Fanfic: Vida Bandida

Tony: Até mais Lisardo.

Tony desligou o telefone e deu um sorriso. Lisardo era um viciado em jogo que perdia tudo e tinha uma dívida enorme. Tony disse que cobriria sua dívida caso cuidasse para que Anahí não saísse da cadeia, ou pelo menos prejudicasse como pudesse as suas chances. Agora, com uma audiência fechada, Tony tinha certeza de que Anahí perderia. Tony duvidava que algo pudesse ajudar Anahí. E ele tinha certeza que ela sabia do seu destino.

Algumas horas depois

Já era noite. Christopher e Dulce estavam conversando. Dulce havia contado para Christopher sobre a notícia que vira na rua. Christopher estava preocupado.

Chris: Então... eles descobriram que ela está viva?
Dulce: Sim... por isso sonhei que meu sobrinho me chamava... Anahí voltou, foi presa e tanto ele como ela estão expostos na cidade.
Chris: Dulce, mas não é só com isso que devemos nos preocupar.
Dulce: O que quer dizer com isso?
Chris: Dulce, se eles prenderam ela por ter forjado a própria morte como vc me disse... vão querer saber quem foram os cúmplices e como todos os sistemas de computador aceitaram a identidade dela. Se chegarem até nós dois, poderemos ser presos.
Dulce: Eu sei... mas não me preocupo muito com isso. Sei que a Anahí e meu sobrinho não vão nos delatar e o tal de Tony Dalton não quer saber de nós.
Chris: Uma pequena correção: nós enganamos um criminoso. Não acha que ele quer vingança?

Dulce: Se ele quiser vingança, vamos enfrentá-lo. Está claro que eu não posso deixar o meu sobrinho sozinho. Eu sou a única parenta que ele tem no mundo. Preciso ajudar ele.
Chris: Mas vc sequer sabe onde ele está... só sabe que ele está na cidade. Vcs talvez nem se cruzem dessa vez.
Dulce: Meu sobrinho é uma pessoa previsível. Eu sei onde encontrá-lo.
Chris: Dulce, eu te suplico: vamos embora. Estamos correndo perigo demais aqui. Nós podemos ser presos ou o Tony pode acabar nos matando. Por favor, vamos tocar a nossa vida longe daqui... vamos nos proteger. Vamos embora.
Dulce: Eu não vou. Vou ficar e ajudar o meu sobrinho. Nunca julguei vc um covarde Chris. Como pode pensar em fugir? Como pode pensar apenas em vc?
Chris: Vamos deixar uma coisa bem clara: eu não sou covarde. Não me arrependo de nada do que eu fiz, não me arrependo de ter ajudado vc ou de ter abandonado minha vida por vc. Se estou falando o que eu falo, é porque eu te amo, me preocupo com vc, me preocupo com a nossa vida, com a nossa família, que é o grupo no qual vivemos. Não queria ficar aqui esperando um criminoso nos matar porque fomos negligentes e acredito que seu sobrinho também não iria querer. Mas se vc encara isso como covardia... o problema tudo bem. Não está mais aqui quem falou.

Dulce ficou em silêncio. Ela notou que havia passado dos limites. As vezes falava por impulso, sem se dar conta que magoava ou feria as pessoas. Christopher já andava paciente com as crises dela... agora aprontava mais aquela para o marido. Dulce se sentiu uma idiota.
Dulce: Chris, me desculpe, por favor me desculpe. (tentando abraçar ele)
Chris: Desculpar o que? Por ter me chamado de covarde ou insensível?
Dulce: Por tudo. Por estar te rejitando, por ter te ofendido, por não te entender... me desculpe Chris, por favor.

Chris: Eu já estou cansado Dulce... já estou cansado de vc me afastar, de vc apenas pensar em si mesma. Vc acha que apenas vc sofre? Eu te amo, quero ficar com vc, fiz e faço tudo por vc e vc apenas me rejeita... eu não aguento mais.
Dulce: Eu sei, vc tem toda a razão. Eu tenho agido como uma idiota. Por favor, me perdoa. Eu vou voltar a ser eu mesma, eu juro que eu vou.
Chris: Eu não sei se vc vai. A Dulce que eu conheci era decidida e cheia de vontade de viver. Amava as pessoas, acreditava nas pessoas. A Dulce pela qual eu me