Fanfic: Open your heart to me! - Vondy (um pouco AyA and MyC)

Quatro horas se passaram e só então Dulce chegou a sua casa. Pôs Tyson no chão, e o observou sair correndo em busca de comida. Seguiu o cãozinho, pronta pra inaugurar o novo sabor de ração que tinha em mãos. Depois de dar um pouco mais da atenção ao animal, amarrou por ali mesmo e seguiu pro quarto. Christopher estava esparramado na cama, com a TV ligada em um canal qualquer, com um copo de uísque na mesinha de cabeceira e dormindo. Sorriu não acreditando que ele ainda estava cansado, por um momento pensou que se ele se mantivesse assim até mais tarde ela nem precisaria arranjar motivos pra que ele não fosse a despedida de solteiro. Tirou a calça e a camisa ficando apenas de roupa intima, dobrando-as e pondo-as em um canto qualquer do quarto, logo depois se deitando na cama ao lado dele. Ela pegou o controle da TV e colocou em um canal que a agradasse.

- Sabia que eu detesto o canal de ecologia? – Christopher comentou, dando um susto nela, se espreguiçando na cama. – Eles nos fazem lembrar que somos os maiores causadores dos problemas do mundo e que só podemos minimizar os mesmos, não solucionar por completo.

- Te acordei? – Dulce perguntou antes de dar um selinho nele. – Desculpa.

- Não, não me acordou não. Já passou da hora deu abrir os olhos. – Christopher bocejou. – Onde estava até uma hora dessas?

- Como assim onde eu estava? – Dulce sorriu. – No chá de panela da sua irmã, oras. – disse mudando de canal. A parte do canal de ecologia que mais gostava (as com os animais) já tinha passado mesmo, então foi buscado algo que agradaria aos dois.

- O tempo todo, tem certeza? – Christopher perguntou se sentando na cama.

- Bom, não o tempo todo. – Dulce franziu o cenho pra pergunta dele e o observou fazer uma cara do tipo “ta vendo, aí?!”. – Porque a pergunta?

- Nada de mais. – Christopher deu de ombros. – Você não atendeu o celular nas poucas vezes que te liguei em meio a um cochilo ou outro, nem respondeu a minha mensagem. – comentou e ela olhou pra bolsa, longe da cama, lembrando que se esqueceu de olhar o celular desde que entrou pra emergência.

- Depois que sai da casa da May eu deixe-o no silencioso, nem vibrar ele vibrou. – Dulce se justificou enquanto ia buscar o mesmo. – Só por isso que não o vi suas ligações. – voltando com o mesmo em mãos.

- Talvez estivesse muito ocupada pra me atender. – Christopher opinou como quem não quer nada, coçando a barba.

- Pois é, não exatamente só pra te atender, mas pra tudo. – Dulce concordou distraída apagando as chamadas dele do celular. – Tive que dar uma passada rápida no Pet. – se explicou enquanto lia a mensagem dele.

“Volta pra casa amor, já to com saudades”

– Oun... Meu amor, que bonitinho. – Dulce disse com um sorriso, se encostando ao ombro dele. – Eu também tava morrendo de saudades. – deu um selinho meia lua nele.

- Foi visitar um amigo no pet? – Christopher perguntou, nem ligando pro que ela disse.

- Fui atender a uma emergência, Christopher. – Dulce respondeu já entendendo tudo. – A caso, nessas suas tentativas de falar comigo, você ligou pra May?

- Claro. – Christopher respondeu e ela suspirou negando com a cabeça.

- O que você perguntou, o que ela respondeu, quantas interpretou errado? – Dulce perguntou, bem calma, jogando o celular de lado.

- Por que a pergunta? Ta receosa por eu descobrir algo que supostamente não deveria? – Christopher perguntou, em um tom um tanto ofensivo.

- Não estou receosa por nada, não devo nada a ninguém. Simplesmente quero saber quantas perguntas más intencionadas suas eu terei que aturar. – Dulce disse tentando ignorar o tom dele. – Ande, poupe o meu tempo e o seu, e me diga de uma vez o que esta te incomodando.

- Você é quem vai me dizer com o que eu tenho que me incomodar. – Christopher disse, como se fosse obvio. – Não me disse que ia trabalhar hoje, e quando menos espero, você esta indo pro trabalho encontrar com um veterinário.

- Que parte do “fui atender a uma emergência” você não conseguiu decifrar? – Dulce perguntou irônica. Christopher a olhou sem gostar nem um pouco do tom que ela usou, mesmo assim a incentivando a continuar a ‘se explicar’. – Pra começar o veterinário que me ligou não estava nem perto do pet, além de ser seu dia de folga ainda esta com o braço lesionado...

- Ah então você foi encontrar com ele fora do ambiente de trabalho... – Christopher perguntou, a interrompendo, mas ela fez o mesmo com ele.

- Deixa eu continuar Dr. Chatísse. – Dulce pediu, e ele suspirou bravo pelo novo adjetivo, mesmo assim concordou com a cabeça. – O cachorro, repare eu disse o CACHORRO, do irmão dele é meu “paciente” desde foi comprado. O dono desse cachorro pediu pro irmão me ligar, porque ainda não tinha esse meu numero do celular, já que o animal foi atropelado e fraturou os membros dianteiros. Eu fui fazer os procedimentos necessários no animal, que vai precisar ser observado por um longo período pelo visto. – concluiu. – Alguma duvida, querido? – usou mais uma vez de ironia.

- O cachorro era seu paciente, claro, não nenhuma duvida querida. – Christopher usou de mesmo tom, só que acompanhado de um sorriso. – Qual o nome desse veterinário?

- Pra que quer saber? – Dulce perguntou arqueando a sobrancelha.

- Não posso saber? É sigiloso? – Christopher perguntou com deboche. – Me empresta teu celular.

- Para que? – Dulce repetiu desconfiada. Ele não respondeu, apenas fez sinal de rendição com um semblante debochado e pegou o celular dela em mãos. – O que quer, Christopher? – o observou futucar o celular.

- Seu chip tem menos de três meses, você nem mesmo tem salvo em sua agenda o meu numero, mas o do ‘Bentinho’ ta aqui são e salvo né? – Christopher observou, checando as chamadas recebidas dela. Dulce revirou os olhos e negou com a cabeça.

Ainda tem a cara-de-pau de por no diminutivo.

Pra que merda usei o apelido?!

- Eu salvei hoje, quando encerrei a ligação. E o seu numero, sei de coo. – Dulce se defendeu, sentindo toda sua felicidade se dissolver em um segundo.

- Ta, sei. – Christopher conseguiu deixar duas palavrinhas em um tom muito agressivo. – Não quero o numero desse veterinário aqui e, quando ele voltar a trabalha, quero que ele fique responsável pelo cachorro do irmão. Só quero que você tenha uma relação estritamente profissional com esse ser, por isso vou excluir ele da sua lista de contatos.

- Tê-lo na minha lista de contatos não vai mudar o profissionalismo. – Dulce disse não gostando da ideia. Bentinho era seu amigo desde que ela o contratou, antes mesmo disso, ela já cuidava do cachorro de Frederico. No final das contas ele era um bom amigo.

- Engraçado como você não tem a mesma opinião quando o assunto é a Maurine. – Christopher debochou e a viu fazer uma cara incrédula., e conseguiu decifrar seu olhar – Não venha me interpretar errado.

- Você insinua que tenho algo com esse meu amigo, depois diz que é a mesma coisa de você e aquela Maurine (que até onde sei nem sua amiga é) e não quer que eu interprete errado. – Dulce deu um riso irônico.

- Não é bem assim. O que quis dizer é que ambas são relações puramente profissionais e por isso que eu iriei excluir o numero dele de seu celular. E aposto que não são amigos. – Christopher retrucou se sentindo bem irritado. – Não tente virar as coisas ao seu favor, eu vou excluir esse numero e ponto final. – grunhiu só faltando apertar o “ok” pra confirmar o “desejo de excluir”.

- Faz o que quiser fazer, Christopher. – Dulce disse, extremamente decepcionada, levantando da cama com movimentos rápidos e agressivos.

- Dulce! – Christopher chamou, mas como resposta só pode ouvir o forte barulho da porta do banheiro se fechando.

Hola Amores *--* pois é, eu sei, eles nao cançam de brigar, mas tb nao cançam de se certar nao é msm?? kkk

bjss