Fanfic: Vida Bandida

Any: Hummm, talvez. (ela se espreguiçou) Vc também jurava que eu estava morta e cá estou eu. Me conta, como é ser enganado e deixar sua arqui-inimiga escapar bem debaixo do seu nariz? Por que pelo que eu soube, vc estava assistindo o meu assassinato.
Tony avançou para Anahí. Ela não hesitou quando ele fez menção de bater nela.
Any: Eis que vemos quem realmente está desesperado aqui.
Tony: (se controlando) VC consegue o impossível Anahí. Vc sempre consegue me ver desesperado. Mas isso vai mudar. Ah se vai.
Any: Eu duvido muito.
Tony: Eu não duvidaria. Acho que vc vai precisar conversar com o seu advogado amanhã.
Any: Sério? Eu já desconfiava que o delegado era pau mandado seu, então não me surpreendo. Pode me adiantar o assunto ou vou ter que esperar?

Tony: Acho que vou adiantar o assunto, para ver o seu olhar de tristeza: suas visitas vão ser canceladas minha querida Anahí. Vc só poderá receber visitas do seu advogado. Não poderá ver nenhum dos seus amiguinhos até o julgamento.
Any: Nossa, estou chocada. E vc esperava que eu fizesse cara de horror e começasse a chorar? Tony Dalton, eu estou correndo o risco de ficar 10 anos presas e vc vem me dizer que não vou poder receber visitas por duas semanas quando eu tenho coisas mais preocupantes para pensar? Vou te dar um conselho para me ver desesperada: se eu for condenda a 10 anos de cadeia e vc conseguir que eu não receba visitas durante esse tempo, talvez vc veja minha cara de choque.

Tony a olhou um pouco intrigado. Anahí estava completamente derrotada. Estava presa, sua carreira estava destruída, estava longe dos amigos e uma parente havia sido assassinada. O que abalava aquela mulher? O que a desestruturava?

Any: Mais alguma incrível revelação ou será que eu posso ver a minha novela?
Tony: Acho que não tenho mais nada a dizer. (ele se levantou) Estarei torcendo pela sua condenação. Vc deve saber que as suas chances são pequenas.
Any: É o que dizem, mas também me davam como morta. Não acredito em estatisticas.
Tony: Vc um dia irá perder a sua pose Anahí.
Any: Posso até perder, mas não será vc quem conseguirá acabar com ela. (ela deu um sorriso e abanou) Tchau Tony.

Tony não respondeu, apenas bateu na porta. Lisardo a abriu e ele foi embora. Ele tentara acabar com ela emocionalmente e mais uma vez ela vencera. Se Anahí se livrasse da cadeia, Tony ficaria para sempre desmoralizado e se ela fosse presa, isso não seria nenhuma vitória para ele. Como ela dizia, ele fora preso antes e em condições bem piores. E mais uma vez, enquanto ia para o escritório, Tony se perguntou como destruiria Anahí Giovanna.

Capítulo 18

Dois dias depois

Claúdia e Poncho estavam mais uma vez no fórum, dessa vez esperando por Patrício. Patrício estava tentando reverter a situação de Anahí. Ele ficara chocado ao descobrir que ela não podia receber visitas dos amigos e ficara perplexo ao ver que ela não estava chocada. Anahí agora apenas podia usar o telefone uma vez por semana e assim os amigos lhe contavam resumidamente as novidades. Agora, ela estava esperando pacientemente pelo julgamento, alheia a tudo e a todos. Lisardo informava o estado de Anahí para Tony, que ficara chocado em ver que ela não ligava, não se importava com mais aquele baque.
Patrício finalmente saíra da sala do fórum e se sentou em um dos bancos no corredor. Claúdia e Poncho foram até ele.

Claúdia: E então?
Patrício: Nada. O delegado deu outra sugestão que foi acatada. Ele sequer justificou, apenas disse que as visitas deveriam ser proibidas por mau comportamento.
Claúdia: E o juíz engoliu?
Patrício: Ele não teria engolido, mas Tony Dalton em pessoa testemunhou sobre o “mau comportamento” da Anahí. Isso foi o bastannte. Juan seguiu o manual e proibiu as visitas.
Poncho: Então... não podemos mais visitar ela até o dia do julgamento?
Patrício: Não. Sinto muito. Eu queria poder reverter isso, mas não dá.
Claúdia: Não se preocupe Patrício. Vc fez o que pôde. Tony está metido nisso, é óbvio que as coisas não serão fáceis para nós...
Patrício: De qualquer maneira me sinto um péssimo advogado.
Claúdia: Não se sinta... (esticando os braços) não vai ajudar nem melhorar nada. E também vc é meu sócio, logo propaganda negativa não ajuda em nada.
Patrício: Eu sei. Mas é que é horrível vc ver uma mulher como a Anahí presa e não poder fazer nada.

Poncho e Claúdia se olharam. Patrício percebeu que havia falado demais.
Patrício: Já acompanhei o trabalho dela e sei da sua reputação. Ver a maior promotora do México presa é desolador.
Poncho: Sei... (não completamente convencido)

Claúdia: Tem razão, o trabalho da Anahí é único. Patrício, a gente não tem que ver um depoimento do caso Reynolds?
Patrício: Que caso.... (ele levou um chute de Claúdia) ah sim, aquele caso.
Claúdia: Que bom que lembrou. Poncho, eu e o Patrício vamos no último andar pegar o depoimento e já voltamos. Nos espere aqui.
Poncho: Claro que sim chefe. (dando uma risada)

Patrício e Claúdia saíram dali, ela bufando com ele e ele sem entender nada. Poncho franziu a testa: era tudo o que lhe faltava, que Patrício pudesse se interessar por Anahí. Se perguntou se estava sendo paranóico e resolveu esquecer o assunto. Confiava em si mesmo e sabia que Patrício não tinha nenhuma chance.
Poncho estava esperando os dois verem o tal processo. Estava encostado na parede esperando e pensando em Anahí quando sentiu uma mão em seu ombro. Ele se voltou e viu Karla. Se perguntou por que sempre se topava com ela. Ela sorriu.

Karla: Tudo bom Alfonso?
Poncho: Oi Karla. Já é a terceira vez que nos encontramos.
Karla: Eu chamo isso de destino. (ela deu uma risadinha) Ainda com problemas legais?
Poncho: Creio eu que sim.
Karla: Vc não deveria se preocupar com isso.
Poncho: Ah é? (distraído) Por que diz isso?
Karla: Porque eu acho que Anahí Giovanna não tem nenhuma chance, então não há porquê se preocupar com o que já está perdido.
Poncho: (muito atento agora) O que vc sabe sobre isso?

Claúdia: Vamos direto ao ponto: que papo é esse sobre a SUA CLIENTE?
Patrício: Eu não falei nada demais Claúdia.
Claúdia: Vc falou exatamente a mesma coisa que o parceiro dela, namorado, ajuntado, enfim... disse. E adivinhe, ele se deu conta.
Patrício ficou em silêncio. Claúdia deu um suspiro.
Claúdia: Vc está afim da Anahí?

Patrício: Bom, sim. Quero dizer não... quero dizer não sei. Eu a conheço há quatro dias.
Claúdia: Filho, teve gente que se apaixonou pela Anahí em quatro horas. Responda alguma coisa, por favor.
Patrício: Eu a admiro muito. Ela é uma mulher e tanto, tem carisma, é inteligente e linda.
Claúdia: Diga algo que eu não saiba Patrício.
Patrício: Eu ainda não estou apaixonado por ela. Mas... vou ficar com o passar dos dias, tenho quase certeza disso.
Claúdia: Eis um homem que sabe o que quer. Patrício, mesmo que vc morra de amores por ela, guarde isso para vc. A Any gosta do Poncho, vai morrer gostando e vai reencarnar gostando. E vc é só o advogado ou pelo menos um bom amigo.
Patrício: Eu sei disso e nunca pretendi dizer absolutamente nada. Eu sei que ela