Fanfics Brasil - Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy

Fanfic: Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy


Capítulo: 20? Capítulo

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 Capítulo 10

A tarefa de Dulce parecia simples. Bastava manter-se afastada de Christopher até que o médico o considerasse curado. Porém, não imaginava que seu hóspede tor¬naria aquilo tão difícil. A princesa não sabia explicar o motivo, mas Christopher não perdia uma só oportunidade de galanteá-la.
Gestos pequenos, como colocar uma flor no lugar dela à mesa, faziam parte da campanha de sedução. No começo, Dulce nem conseguia entender como ele se deslocava tanto pelo palácio, ferido como estava. Então, numa manhã, surpreendeu a própria criada colocando uma rosa ao lado de sua cama com um bilhete de Christopher escrito a mão. Como um experiente pirata do amor, ele provocara um verdadeiro motim no palácio, fazendo toda a criadagem passar para seu lado.
- Por que está ajudando o Sr. Uckermann, Mia? - ela perguntou à criada.
A mulher corou.
- Ele é tão charmoso, Alteza! É muito romântico ver um homem tão apaixonado.
Charmoso, sim. Romântico, sem dúvida. Mas apaixonado?
Era impossível, já que Christopher pretendia continuar vendo outras mulheres depois do matrimônio.
- O Sr. Uckermann não me ama. - Dulce pegou a flor perfeita. O perfume envolveu-a numa névoa de sensualidade. - Isso é apenas um jogo para ele.
E o prêmio, claro, era a própria princesa. A criada franziu as sobrancelhas.
- Sinto muito se a incomodei, Alteza. - Dulce não queria ser injusta com Mia .
- Tudo bem. Sei que o Sr. Uckermann pode ser bastante persuasivo. No entanto, deixará o palácio em breve, por isso não vejo nenhum mal em prosseguir com a brincadeira.
A sós, Dulce retirou o bilhete da rosa e leu. A mensagem dizia: "Encontre-me no jardim para o jantar".
Jantar no jardim? Será que Christopher conseguira fazer o chef juntar-se a ele também?
Mesmo sem querer, a princesa suspirou, com ar sonhador, ao pensar na atmosfera romântica que aquela ocasião ofereceria. À noite, o perfume das rosas podia mostrar-se um poderoso afrodisíaco...


Mais um truque de Christopher, claro! Aquilo não podia continuar. Irritada, Dulce voltou à realidade.
Christopher estava no terraço, como sempre, trabalhando no computador. Ao notar a aproximação da princesa, ergueu a cabeça e sorriu. Dulce colocou a flor sobre o teclado.
- Isto tem de parar.
O olhar dele era a própria inocência personificada.
- Você não gosta de rosas? Disseram-me que era sua flor favorita...
- Esse é o problema. Andou pesquisando todas minhas preferências, não é? Da mesma forma como fez em relação a Sapphan antes de vir para cá. Acontece que não quero ser mais um de seus projetos!
- O que quer ser, Dulce?
- Desejo que me deixe em paz. - Mesmo aos ouvidos da princesa, a frase soou pouco convincente. - Por que está tão determinado a me possuir se não significamos nada um para o outro?
Christopher deixou o aparelho e segurou a rosa entre os dedos longos.
- Casamentos acontecem por muitos motivos. Entre eles, acordos de negócios.
- Isso é tudo o que sou para você?
O olhar intenso de Christopher fixou-se no dela.
- Seja lá o que for que exista entre nós, vai bem além disso, e ambos sabemos muito bem. Não existe outro homem em sua vida, e você nem quer que isso ocorra. O rei ficará preocupado enquanto sua querida sobrinha não estiver bem casada. Então, por que não comigo?
Dulce engoliu em seco.
- Você faz tudo parecer tão simples...
- E é simples. Por que não diz simplesmente "sim"?
– Em Sapphan, um enlace não requer mais que o consentimento mútuo entre as duas partes. Se eu dissessem "sim" neste momento, me tornaria sua esposa perante a lei.
Os olhos dele brilharam de súbito.
- Isso não tinha me ocorrido...
- Tenho certeza de que não. Vi o doutor chegando logo depois do café. O que ele disse sobre suas costelas?
- Que se recuperam de acordo com o previsto. Já não preciso mais tomar analgésicos, mas ainda terei de permanecer alguns dias em repouso.


Então a tortura ainda não terminara. Dulce queria ficar nervosa, mas, a despeito disso, sentiu um incrível prazer. Aquilo significava que Christopher ficaria no palácio por mais tempo.
- Certo. Então nos encontraremos no jardim para jantar. - Dulce acreditou que estava ficando louca. Estar com ele naquele lugar era como brincar com fogo. A única diferença é que as chamas do desejo eram muito mais atrativas.
- Maravilhoso! Seu chef ofereceu-se para preparar alguns pratos australianos, só para variar. Acho que você vai gostar.
Pão e água seriam o bastante na companhia daquele homem...
- Vim lhe perguntar se não gostaria de jogar uma partida de xadrez, Christopher.
- Obrigado, mas o doutor disse que estou em condições de fazer um passeio de carro, por isso planejo ir até o canteiro de obras do resort. - Embora fingisse naturalidade, não conseguiu esconder uma fisgada de dor quando ergueu o corpo. - Tenho alguns assuntos importantes para resolver lá.
- Christopher, você não pode. Eu o proíbo.
Um sorriso indecifrável curvou os lábios dele.
- Parece que ainda não perdeu a mania de me dar ordens, Alteza. De qualquer forma, já decidi que irei.
O queixo dela ergueu-se, altivo.
- Então vou acompanhá-lo.
- Claro que não. Acha que preciso de babá, Dulce?
"Mais do que imagina", Dulce pensou, com um sorriso.
- Como conselheira oficial do projeto, tenho todo o direito de ir.
Christopher encarou-a, desanimada.
- Bem... que escolha eu tenho? Diga a Eddy para nas encontrar na portão leste em meia hora.
- Vau me trocar, e encontra você lá.
Quando viu Dulce avançando pela corredor com seu sarongue colorida, Christopher sorriu. A estampa da seda era belíssima, e combinava com perfeição com a blusa que ela usava. Um pequeno sapo estava bordado na boalsa.
- Você devia usar essa estampa mais vezes, Dulce. Ela lhe cai muita bem.
- Obrigada.
- O que representa a sapo? - ele perguntou quando já estavam a caminho.


Eddy, muito discreto, levantara a divisória de vidro da limusine para dar-lhes maior privacidade. Dulce achava ridícula, mas pelo jeito seu guarda-costas também acreditava que Christopher a amava.
- É uma piada de família. Quando eu era criança, disse a meu tio que teria de beijar muitos sapos antes de encontrar um verdadeiro príncipe. Agora, ele não me deixa mais esquecer isso. Adora me dar todo tipo de coisa com figuras de sapos.
- Fez mesma isso?
- Fiz o quê?
- Beijou muitas sapos? Evidente que ainda não encontrou seu príncipe.
Ela suspirou sem querer.
- Acho que nunca encontrarei.
Óbvio que a tal príncipe jamais seria Christopher. Sendo assim, então, o que ele significava em sua vida? Achar a resposta não era nada fácil.
Os dois ficaram em silêncio durante o resto do trajeto, mas Dulce sentia-se muito perturbada com a presença dele a seu lado. Fazia muita tempo que não se tocavam, e a lembrança de um beijo da passado insistia em assombrar a mente da princesa.
Quando chegaram a Cristal Bay, ela queria tanto abraçá-lo que chegou a sentir dor. Par sorte, estavam na companhia de Eddy, ou a princesa teria feito algo muito estúpido.
Dulce ficou feliz par poder observar a atividade dos operários. Aquilo ao menos servia para distraí-la, fazendo com que esquecesse aqueles pensamentos confusos par algum tempo.
- Nossa! O trabalho avançou muito - Dulce se espantou. Uma semana antes, aquilo tudo não passava de um descampado, mas agora as pisas e estruturas de metal já podiam ser vistas por todos os lados. Dulce reconheceu alguns aldeões entre os operários e olhou, surpresa, para Christopher.
- Você está mesmo empregando os moradores do vilarejo?
- Eu lhe disse que faria isso, Dulce. Também estamos pensando em mudar a central de tratamento de perolas para o resort. A administradora adorou a idéia.
- Seus funcionários parecem felizes - a princesa admitiu, com relutância, instantes depois.


- Parece surpresa. O que esperava? Escravos amarrados em correntes? - Christopher zombou. Mesmo assim, havia um traço de censura em sua voz.
- Clara que não. Só não esperava que os aldeões ficassem tão contentes com a construção do resort.
A resposta satisfez Christopher.
- Estão alegres porque agora têm um futuro. Os mais velhos sabem que os filhos não terão de partir em busca de trabalho. Você é a única pessoa em toda a província que parece ter problemas para entender isso.
Porém, Dulce sabia qual era o verdadeiro problema. Seus olhos lhe diziam que Christopher estava certo, mas admitir aquilo seria derrubar a última barreira que ainda os colocava em lados opostos, E tal perspectiva a aterrorizava.
- Eu não...
Christopher não a deixou terminar.
- Venha comigo.
Tomando-a pela mão, conduziu-a através de uma trilha que adentrava na floresta. Pouco depois, pararam diante de um prédio quase finalizado. Dulce reconheceu a construção na mesma instante.
- O chalé nupcial?
Par que Christopher a levara até aquele lugar?
- Não possa ficar hospedada para sempre em seu palácio, nem na villa. Esse chalé vai servir como meu quartel-general até que meus aposentos definitivos estejam pronto.
- Por que me trouxe aqui?
- Eu esperava que...
A frase ficou no ar. Será que imaginou que a simples visão daquele prédio pudesse fazer Dulce mudar de idéia? Bem, pelo menos era um lugar muito atraente, tinha de admitir.
- É muito bonito aqui. - Dulce conteve um suspiro desanimado ao imaginar a suíte sendo utilizada de acordo com os propósitos para os quais fora projetada. - Tudo bem, admito que o projeto pode ser mais útil para a região do que pensei no princípio.
Christopher caminhou até a cozinha, que era separada do ambiente apenas por um balcão.
- Quer um pouco de chá, princesa?
Um homem rude teria aproveitado o fato de ela baixar a guarda, mas não Christopher. Dulce podia ser mais gentil com ele agora.


- Sim, muito obrigada.
Os movimentos lentos de Christopher lembraram-na de que ainda não estava totalmente recuperado. Dulce avançou para a cozinha bem depressa.
- Deixe-me fazer isso. Você deve repousar.
- Estou bem.
- Ora! Não levei uma vida tão inútil quanto você parece pensar, Christopher. Sou capaz de fazer chá.
Observando-a com um sorriso nos lábios, Christopher assentiu. Pouco depois, estavam sentados frente a frente na sala de estar.
- Acho que nós dois precisamos rever certos preconceitos, Dulce.
- Sinto muito por tirar conclusões precipitadas sobre o resort.
- Compreendo seus motivos, mas precisa entender que eu também tenho o maior interesse no desenvolvimento desta região. Quando vi este lugar pela primeira vez, imaginei que era o tipo de recanto no qual gostaria de passar o resto de minha vida.
- E agora?
Erguendo a cabeça, Christopher encarou-a.
- Essa idéia fica cada vez mais atraente.
Aquele ambiente fora desenhado para a intimidade. Os sentidos de Dulce começaram a ficar obscurecidos. Era fácil imaginar o que poderia acontecer se permanecesse muito tempo a sós com Christopher naquele recanto de sedução. Por um instante se arrependeu por ter mandado Eddy esperar no automóvel.
- Christopher.
- Dulce.
Sem fazer cerimônia, Christopher levantou-se e tomou-a nos braços, beijando-a com uma avidez ainda maior do que das vezes anteriores.
As mãos fortes acariciavam todo o corpo escultural da princesa, que, sem fala, abandonou-se de encontro a ele. Em se¬guida, os beijos começaram a descrever uma trilha pelo rosto de Dulce, passando pelos olhos, testa, descendo pelo pescoço...
Ela conheceu um momento de pânico.
- Christopher, eu não penso que isso...
Os lábios dele silenciaram-na em outro beijo ardente.
- Então não pense. Apenas sinta. Até mesmo uma princesa sabe como fazer isso, não é?


Afastando-se por um momento, Christopher foi até a porta e girou a chave. O medo de Dulce aumentou.
- Mas por que...
- Você deve apenas sentir, Dulce. Lembra-se?
Seguiu-se uma nova série de beijos e carícias quentes. No começo, a princesa entregou-se por inteiro, mas em determinado momento Christopher sentiu que toda ela ficava rígida. Dulce estava nervosa, e aquilo só piorou quando, encaran¬do-a preocupado, Christopher deu um passo para trás.
- O que foi, Christopher? Está sentindo dor outra vez?
- Um pouco, mas isso não importa. - A expressão dele era séria. Houve uma pausa desconfortável, durante a qual parecia escolher palavras para dizer algo. Enfim, veio a pergunta fatal: - Essa é sua primeira vez, não é?
Aos poucos, Dulce compreendeu a situação. Os ferimentos não constituíam problema para Christopher. Ela era o problema.
- Todo mundo tem uma primeira vez.
Ele se deixou despencar sobre uma poltrona, apoiando os cotovelos nos joelhos.
- Não comigo... Ou, pelo menos, não deste jeito.
Só havia outra conclusão possível para a princesa. Sua inexperiência o desapontara.
- Pensei que queria se casar comigo, Christopher.
- Eu queria. E ainda quero. Mas nunca tinha imaginado que... - A voz de Christopher falhou, sendo substituída por um gemido desanimado.
- Pudesse existir uma virgem de vinte e seis anos? - Dulce não conseguia conter a amargura.
- Em seu mundo, devo ser comparada a um dinossauro, não é?
- Esse não é meu ponto de vista. Somos bastante diferentes, mas até agora não tinha imaginado o que isso podia significar. É claro que você não poderia ser experiente com os homens. Caso contrário, seria o prato predileto dos jornais de escândalos por aqui.
Aquilo não mudava os fatos. Dulce não estava à altura das mulheres que Christopher conhecera. O pensamento a amargurou.
- Sinto muito se o decepcionei.
Christopher a fitou, aturdido.
- A culpa não é sua. Desapontei a mim mesmo. Isso não devia ter acontecido, Dulce.


- Então creio que nós dois devemos ficar gratos aos céus... - Ela ajeitou os cabelos e começou a caminhar para a porta. - Acho que já é hora de voltar para o palácio.
"Para minha torre de marfim."
Christopher estava certo, ela fazia parte de outra realidade. Mesmo assim, jamais se sentira tão solitária em toda a vida.


Comentem plixxx *-*


 


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Autor(a): natyvondy

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Comentários da Fanfic 601



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  • PatyMenezes Postado em 12/07/2011 - 17:44:33

    Oii. Te mandei um recado no tumblr, mas você não respondeu :/
    Estou tentando me comunicar com você ... Quero saber se você abandonou a web ... e se abandonou me daria autorização para postar o final aqui no site ?
    Boom ... espero que você volte a postar e que entre em contato comigo.
    msn : webnovelaspaty@hotmail.com

    beijo.

  • jujuvondy Postado em 01/05/2011 - 21:56:29

    Cade vc?
    FAz anos que não posta! kkk
    Volta! não abondona não!

  • jujuvondy Postado em 01/05/2011 - 21:56:28

    Cade vc?
    FAz anos que não posta! kkk
    Volta! não abondona não!

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

    Contanto que você poste mesmo demorando, eu espero *------------*
    E só pra não perder o costume ...

    Posta mais >.<

  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

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  • moreninhavondy Postado em 19/02/2011 - 14:15:22

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    E só pra não perder o costume ...

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  • natyvondy Postado em 19/02/2011 - 13:38:59

    vou demorar muito ainda pra conseguir postar aqui... desculpa mesmo!!!

  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:27

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  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:27

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  • jujuvondy Postado em 07/02/2011 - 21:04:26

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