Fanfic: Vida Bandida

comigo, ela manda vc pastar no carpete da sala na hora. Queria ser como ela, mas o pouco sentimentalismo que me resta consegue me atrapalhar.

Poncho: (rindo) No dia em que vc chegar a ser como a Any, terei medo de vc.
Claúdia: Ah é? Tem medo da Any por acaso?
Poncho: Eu até teria, mas ela eu consigo domar. Vc pelo visto vai fazer gato e sapato dos homens.
Claúdia: Vc domando a Anahí? Faz-me rir amigo. Vc pensa que doma ela, mas na verdade ela é que manda em vc.
Poncho: Eu sei disso. Não precisa acabar com o meu sonho.

Claúdia riu e começou a procurar a chave do carro. Ela praguejou quando sentiu que estava faltando algo.
Claúdia: Isso Claúdia Schimidt, é o que dá tomar água oxigenada no café da manhã.
Poncho: Que foi?
Claúdia: Eu, no auge da minha burrice esqueci a bolsa na última sala em que fomos.
Poncho: E eu pensei que o mundo ia acabar. Fica aí que eu vou pegar a bolsa. Vai guardando essas tralhas no carro.
Claúdia: Certo. E vê se não demora.
Poncho: A cada dia que passa vc fica tão mandona quanto a Anahí. (rindo)
Claúdia: Obrigada, mas não quero elogios agora. Anda logo.
Poncho: Ok, ok, já fui.

Claúdia ficou escorada no carro enquanto Poncho voltava para pegar a bolsa. Ele subiu para o terceiro andar e foi para a sala de arquivos. Encontrou a bolsa de Claúdia perto de um processo do ano passado. A pegou e começou a caminhar rapidamente. Estava quase colocando a mão na maçaneta da porta quando a mesma subtamente abriu. Ele se deu de cara com a pessoa que respirava ofegante. Aparentemente, a pessoa havia se assustado.
Karla: Nossa, que susto vc acabou de me dar... mas espere... não é vc Alfonso? (ela sorriu) O cara com quem eu topei na rodoviarea?
Poncho: Eu mesmo e vc é... Carolina, Camila...
Karla: Karla.
Poncho: Karla, isso mesmo. (ele estava impaciente)
Karla: Mas então? O que faz aqui? Metido em algum problema legal?
Poncho: Vim apenas ajudar uma amiga.... e vc?

Karla: Estou aqui esperando pelo meu pai. Sua amiga está com problemas? Eu posso ajudar?
Poncho: Está sim, mas não é nada grave. Será apenas uma audiência na presença de um juíz.
Karla: Quem é o juíz? Vá que eu conheça...
Poncho: (querendo se livrar dela) Pelo que eu sei o nome do juíz é Juan Ferrara. Mas não sei de mais nada.
Karla: Juan Ferrara? Sei.
Poncho: Bom, o papo está bom mas... eu tenho que ir. Conversamos outro dia Karla. Até mais.
Karla: Até mais Alfonso.

Poncho saiu dali e Karla ficou observando ele se afastar. “Ele ainda não se lembra”, ela pensou enquanto procurava os documentos que o pai lhe pedira. Poncho não se lembrava, mas Karla já havia cruzado o seu caminho uma vez. Ela suspirou e abriu um sorrisinho de satisfação. Finalmente teria uma chance de conquistar ou pelo menos incomodar Poncho. Mesmo sem ter dito muita coisa, Poncho havia revelado uma informação crucial para Karla: o nome do juíz. Juan Ferrara era o pai de Karla.

Claúdia estava esperando Poncho voltar quando o seu celular tocou. Ela olhou no visor e viu o nome de Christian no visor. Resolveu não atender, ainda não queria falar com ele, mas depois da quinta tentativa de Christian ela encheu o saco.

Claúdia: Quando uma pessoa não atende o celular, tem motivos Christian Chávez.
Christian: Claúdia, fica quieta e me escuta. Estou te ligando porque tenho algo importante para te contar.
Claúdia: Fala logo protótipo de salada. Estou chateada com vc, caso não tenha se esquecido.
Christian: Ok, vc está chateado e eu entendo. Mas o que eu vou te dizer vai te animar: acabei de receber uma ligação no meu celular.
Claúdia: Tem razão, me animei: uma ligação no seu celular é muito empolgante.
Christian: Posso terminar? Pois bem, a ligação era do hospital. Derrick saiu do coma.
Claúdia: Que? Por que não disse isso de uma vez?

Christian: Vc não deixou...
Claúdia: Vc é que enrolou, mas não vamos discutir. Só estou esperando o Poncho e já estamos indo para o hospital.
Christian: Certo. Alguém tem como avisar a Any?
Claúdia: Ela só pode receber visita amanhã, então amanhã a gente conta para ela ou hoje caso ela possa telefonar.
Christian: Certo. E Claúdia... eu te amo.
Pausa
Claúdia: Não me comoveu Christian. Ainda estou chateada com vc. Nos vemos no hospital. (e desligou)
Christian: Alô? Alô? (ele guardou o celular) Que droga, nem me respondeu com um eu te amo também. Vai entender essas mulheres... (enquanto ia para o hospital)

Capítulo 16

Quando Poncho finalmente chegou no carro, encontrou uma Claúdia desesperada, andando de um lado para o outro.
Claúdia: Até que enfim criatura lesa.
Poncho: De nada. (jogando a bolsa para ela)
Claúdia: Não me faça eu me sentir culpada porque não adianta. Christian acabou de me telefonar. Derrick saiu do coma.
Poncho: Jura?
Claúdia: Não, estou fazendo uma piada. Claro que sim. Já liguei para o escritório e avisei que vamos chegar depois. Agora vamos ver o Derrick.
Poncho: (entrando no carro) Certo. Mas me diz uma coisa: vc já pensou em como vamos dizer para ele que a Maite morreu?
Claúdia: Não, eu me esqueci desse detalhe. (mordendo o lábio) Mas a gente vê isso lá.
Poncho: Certo. Então vamos lá... (dando a partida)

Karla pegou os papéis que o pai havia solicitado e voltou para a sala. Juan estava sentado, analisando alguns processos quando viu a filha se aproximando timidamente. Juan amava a filha mais que tudo e seria capaz de qualquer coisa por ela. Karla passou os papéis para o pai e se sentou do lado dele, o observando.

Karla: Papai...
Juan: Só um minutinho minha filha. (ele arrumou uns papéis e a olhou) O que vc quer querida?
Karla: Precisava te fazer uma pergunta... ou melhor, pedir uma coisa.
Juan: Pode falar minha filha. Vc sabe que eu por vc faço qualquer coisa.

 Karla: Papai, vc pegou algum caso para julgar recentemente? Algo nesses últimos dias?
Juan: Por que a pergunta?
Karla: Pode ser importante para mim papai... pegou ou não pegou?
Juan: Bom, se vc quer realmente saber, recebi apenas um caso este mês: estou julgando Anahí Giovanna Portillo por forjar a sua morte e crimes de falsificação em audiência fechada, mas fora isso não tenho nada.
Karla: Não tem nada envolvendo Alfonso Herrera?
Juan: Não minha filha. Apenas este caso envolvendo esta mulher.

Karla cruzou os braços. Seria essa a amiga de quem Poncho falara? Se fosse algo mais que uma amiga, se fosse a esposa que ele se referia na rodoviarea, sua vida iria dar uma reviravolta completa. Ela precisava investigar e precisava do apoio do pai.