Fanfic: Vida Bandida

Karla: Quais condições?
Poncho: Ah, então eu posso exigir minhas condições? Não são nada de mais.
Karla: Diga de uma vez. (já nervosa)

Era isso que Poncho queria. Tirar a neutralidade e força de Karla. Ele sorriu e voltou a falar.
Poncho: A Any teve suas visitas canceladas. Eu quero que vc consiga com o seu pai que ela receba visitas novamente. E liberadas.
Karla: Isso seria feito de qualquer maneira. Vc precisa terminar com ela. Era só isso?
Poncho: Além das visitas, eu quero que vc consiga uma visita íntima... se é que me entende.
Karla entendeu perfeitamente bem.
Karla: Vc só pode estar louco em achar que eu vou providenciar para que vc transe com a Anahí pela última vez. (rindo)

Poncho: Não acho que vc tem escolha. Ou faz isso ou eu não fico com vc.
Karla: E se vc não ficar comigo ela será presa. Esqueceu?
Poncho: Ah é? Eu vou ficar sem ela de qualquer maneira... já vc... está perdendo a única de chance de me ter ao seu lado... do jeito que vc quiser. E então? Não acha que patrocinar minha última vez com ela lhe traz mais vantagens do que se não fizer isso?
Karla engoliu o discurso que pretendia fazer e respirou fundo. Ele tinha razão. Poderia perdê-lo por puro orgulho e prepotência. Ela torceu as mãos e observou o rosto dele. Poncho transmitia calma e tranquilidade. Seria uma encenação ou ele realmente não se importava?
Karla: Vejo que vc reverteu a situação. Está certo, vc terá a sua visita íntima. Poderá se despedir dela em alto estilo.
Poncho comeu um pedaço de folhado antes de responder.
Poncho: Eu terminarei com ela depois da visita íntima. Mas só vou assumir com vc depois que ela for declarada inocente. De acordo?
Karla: Acho que vc está sendo razoável. Está certo Alfonso, temos um acordo.

Algumas horas depois

Já era de tarde. Claúdia estava sentada digitando um processo no computador. Ela socou o teclado quando errou uma linha pela sétima vez.
Patrício: (que estava passando pela sala) Isso custa dinheiro sócia.
Claúdia: Desconte da minha parte. (apertando o delete novamente)
Patrício: (entrando na sala) Algum problema?
Claúdia: Problemas? Pessoas comuns têm problemas, eu tenho bombas, pepinos e abacaxias.
Patrício: Não necessariamente nessa ordem.
Claúdia: Pois é. Droga! (berrou de novo ao ver que havia deletado todo o documento)
Patrício: Eu faço isso. (se adiantando e dando um CRTL Z e recuperando assim tudo)
Claúdia: Obrigada. (escondendo a cabeça entre os braços na mesa) Estou esgotada.
Patrício: Nota-se. Mas por que exatamente?
Claúdia: Estou preocupada com o Derrick... e... bom, meus problemas pessoais que se danem.

Patrício: Desse jeito vc vai precisar fazer terapia. (tentando fazer piada)
Claúdia: Louca eu sempre fui, no dia em que eu não for minha essência se acaba. (ela se levantou) É tanta coisa Patrício...
Patrício: Eu sei. Mas pior que está não fica.
Claúdia: Eu não compartilho do seu otimismo: sou da opinião de que se algo pode piorar, vai piorar. Ou... “fique feliz com a situação atual, ela sempre pode piorar.” Vc sabe.
Patrício fez um gesto de desamparo, como se Claúdia fosse um caso perdido. O celular dele tocou logo em seguida. Ele atendeu ao ver o número.
Patrício: É do fórum. Deve ser sobre a Any.
Claúdia: Então atenda de uma vez.