Fanfic: Vida Bandida

Ele disse isso e logo em seguida apagou. Claúdia limpou as lágrimas e soltou as mãos dele. Fitou o médico.
Claúdia: Ele vai ficar bem?

Médico: Sim. Ele está apenas nervoso. Agora ele vai dormir e processar o que acabou de descobrir... mas devo dizer que sua recuperação depende do seu estado psicológico. E talvez o psicológico dele não se recupere rapidamente depois desse baque.
Claúdia suspirou.
Claúdia: Posso fazer algo por ele? Ajudar ele a se recuperar, a superar?
Médico: Infelizmente não.. A recuperação dele depende apenas dele e de mais ninguém. Superar ou não depende exclusivamente da mente dele. Se ele não quiser se ajudar, nem vc nem ninguém poderá ajudá-lo.
Claúdia: Certo. (ela estava visivelmente abatida e o médico percebeu)
Médico: Aconselho a senhorita a ir para casa. Vejo que o comportamento dele a afetou. Descanse, siga a sua rotina. Ficar aqui hoje não lhe fará bem. (e deu dois tapinhas nos ombros de Claúdia)
Claúdia: Acho que o senhor tem razão. Vou fazer isso.

Claúdia saiu do quarto de Derrick. Sentiu suas pernas tremerem e caiu no chão. A cena fora tão horrível, tão chocante... se sentira tão perdida... ver o desespero de Derrick havia lhe maxucado profundamente. Ele amava tanto Maite, mas tanto que Claúdia quase desejara ter morrido no lugar dela para que ele não tivesse que sofrer daquela maneira.
Ela tentou se levantar, mas não conseguiu. Ainda estava abalada demais. Gostaria que Anahí estivesse ali para ajudá-la ou até mesmo Poncho para dar um apoio, mas não. Estava completamente sozinha. Se sentia tão esgotada que duvidava que conseguiria dirigir. Ela pegou o celular e começou a discar. Estava tão esgotada que o fator orgulho sequer passou pela sua mente.
Claúdia: Alô? (pausa) Desculpa incomodar mas será que vc poderia me buscar? (pausa) Não, eu não estou bem. Aconteceu algo horrível. (com a voz falha e depois pausa) Sim, eu agradeço. Por favor, se não é pedir demais não demore. (pausa) Obrigada.
Ela desligou o telefone e foi para o estacionamento esperar pela carona.

Poncho ainda estava abraçado a Dulce. Ele chorava como uma criança e ela não sabia o que fazer ou o que dizer. Apenas podia dar apoio naquele momento.

Dulce: Poncho... me diga exatamente o que aconteceu.
Poncho: (se recuperando) Eu não posso. Se eu disser, não haverá mais chance para a Any.
Dulce: Certo. Então apenas responda sim ou não: vc está sendo chantageado?
Poncho: Sim.
Dulce: E a liberdade da Anahí é o que está em jogo?
Poncho: Exatamente.
Dulce: (depois de uma pausa) Se vc disse que não é ilegal ou que a sua vida não corre risco... nem a dela claro, vc devia fazer o que estão te pedindo logo Poncho.
Poncho: Eu sei. Eu sei o que eu tenho que fazer, eu sei! (ele parecia desesperado) Mas eu... eu não vou conseguir ficar sem ela Dulce, essa é a única mulher que eu amei na minha vida. Me diz, como eu vou desistir dela? Como?
Dulce: Pensando na felicidade dela. Eu sei que é difícil e que os dois vão sofrer mas... vc quer ver a Anahí presa?
Poncho: Claro que não.
Dulce: Então faça o que te pedem até libertarem ela. Depois que ela foi julgada inocente, vc vai atrás dela.
Poncho: Não é tão simples assim.
Dulce: Por que não?
Poncho: O processo demorará anos para prescrever. Isso quer dizer que ele pode ser reaberto e a Any pode ser condenada. Eu não tenho escapatória.
Dulce: Então... vc vai ter que deixá-la... para sempre?
Poncho: Para sempre é uma palavra muito longa. Mas de uns 10 a 15 anos, sim, vou ter que deixá-la.
Dulce: Eu... eu não sei o que te dizer. Agora entendo o seu desespero sobrinho.
Poncho: Vc sabe o que me dizer tia. Preciso que vc diga as palavras de sempre: que