Fanfic: Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy

A princesa ficou intrigada.
- Mas você ainda não o conhece?
- Não, e adoraria não ter de fazer isso desta vez. Por que Christopher decidiu vir para Sapphan logo agora que Poncho tinha planejado uma segunda lua-de-mel para nós? Paris... imagine só! Nunca estive lá, e com Christopher chegando na semana que vem parece que vai levar muito tempo para que esse sonho se realize. - Annie passou a mão sobre o ventre ar¬redondado. - Depois que Poncho Júnior chegar, acredito que não haverá tempo sobrando para detalhes românticos.
- Paris é fantástica. Estudei design de jóias lá por um ano, e nunca me cansava dos museus, das galerias, dos cafés com mesas nas calçadas... Sofremos tanta influência histórica dos franceses aqui em Sapphan que sempre me senti em casa no tempo que passei por lá.
- Eu a invejo. Porém, em vez de beber café au lait num simpático bistrô na semana que vem, terei de ficar bancando a anfitriã, enquanto Poncho e o amigo terão discussões intermináveis sobre negócios. E, como ambos estão envol¬vidos na indústria de turismo, é provável que não saberei o que falar na maior parte do tempo.
- Deve haver uma solução, Annie. É uma loucura forçar você a recepcionar esse tal Christopher Uckermann, quando na verdade sou eu quem quer resolver assuntos com ele. Aquele projeto dele não pode ser realizado em Pearl Coast. Sou favorável ao progresso, contudo os planos não são adequados a uma das regiões mais belas e intocadas de nosso reino. Imagine só instalar um resort lá! Que loucura!
- Não se trata de um simples hotel, Dulce. Christopher tem a reputação de construir lugares capazes de atrair gente muito rica, graças a seu bom gosto. Pelo que Poncho me disse, Christopher escolheu Pearl Coast justo por ser um lugar lindo e exótico.
- É o tipo de empreendimento que atrai novos-ricos, como o próprio Sr. Christopher Uckermann - Dulce murmurou com desdém. - E, desde que ele anunciou seu projeto, não paro de vê-lo nas manchetes de colunas sociais dos jornais da Europa.

"Quase sempre ao lado de uma mulher estonteante", lem¬brou-se. Também lera algo a respeito de uma ex-esposa na Austrália. A fama de playboy de Christopher, aliás, fora o motivo que fizera seu tio superprotetor aconselhá-la a evitar ser vista ao lado do homem.
Foi então que uma idéia ocorreu a Dulce.
- Quer mesmo ir para Paris com Poncho, não é, Annie?
- Mais do que tudo, mas isso não será possível.
- Talvez seja. Você me disse que nunca encontrou Christopher Uckermann frente à frente, não disse?
A amiga meneou a cabeça.
- Ele e Poncho cursaram a faculdade juntos. Depois disso, Poncho veio para cá passar férias, casou-se comigo e nunca mais voltou para a Austrália. Christopher já esteve em Sapphan, claro, mas por um motivo qualquer sempre aca¬bávamos nos desencontrando. Devia ter vindo para nosso casamento, mas acabou ficando detido no meio do Atlântico quando participava de uma competição de iatismo e não compareceu à cerimônia. Embora Poncho tenha ficado tão desapontado quanto eu sobre nossa segunda lua-de-mel, acho que gostou de saber que, enfim, vou conhecer seu amigo.
Ela caminhou até um mural onde havia várias fotos pre¬paradas. Uma delas era a da festa de formatura de Dulce. Annie retirou uma fotografia e estendeu-a à princesa.
- Esta foi feita no último ano em que os dois competiram na regata de Sydney a Hobart.
O retrato mostrava dois homens segurando cordames no deque de um belo iate de competição, e Dulce foi tomada por uma estranha sensação ao olhar para o homem ao lado de Poncho. O marido de Annie era muito alto, com cerca de um metro e noventa, mas o outro homem era ainda maior, de cabelos castanhos clareados pela ação do sol. O vento fizera as cabeleiras de ambos ficarem desalinhadas, mas os de Christopher, mesmo assim, pareciam assentar-se de forma impe¬cável. Seus ombros poderiam habilitá-lo a carregar o mundo sem ajuda, e o peito e os braços fortes faziam-no exalar masculinidade por todos os poros.