Fanfic: Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy

Isso o fizera decidir instalar-se na área central da casa, pelo menos por enquanto. Se Annie retornasse nesse meio tempo, não teria nenhum problema em instalá-lo no outro lado da casa.
Mais um olhar para a fotografia o advertiu de novo a manter uma distancia segura da mulher do amigo.
Christopher sorveu mais um gole da forte cerveja local que Poncho deixara na geladeira. Não se incomodava de ter de se servir, porém, achava estranho não ter encontrado nenhum criado na propriedade.
Encolhendo os ombros, imaginou que devia ser um costume sapphanês dar folga aos empregados quando o chefe se ausentava.
Lá fora fazia muito calor. O final da estação seca prenunciava-se, e a umidade do ar era quase insuportável.
Christopher terminou a bebida, levou o copo vazio para a cozinha e foi até a piscina, na qual existia uma agradável cascata.
Depois da reação que tivera diante da foto de Annie, sabia que precisava de água fria. Instantes depois, já es¬tava mergulhando.
Seu corpo musculoso cortou a superfície, dirigindo-se ao fundo da piscina como um torpedo. Sim, era daquilo mesmo que precisava...
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Dulce ouviu um ruído vindo da piscina e sentiu um arrepio na espinha. Agora que chegara o momento, tinha vontade de fugir dali antes que Christopher soubesse de sua presença.
Ele aceitara seu bilhete falso sem discutir, e acreditava que Poncho tinha viajado para cuidar de importantes negócios. Bem, isso não era uma mentira completa, pois se tratava de uma viagem importante, afinal, pois Annie e Poncho, naquele momento, desfrutavam de uma segunda lua-de-mel em Paris. Para completar a trama, aliás, Poncho também recebera uma mensagem, informando que Christopher Uckermann chegaria a Sapphan com duas semanas de atraso.
Ainda havia tempo para mudar de idéia, dizia a si mesma, ao caminhar com passos hesitantes na direção da porta francesa. Mas primeiro preferiu dar uma boa olhada em seu adversário.

Christopher não a ouviria, decerto, pois estava debaixo da queda d`água. No entanto, mesmo assim Dulce moveu-se com cau¬tela, tomando cuidado para posicionar-se num local de onde não pudesse ser vista.
O efeito da imagem de Christopher foi instantâneo e elétrico. Quan¬do ele saiu da água e sentou-se na borda, Dulce concluiu que jamais vira formas masculinas tão perfeitas, a não ser nas estátuas que decoravam os salões do palácio real.
Christopher usava uma minúscula sunga cor de salmão, e seu bronzeado australiano brilhava sob o sol sapphanês. A pos¬tura ereta era típica dos atletas. Christopher era iatista, Dulce ouvira falar. Porém, mais parecia um bucaneiro do passado, ou então um pirata moderno.
Dulce conteve a respiração, sentindo o coração disparar. No que lhe dizia respeito, Christopher Uckermann era mesmo um corsário, tão pernicioso à bela costa de seu amado país quan¬to os temíveis bucaneiros de outros tempos.
Mesmo assim, tendo-o diante dos olhos, compreendeu, enfim, por que, muito tempo antes, mulheres apaixonavam-se por pi¬ratas e aceitavam segui-los em viagens de aventura pelo mar.
Então, Christopher levantou-se e balançou a cabeça, com vigor, estendendo o braço para apanhar a toalha.
Dulce nunca encontrara Christopher Uckermann antes, mas mesmo assim aqueles olhos pareciam-lhe tão familiares...
Era uma loucura, disse a si mesma. A não ser pelos retratos de jornais e o que Annie lhe mostrara, sabia muito pouco sobre o passado dele. Seus caminhos jamais tinham se cruzado. Então, por que será que tinha aquela sensação de familiari¬dade, como se estivesse diante de um antigo namorado?
Tentou afastar tais conjecturas. Christopher era o inimigo, e por isso não podia permitir que fantasias tolas interferissem em sua missão.
- Tudo bem, pode se juntar a mim. Juro que não mordo. - Perdida em seu sonho romântico, Dulce ficou surpresa ao ouvir a voz dele. O tom era grave, com um indiscutível sotaque australiano.

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bjix da Naty