Fanfic: DDP -> DiFeReNtE dO pAdRãO!!! - 1°/2°/3°/4° Fase (TV ABREV - Novela 04) (FINALIZADA)

Raimunda cancelou as aulas para os turnos seguintes ao da tragédia, vigorando a regra para o dia seguinte também. Generosa, passa a noite inteira no velório de Pri para amparar a família desolada.
O enterro de Priscila foi marcado para as 10 da manhã da quinta feira. A mídia mandou repórteres para cobrir o evento. Ainda não descobriram quem atirou na garota.
Os colegas de classe de Pri marcam forte presença no enterro e até se prontificam de ajudar o pai da garota a levar o caixão até onde será sua morada final.
Priscila era uma garota eclética, mas no momento estava viciada em ouvir a banda CPM 22, tanto que antes de jogarem terra em cima da urna funerária, Julia, com os olhos marejando, começa a cantar uma música e Paloma, emocionada, a auxilia:

Julia: - O mundo está mesmo louco...

Paloma:- Pra que te levar assim?

Jovens:- Sem ao menos me dar um tempo, terminar o que não teve fim...Não dá mais para aguentar, aonde isso irá chegar?Por causa de um erro de alguém, sem um porque, se é que existe um porque...

Os pais de Priscila, chorando abraçados, se lembram da garota ainda pequena, dando seus primeiros passos, falando pela primeira vez, no primeiro dia de aula na escolinha. Otavio e Regina relembram o sorriso largo e contagiante da filha mais velha e principalmente dos momentos alegres com Julia e Paloma. Inevitavelmente conhecem a música que Julia e Paloma estão cantando porque Priscila vivia ouvindo CPM 22.
A canção em questão, para quem não sabe, chama-se Amigos perdidos. ;)

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Os telejornais mostram o enterro de Priscila e cobram justiça. Eny está almoçando na casa de Ofrásia e assiste ao noticiário local, mas não faz ideia de que seja Márcio o assassino:

Repórter:- A jovem Priscila Aparecida de Castro, de apenas 16 anos, estudante do colégio C.E.P.E.M., queria ser professora de Educação Física e era fã da banda CPM 22...

Ofrásia:- Vê isso, Eny?Uma menina tão novinha morreu baleada...

Eny:- Que horror mesmo!Tão jovem...

Ofrásia:- Ela era da sala do Márcio, segundo o que a Van contou...

Eny:- Por isso meu jaburuzinho tava tão abatido. Imagina só, ver a coleguinha morrer na frente dele e não poder fazer nada.

Ofrásia:- Se ele não entrasse na onda da Vanessa, eu até concordaria com o que está dizendo.

Eny:- O Darci e eu o criamos tão bem, damos bom exemplo e sabemos que apesar de ele estar confuso com essa história de querer ficar rico, é um bom menino.

Ofrásia:- Mas ele e a Vanessa são responsáveis por aquela bagunça que aconteceu esses dias lá na escola, tanto que a Van foi presa...

Eny (com as mãos na boca):- Presa?

Ofrásia:- É, mas já soltaram. Sem provas, é inútil acusar alguém, mas de qualquer forma, o recado que fica pros nosso filhos é que briga nunca é um bom negócio...

Eny:- Meu jaburuzinho sabe disso.

Ofrásia se lembra de que na madrugada de quarta-feira despertou com a chegada barulhenta de Vanessa, que logo em seguida saiu de casa e chamou Márcio, que pediu emprestado um revólver a Piolho:

Vanessa:- Quero que você estoure os miolos daquela vadia.

Márcio:- Com o maior prazer...

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Márcio está foragido. Julia só chora, o mesmo faz Paloma, sem saber como será sua vida sem Pri ao lado, aliás, a separação dói mais a Paloma por causa do relacionamento entre ambas.
Rodrigo está cabisbaixo, abalado e nem do quarto quer sair, mas Arlete respeita o momento difícil do filho e não o enche de perguntas.
Guilherme, normalmente um garoto emocionalmente equilibrado, está depressivo.
Renata não sente ânimo para ver pegadinhas e a culpa pela morte da colega a atormenta e ainda sem seu diário, escreve seus sentimentos numa folha de fichário:

Renata:- Talvez a Vanessa tenha mesmo razão: eu sou uma assassina!Sou tão culpada pelo que houve quanto ela e o Márcio, pois tive a prerrogativa de não levar a briga adiante e não só levei como permiti que uma colega inocente fosse punida por um crime não cometeu. Não foi por falta de aviso porque mamys me disse pra não brigar, a Raimunda tentou até fazer palestra, mas parece que foi preciso a Priscila morrer pra todos entenderem que não se deve alimentar a violência...

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Os pais de Priscila, desde que foram informados do acidente com a filha, não haviam pisado em casa e quando o fazem, é como se o ambiente estivesse completamente vazio, sem a jovem vida que transcendia alegria e esperança de dias melhores. Otávio e Regina relembram a discussão que os fizeram afastar-se de Pri, sem saber, logicamente, que estes seriam os últimos dias de vida da garota:

Priscila:- Eu sou lésbica...

Os pais da garota sentem-se culpados por não conseguirem tê-la convencido a faltar aula no dia anterior e não conseguem tirar da cabeça a imagem de Priscila de maria-chiquinha no cabelo usando uma regata branca em sinal da paz que tanto queria ver novamente no colégio.

Otávio:- Foi nossa culpa, Regina.

Regina:- Eu não devia ter falado com ela daquele modo tão grosseiro. Fosse o que fosse, o mais importante é que ela era nossa filha e o amor era incondicional...

A dor deles é maior ao abrirem a porta do quarto de Priscila e verem o recinto do modo que ela deixou antes de sair para a morte. Otavio e Regina desmoronam de tristeza.