Fanfic: DDP -> DiFeReNtE dO pAdRãO!!! - 1°/2°/3°/4° Fase (TV ABREV - Novela 04) (FINALIZADA)

Rodrigo:- Por que terminar?

Julia:- Você sabe bem das razões.

Rodrigo:- Eu te amo tanto, Julia. (tenta dar um beijo nela) Eu sei que fui grosseiro com você ontem. Realmente esse clima de briga deve ter me afetado pra eu ter te tratado daquele jeito, mas to arrependido e vim pedir desculpas. Não quero que nosso namoro acabe por causa de um mal entendido.

Julia:- Eu te deixo livre pra você se aliar ao "QG da maloqueiragem", se quiser.

Rodrigo:- Eu não quero saber disso. Só me importa você.

Julia:- Eu entendi seu recado, Rodrigo.

Rodrigo:- Não termina comigo, por favor. Eu te amo.

Julia:- Eu não posso mais te ver.

********

Priscila, que senta no meio da sala e é MDM, ouve as provocações entre as duas gangues.

Vanessa:- Duas contra dez. Em vez de desistirem...

Patrícia:- Desistir é pros fracos. Eu to dando a cara pra bater.

Poderia muito bem entrar no QG da maloqueiragem, já que Paloma é uma das principais integrantes, mas por não suportar nenhum tipo de violência, ainda mais gratuita, como está ocorrendo entre os colegas, resolve se sentar perto de Julia, para quem manda um bilhete:

Priscila (narra):- Miga, você ta em alguma gangue?

Julia:- Não...E você?

Priscila:- Se quer saber, to odiando esse clima de briga. Não aguento mais vir pro colégio e ouvir o povo se provocando a troco de nada.

Julia:- Enfim alguém que pensa um pouco.

Priscila:- Por que o Rodrigo ta sentado lá na frente?

Julia:- Porque a gente terminou.

Julia conta a amiga as razões que a levaram a terminar o namoro e elas passam o intervalo juntas. Por muitos momentos, Pri sente vontade de se franca com a amiga e assumir de uma vez por todas que é lésbica, mas acredita que não é o instante.

Julia:- Quer passar a tarde lá em casa?

Priscila:- Adoraria.

Rodrigo e Ricardo passam o intervalo juntos e Márcio passa por eles fazendo sinal de porrada:

Rodrigo:- Você ta na gangue?

Ricardo:- Mais pela Paty mesmo...

Rodrigo:- Ta pegando a carioquinha, é?Ta pegando e não me contou...

Ricardo:- Como eu iria te contar se você vive grudado com a Julia?

Rodrigo:- Terminamos.

Ricardo:- Ora, mas por que?Vocês se gostam tanto!

Rodrigo:- Ontem a gente discutiu.

Ricardo:- Tem outra na jogada?

Rodrigo:- Que outra, cara?A Julia é a única.

Ricardo:- Tenta falar com ela.

Rodrigo:- Ela não quer me ver na frente.

Ricardo:- Menina é tudo igual, mas relaxa, cara, vocês não vão ficar de mal por muito tempo. Ela te ama, não vive sem você e vai pedir pra voltar.

Rodrigo:- Eu não sei se vai ser tão fácil assim. Ela ficou mal, saiu chorando e hoje me ignorou que nem aquela vez da festa da Cris, mas agora vai ser difícil de desfazer o mal entendido.

Ricardo:- Se eu puder ajudar em alguma coisa, me fala.

*******

De um lado da rua, metaleiros. De outro, manos. Entre eles, o C.E.P.E.M.
Meleca, o inspetor do colégio, está tão chapado que nem percebe a gravidade da situação dos estudantes, expostos a violência gratuita por conta da implicância de Vanessa com Tita.
Os manos, com pedaços de pau, aguardam ansiosos para massacrar os roqueiros, enquanto os metaleiros garantem-se com a força dos bíceps.
Raimunda resolve tantos problemas em seu gabinete e não faz ideia que o caldeirão do segundo A está fervendo. Quando o sinal toca, poucos jovens arriscam-se a sair pelo portão. Quem está lá fora nada tem a perder.
Os pais de família, que estão indo buscar seus filhos, estão amedrontados com a ousadia das gangues ameaçam depredar os carros estacionados para mostrar quem tem maior domínio na região.
Patrícia dá uma voadora em Vanessa, o que faz Cristina e Paloma avançarem em Paty. Tita dá uma mochilada em Cristina e começa um fuzuê sem fim.
Os amigos de Guilherme apanham dos amigos de Márcio e o C.E.P.E.M., exatamente ao meio-dia, parece mais um campo de guerra, esta que dá sinais de que não acabará tão cedo.
Os professores estão todos chocados presenciando a selvageria que se estende do pátio da escola até a rua.
Tita apanha, mas também bate bastante. Guilherme batalha de igual para igual com os manos.
Julia e Priscila conseguem sair sem serem vistas por nenhuma das gangues e protegem Andréa, que está chorando muito de medo.

Julia:- Onde é que o mundo vai parar?

Priscila:- Em guerra, com certeza.

Andréa:- Por que eles estão brigando?Por que?Por gente de bem tem que pagar tão caro?O que a gente fez pra merecer isso?

Julia:- Você mesma não estava a favor da briga?

Andréa:- Eu não sabia que as coisas iriam ficar tão sérias assim, maninha. Achei que não ia dar em nada.

Priscila:- E pensando que não ia dar em nada, deu em tudo. 

Julia:- Quando a gente se mantém em silêncio, está sendo conivente com o mal...

Os arruaceiros dão pauladas no carro de um professor e estilhaçam os vidros. Alguns folgados têm a petulância de balançar o automóvel só pelo prazer de vê-lo capotado.

Raimunda:- Que bagunça é essa?Alguém pode me explicar?

Rodrigo, confundido com um integrante do QG da maloqueiragem, é barrado por três metaleiros e apanha.
As meninas, em frente ao portão do colégio, trocam empurrões e puxões de cabelo, enqunto estudantes inocentes não podem sair da instituição por medo de serem espancados.
Paula e Edu, cada vez mais preocupados com a bagunça organizada, informam a Raimunda sobre os duelos entre manos e metaleiros e a diretora, chocada, desce as escadas imediatamente em posse de seu megafone:

Raimunda:- ORDEM NO COLÉGIO!ORDEM!

A pedagoga nem mesmo precisa sair do portão, pois o pátio do C.E.P.E.M. já retrata o caos: tambores de lixo derrubados, sujeira por todos os cantos, alunos encolhidos entre os muros temendo voltar para casa, entre tantas outras barbaridades:

Raimunda:- EU QUERO ORDEM POR AQUI!AGORA!

Quando chega ao portão e encontra um cenário legítimo de guerra:

Raimunda:- PAREM AGORA MESMO OU EU VOU CHAMAR A POLÍCIA!PAREM ANTES QUE EU CHAME A POLÍCIA.

A diretora é acertada na cabeça e desmaia. Eduardo, desesperado, preocupado não só com a segurança das filhas, como de todos, chama a RONE em caráter urgente.
Ao avistar as viaturas da polícia se aproximando do local, Cauê dá um forte berro:

Cauê:- Simbora gente, os porcos...