Fanfic: Vida Bandida

Um silêncio baixou entre os dois. Karla tomou mais um gole do suco. Ouvir Poncho falar assim dos dois a maxucava profundamente. Ela nunca o esquecera. Nunca pensou em se reencontrar com ele e quando se reencontrou, viu que ele a havia deletado da memória. Pensou mais uma vez que eles nunca mais se encontrariam, mas por um acaso, seu pai era quem julgaria a mulher dele.
Karla: (pensando) Vamos ver até que ponto vc se preocupa com a sua adorada Anahí. Vamos ver até que ponto vc a ama Alfonso. Vamos ver o que vc vai decidir.
Poncho: Agora diga-me o que quer Karla.
O momento chegara.

Capítulo 21

Karla: Eu vim aqui te fazer uma proposta.
Poncho: Que tipo de proposta?
Karla: Uma proposta que pode salvar a sua mulher, pelo menos é assim como vc a chama.
Poncho não estava gostando nada daquilo. Karla sorriu.
Karla: Conversei com o meu pai e as chances da Anahí não são grandes. Ela será condenada, a menos que um milagre aconteça.
Poncho: Deixa eu ver se eu adivinho: vc me oferece o milagre?
Karla: Exatamente. Se eu pedir, meu pai não hesitará em declarar a Anahí inocente. (ela deu um sorriso)
Poncho: Seu pai submeteria a ética profissional dele por um capricho seu?
Karla: Claro que sim. Ainda mais quando ele sabe dos motivos para mim pedir isso. Eu sou uma pessoa bastante persuasiva Poncho.
Poncho: Certo. Então vc garante que o seu pai julgará a Any inocente. Mas o que quer em troca?
Karla: A única coisa que eu quis em todos esses anos: você. (e sorriu com displicência)
Poncho: Vc só pode estar brincando. (dando uma risada)
Karla: Eu falo sério Alfonso. Se vc terminar com a Anahí e ficar comigo, eu lhe garanto que ela sairá inocentada daquele tribunal. Não aceitando, eu posso lhe dar a certeza de que do tribunal, ela vai direto para a cadeia. A escolha é sua. (e tomou um último gole da bebida)

Poncho: Vc vai se submeter a ficar com uma pessoa que não gosta de vc? Que não quer vc?
Karla: Eu farei isso com o maior prazer. Quem vai ter que se submeter alguma coisa é vc.
Poncho: Isso não está acontecendo. Não pode estar acontecendo. (colocando ambas as mãos na cabeça)
Karla: Eu lhe garanto que tudo o que está acontecendo aqui é bem real. (ela sorriu) Se vc precisa de um tempo para pensar, é claro que eu entendo. Ficar comigo e garantir a libertação da mulher que vc diz amar ou mandar ela direto para a cadeia. De qualquer maneira, vc não ficará com ela. Não tão cedo pelo menos.
Poncho: Por que diz isso?
Karla: Ela pode pegar 10 anos de cadeia e/ou o processo demorará 15 anos para prescrever, o que significa que caso ela seja inocentada, o processo pode ser reaberto a qualquer momento, o que garantirá a sua permanência ao meu lado. E vai garantir que vc se comporte comigo. (ela riu) Ser filha de juíz e conhecer as leis é bastante vantajoso.
Poncho não disse nada.
Karla: Acho que vc precisa de um tempo para pensar. Pois bem, vc terá até amanhã. Me encontre aqui neste café para me dizer a resposta. E não comente sobre isso com ninguém. Se vc contar isso, para qualquer pessoa, não temos trato. (ela pegou a bolsa e se levantou) Até logo Poncho.

Karla saiu do café e deixou Poncho abismado na mesa. O que ele faria? Ele respirou fundo, pagou a conta e saiu dali. Precisava dar uma volta, ordenar a sua mente e pensar no que fazer. Embora ele já soubesse o que faria, precisava refletir em como aquilo influenciaria a sua vida. Saiu do café e foi para a praça, onde sabia que teria um pouco de paz.