Fanfic: Open your heart to me! - Vondy (um pouco AyA and MyC)

- Oi Dulce. - Poncho disse, sorrindo, quando ela abriu a porta pra ele e Dante. Ela não respondeu. - Ta entregue. - disse vendo Dante se jogar no sofá, com uma cara de tedio.

- Porque que meu filho esta na minha casa, com essa cara de quem esta amando estar aqui, em um dia que não obrigatório estar aqui? - Dulce perguntou mirando ao filho.

- É que eu vou viajar e acho que ele deve ficar aqui contigo. - Poncho e sorriu novamente quando ela o olhou. - Eu tentei te ligar, umas cinco vezes, desde ontem pra te avisar. Mas, não sei, você devia estar ocupada.

- Não quis te atender mesmo. - Dulce disse simplesmente e olhou pra Dante. - Desliga a TV, até onde eu sei o senhor tem prova daqui a dois dias. - disse em tom suave de mais pra ser uma ordem.

- Porque não para de ficar cuidando da minha vida? A senhora sabe mais dos meus dias de provas do que eu. - Dante reclamou.

- Dante, respeito. - Poncho disse, diferente de Dulce, com um tom autoritário. O menino se calou. - Faça o que sua mãe esta mandando, anda.

- Já fez a entrega, agora tenha uma boa viagem. - Dulce ia fechar a porta.

- Pera aí, Dul. - Poncho pediu. - Por quanto tempo mais você vai ficar me tratando assim? Não gosto da sua indiferença.

- Pensasse nisso antes de me esconder que meu filho esta péssimo no colégio. Que ele só está perto de perder de ano, em plena quinta serie, só. - Dulce disse irônica.

- Vocês vão mesmo brigar na minha frente? - Dante perguntou parando ao lado da mãe, de braços cruzados.

- Pega seus livros, um copo d`água e senta na mesa pra estudar, vai Dante. - Dulce disse, com um pouco mais de firmeza. Dessa vez ele não disse nada, simplesmente foi. - Fiquei muito decepcionada contigo, Alfonso. - confessou. - Eu simplesmente nunca achei que você fosse me passar pra trás dessa forma.

- Dulce, não exagera, eu simplesmente não achei que seria importante te falar... - Poncho iniciou.

- Ele também é meu filho, caramba. Eu sei bem disso, afinal fui eu que senti a dor do parto. - Dulce o interrompeu com um sorriso irônico.

- Eu só não queria que você ficasse brava com ele. Eu podia resolver essa situação. - Poncho insistiu.

- Ah, com certeza. E agora ele ta há um passo da recuperação final. - Dulce disse e depois suspirou. - Quer saber? Eu tenho muito a fazer, se não se importar...

- Ok, de qualquer forma tenho que viajar. - Poncho fez sinal de rendição. - Me desculpa, Ardilla. - ele pediu antes de ir saindo. Dulce fechou a porta atrás de si e se dirigiu pra cozinha.

- Toma. - Dulce disse pondo um copo d`água ao lado do caderno do filho, sobre a mesa.

- Isso é pra eu não levantar daqui nem pra beber água? - Dante quis saber, folheando um livro sem muito animo.

- Isso é pra você não ficar arranjando qualquer motivo pra sair daí, sem estudar direito. - Dulce piscou. - Entendeu?

- Ta dona Dulce. - Dante disse e olhou pro livro. - Poxa, eu não entendo nada!

- É geografia, Dante. Não pode ser tão complicado assim, principalmente na quinta serie. - Dulce negou com a cabeça. - Eu vou ta lá no escritório, checando alguns papeis, qualquer duvida pode me perguntar que a gente tenta juntos.

- Ta. - Dante suspirou.

Passou-se uma hora e meia e Dante estava quase dormindo encima dos livros.

- Ei, levanta a cabeça. - Dulce disse se sentando ao lado dele.

- Ah, Dona Dulce eu não consigo mais estudar não. - Dante reclamou. - Você quer o que? Que eu fique o dia inteiro aqui?

- Primeiro, não me confunda com uma vizinha ou uma amiga do colégio. Quando se dirigir a mim é "mãe" ou "senhora", entendeu? - Dulce disse tranquila e ele assentiu revirando os olhos.

- Agora a "senhora" lembra que é minha "mãe". - Dante deu ênfase as falas em aspas.

- Não gosto de ser autoritária contigo, você sabe. - Dulce o encarou. - Mas não me faça perder a paciência. E não precisa ficar o dia inteiro aqui, basta você ter aprendido alguma coisa.

- Eu aprendi, juro. - Dante se preparou pra levantar.

- Espera. Vamos ver, então. - Dulce disse e ele se ajeitou na cadeira, entediado. - Vamos fazer um teste oral...

- Oral? Adoro. - Christopher disse chegando até onde eles estavam, a interrompendo, com um sorriso cansado.

- Oi amor! - Dulce sorriu, negando com a cabeça a fala dele. - Chegou cedo.

- Deixei trabalho pra casa. - Christopher respondeu. - Que milagre você por aqui, garoto. - pôs a sua pasta sobre uma cadeira.

- Pode ter certeza que estou contra minha vontade. - Dante disse. - Já que gosta de teste oral, vem fazer, porque ela aqui quer dá uma de professora. - disse ingênuo.

- Olha, faz muito tempo que eu sai de casa, mas ainda assim eu não trato minha mãe assim não. - Christopher coçou a barba.

- Mas aposto que sua mãe não te traiu... - Dante começou.

- Dante, não tente fugir do seu teste. - Dulce o interrompeu. - Me passa seu livro. - pediu e o menino assim o fez.

- Bom, vejo que estão ocupados, vou trabalhar no escritório. - Christopher falou e foi saindo. - Ah, quanto tempo pretende ficar, ou melhor, quanto tempo te mandaram ficar?

- Até meu pai voltar de viajem. - Dante respondeu. Ele assentiu e saiu dali.

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- To te dizendo, por um minuto achei que iria gritar com ele. - Dulce conversava com May ao telefone.

- Não é pra menos, né amiga? Pra ser sincera, acho que já passou da hora de você pegar um pouco mais pesado com o garoto... Mostrar quem é que manda. - May opinou.

- Uma hora dessas eu vou acabar fazendo isso mesmo. - Dulce suspirou.

- OK, vamos mudar de assunto. - May disse. - Então quem é a cunhadinha que ta animada pra amanhã, hein? - perguntou cantarolando e como resposta teve um grito frustrado. - Que?

- Pra que você tocou nesse assunto, hein? Eu passei a semana inteira, justamente tentando esquecer desse aniversario de casamento. - Dulce choramingou brava.

- Mas porque, Dul? Não é um máximo completar três aninhos de casamento? Aí só vai faltar dois pra cinco. - May riu.

- Me responde de que vale eu lembrar e ficar ansiosa por essa data tão boba e o seu irmão não tá nem aí, nunca tá? - Dulce quis saber.

- Dulce, no primeiro ano ele te levou pra jantar no melhor restaurante da cidade... Sem ofensas ao Poncho. - May disse. - Então não reclame.

- Acontece, May, é que no ano seguinte ele me deixou aqui em casa plantada... Eu tinha preparado uma coisa tão especial, que acreditei que ele iria gostar... E ele passou o tempo todo num bar com os amigos assistindo "O jogo". - Dulce suspirou frustrada se lembrando. Maité gargalhou. - Não tem graça.

- Desculpa, é que não consigo parar de te imaginar... - Maité se interrompeu gargalhando. - Acho que meu irmão perdeu A noite, hein?

- Vamos esquecer isso. - Dulce revirou os olhos. - Amiga, mas por falar no Chris, eu já não sei o que fazer pra agrada-lo. - choramingou.

- Ai, para com isso Dulce. - May disse. - Quer saber Não me conformo de ter causado tudo isso Eu sou a culpada dessa sua crise momentânea pra cima do meu irmão. - disse e não a deixou responder. - Serio, volta pra base, amiga, seja você mesma e já ta ótimo pra ele.

- Mas eu to sendo eu mesma. - Dulce retrucou.

- Não, você ta sendo uma criatura mimada. Porque não dizer insuportável, né? - May disse e riu do muxoxo da amiga. - Serio. Você invade o espaço dele três vezes mais do que ele um dia invadiu o seu, cobrando atenção e carinho até de mais. "Eu to sensível" pra lá, "eu to sensível" pra cá... Fora que você acaba dando tudo que ele quer (menos espaço), sem nem ao menos ele pedir e isso não é bom.

- Porque ele também tem que me dar algo que eu quero e me deixar feliz. É, você já me falou isso antes. - Dulce revirou os olhos. - Mas é justamente por sentir que as vezes o sufoco, eu quero agrada-lo muito pra compensar e faze-lo entender que o quero do meu lado por muito tempo nessa minha fase. É o que eu tenho que fazer.

- Pois então, não me pergunte o que fazer pra agrada-lo. Vai apelando aí e boa sorte. - May disse desistindo de qualquer ajuda. - Agora tenho que desligar, o trabalho me chama. Te ligo em outro momento.

- Poxa, até você quer me dispensar. - Dulce fez bico e ouviu a amiga rir.

- Como a Annie diria: Para de ser dramática, María! - May disse antes de desligar.

- Ninguém me quer. - Dulce choramingou jogando o celular de lado.

- Ei, já que eu terminei de estudar posso jogar um pouco de bola? - Dante perguntou chegando a sala, com uma garrafinha de refrigerante em mãos.

- Sozinho? - Dulce perguntou.

- Com os meninos do condomínio mesmo. Qualquer um que aparecer... Só quero jogar um pouco. - Dante disse. Ela estava prestes a dizer não, mas fez uma cara pensativa.

- Fez todas as atividades? - Dulce perguntou e ele assentiu. - Posso checar depois? - ele assentiu novamente. - Então me dá um abraço e depois pode ir.

- Ah fala serio. - Dante cruzou os braços.

- Ou isso, ou vai ter que ficar aqui parado olhando pra minha cara. E eu sei o quanto você não quer isso. - Dulce disse e o menino respirou fundo antes de ir abraça-la.

- Pronto, já chega. - Dante disse, enquanto ela o apertava em seus braços.

- Mamãe te ama, filho. - Dulce disse antes de o soltar. - Vai lá e divirta-se. - disse antes dele sair.

Dulce se levantou e seguiu pro quarto se espreguiçando... Passou as ultimas duas horas tentando ensinar a Dante um assunto que não dominava muito. Ao menos passou um tempo considerável ao lado do filho e percebeu o esforço dele nos estudos. Ela entrou no quarto e viu Chris falando ao celular. Quando a viu, ele logo ficou meio desconcertado, ela percebeu.