Fanfic: Vida Bandida

eu tenho que fazer isso, que vai dar tudo certo, que o destino é certo e duvidoso.... eu preciso dessas palavras, eu preciso ganhar forças. Porque eu vou fazer isso.

Dulce: Certo... vou ser apenas a parente que vai te consolar sobrinho: vc precisa fazer isso, e nunca desista: o futuro sempre dá voltas Poncho. O amanhã pode nos reservar muitas surpresas... e... (ela parou subtamente, como se estivesse em transe) tenho a sensação de que vc vai reencontrar a Any na sua vida: mais tarde do que vc gostaria, mas mais cedo do que vc imagina.
Ela abraçou Poncho novamente que já estava um pouco mais calmo. Ele suspirou, ainda um pouco choroso.
Poncho: Vc se saiu bem tia...
Dulce: Quando falamos a verdade sobrinho, nós sempre nos saímos bem.

As palavras finais haviam deixado Poncho encucado. O que será que ela havia querido dizer com aquilo? E a que parte exatamente ela se referia? Preferiu não pensar em nada. Tudo o que queria pensar era em como iria ficar com Any pela última vez. Não queria simplesmente terminar com ela e nunca mais tê-la nos seus braços e na sua vida. Pensou, pensou, pensou e finalmente conseguiu chegar a uma conclusão. Ele não era o único desesperado naquela situação. Se fosse esperto e conseguisse manobrar Karla, ele poderia conseguir o que mais desejava no momento: uma última noite com a Anahí em seus braços.

Capítulo 23

Claúdia estava sentada em um degrau na porta do hospital. Ela viu o carro conhecido chegar e iluminar um pedaço do estacionamento. Já era fim de tarde e começava a escurecer lentamente. Claúdia se levantou, e foi em direção ao carro.

Claúdia: Mais uma vez me desculpe Christian. (ela se jogou no banco do carro e se acomodou) Eu teria pedido carona para o Patrício, mas ele está ocupado no fórum e o Poncho está completamente desaparecido. E como vc minha casa é caminho, pensei que...
Christian: Não tem problema Claúdia. Mas me diz, o que aconteceu?
Claúdia: Derrick descobriu da pior maneira que a Maite morreu.
Christian: Como assim? Me explica direitinho Claúdia...
Claúdia: Eu ia contar mas... mas... o noticiário foi mais rápido.
Christian: Essa não....

Claúdia: Me senti tão mal por ele Christian... ele enlouqueceu, chorou, gritou, parecia que a vida tinha perdido o completo sentido para ele. Precisou ser sedado... ficou tão mal... eu não soube o que fazer, perdi completamente as forças. Me doeu ver ele naquele estado, logo ele que era cheio de vida e sonhos...
Christian: Eu imagino. (abraçando ela com força e acariciando os cabelos de Claúdia)
Claúdia: As vezes fico imaginando se eu tivesse morrido no lugar da Maite... teria sido melhor. Derrick não estaria sofrendo tanto, os dois estariam bem, curtindo a gravidez juntos... como eles sempre sonharam... por que tinha que ser ela Christian? A Maite não merecia isso.
Christian: Ela realmente não merecia. Eu amava muito a minha irmã e sei o quanto Derrick a amava. Mas não quero nunca mais que repita que vc deveria ter morrido no lugar dela.
Claúdia: Que? (se separando do abraço dele para olhar ele nos olhos)
Christian: Se vc tivesse morrido, quem teria enlouquecido era eu. Vc quer que eu fique louco e que a minha vida perca o sentido?
Claúdia: Eu posso estar frágil mas a minha mente ainda funciona Christian. (se sentando direito no banco) Não pensa que eu esqueci da sua cafajestagem não.
Christian: Ei, eu fui um indeciso. Não cafajeste.
Claúdia: Uhhh, nada cafajeste, vc apenas me deixou esperando enquanto queria tomar decisões na sua vida. Faça-me o favor Christian.
Christian: Vc quer brigar mesmo nessa situação Claúdia?
Claúdia: É mais forte do que eu. Quer saber, ligar para vc foi um erro. Eu já me sinto melhor, acho que eu posso dirigir. Me dá licença.
Ela estendeu o braço para abrir a porta, mas Christian foi mais rápido. Trancou o carro e Claúdia ao tentar abrir a porta se enfureceu.