Fanfic: Vida Bandida

mim serem diferentes, ainda sou seu amigo.
Cassandra: Sinto muito por isso. De verdade. Não tive a inteção de criar discórdia.
Chris: Vc apenas fez o que deveria Cassandra. Lutou por um ideal, por um sonho. E lutou com honra e dignidade eu deveria dizer. Foi por isso que fui contra a sua expulsão e por isso fiquei do seu lado. Vc foi como eu há dois anos atrás. E como a Dulce também, embora ela não se lembre.

Cassandra sorriu.
Cassandra: Vc comprou uma briga que não deveria Chris. (ela se voltou para ele) E eu não merecia a sua boa vontade. Agora vc pode perder tudo o que conquistou. Isso não te apavora?
Chris: Eu fiz o que achei que era certo. E depois, fiz isso por vc, por mim e pela Dulce também.
Cassandra: Pela Dulce?
Chris: Por ela também sim. A Dulce pela qual eu me apaixonei era como vc: não desistia, lutava com muita força e simplicidade. Mas acho que as coisas mudaram e eu... não consigo trazê-la de volta. Acho que apenas fiz com que ela piorasse. Ela deve estar me odiando e eu não sei mais o que fazer. Queria apenas que ela entendesse que... vc é como ela. Só.
Cassandra: Eu realmente acreditava que ela não te amava mais Chris. Mas se ela disse que ama... ela vai entender. Se ela não entender isso, quer dizer que eu estava com razão.
Chris: Isso é o que eu mais temo Cassandra. Que vc esteja certa.
Cassandra balançou negativamente a cabeça.
Cassandra: A reação dela não é de uma pessoa que não se importa. É a reação de uma mulher que tem medo de perder algo importante. Eu sei disso Chris.
Chris: Não está dizendo isso apenas para me consolar?
Cassandra: Eu não minto Chris. Eu falo o que eu acho. Bom, fique em paz. Preciso ir agora. (ela estendeu a mão) Amigos? Sempre?
Chris: (pegando a mão de Cassandra e a apertando) Amigos sempre. Cuide-se Cassandra... não sei o que pretende fazer mas espero que fique tudo bem com vc.
Cassandra: Nem eu mesma sei o que pretendo fazer. Não sei o que vai acontecer comigo. Mas me sinto tranquila.
Chris: Jura?
Cassandra: Sim. As estrelas me reservam um futuro maravilhoso... então não tenho o que temer. Pelo menos eu acho.

Christopher deu uma risada ao mesmo tempo triste e sincera. O otimismo e a sinceridade de Cassandra o animavam, embora ele não acreditasse nas estrelas tanto quanto ela. Cassandra sorriu, pegou a bolsa, deu um beijo no rosto de Christopher e começou a caminhar. Ela se afastava cada vez mais, uma figura pequena e aparentemente desamparada perdida em um mundo injusto e cruel. Mas ao mesmo tempo Christopher tinha a sensação de que Cassandra iria se sair bem. Não sabia por que, mas a sensação existia.
Ele se voltou para o acampamento afim de procurar Dulce mas se assustou ao vê-la parada na sua frente, os braços cruzados. Embora parecesse imponente e decidida como sempre, ele viu um certo desamparo no seu olhar.
Dulce: Acho que agora devemos conversar Chris.

Claúdia estava trabalhando. Era o que mais fazia nos últimos tempos, trabalhar e se preocupar. Daquela vez ela não estava tão estressada, ao menos estava socando menos o pc.
Claúdia: Lei nº 451.25/87... pode ajudar nesse caso... mas a promotoria pode procurar essa lei aqui...
Ela estava entretida procurando leis e organizando o caso que quase derramou café ao se sobressaltar com o barulho da música alta que veio da rua. Ela estranhou. A área onde estavam era uma zona comercial, nada justificava a música irritante. Ela resolveu nem abrir a janela. Tentou se concentrar novamente no processo no qual trabalhava e estava conseguindo abstrair a música quando Patrício abriu a porta dela sem nem pedir licença.
Claúdia: Patrício eu podia estar batendo papo pornográfico na Internet. Mais especificamente na sala “Fetiches e taras”. Dá para bater na porta?
Patrício: Claúdia, mesmo que vc estivesse em plena ação em cima da mesa eu não me arrependeria. Vem cá, vc precisa ver isso.
Claúdia: O que? Estão em plena ação no meio da rua?
Patrício: Melhor. (puxando ela)

Claúdia: Melhor? OMG, Tom Cruise e Kate Holmes estão em plena ação no meio da rua?
Patrício: Cala a boca e vem comigo.
Claúdia: Ui Patrício, não conhecia esse seu lado selvagem. Calei a boca, calei a boca. (quando ele quase deu um pedala nela)

Claúdia e Patrício tinham a sala em um prédio comercial. O prédio tinha uma sacada, para os funcionários fumantes poderem fumar sem precisarem sair da sala em si. Claúdia se postou na sacada e olhou para baixo. Ficou perplexa ao ver quem estava causando a confusão. Ao mesmo tempo teve vontade de dar risada.
A rua principal estava fechada. Christian tinha trazido dois carros de som. Além disso havia casais, que provavelmente estavam lá para dançar. Christian estava de pé em cima de um dos carros segurando um microfone. Ele podia avistar Claúdia na sacada, logo acima dele.
Claúdia: (começando a rir como doida) Eu devia ter perdoado ele da outra vez. Ai que mico.
Patrício: Vc não acha romântico?
Claúdia: Não estou dizendo que não é. Mas não deixa de ser um mico. (ela riu mais ainda) O Christian está bêbado, só pode.
Patrício: Acho que ele não está não. (observando Christian)
Claúdia: O nosso primeiro beijo foi com ele bêbado Patrício. O Christian jamais faria isso são, tá louco?
Patrício não disse nada, apenas ficou olhando para baixo, junto com Claúdia. Christian, ao ver que já havia atraído a atenção de toda a zona comercial, mandou desligarem o som.
Christian: Testando! Testando! (batendo e falando no microfone)
Claúdia: Ai meu Deus.
Patrício: Que foi? (olhando de lado para ela)
Claúdia: Ele não está bêbado. (desesperada)
Patrício: Isso é bom ou é ruim?
Claúdia: Isso no mínimo é alarmante. (passando as mãos pelo cabelo)

Patrício deu um cutucão para Claúdia parar de falar e se mexer e apontou para baixo. Christian aparentemente já havia testado o microfone e agora começaria a falar o que tinha para falar.
Christian: (falando com uma música romântica instrumental de fundo) Bom, agora que meio México está prestando atenção em mim, eu finalmente posso falar.
Claúdia: Vou sair de fininho. Será que ninguém nota?
Patrício apenas deu uma risada.
Christian: Eu sou péssimo com isso. (uma enorme multidão o observava, todos os prédios tinha gente na janela e sacadas) Mas eu preciso fazer isso. Eu fui burro o suficiente para te perder e acho que passar essa vergonha é um preço pequeno a se pagar.
Dessa vez quem sorriu foi Claúdia.
Christian: Eu nunca entendi o porque da minha indecisão. (ele a fitava diretamente, sem se importar com a multidão, apesar da distância) Acho que foi burrice mesmo. Sempre foi vc, vc é a única pessoa com quem eu ficaria. Mesmo quando eu não sabia que era apaixonado por vc, mesmo quando eu achava que estava apaixonado por outra, era vc quem eu realmente queria.
Claúdia: Vc devia ter me dito isso antes Christian....
Ela falou baixo, portanto, Christian não a ouviu. A multidão urrava.
Christian: Eu sinto realmente a sua falta. Não apenas como minha namorada, sinto falta da sua companhia, de vc, dos nossos papos e até das nossas brigas. Eu não consigo pensar na minha vida sem vc, nunca existiu indecisão Claúdia, o que existiu sempre foi medo. Perdoa a minha covardia e volta comigo.
Claúdia ia abrir a boca para falar de novo, mas Christian a impediu com um gesto. Ela se calou e continuou observando.
Christian: E... se isso não demonstrar o quanto eu sou louco por vc... eu juro que não vou saber o que fazer.
Christian fez sinal para os dançarinos e outra música começou a tocar. Claúdia