Fanfic: Uma princesa e um playboy - adaptada - vondy

WOW!!! ME ASSUSTEI COM O NÚMERO DE COMENTÁRIOS :)

Obrigada a PatyMenezes e a Jujucalcvu, se mais alguém comentou desculpa mas eu não vi, mas mesmo assim obrigada :)

PatyMenezes: como assim a última virgem??

O pânico tomou conta dela. Devia ir embora naquele momento. Ainda não trocara uma palavra sequer com Christopher Uckermann, afinal, e talvez seu tio Otávio perdoasse seu comportamento, classificando-o como simples curiosidade feminina.
Claro que o rei não a proibira oficialmente de encontrar Christopher, mas, mesmo assim, Dulce se sentia uma traidora. Otávio a advertira contra o australiano, pois queria vê-la comprometida com Pablo Lillé. E se ela não encontrasse Christopher Uckermann, jamais seria capaz de fazê-lo desistir de seus planos "progressistas".
De qualquer forma, naquele momento, Dulce não era Sua Alteza Real, a princesa Dulce Saviñón, e sim Annie Herrera, a esposa de um velho amigo dele. O pensamento a fez re¬cuperar a coragem e, ajeitando o colorido sarongue que ves¬tia, resolveu avançar alguns passos.
- Boa tarde. Deve ser o Sr. Uckermann. - Christopher se aproximou, estendendo-lhe a mão.
- Olá. Sei que você é Annie, a mulher de Poncho. Reconheci-a por causa de sua foto.
O toque dos dedos longos e fortes a fez estremecer.
- Foto? - Por um instante, Dulce não conseguiu entender sobre o que Christopher Uckermann falava.
- Sim. Naquele mural da biblioteca. - Sorriu. - Acho que era algum tipo de festa de formatura.
Ligando os fatos, Dulce quase suspirou de alívio.
- Ah... O retrato foi feito quando me graduei em admi¬nistração de empresas na Universidade de Andaman - murmurou, feliz por poder dizer a verdade pelo menos uma vez.
- Ora, ora! Então, além de bela, também é inteligente. Estou impressionado.
Christopher inclinou-se e beijou-lhe a mão. Foi um cumprimento formal, e talvez até mesmo antiquado. A reação dela, entretanto, foi bem diferente.
Christopher percebeu isso, pois apressou-se em soltar Dulce.
- Não quero que tenha uma impressão errada de mim, Sra. Herrera.
- Pode me chamar de Annie, por favor. - Horrorizada; Dulce notou o quanto sua voz estava trêmula.

- E você pode me chamar de Christopher. Tenho certeza de que Poncho deve ter lhe falado sobre minha... reputação. Mas posso garantir que, mesmo que eu mereça alguns cré¬ditos, mantenho-me a distância de mulheres casadas. Caso contrário, ele mesmo não teria confiança em me hospedar aqui enquanto está viajando a negócios.
- Claro.
Mas a afirmação de Christopher só fez aumentar o temor de Dulce. Como pudera se colocar numa situação tão perigosa? Fora ela mesma, aliás, que encorajara Annie a dar folga aos criados para poder ficar a sós com Christopher.
Até mesmo Eddy, seu guarda-costas particular, voltara para casa a seu pedido. Dissera a Eddy que pretendia passar a noite na villa dos Herrera, o que era verdade. Por sorte, não ocorrera a ele checar se os Herrera estavam em sua residência. Eddy pensava que Dulce se encontrava em completa segurança, e só voltaria para buscá-la na tarde seguinte.
- O recado de Poncho dizia que passaria alguns dias na capital, Annie. Deve estar cansada por causa da viagem. Por que não se junta a mim na piscina? De acordo com seu marido, você nada como um peixe e gosta de passar a maior parte do tempo na água.
Annie era assim mesmo. Dulce também gostava de nadar, claro, mas a simples idéia de ficar seminua diante daquele homem fez seus joelhos tremerem.
- Acho que não estou com muita vontade hoje, Christopher.
- Então, acho melhor me vestir para entrar com você na casa. Seria muito indelicado de minha parte deixá-la sozinha, e não posso me permitir isso.
Dessa vez, o pânico dominou-a de forma diferente. Com Christopher dentro da casa, as paredes iriam sufocá-la e o teto ia parecer mais baixo.
O culpado disso devia ser o ar de autoridade que Christopher exalava por todos os poros. Era fácil ver por que ele era bem-sucedido nos negócios: irradiava o mesmo tipo de plácida segurança que seu tio, o rei. Otávio Saviñón, apelidado de "Falcão" pelos próprios assessores e adversários políticos, possuía a mesma capacidade de dominar um ambiente apenas entrando nele.