Fanfics Brasil - Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy

Fanfic: Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy


Capítulo: 16? Capítulo

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Havia tantas pessoas querendo saudar Dulce no vilarejo que foram precisos vários minutos antes que Christopher pudesse chegar ao carro e partir. O paparazzo que os flagrara tinha mesmo desaparecido.
Dulce fingiu naturalidade quando o automóvel entrou na estrada principal em alta velocidade, mas sabia que o homem a seu lado sofria de uma grande dor de cabeça.
- Bem, então nossa foto vai sair na primeira página dos jornais amanhã. Claro que desmentiremos qualquer especulação. - Christopher passou a ir mais devagar quando chegou ao trecho ruim da rodovia que levava a Alohan.
Ela meneou a cabeça...
- Gostaria que isso fosse tão simples assim. - Christopher olhou-a de relance.
- O que quer dizer? Acha que vou ter de responder a Pablo Lillé? Quem é ele?
- A pessoa a que meu tio, o rei Otávio, escolheu para meu futuro marido - voltou a explicar.
- Você ama esse sujeito, Dulce?
- Conhecemo-nos desde a infância.
- Mas o ama?
Contendo um suspiro, Dulce acionou o limpador de pára-brisas por causa da lama no vidro.
- Isso não vem ao caso, Christopher.
A frase desanimada foi a resposta que ele esperava.
- Então não há amor, e vai casar-se apenas por causa do decreto real.
- Não se trata de um decreto. Posso recusar a indicação, mas isso seria uma tolice, já que meu tio é um homem muito sábio. A própria noiva dele foi escolhida por meu avô, o que é um costume em Sapphan.
Pelo espelho retrovisor, Dulce notou que Christopher arqueava as sobrancelhas, com ironia.
- E essa sabedoria é maior que a de seu próprio coração?
- O coração nem sempre é o melhor juiz - Dulce replicou, aborrecida.
Christopher devia estar certo. Bastava que a tomasse nos braços para que o mundo adquirisse um novo sentido. Seria muito fácil esquecer-se de tudo e entregar-se a uma inevitável decepção. Mas havia algo que a detinha: a certeza de que Christopher não amava mulheres, e sim fazia amor com elas. Aquela era uma diferença muito importante.


- Pode ser, Dulce, porém, acho que é muito arriscado se envolver numa relação assim. Afinal de contas, seu ca¬samento é importante demais para o reino.
Havia um traço de censura naquelas palavras.
- Você não aprova, Christopher?
- Parece-me errado. O que acontece se você se apaixonar por outra pessoa?
Dulce não teria oportunidade, decerto, pois deveria passar a maior parte do tempo com Pablo para conhecê-lo melhor antes de aceitar a proposta de matrimônio. Entendia agora que, quando o rei dissera que não queria que ela conhecesse Christopher Uckermann, desejava lhe evitar a tentação. E, no íntimo, Dulce constatara que seu tio acertara mais uma vez.
- Isso seria uma... inconveniência - Dulce admitiu. Christopher virou-se para encará-la.
- Como foi que Annie conseguiu casar-se com um estran¬geiro? A família dela não escolheu também o genro ideal?
- Existem exceções. Eu estava em Paris quando o ro¬mance dela aconteceu, por isso imagino que Poncho deva tê-la feito esquecer o eleito. Ou então o venceu.
- Venceu?! - O tom de Christopher era da mais absoluta in¬credulidade. - Por acaso está se referindo a um duelo?
- Não como você conhece. - Dulce sorriu ao recordar os filmes de capa e espada em que cavaleiros se enfrentavam num campo aberto. - A competição costuma tomar a forma de uma prova de força ou habilidade. A tradição, que re¬monta de vários séculos, diz que um homem deve provar à mulher que é o melhor candidato a marido. Um teste, portanto, é organizado para que ele possa fazer isso.
- Os interessados não têm outra opção, têm? - Dulce notou que ele entendera toda a idéia.
- Não. Aquele que recusa o desafio cai em desgraça ante os olhos de nosso povo.
Christopher suspirou, mantendo a atenção Fixa na estrada. Passou-se um longo momento antes que voltasse a falar:
- Isso nunca lhe passou pela cabeça?
- O que está insinuando?
Christopher fitou-a com um sorriso frio, que quase fez o sangue de Dulce gelar.


- Estou apenas me baseando nos fatos, princesa. Você sabia que estava prometida a esse tal de Lillé quando fez os arranjos para me conhecer. Também sabia que, se nós fôssemos surpreendidos juntos, eu teria de encarar as conseqüências das leis arcaicas de seu país.
O ritmo cardíaco de Dulce se alterou.
- Você está errado. Eu não...
- Ainda não terminei. Tudo correria muito bem se lutasse com o homem por sua mão, pois, de acordo com seus planos, eu já deveria estar apaixonado, certo?
A escolha de palavras de Christopher a deixava aturdida, mas sua lógica era irretocável.
- Se esta tivesse sido minha idéia, o raciocínio seria este.
Christopher ignorou-a.
- Então só existe outra possibilidade: teria de deixar Sapphan, e você seria a vitoriosa. Iria se casar com esse Pablo mesmo sem amá-lo. Na verdade, o homem seria considerado um herói por ter me colocado para correr. E eu seria forçado a abandonar estas terras... e meu projeto que tanto a incomoda.
Como se o carro não fosse grande o bastante para conter sua raiva, Christopher freou, estacionando-o no acostamento, e saltou. Em seguida, foi até um rochedo que projetava-se sobre a baía.
Dulce o observava de longe, hesitando por instantes quanto a segui-lo ou não. Tinha de admitir que o plano concebido por Christopher era engenhoso, e desejava ter sido esperta o bastante para haver pensado em tudo sozinha. Mas não era verdade, e por algum motivo estranho sentia-se magoada pela reação dele.
Infeliz, saiu do veículo e aproximou-se. Seus passos produziram um ruído bem audível nos seixos, mas mesmo assim Christopher não se moveu um centímetro sequer.
- Só queria poder convencê-lo com palavras, Christopher. Juro que nunca imaginei que tudo isso acabasse acontecendo.
Ele virou-se com um olhar flamejante.
- Sob as atuais circunstâncias, eu não poderia nem mesmo pensar em chamá-la de mentirosa, não é, Vossa Alteza?
- Você não me tratava com diferença quando pensava que eu era Annie. Pode sentir-se livre para dizer o que quiser também agora...


- Imagine se eu seria o mesmo na presença da realeza!
Dulce respirou fundo.
- Então finja que sou uma plebéia. Trate-me como antes. - No momento em que disse isso, Dulce se arrependeu. Se Christopher fizesse o que pedira, não iria resistir. Ao mesmo tempo, sentia-se excitada. A despeito de tudo, gostava da forma como ele a tratara. Será que não estava querendo repetir tudo o que houvera naquela manhã?
O olhar enviesado de Christopher demonstrava que os dois pensavam na mesma coisa.
- Bem... - ele murmurou. - Será um prazer.
No momento em que os braços fortes a enlaçaram, Dulce sentiu-se flutuar. O desejo se insinuou por cada nervo, como um incêndio numa floresta, crescendo e crescendo em labaredas cada vez maiores.
Os lábios de Christopher moveram-se sobre os dela devagar, prenunciando um momento de êxtase. Segundos depois, Dulce foi beijada da forma como desejava, lenta e deliciosamente.
Tudo nela reagia ao contato daquele homem. Como uma máquina, seu cérebro trabalhava sem parar, insistindo em fazê-la recordar o comportamento distante de Christopher naquele quarto de hospital, dez anos antes. Também se lembrou de sua reputação de playboy.
Sem dúvida, Christopher era capaz de provocar a reação que quisesse em uma garota. Nem mesmo a dama mais fria poderia resistir às carícias provocantes e contínuas das mãos que percorriam-lhe cada curva, como se ele quisesse conhe¬cer cada centímetro de sua pele.
Mesmo sentindo que estava sob o controle dele, Dulce conseguiu reunir forças para protestar, colocando as mãos sobre o peito musculoso.
- Não, por favor.
Soltando-a, Christopher encarou-a com um sorriso que era ao mesmo tempo malicioso e incompreensível.
- Quer anunciar algum outro decreto oficial, Vossa Alteza?
Christopher falava por falar, Dulce podia jurar. Sua respiração arfante comprovava isso.
Ele podia ser um amante experiente, mas não era imune a ela, não importava o que dissesse tentando negar isso.


Tratava-se de um pequeno consolo, se comparado à enorme atração que era capaz de provocar na princesa.
- Leve-me para casa, por favor, Christopher.
Ele afastou-se, enfim, enchendo os pulmões com o perfumado ar costeiro.
- Como quiser, Alteza.
Pela primeira vez, as palavras dele não pareciam um insulto. A tensão entre os dois ainda era grande, mas Dulce notou que Christopher preferia manter uma distância respeitosa.
Quando acompanhou-a até o carro, aliás, Christopher fez questão de manter-se alguns passos atrás, adiantando-se apenas na hora de abrir a porta e ajudá-la a colocar o cinto.
- Onde é sua casa? - Christopher quis saber assim que o carro voltou à estrada. - Suponho que não esteja se referindo à villa dos Herrera ...
Dulce meneou a cabeça.
- Annie é minha melhor amiga, por isso passo muito tempo naquela propriedade. Na verdade, acho que é o único lugar onde consigo relaxar.
- Isso explica por que está tão familiarizada com a villa. Creio que você more naquele grande edifício no centro de Alohan, chamado de Palácio Esmeralda, não é? Passei diante dele ontem à noite.
Ela assentiu, como se pedisse desculpas por viver num lugar tão luxuoso.

- O Palácio Esmeralda costuma destinar-se aos irmãos do rei. No passado, por razões políticas, era considerado prudente manter os principais interessados na sucessão do trono um tanto longe da capital. Mas, depois que meus pais morreram no atentado que me mandou para aquele hospital na Austrália, ele passou a ser meu.
- Gosta de viver num isolamento tão esplêndido? - A questão continha uma crítica implícita.
- Ocupo apenas um apartamento na ala norte. O restante do palácio foi aberto ao público, e abriga um museu sobre a história e a cultura de nosso reino...
Sabendo que soara defensiva demais, Dulce resolveu tirar a limpo a clara provocação de Christopher.
- Creio que também não deve viver em nenhuma cabana de pescadores na praia de Broome, não é?
As sobrancelhas dele arquearam-se numa expressão divertida.


- Tenho certeza de que não ficará surpresa ao saber que tenho casas em muitos lugares, inclusive em minha cidade natal, claro. De qualquer forma, nenhuma de minhas propriedades possui o esplendor dourado das torres de marfim da realeza.
- O que está insinuando? Sabe muito bem que não vivo em nenhuma torre de marfim!
Christopher suspirou, desanimado, como um professor experiente diante de uma colegial ingênua.
- Evidente que não. Eu estava apenas usando uma metáfora. O que queria dizer é que esta decerto é a primeira vez em... Por falar nisso, qual é sua idade?
- Vinte e seis anos.
- É a primeira vez em vinte e seis anos, exceto por aquela passagem no hospital, que você se aventura a sair de seu casulo real para experimentar como os simples plebeus vivem.
Os dois últimos dias tinham mesmo sido repletos de novas experiências, pensou, furiosa. Entre elas, a primeira em que fora beijada com tamanha paixão.
- Se a vida das pessoas comuns é assim, eu não a recomendaria a ninguém - Dulce disse com ênfase, erguendo a cabeça numa bravata. - Além disso, não aconteceu nada que não pudesse conseguir na corte.
O olhar intenso de Christopher parecia chamá-la de mentirosa outra vez.
- Nada, princesa? - Como não era da natureza de Dulce mentir, teve de morder o lábio inferior antes de responder:
- Tudo bem, quase nada. Mas está errado a meu respeito. Não vivo num mundo de sonhos... ou numa torre de marfim, como você disse. Trabalho para viver. Aqueles desenhos de jóias que viu na casa de Annie são meus. Farão parte de minha próxima coleção, que será toda manufaturada com pérolas sapphanesas.
Os dedos de Christopher tamborilavam com impaciência no volante.
- Talvez trabalhe mesmo, Dulce, mas não depende disso para seu sustento. Posso apostar que não precisa do dinheiro da venda das peças para colocar comida na mesa, certo?
- Talvez não, mas...
- A realidade é bem diferente para as pessoas do vilarejo que acabamos de deixar. Era isso o que eu estava querendo dizer.


O humor de Dulce estava péssimo, e Christopher notou isso ao observá-la de relance. De qualquer forma, não resistiu à tentação de provocá-la mais:
- Porém, pelo que notei, nenhuma de suas novas experiências lhe ensinou muito. A não ser o beijo que recebeu de um plebeu.
Dulce empertigou-se.
- Como ousa dizer isso?!
A expressão dele permaneceu impassível.
- Tudo bem, ouso mesmo. Você me disse para tratá-la do mesmo jeito que antes; e é o que estou fazendo. A não ser que Vossa Alteza prefira me ver reverente, ajoelhado até, em sua presença real.
"Que idéia ridícula!"
- Não posso imaginá-lo assim diante de ninguém - Dulce disse, sem pensar.
- Não se eu puder evitar. Australianos são rebeldes por natureza. Parece que nosso passado colonial acabou provocando uma sensibilidade exagerada em nossos joelhos. Se é que entende o que quero dizer.
A atmosfera no interior do veículo era densa e elétrica.
Notando isso, Christopher achou que já era hora de mudar de tática, amenizando um pouco o discurso.
- Então, como pode ver, Vossa Alteza teria de conhecer melhor o mundo para saber a importância do trabalho, sobretudo quando ele significa a única esperança de pessoas humildes que querem apenas um futuro melhor para seus filhos.
Lágrimas inesperadas surgiram nos olhos de Dulce. Por que os argumentos dele sempre eram capazes de deixá-la sem ação? Sentia uma impotência enorme.
- E seu resort vai oferecer isso tudo a meu povo, sem dúvida.
- Só se você parar de lutar contra mim e permitir que eu continue meu trabalho.
Os dentes dela cerraram-se. Por mais atraente que Christopher pudesse ser, ainda queria macular sua amada Pearl Coast.
- O empreendimento tem de ser realizado numa linda paisagem intocada?


- Será que você ouviu uma só palavra entre todas as que eu falei? Ou será que por aqui realeza é sinônimo de preconceito? Como afirmei antes, nem mesmo uma árvore será tirada de seu lugar, e posso garantir que os cuidados com a preservação da floresta irão até melhorar as coisas. Por que acha que seu tio Otávio me permitiu iniciar as obras?
Entretanto, Dulce não era uma mulher que desistisse com facilidade de uma discussão, por isso resolveu modificar sua argumentação.
- Por que você escolhe sempre lugares isolados para seus resorts? - indagou, lembrando-se da observação de Annie, dizendo-lhe que Christopher sempre preferia lugares exóticos para seus empreendimentos.
Era a imaginação dela ou os dedos dele apertaram ainda mais a direção?
- Isso não é de sua conta.
- Será que prefere assim porque nesses locais vai encontrar apenas pessoas humildes que se curvarão diante de sua vontade?
A expressão de Christopher a advertia de que estava indo longe demais, mas isso não foi capaz de contê-la.
- Disse-me que os australianos não aceitam a autoridade, Christopher. Será que não veio para cá porque não conseguiria realizar seus negócios lá?
- Basta, Dulce! Não faz a menor idéia do que está falando.
O queixo dela ergueu-se em desafio.
- Porque estou certa?
- Porque está tão errada a ponto de ser ridícula. Você nunca seria capaz de imaginar meus motivos.
- Então, conte-me.
Para surpresa de Dulce, ela viu-se de repente querendo saber tudo sobre ele. Christopher Uckermann era um dos homens mais enigmáticos que já conhecera, o que aguçava-lhe a curiosidade.
Houve um longo momento de silêncio, durante o qual ela imaginou-o lutando contra algum demônio interior. Estava pronta para ouvi-lo mudar de assunto quando ele murmurou:
- Paz.
Dulce permaneceu com a respiração suspensa até que Christopher continuasse.
- Lugares como Cristal Bay representam paz e tranqüilidade, algo que eu nunca tive quando era garoto.


- Mas você é proveniente de Broome. Pelo que sei, este é um dos lugares mais lindos da Austrália, além de um dos mais desenvolvidos.
- Eu nasci lá, mas não cresci em Broome.
Dulce sentiu que penetrara num território perigoso, mas já era tarde demais.
- Nunca conheci meu pai, e minha mãe morreu ao me dar à luz. Até meus cinco anos, vivi com um homem a quem chamava de tio, mas ele era apenas um tutor legal, sem nenhum laço de sangue comigo. A mulher dele nem mesmo gostava de crianças. Quando fiquei mais velho, ela reclamou, dizendo que eu era intratável, e então fui mandado para um orfanato em Perth, onde dividia o quarto com vinte e três outros garotos, com idades que variavam entre sete e quinze anos.
Dulce tentou imaginar aquela situação, e estremeceu.
- Vinte e quatro meninos no mesmo dormitório? - o olhar dele a comoveu.
- Dividíamos tudo. Espaço, brinquedos e até mesmo roupas. Não havia um só recanto naquele lugar em que alguém pudesse ficar sozinho. Era uma situação infernal.
- Faço idéia...
- Guarde sua simpatia para aqueles que precisam dela. Minha infância ao menos serviu para me ensinar a cuidar de mim mesmo. Logo que completei a maioridade, arrumei um emprego num barco de um explorador, e poupava cada centavo ganho pensando em um dia comprar meu próprio pesqueiro. Um dia, durante um mergulho, acabei encontrando uma caríssima antiguidade do século XVII dentro dos destroços de um navio pirata. A recompensa me forneceu dinheiro bastante para começar meu próprio negócio. O que veio depois é apenas a história do que fui capaz de fazer sozinho.
Era mesmo um passado impressionante, Dulce concluiu.
Ter sido uma criança tão sofrida podia explicar muito sobre a personalidade de Christopher. Ainda assim, ainda existiam lacunas que Dulce pretendia compreender melhor.


- Você se tornou um iatista profissional, Christopher. Pelo que sei, esse tipo de esporte precisa de muito trabalho de grupo. É difícil imaginar que seria escolhido por ser um homem que prefere fazer tudo sozinho. Não é um contra-senso?
Christopher assentiu, devagar.
- No começo, eu competia em regatas individuais, e só passei a fazer parte de uma equipe quando quis enfrentar desafios maiores. Naquela época, não fazia mais diferença, pois eu podia dispor da tranqüilidade que desejasse em meus horários livres.
- Mas não ficou nervoso quando foi competir na Olimpíada com tantos outros atletas?
- Pessoas não constituem um problema, a não ser quando invadem minha privacidade. Depois que consegui viver num lugar que era só meu, parei de me preocupar com os fantasmas do passado.
- E agora constrói resorts em recantos isolados para que outras pessoas também possam se isolar do mundo.
Agora tudo fazia sentido, e também ajudava a pintar o retrato de um homem verdadeiramente solitário. Não era de se estranhar que o casamento dele tivesse fracassado. Compartilhar a intimidade com alguém devia ser o pior dos desafios para uma pessoa como Christopher Uckermann.
- Acho que pode compreender que eu seria a última pessoa do mundo a destruir os encantos que me trouxeram até aqui, não é, Dulce?
Era uma perspectiva que Dulce não levara em consideração, talvez porque isso a fizesse enxergar que podia estar errada. Será que seu status de princesa a impedia de ver as coisas com clareza?
- Não vai dizer nada sobre isso?
- Dizer o quê, Christopher?
- Que você pode estar errada a meu respeito, princesa.
O desdém impresso nas palavras dele fez o sangue de Dulce ferver.
- Isso não é sobre você e mim, Christopher Uckermann!
Antes que houvesse tempo para qualquer protesto, Christopher parou o carro outra vez e abraçou-a com força suficiente para impedi-la de respirar.
Um beijo ainda mais ardente que os outros, seguido de ca¬rícias mais íntimas, fez o mundo ao redor de Dulce girar.


Seu estômago contraiu-se quando um arrepio de prazer percorreu-lhe a espinha. Mas, um instante depois, seu rosto nobre transformou-se numa máscara impenetrável, e ela desvencilhou-se.
- Pode me soltar agora.
- Claro, Alteza.
Ao afastar-se, porém, Christopher começou a rir. Dulce sentiu que corava de forma incontrolável.
- Por que está rindo?
- Por sua causa, Dulce. Insiste em agir como uma mulher fleumática, distante... mas, no fundo, tudo o que quer é que eu pare o automóvel e a tome em meus braços.
- Não podia estar mais equivocado.
- Não? - Christopher ligara o motor, porém, voltou a puxar o freio de mão e estendeu o braço para tocá-la de leve no rosto. - Não quer mesmo que eu faça isto?
- Não. - Dulce não foi nada convincente.
- Ou isto? - Num gesto muito gentil, afagou os cabelos escuros.
A cabeça dela ergueu-se.
- Pare! Não estou em posição de me deixar levar apenas pela luxúria!
O corpo dele também tremia muito.
- Quer dizer que admite que é apenas luxúria?
Como Dulce poderia negar, já que todos os sinais externos indicavam aquilo?
-Sim.
Christopher ajeitou-se no assento do motorista.
- Sinto a mesma coisa. No entanto, também não posso me dar a esse desfrute.
Porque isso constituiria um risco enorme para os negócios dele, Dulce concluiu, desapontada.
- Teremos muitos problemas quando a fotografia for publicada nos jornais, amanhã.
Horrorizada, Dulce lembrou-se do flagrante que tinham sofrido no vilarejo.
- O que vamos fazer sobre o assunto, Christopher?
Os lábios dele retorceram-se.
- Acho que tenho um excelente plano.


 


Comentem plixxx *-*


 


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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 601



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  • PatyMenezes Postado em 12/07/2011 - 17:44:33

    Oii. Te mandei um recado no tumblr, mas você não respondeu :/
    Estou tentando me comunicar com você ... Quero saber se você abandonou a web ... e se abandonou me daria autorização para postar o final aqui no site ?
    Boom ... espero que você volte a postar e que entre em contato comigo.
    msn : webnovelaspaty@hotmail.com

    beijo.

  • jujuvondy Postado em 01/05/2011 - 21:56:29

    Cade vc?
    FAz anos que não posta! kkk
    Volta! não abondona não!

  • jujuvondy Postado em 01/05/2011 - 21:56:28

    Cade vc?
    FAz anos que não posta! kkk
    Volta! não abondona não!

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

    Contanto que você poste mesmo demorando, eu espero *------------*
    E só pra não perder o costume ...

    Posta mais >.<

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

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  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

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  • natyvondy Postado em 19/02/2011 - 13:38:59

    vou demorar muito ainda pra conseguir postar aqui... desculpa mesmo!!!

  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:27

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  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:27

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  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:26

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