela da TV.

- Junte-se a nós, filho, ver essas comedias leves é sempre bom. – Ale pediu batendo num espaço livre da cama, o convidando.

- Quem sabe depois, é que eu vou tomar um banho agora. – Christopher disse apontando para o closet se justificando.

- Christopher... – Dulce chamou forçando as vistas para ver se estava enxergando direito. – O que houve com seus cabelos? Meus olhos estão muito inchados ou você realmente os cortou.

- É, estavam grandes e já estavam começando a me dar trabalho pela manhã... – Christopher iniciou não a culpando por só ter percebido agora. – Não gostou?

- Não. Digo, e agora? Meus cachinhos foram jogados ao lixo. – Dulce disse incrédula dando uma fungada logo em seguida, arrancando um riso involuntário da sogra pela cara surpresa dele. – Ai, acho que eu voltar a chorar. – disse esfregando o nariz já muito avermelhado.

- Vou deixar o sorvete na geladeira e depois tomar um banho, com licença. – Christopher disse já saindo, não acreditando que agora ela choraria por que ele cortou o cabelo bem curto.

- Mamãe por que os homens da minha vida fazem isso comigo. O que o papai vai me aprontar, me diz? Porque só falta ele. – Dulce disse respirando fundo pra conter as lagrimas que realmente insistiam em voltar.

- Ai não seja boba Dulce, engole esse choro que não queremos morrer afogadas. – Blanca disse negando com a cabeça, não podendo deixar de rir. – Ale, solta esse filme pelo amor de Deus. – pediu e a mesma assentiu rindo e logo fazendo o que foi pedido.

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