Fanfic: DDP -> DiFeReNtE dO pAdRãO!!! - 1°/2°/3°/4° Fase (TV ABREV - Novela 04) (FINALIZADA)

Luciana passou pelo telefone que insistentemente tocava e não reconheceu o número mostrado no identificador, por isso, intrigada, atendeu:

Luciana:- Residência Família Campos, quem deseja?

Márcio:- E ae, firmeza, sogra?Chama a Cris...

Luciana:- Pra sua informação, não sou sogra de ninguém.

Márcio:- Como não?Sou o futuro marido da Cris. Chama a Cristina...

Luciana, mesmo contrariada, chama por Cristina porque não sabe das ideias absurdas do marido, apesar de ser favorável a separação de Cris e Márcio:

Luciana:- Cristina...é o sarará na linha... (ninguém responde) Cristina, eu to te chamando. Não seja mal educada... (para Márcio) Um minuto, por favor.

Luciana bate na porta de Cristina e reavisa:

Luciana:- Cristina, teu namorado ta na linha. Atenda.

Márcio está aflito no telefone público esperando para ouvir a voz de Cris.

Quando Luciana entra no quarto, a cena é horrorosa. Mãe encontra o recinto desorganizado, estilhaços do que outrora foi chamado de espelho, comprimidos de tarja preta e afilha caída ao lado da cama.

Luciana:- MEU DEUS DO CÉU!

Sem horizontes, Luciana grita ao telefone:

Luciana:- Você nunca mais vai poder falar com a Cristina. Ela está morta. Ela morreu.

Márcio abandona o orelhão olhando para os próprios pés e trombando, ao relembrar a frase de Luciana, esbarra em Cebolão, um mano que quando sai pro centro da cidade é pra assaltar quem vier a frente:

Cebolão:- Ê mané, que foi?

Márcio:- Que, Cebolão?

Cebolão:- Ta procurando dinheiro?Andando desse jeito aí com a cabeça baixa é porque ta precisando de dinheiro...

Márcio:- Não to procurando dinheiro, pô. Qual é?

Cebolão:- Ta afim de dar um rolé lá no centrão?

Márcio:- Beleza.

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O tão sonhado dia de farofeiros idealizado por Arlindo saiu completamente fora do script do suburbano, que se irrita com a falta de senso por parte de Josenilda, que além de ter se convidado, atreveu-se a roubar toda a comida trazida pela família para a viagem.

Josenilda e os filhos estão no mar e detalhe:viajaram com a roupa do corpo. Cauê é o único que não está participando da folia, então vê um saquinho plástico transparente e sem nem perguntar, o abre com estupidez e coloca na boca; mas cospe quando estranha o gosto do `alimento`:

Cauê:- Esse salgadinho ta ruim, hein Ofrásia?Onde é que você comprou?

Vanessa (debocha):- Isso aí não é salgadinho, seu jumento.

Vanessa, deitada de bruços, tenta tomar todo sol que pode e caçoa do vizinho:

Cauê:- O gosto é horrível.

Ofrásia também toma sol, mas de barriga pra cima, revela a Cauê:

Ofrásia:- Isso aí era a raçãoi do Pitoco. Agora o coitadinho vai morrer de fome...

Pitoco, o vira lata de estimação, está cavando na areia e Josenilda, que já está voltando a reunir com os personagens mais velhos, dá um tapa de brincadeira no filho:

Josenilda:- Eta Cauê vagabundo, imprestável. Não faz nada de bom nessa vida.

Cauê:- Mas pô, mãe, achei que era salgadinho.

Josenilda:- Isso é pra você aprender a não ser morto de fome.

Arlindo, que era o mais ansioso pra chegar ao litoral, não vê a hora de estar novamente em Curitiba e de preferência bem distante de Josenilda:

Arlindo (fala baixinho):- Olha bem quem fala. (leva um beliscão):

Ofrásia:- Mais respeito com os convidados.

Arlindo:- Mas eu não convidei ninguém, mulher.

Ofrásia:- Isso, fale bem alto pra todo mundo ouvir. Com tanto homem dando sopa, eu tinha que ficar logo com você.

Arlindo:- Se quiser, eu vou embora, mas eu fico com o carro.

Ofrásia:- Pode ficar. Vocês se merecem: só servem pra incomodar.

Josenilda:- Estão brigando?

Arlindo, pra não perder a paciência com Ofrásia, muito menos com aquela que ocasiona a raiva, dirige-se ao carro.

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São 18:00 pelo horário de Brasília, pois o horário de verão encerrou-se há duas semanas.

A atenção dos ouvintes da Rádio Malacubaca se volta para o tão esperado sorteio dos ingressos, reetido insistentemente por Lindomar Castilho Pomposo durante o dia:

Lindomar:- Meu amigo, minha amiga que sintoniza a Rádio Malacubaca, cruze os dedos aí em casa, no trabalho ou no carro porque agora será realizado o sorteio que você aguardou durante esse lindo sábado de carnaval...

Rodrigo está fazendo figa até com os dedos dos pés e Rebeca está ouvindo Lindomar enquanto passa o escovão para lustrar o chão encerado da sala:

Lindomar:- E a sortuda que vai levar outro acompanhante para o Pagodão é a Andréa Melina Menezes Gutierrez...

Rebeca para o que estava fazendo e pensa:

Rebeca:- Mas a Andréa detesta pagode.

Julia aparece na porta da cozinha e confessa:

Julia:- Os ingressos são pra mim, mãe.

Dá a entender que Rebeca e Julia voltam a se entender e para ajudar Dico a ir ao pagode, Ju inventa a desculpa do garoto ir jantar por lá:

Arlete:- Onde é que você pensa que ta indo, senhor Rodrigo?

Rodrigo:- A Julia me convidou pra jantar na casa dela.

Arlete:- Hummm...

Rodrigo:- Posso ir?

Arlete:- Pode, mas eu te levo.

Rodrigo:- Beleza.

Arlete:- Beleza nada. Quero você aqui quando acabar a novela.

Rodrigo:- Ah mãe, pô...

Arlete:- Pô nada, senhor Rodrigo. Ou isso ou fica em casa.

Após ao jantar, Rebeca distribuiu os convites ao casal e se despediu de Andréa, que foi para o quarto ler, como costuma fazer todos os dias quando anoitece.

Durante o trajeto, Rebeca colocou um cd de pagode pra animar a Julia e Rodrigo e como toda mãe coruja, fez muitas recomendações antes do desembarque em frente a casa noturna Pagodão, hoje lotada:

Rebeca:- Divirtam-se e deixem que eu me entendo com a dona Arlete.

Julia:- Tchau mãe.

Rodrigo:- Tchau sogrinha.

Rebeca:- Divirtam-se e se estiver chato, liguem pra mim.

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Márcio entrou no ônibus sem temer nada. Usando um capuz preto que só lhe permite enxergar, o protagonista, escondendo uma faca de cozinha dentro do bolso do calção, estuda com antecedência as vítimas, sendo um menino de 12 anos, disfarçado perto da porta de desembarque, o olheiro que discretamente dá o sinal para os bandidos entrarem em ação.

Márcio rouba carteiras, pois tem vasta experiência em punguismo, enquanto os comparsas usam revólveres calibre 38 para intimidar os passageiros. Uma senhora, de aproximadamente 60 anos, grita e chama atenção de todos:

Senhora:- Pega ladrão...Pega ladrão...

Refere-se a Cebolão, que pensando ter apanhado uma presa fácil, colocou a perder o serviço da turma. O ônibus para e o motorista aciona o carro da polícia que está fazendo ronda ali por perto:

Motorista:- Assaltantes...

As vítimas encurralam Cebolão e Márcio, agindo por instinto, ajuda os amigos a fugirem pela saída de emergência. Lá de cima podem ver a viatura da PM:

Márcio:- Puta que pariu.

Dois automóveis da RONE chegam para reforçar a segurança do local e deter os outros 5 foragidos. A quadrilha era formada por 8 pessoas, incluindo o olheiro.

Mano Casca e Mano Dentada iniciam uma troca de tiros com os policiais enquanto Márcio se camufla numa lata de lixo.

Quando Casca é atingido em cheio no peito e cai morto no asfalto, o filho de Darci e Eny rouba a arma do colega e sai correndo utilizando sua capacidade máxima de esforço até chegar a uma rua deserta e fora de rota, caso continuem o procurando.

O sinal está aberto, mas Rebeca chega quando está amarelo e prefere esperar. Márcio, encapuzado, vê o carro preto, imponente e o aborda batendo com força no vidro do motorista. Rebeca abre um pouco da janela:

Márcio:- E ae, firmeza?

Rebeca:- Firmeza. (não sabia o que dizer):

Márcio:- O negócio é o seguinte, madame: passa o carro.

Rebeca:- Não vou passar.

Márcio:- Melhor você passar o carro, senão a coisa vai ficar feia.

Rebeca:- Não vou dar o carro.

Márcio aponta o revólver na mira de Rebeca:

Márcio:- Hoje eu não to pra muita conversa, então é melhor você facilitar as coisas pra mim, ô madama.

Rebeca abre um pouco mais o vidro do veículo:

Rebeca:- É recomendável que você dê o fora daqui, senão a coisa vai ficar feia pra você...

O sinal fica verde e Rebeca tenta acelerar o carro, mas é baleada por Márcio.