Fanfic: DDP -> DiFeReNtE dO pAdRãO!!! - 1°/2°/3°/4° Fase (TV ABREV - Novela 04) (FINALIZADA)

Rodrigo, como havia prometido a Ricardo, não conseguiu telefonar a Julia, mas ao encontrá-la no ponto de ônibus, resolve ir cumprimentá-la:

Rodrigo:- Oi?

Julia:- Oi...

Rodrigo:- Que sorte termos pegado o mesmo ônibus...Eu...Eu queria muito trocar uma ideia com você.

Julia:- Não precisa pedir desculpas por nada.

Rodrigo:- Claro que preciso. Aliás, preciso falar com você sobre nós dois...

Julia:- Não existe mais `nós dois`. Acabou!

Rodrigo:- Você ainda ta chateada comigo?

Julia:- Não to chateada com ninguém.

Rodrigo:- Tudo que eu disse aquele dia foi porque eu estava com raiva...

Julia:- Você tava com raiva de mim?

Rodrigo:- Não...

Julia:- Por que não para de se contradizer, Rodrigo?Uma hora diz que perto de mim se sente culpado por estar vivo, que tem raiva e logo em seguida desmente tudo. Qual é?Se você ta perto de mim e tem esse tipo de sentimento é porque não gosta de mim do jeito que eu gosto de você, não se sente bem comigo ao lado...

Rodrigo:- Claro que me sinto.

Julia:- A palavra depois de dita não pode ser devolvida. Você me deixou claro naquela discussão o que sentia por mim...

Rodrigo:- Mas você me disse que ainda gosta.

Julia:- Sei lá. Não sei se vale a pena investir em alguém que não me dá o valor que eu realmente mereço.

Rodrigo:- Eu falei aquilo por falar, só isso. Não quero que guarde ressentimentos...

Julia:- Só que antes de falar por falar, pense, pois dependendo do modo com que fala as coisas, pode acabar magoando pra sempre quem te ama. Depois não adianta flor nem cartão pedindo perdão, já era.

Rodrigo:- Eu só tenho 16 anos, Julia. Eu gostaria de ser maduro como você, mas não sou. Eu erro, sim, erro, mas quero aprender pra acertar um dia. Sei que não deveria ter gritado com você, estou arrependido, mas poxa, eu estou apaixonado por você, só venho à escola com ânimo porque sei que estamos na mesma classe e só de estar perto de você é o bastante pra não desligar o despertador, pra aguentar as aulas chatas. Eu não sou um menino perfeito, gostaria de ser, mas não sou. Pisei na bola, mas quero ser perdoado, te ter ao meu lado outra vez porque toda vez que você sorri, meu mundo fica todo iluminado, pronto pra encarar o que vier. Quando você se zanga comigo, me deixa na escuridão tentando encontrar respostas, mas nem ao menos sei as perguntas e perdido me afundo mais ainda, implorando por você, lutando contra a correnteza, em meio ao medo constante da perda...

Julia:- Gostei do poeminha, mas preciso de um tempo...

Rodrigo:- Quanto tempo?

Julia:- Eu não faço ideia, Rodrigo. Não me pergunte.

Rodrigo:- Eu te dou todo tempo do mundo, embora minha vontade seja poder voltar no tempo e ter apagado aquele maldito intervalo...

Julia:- Não se pode voltar no tempo...

Rodrigo:- Então tenho que me conformar em te perder?

Julia não consegue responder, pois ainda ama Rodrigo tanto quanto antes, mas não quer aceitar o pedido de perdão do garoto por puro orgulho.

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Renata parece mais tranquila porque espera rever Cadu, já que gostou muito de conversar com o primo de Gui.
Por ser 01 de Abril, Guilherme, roqueiro de camisa, entra sério na sala de aula e encontra Tita o esperando como em todos os outros dias. Eles se cumprimentam com um selinho:

Guilherme:- Tenho uma revelação a fazer.

Renata (confusa):- Qual?

Guilherme se senta ao lado de Tita, ternamente coloca os braços em volta dos ombros da amada e confessa:

Guilherme:- É o seguinte, Tita. Essa vida do rock não é pra mim. Tô fora dessa...

Renata:- Não é mais roqueiro?

Guilherme:- Rock?Que diabos é isso?Humpf?

Renata:- Ah que pena...

Guilherme:- Sou um ex-roqueiro...

Renata:- Vai ser difícil me acostumar com o novo Gui...Você e o rock casam tão perfeitamente.

Guilherme:- Pois vá se acostumando. Roqueiro ou não, continuo Guilherme.

Renata:- Tem razão...

Renata ainda não percebeu nada de diferente no semblante do namorado, mas uma pequena pausa faz Guilherme explodir na risada:

Guilherme:- HAHAHAHAHAHA...PRIMEIRO DE ABRIL!

Renata:- Você tava mentindo?

Cadu, que já sabia da pegadinha com Tita, entra na sala e azucrina o primo:

Cadu:- Muita verdade é dita em tom de mentira.

Guilherme faz o sinal de banana para Cadu:

Guilherme:- Aqui, ó.

Renata:- Só vocês pra movimentarem essa sala.

Cadu:- Você viu as pegadinhas ontem, Tita?

Renata:- Vi...

Cadu:- Quase tive um treco com aquele cara... Você viu?

Renata:- Qual era a dele, afinal?

Cadu:- Qualquer dia desses você pode ir lá em casa assistir com a gente. Vai ser um prazer imenso...

Guilherme:- Temos que arranjar uma mulher pra esse aqui em caráter de urgência...

Cadu (pensa):- Ela está bem ao meu lado. Pra que procurar?

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Cristina está se sentindo sozinha sem Márcio por perto. Embora saiba que o namorado é o assassino de Pri, não o teme nem guarda mágoa. Em sua idealização de adolescente apaixonada, Márcio é um príncipe e sua vida
só passou a fazer sentido quando se apaixonou por ele.
Cris é correspondida por Márcio e por enquanto namora às escondidas dos pais porque sabe que Alfredo e Luciana
odeiam o genro.
Enquanto relembra os beijos do amado, Cristina mal presta atenção na aula. A carteira vazia ao seu lado só a faz
piorar e não quer comer. Seu plano para emagrecer continua firme e forte.

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Julia passa o intervalo lanchando sozinha, pois Andréa ou passa na biblioteca ou conversando com Paula, com quem está tendo uma grande amizade. Hoje Paula e o restante dos professores foram convocados para uma reunião.
Já dispensados, Edu e Paula fazem um pequeno lanche para aguentarem até o almoço e sentados juntos, o pai de Julia e Andréa resolve tomar iniciativa e chamar Paula para um happy hour:

Eduardo:- Tem algum compromisso marcado pra hoje?

Paula:- Pra hoje não.

Eduardo:- A proposta para tomarmos café juntos está em cima?

Paula:- Sempre esteve.

Eduardo:- Poderia ser hoje?

Paula:- Não é caô de Primeiro de Abril, né?

Eduardo:- Nem lembrava mais disso, mas não é.

Paula:- Pode ser, você que sabe.

Eduardo:- Eu não perguntei pra mim. Perguntei pra você. Eu quero, mas preciso saber se você quer.

Paula:- Eu quero.

Eduardo:- Às 18 hrs ta bom pra você?

Paula:- Está ótimo.

Eduardo interiormente comemora o sim de Paula, mas sabe que a professora não o vê como homem e sim como amigo/colega de trabalho. Para não prejudicar seus planos, prefere enganar os próprios sentimentos para poder conhecer melhor a mulher por quem está ou acredita estar apaixonado.

Raimunda:- Se as notas dos estudantes continuarem baixas, comunicaremos aos pais para que tomem as devidas providências. No ano passado, o índice de reprovação do C.E.P.E.M. foi um dos mais altos em
comparação com outras escolas estaduais de Curitiba, o que não repercute nada bem para nós educadores...

Eduardo (pensa):- Eu esperarei o tempo que for, mas entrarei em seu coração, ainda que seja apenas como
um bom amigo...