Fanfic: Vida Bandida

gosta do companheiro dela e não vou interferir nem fazer nada.
Claúdia: Acho isso muito bom Patrício. Primeiro porque o Poncho é meu amigo e segundo porque vc iria apenas causar sofrimento tentando conquistá-la.
Patrício: Eu não quero machucar nem magoar ninguém Claúdia.
Claúdia: que ótimo. Então vamos voltar e apagar essa conversa da memória. E controle a sua boca Patrício. O Poncho não é burro e a Anahí muito menos.
Evite o campo pessoal, apenas fale de coisas legais com ambos.
Patrício: Certo. Eu prometo.
Claúdia: Então assunto encerrado. Vamos.

Karla: O que eu sei sobre o assunto? Mais do que vc imagina.
Poncho: Acho que precisamos conversar. (se aproximando dela)
Karla: Não creio que aqui seja o local mais apropriado. Eu vi os seus amigos e eles podem desconfiar. (ela pensou por um momento) Me encontre amanhã no café do fórum as nove da manhã. Assim podemos conversar tranquilamente.
Poncho: Isso é um assunto sério demais. Vamos conversar hoje.
Karla: Não acho que vc possa decidir alguma coisa.
Poncho respirou fundo.
Poncho: Tem toda a razão.

Karla: Então amanhã nos falamos. (ela piscou) Alfonso Herrera.
Poncho a olhou intrigado. Ele nunca havia dito o seu sobrenome para ela. Karla deu um sorriso e se virou para sair, abanando de costas para ele.
Poncho: Espere. Como vc sabe o meu nome?
Karla não respondeu. Apenas continuou caminhando.

Quando Claúdia e Patrício voltaram e todos saíram do tribunal, estranharam Poncho, que permaneceu calado ou respondendo as perguntas com resmungos inaudíveis. Ele pressentia problemas e tinha a leve impressão de que o melhor era ficar calado e não deixar ninguém saber daquele assunto.

Christopher estava caminhando pelo acampamento. Como sempre, Dulce havia saído e ele estava dando voltas, cuidando e vigiando o local. Dulce andava procurando por Poncho desesperadamente e nunca o encontrava. Por causa daquilo, a conversa com Christopher ficara pendente e a situação dos dois não se resolvia. Christopher já estava cansado de esperar por Dulce, cansado da indecisão dela, cansado da indiferença dela com a crise que passavam.
Ele estava de pé, olhando para o horizonte quando sentiu que alguém estava atrás dele. Por um momento pensou que era Dulce, que finalmente havia chegado, mas era Cassandra.
Cassandra: Oi
Chris: Oi. (ele sorriu) Pensei que estava sozinho aqui. Ainda é dia.
Cassandra: Como vc bem sabe, eu tenho mais afinidade com a noite. (ela sorriu tímida)
Chris: Acho que me esqueci. Desculpe.
Cassandra: Não se preocupe. Sei que vc tem muito em que pensar. Como vc está?
Chris: Quer a verdade ou a mentira?
Cassandra: A verdade, claro.
Chris: Eu não estou bem. Estou preso em uma situação que não sei como resolver.
Cassandra: Que seria?

Chris: Uma situação de amor. (ele fungou) Dulce e eu estamos cada vez mais separados e eu não sei o que fazer para atravessar o abismo que surgiu entre nós.
Cassandra: (depois de uma pausa) Posso dar um conselho?
Chris: Por favor.
Cassandra: As vezes nós criamos os abismos. Não há nada demais ocorrendo, as coisas estão seguindo o ciclo e nós aumentamos tudo.
Chris: O que vc quer dizer com isso?
Cassandra: Bom.. que talvez vc e a Dulce não se amem mais e estejam transformando isso em uma crise para tentar se apegar a relação. Afinal, vc renunciou muitas coisas por ela e ela sabe disso.

Christopher ficou em silêncio, absorvendo a opinião de Cassandra.
Chris: Não acredito que seja isso. Eu ainda a amo muito.
Cassandra: Vc sim, mas... e ela? Sabe se ela ainda ama vc? Se ela não está se afastando de vc por que tem pena? Pelo fato de vc ter abandonado tudo para ficar com ela e etc?
Chris: Não. Eu sei que ela ainda me ama. Ela não me magoaria assim.
Cassandra: Exatamente por não querer te magoar que talvez ela esteja agindo assim. Não pensou nisso?

Christopher não havia pensado. O afastamento de Dulce, os beijos momentâneos, a falta de tesão... tudo parecia ter sentido. Ele se sentiu desesperado. Não queria que ela ficasse com ele por pena, mas sem ela ele não sabia viver. Começou a chorar, escondendo o rosto nas mãos. Como a sua vida ficaria sem ela? Mesmo que continuasse na tribo, sua vida seria um completo vazio sem Dulce ao seu lado.
Chris: Não, ela não pode deixar de me amar. O que eu vou fazer sem ela? O que? (chorando desesperado) Vou ficar completamente sozinho, meu mundo não terá sentido.
Cassandra: Chris, não fala assim. Tem muita gente que gosta de vc, que ficaria com vc, não importa a situação. (ela o abraçou com força enquanto ele chorava) Vc tem que ser forte e depois eu posso estar errada.

Chris: Vc não está. Tudo o que vc diz faz sentido, a Dulce está se afastando, promete resolver nossa crise e não resolve, não conversamos mais... vc tem toda a razão. Ela não me ama e não termina por remorso... porque eu abandonei tudo para ficar com ela.
Cassandra: Calma Chris... não fica assim. Mesmo que ela te deixe, vc nunca estará sozinho. Eu sempre vou ficar com vc, sempre. Sabe por quê? Porque eu te amo, te amo de verdade e mesmo que vc não me ame e não queira ficar comigo, eu vou cuidar e ficar ao seu lado, como amiga, para que vc nunca fique sozinho.
Chris: Ca-cassandra... o que vc disse?
Cassandra: Exatamente o que vc ouviu. Que eu te amo e que vc nunca vai ficar sozinho.

Ele ergueu o rosto e a encarou. Ela tinha os olhos mareados. Christopher nunca ouvira uma confissão daquele jeito. Cassandra se conformava em ser apenas amiga para ficar perto dele, para consolá-lo... ele se sentiu perdido. Não sabia o que dizer para ela.
Cassandra permaneceu em silêncio e aproximou o rosto do de Christopher. Ela começou a beijá-lo com ansiedade nos lábios. Ele, um pouco pela tristeza, um pouco pela carência, correspondeu o beijo sem querer. Dulce vinha a sua mente a todo instante. Cassandra sentiu Christopher relaxar e aprofundou o beijo. Os dois estavam tão entregues que só ouviram que havia mais uma pessoa ali quando ela gritou, acabando assim com o beijo dos dois.

Dulce: O que significa isso? (observando a cena e levando a mão ao rosto para esconder as lágrimas)

Capítulo 19

Chris: Dulce?
Dulce: Chris. Como vc pôde fazer isso comigo? Como? (ela chorava desesperadamente)
Chris: Dulce espera. (ele se levantou e foi até ela) Deixa eu explicar.
Dulce: Explicar o que? Que vc não me ama mais? Que por isso estava beijando outra? Não preciso que me explique isso Chris, eu vi perfeitamente bem.
Cassandra: (que também se levantara) Dulce, deixa ele explicar. Quem sabe após ouvir ele você...
Dulce: Vc cala a boca. Eu sabia que tinha algo que eu não gostava em vc, mas não sabia exatamente o que era. Agora acho que descobri.
Chris: Dulce se acalme. Precisamos conversar.
Dulce: Nós não temos mais nada para conversar. Vc a beijou porque quis, não foi forçado, não foi armadilha, nada. Como pode explicar isso?
Chris: Se vc me deixar falar, eu explico tudo. (ele pegou a mão dela) Acho que vc me deve isso, eu tenho suportado todas as suas crises.
Dulce não disse nada.
Chris: Vamos?