Fanfic: Vida Bandida

reconheceu a melodia na hora. Os dançarinos faziam passinhos coreografados, bem simples...

Claúdia: Eu não acredito nisso... essa é a música mais brega da face da Terra...
Patrício: Se vc não gosta, por que ele vai cantar?
Claúdia: Porque essa música tem história.... se bem que a da Ivete era melhor... ah as duas são ruim igual, mas tem história.... (começando a rir como doida)

Eu vejo a luz do teu olhar
Como uma noite de luar
Luz que me guia onde eu for
Você
Meu motivo pra sorrir
Caminho certo pra seguir
Saiba que é só teu
Meu verdadeiro amor

Eu juro
Por mim mesmo,
Por Deus, por meus pais
Vou te amar
Eu juro
Que esse amor não acaba jamais
Vou te amar
É tanto querer, é tanta paixão
Te amo do fundo do meu coração
Eu juro

Um homem e uma mulher
Juntos pro que der e vier
A meia luz, a dois, a sós
Então
A gente vai sonhar
E conseguir realizar
Um mundo de amor sem fim
Porque só depende de nós

Eu juro
Por mim mesmo,
Por Deus, por meus pais
Vou te amar
Eu juro
Que esse amor não acaba jamais
Vou te amar
É tanto querer, é tanta paixão
Te amo do fundo do meu coração
Eu juro
Eu juro
(Não coloquei link da música porque a música é brega mesmo)
Lá pela metade da música, Claúdia saiu da sacada. Christian continuou cantando meio receoso. Tinha certeza de que Claúdia não havia gostado e que agora havia perdido ela definitivamente. Quem mandava ele ser tão burro? Continuou cantando mais por não saber o que fazer do que qualquer outra coisa, e quando terminou enfim sentiu um desamparo.

Christian: (pensando) Eu fiz tudo o que eu pude... e o que eu não pude também.
Ele já estava pensando em como sair daquela situação o menos pior possível quando seu olhar se deparou com Claúdia encostada na parede da entrada do prédio. Ela tinha um sorriso no rosto, meio misterioso. Christian jogou tudo no chão e pulou de cima do carro, avançando em direção a ela. Quando os dois ficaram de frente, ele se sentiu constrangido e ela incrivelmente bem humorada.
Claúdia: A música era dispensável Christian. (dando uma risada)
Christian: Foi para te provar que eu tenho todos os nossos momentos guardados na memória. E então? O que achou?
Claúdia: Eu acho que eu deveria ter te perdoado daquela vez no carro. (ela avistou a multidão que os observava e berrava) Eu esperava uma declaração, mas não esse tipo de declaração.
Christian: Vc me deixou assustado. (ela piscou) Eu agi como um idiota, eu tenho agido como um idiota, mas isso não vai acontecer. Eu te peço em casamento agora se isso fizer vc acreditar em mim.
Claúdia: Vc não precisa me pedir em casamento agora nem amanhã Christian, se não quiser. Só saber o que vc acabou de me dizer me bastava. Casar é um detalhe que vai acontecer. Eu apenas precisava saber que vc cogitava o assunto, que a nossa relação ia dar em algum lugar. (se aproximando mais dele)
Christian apenas sorriu e tirou do bolso interno da jaqueta uma aliança de diamante.
Claúdia: Vc não... vc não vai fazer isso, vai?
Ele apenas se ajoelhou no chão, na frente dela. A cena era surreal: a multidão berrou mais alto, dificultando o diálogo dos dois. Claúdia estava de boca aberta e Christian ajoelhado no chão quente na frente dela. A polícia já chegava e queria parar com a confusão. Uma música começou a tocar de novo.
Christian: Claúdia... vc quer casar comigo?

Silêncio.
Claúdia: (depois de uma pausa) Vc está bêbado?
Christian: Não. (começando a rir, embora tremesse)
Claúdia: Usou algum tipo de drogas injetáveis?
Christian: Não.
Claúdia: Fumou maconha, baseado ou qualquer outro tipo de alucinógeno?
Christian: (tremendo mais que nunca) Não.
Claúdia: Então a resposta é sim. É claro que eu aceito, eu tenho esperado por isso há muito tempo Christian. (começando a chorar)

Christian colocou o anel no dedo dela com cuidado, já que Claúdia tremia tanto que poderia cair. Ele se levantou e lhe deu um beijo intenso, lento, apaixonado. A multidão começou a aplaudir, até mesmo os policiais que haviam acabado de chegar. Os dois começaram a rir e se abraçaram. Após se afastarem, Christian tirou o cabelo de Claúdia que havia caído no rosto e ficou observando o rosto dela por um tempo.
Christian: Eu amo vc.
Claúdia: Eu também te amo.
Eles ficaram parados se observando até que o barulho os despertou.
Claúdia: Vamos sair daqui.
Christian: Tem razão. Estou começando a ficar com vergonha. Vamos para onde?
Claúdia: Estou me dando folga do serviço. (eles se abraçaram de lado e começaram a caminhar) Vamos para a casa.
Christian: Me dei bem? (tentando fazer piada)
Claúdia: Me pediu em casamento na rua mais movimentada da capital... se deu muito bem. (deu um selinho nele e voltaram a caminhar, ainda sendo aplaudidos pela multidão, como se nada demais tivesse acontecido)

Capítulo 27

Chris: Pensei que vc ia adiar isso mais ainda. (ele suspirou) Veio terminar comigo de vez?
Dulce: Eu tinha essa intenção.
Chris: Ainda tem?
Dulce: Agora... confesso que fiquei confusa. Eu... eu não sei o que dizer Chris. Eu mudei tanto assim?
Chris: Eu gostaria de dizer que não mas... vc mudou sim.
Dulce: Desde quando?
Chris: Eu nunca quis dizer porque temia que vc ficasse chateada mas... desde que a nossa filha morreu Dulce. Vc perdeu a vontade de viver desde que ela se foi.
Dulce: Eu pensei que tinha superado.
Chris: Vc pode ter superado a perda, mas isso custou a sua mudança. Vc não se permitiu chorar Dulce... vc não chorou quando a cremamos, vc não chorou quando soltamos as cinzas da nossa filha... vc quis ser forte e guardou todo o sofrimento junto com vc. Desde aquele dia, vc nunca mais foi a mesma. No início eu não notei